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Quarta-feira, 15/5/2002
Comentários
Leitores

Colunistas Sociais
Alexandre, Arrisco aqui um palpite sobre a origem dessa escalógica profissão: O colunista social. O cara não estudou e nâo tem grana e nem poder. Então,em vez de estudar ele vai puxar o saco de que tem poder e de quem ele acha de que tem grana, para ver ser ele, o colunista, cria algum poder e descola alguma grana. Ele poderia simplesmente puxar o saco de quem estudou, mas aí não teria graça... e nem assunto. Por outro lado, os que se deixam "colunizar" - ou aqueles que correm atrás disso- querem passar a idéia de que têm poder - ou de que têm grana - para aqueles que não têm poder nem grana ficarem com inveja deles. Interessante, não? No fundo, é o nosso velho conhecido pecado capital, a VAIDADE, pai/mãe de tantos desacertos em nossa (des)humanidade. Um abraço.

[Sobre "Quem é essa gente?"]

por Bernardo
15/5/2002 à
01h26

!
O Alexandre está parcialmente certo! Tente desenvolver uma idéia da próxima vez! Mesmo assim, adorei a piada da garota que ficou com medo de você se comportar como um padre! Sugestão: tente falar mais sobre a coisa da felicidade dos escritores. Dá pano pra manga. Tenho mais uma para "o brasil é...". O Brasil é... receber um e-mail de uma militante dos direitos humanos dos presidiários e ler na carta as palavras "voçê" e "fortalessem". Talvez "fortalessem" seja um neologismo que quer dizer que as pessoas ficariam mais "fortes", caso "lessem" mais! (péssima essa, né?)

[Sobre "ajoelhou? tem que rezar"]

por Evandro Ferreira
13/5/2002 às
21h20

Conjecturas
Alexandre e Ricardo, Particularmente, acho descabida uma discussão onde se vincule questões qualitativas do ser humano à prática de leitura - ou o tipo de leitura. A qualidade das pessoas se mede, em primeiro lugar, à luz da moral e da ética, que é o que norteia as suas ações. Se a pessoa lê pouco ou muito, e que tipo de leitura é essa, isso tem mais influência no aspecto meramente quantitativo, ou seja, a pessoa tem MAIS ou MENOS conhecimento. Então, são múltiplas as combinações entre "quantidade de conhecimento" e "ética e moral", o que, além das questões físicas, é o que gera a multiplicidade de pessoas que há no mundo: há modelos lindas, burras, mas sérias; há modelos lindas, inteligentes mas prostitutas; há médicos cultos pedófilos; há psiquiatras cultos assassinos (jornalistas também); conheço um açogueiro filósofo e sério. Enfim, há de tudo e cada um escolhe com que se relacionar. Já acabei um relacionamento onde eu achava que era por questão cultural, mas hoje sei que faltou foi amor. Antes, pus a culpa na minha ex-parceira. Hoje penso que ser iletrado não é necessariamente um ERRO. Pode ser falta de sorte, destino, sei lá, mas erro não, pois só erramos quando temos amplo conhecimento das coisas e mesmo assim tomamos algumas atitudes erradas, como por exemplo, o advogado ladrão, o padre que mantém uma amante, etc. Mas se desconhecemos a origem e a razão das coisas, onde há o erro? Tive um professor que dizia o seguinte: "a felicidade pressupõe uma boa dose de ignorância...). Abraços, Bernardo

[Sobre "Quem Não Lê Não É Humano"]

por Bernardo
13/5/2002 às
17h15

O Escol
Essa gente é muito escolada, mas não são as pessoas mais cultas do Brasil. Creio que os encontros na ABL devem ser mais atraentes.

[Sobre "Quem é essa gente?"]

por Sérgio Tadeu
13/5/2002 às
16h40

NÃO NECESSARIAMENTE ...
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra ... Um "professor de filosofia" que leia de um livro apenas a página da qual necessita para fundamentar uma tese inútil, é tão "não-humano" como o ginasta que não lê. Aliás, ninguém mandou seu ginasta manter o corpo e esquecer o espírito. Se ouvir de alguém que ele não é humano, a culpa é dele mesmo. Cito uma máxima bem batida do próprio Aristóteles ao qual você recorreu: "A virtude está no meio". Cultive o corpo, mas não esqueça do espírito! A pressa com que escrevo só permite-me lembrar de máximas conhecidas de todos, mas mantendo-me na Antiguidade, lembro os romanos: "mens sana in corporem sanum". Se eu acho que Aristóteles foi mais humano que eu? Acho que nem somos pessoas que possam ser comparadas, pobre de mim ... (rs). Esses problemas que você aponta, pelo menos por mim têm sido evitados, pois aproximo-me de uma pessoa por afinidade, não aleatoriamente. Mesmo assim, a decepção não é algo raro. Acho que você está misturando duas coisas: 1ª relações travadas com uma pessoa que não faz as mesmas coisas que nós. Nisso eu não vejo problema algum. Um advogado e uma bióloga podem relacionar-se perfeitamente. 2ª, que é o problema que acho ter sido apontado inicialmente, relacionarmo-nos com uma pessoa de nível intelectual inferior àquele em que nossa presunção nos coloca. Aí e outra coisa. Um leitor de Proust não se relacionará plenamente com uma leitora de Depark Chopra, e se insistirem, sofrerão inafastavelmente as penas da imprudência. Será apenas uma questão de tempo.

