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Quarta-feira, 11/6/2008
Comentários
Leitores

Três vivas ao Cronópios
Enquanto entes históricos, somos todos dotados de história. Mas há diferença entre os que, tão mergulhados nela, deixam-se atravessar e os que, por algum comichão de inconformismo, se lançam na tentativa de potencializá-la. Não há vantagem de um em relação ao outro, mas o segundo caso, possui uma responsabilidade da qual o primeiro se esquiva. A Cronópios é um dos exemplos do segundo caso, isso porque Edson e Pipol arriscam-se na alegria séria de fundar um canal da contemporaneidade, com ferramentas da contemporaneidade, para a contemporaneidade, que antes de beneficiá-los, beneficia a centenas de internautas assíduos e a milhares de errantes. E isso, na raça, no dente e na pedra. Ainda que a Cronópios acabasse hoje (e espero que ela dure muito), já teria deixado seu legado: uma geração de escritores que a tem em seu horizonte de eventos. A gênese já foi criada pela ação de ambos - a entrevista é apenas verbalização do que eles já têm na alma: verdade! Ah, e a foto tb está bacana!

[Sobre "Cronópios"]

por M-A
11/6/2008 às
02h26

Retrato sem retoque
Sem comentário. Retrato do Brasil. Retrato sem retoque, impossível de melhorar.

[Sobre "A semente da impunidade"]

por Franklin Netto
10/6/2008 às
23h24

Filial do Inferno
É... O problema é quando a gente se apaixona por esse amigo gay, e ama-ama-ama ele, mais do que a própria vida, e sabe que não pode viver sem ele, muito menos COM ele... É uma filial do Inferno.

[Sobre "O rival"]

por ana lima
10/6/2008 às
21h01

Parabéns!
Bela entrevista. Parabéns!

[Sobre "Cronópios"]

por Cláudio B. Carlos
10/6/2008 às
20h03

Sr. Zé, falta uma assinatura!
Fantástica entrevista! Quanto à questão sobre pra que serve um bom leitor, arrisco um palpite: no mínimo, ajuda a formar jornalistas melhores. Explico-me. Hoje, durante uma palestra sobre critica teatral na ECO-UFRJ, um dos convidados, o professor de teatro da Escola, José Henrique, que dirige a peça O Processo (em cartaz no Rio), baseada na obra de Kafka, contou um "causo" de arrancar os cabelos. Numa entrevista, um jornalista, com a cara mais lavada possível, fez a seguinte solicitação: "Diz aí, Zé, conta um pouco sobre o autor do livro." Mas nada que se compare à história da inscrição da peça na Lei Rouanet, para conseguir incentivo fiscal, essas coisas... Segundo o diretor, uma pessoa da Funarte (veja bem, da Instituição de apoio e fomento à arte, vinculada ao MinC!) observou agudamente: "Sr. Zé Henrique, para o projeto ser beneficiado pela Rouanet, falta uma assinatura". Qual? - ele perguntou, sem imaginar o bufão de realidade à brasileira da resposta: "A do Franz". Abs!

[Sobre "Cronópios"]

por Vanessa Barbosa
10/6/2008 às
16h54

É preciso ir além
E também pode haver o caso de uma obra não querer dizer nada - apenas descontextualizar algo, ou montar um lugar irracional - e aí a questão é extra-obra. Pq o artista faz isso na nossa sociedade, hoje? Qual o sentido de uma obra assim no contexto geral? Não digo que não haja obras boas e ruins. Mas é preciso verificar o mérito! O pensamento, a priori, de que é tudo apenas um "erro"... é a mesma idéia que tinham os contemporâneos de Picasso. Lembre do famoso texto de Lobato criticando Malfatti. Não podemos pensar: "se eu não entendo nada, não há pra entender". É preciso ir além.

[Sobre "A arte contemporânea refém da insensatez"]

por Duanne O. Ribeiro
10/6/2008 à
00h02

arte não é esporte
Uma diferença vital entre "a arte que você defende" e a arte contemporânea é que a primeira produz uma mensagem evidente (que a pessoa consegue de qualquer forma). Vendo o quadro de uma muçulmana seminua, me é óbvio o que o artista fez, o que ele transgrediu etc. Agora, em uma instalação, em uma obra mais conceitual, a exigência de envolvimento é maior. É preciso que o espectador realmente PENSE sobre a obra, pare de esperar que ela lhe sirva de algo; não há razão real para que a arte me entregue "uma mensagem pronta", ou um malabarismo de técnicas, como se fosse um esporte. Se o espectador realmente se envolve com a obra, pode interpretá-la apropriadamente - eu mesmo fiquei perdido em frente à dança contemporânea, mas prestando atenção nas propostas dela e não no que EU exigia, passei a entender muito...

[Sobre "A arte contemporânea refém da insensatez"]

por Duanne O. Ribeiro
9/6/2008 às
23h35

O sacrifício do jovem leitor
É verdade que a leitura de um clássico brasileiro, na idade escolar, deve ser o terror dos estudantes. Ler Machado de Assis, aos 16 anos, e tentar entender, e gostar, certamente é um sacrifício para o estudante. Mas acredito que, sem este sacrifício (pelo qual todo estudante deve passar), jamais faremos bons leitores ou muito menos escritores. É preciso aprender a ler e a gostar de ler com prazer, assim como se aprende a falar e a andar. Não é fácil, exige disciplina, dedicação voluntária, interesse, hábito, costume até "familiar". Desde cedo meu pai me apresentou aos livros. O começo foi difícil mas depois eu lia tudo, inclusive algo superior à minha idade e ao meu entendimento. Quando veio o entendimento (e a idade certa), eu já sabia do que se tratava, pois já havia lido... E olha que estudei em escolas públicas, que, naquela época, funcionavam...

[Sobre "Formando Não-Leitores"]

por Delton Luiz Martins
9/6/2008 às
23h29

arte: um cachorro morrendo?
Podem me chamar de alienada, ignorante, mas, sinceramente, acho que mais ignorante é quem chama de artista um "maluco" que tem a infeliz idéia de expor um cachorro morrendo de fome em uma galeria de arte. Já ouvi falar e também já vi muita coisa absurda, mas essa foi a pior de todas...

[Sobre "A arte contemporânea refém da insensatez"]

por Janethe Fontes
9/6/2008 às
20h04

sua homenagem ao Taffo
Rafael, fiquei muito feliz ao ler sua homenagem ao Taffo. Mais ainda quando li que ele incentivava seus alunos a criar composições próprias (ainda que fossem poucas e desconexas notas combinadas). A refundação do IG&T foi importante para mostrar como ele era um entusiasta e acreditava no projeto, mas são esses pequenos gestos que descrevem como ele tinha verdadeira paixão pelo que fazia. Afinal, tocar guitarra não é só plugar e sair arranhando. Quem quiser ir longe tem que estudar, se dedicar - mas sem esquecer de buscar uma linguagem própria. Onde muitos se acomodariam em ensinar a reproduzir solos famosos, ele mostrou que sua visão ia muito além.

[Sobre "Obrigado, Wander Taffo"]

por Diogo Salles
9/6/2008 às
19h54

Julio Daio Borges
Editor

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