[Sobre "Quem Não Lê Não É Humano"]

por Ricardo
13/5/2002 às
10h30

Caducos no dia seguinte
O bom caderno de cultura é aquele que demora a envelhcer. Ultimamente eles andam ficando caducos de forma meteórica como as matérias que publicam. O tempo de duração da maiora deles é do horóscopo.

[Sobre "O frenesi do furo"]

por Otavio
13/5/2002 às
10h36

Estimo melhoras
Hoje estamos meio fora de forma, hein? Um fim de semana dedicado a um mergulho no contubérnio da esbórnia, ou talvez uma overdose de Casa dos Artistas... Abraço, Alexandre

[Sobre "ajoelhou? tem que rezar"]

por Alexandre Ramos
13/5/2002 às
10h36

Disparate e papelucho
Eu também estudei em colégio católico, colégio elitista, interligado à PUC, lá nos altos da Rua Monte Alegre (o monte parecia um tanto melancólico). Os padres que me acariciavam os cabelos eram dominicanos, rebeldes, de esquerda, muitas vezes até parecia que nem acreditavam em Deus Pai Criador. Não sei se eram pedófilos, mas havia um determinado frei... que me abraçava carinhosamente, sem qualquer maldade, por vinte minutos seguidos. Teria sido um abuso? Não creio. Claro que escritor pode ser feliz! Disparate!(também usei, finalmente, a tal palavra de vovó) Pessoa estava erradíssimo, se disse que Literatura exclui Felicidade. Entendam bem, você e Pessoa: escritor só não pode ser feliz em estado de vigília. Sonhando, é permitido, sim. De mais a mais, é biológicamente provado que a felicidade masculina dura apenas quatro ou cinco segundos. Você está querendo o quê? Quanto à lindíssima garota, coloque uma coisa na cabeça: esse negócio de flerte e conquista é semelhante aos problemas da prisão de ventre; se for preciso fazer muita força... melhor desistir, porque a insistência pode causar algum problema mais profundo, ou de fundo. Se a coisa acontece na hora certa, tudo sai fácil, fácil, ou vice-versa, o que é bem mais interessante. O padre velhinho, aquele do papelucho (touchet), estava certo. Onde se viu fazer pergunta absurda como aquela? Claro que era para ler e fingir rezar. Óbvio! Ele conhecia você, sabia da sua dissimulação. Mesmo sendo ótima a frase do Francis, ao citá-lo você está chamando chuvarada. Abra o guarda-chuva. Abraço do Dennis

[Sobre "ajoelhou? tem que rezar"]

por Dennis
13/5/2002 às
09h20

Tati
Mas Evandro, o melhor argumento contra o que eu disse é, acho, Jacques Tati, o diretor de cinema francês. Ele não gostava de ler. Mas se Jacques Tati não era humano, quem é humano? É claro que algumas pessoas que não lêem são melhores que algumas pessoas que lêem. Mas mesmo assim acho que bem que elas podiam ler as atas do clube de vez em quando- para entrar mais "no espírito da coisa", como se diz. Se são tão humanas assim sem ler (e algumas são, reconheço), imagine como ficariam depois de ler Walt Whitman. Não é? -Toni, obrigado pelo "inspirada" antes de "coluna no DC". Obrigado ao Ricardo, que é um leitor oblomovista, por ler um leitor peripatético (duas tribos diferentes, mas amigáveis). Um abraço a todos, Alexandre.

[Sobre "Quem Não Lê Não É Humano"]

por Alexandre
13/5/2002 às
06h03

Glorious victory
Sim, eu sempre gostei de "...And Lion Heart, and black-brow'd Edward with His loyal queen shall rise, and welcome us!" Se prepare, Sue, se prepare! Prepare your arms for glorious victory!

[Sobre "Quem é essa gente?"]

por Alexandre
13/5/2002 às
05h35

Julio Daio Borges
Editor

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