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Terça-feira, 19/8/2008
Comentários
Leitores

O lugar do escritor
Na resposta 4 fala-se do espaço de criação. Lembrei do livro "O Lugar do Escritor", de Eder Chiodetto, que visita autores brasileiros e fotografa os lugares onde escrevem. Tem de tudo: João Cabral cego, sentindo-se incapaz de produzir. Carlos Sussekind com um notebook frente a uma janela estreita... e por aí vai. Uma coleção Eus e seus lugares, mostrando todo tipo de criador, sem julgamento de valor, procurando decifrar um pouco, se é que é possível, de onde brotam criatividade e sensibilidade. Muito boa a colocação de Ana. A internet é, no caso dela, o espaço onde as crônicas nascem. É a sala de Cabral ou a janela de Sussekind, abertos permanentemente à visitação. Antes da web o escritor era lido sem que se invadisse esse espaço íntimo. Mas hoje isso não é mais possível. O leitor entra, divide, compara, reclama, não entende, e briga com o criador, como se a criação obedecesse a critérios por outrem delimitados. E a solução parece ser ignorar que, vez ou outra, a sala está cheia demais.

[Sobre "Ana Elisa Ribeiro"]

por rafael bucco
19/8/2008 à
00h37

Dylan inteligível
Confesso que me empolguei muito na tarefa de assitir a esse filme. Sim, ele definitivamente é uma mensagem cifrada para não-iniciados em Dylan, mas vale a pena ver. Isto porque a leitura do filme vale em muitos momentos. Gere está excelente, Blanchet brilha sem rumo, Bale está transformado - sua atuação é ótima, mesmo que o texto codificado não ajude. Ao menos, a película é um exercício de paciência e de apreciação estilística. E a trilha é soberba.

[Sobre "Não estou lá, com Cate Blanchett"]

por Fernando Miranda
19/8/2008 à
00h16

Recomendo a qualquer pessoa
Texto muito intessante e conciso. Meus parabéns pela iniciativa. Este livro deveria ser lido nas escolas por aqueles que nesse período de transição precisam tanto de um norte e de um lugar seguro para se sentirem amados e importantes!

[Sobre "Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..."]

por Laiza Oliveira
18/8/2008 às
17h21

Curiosa por Machado
Acho que eu estava na quinta ou sexta série. Lembro-me de uma aula de português e redação (na época era assim, estudava-se literatura junto com português) em que a professora nos disse que não estávamos preparados para ler Machado de Assis. Incrível como aquilo me deixou curiosa. Fui procurar os livros por conta própria. Algumas coisa entendi, outras não. Lia sempre com o dicionário nas mãos. Voltei a ler tempos depois, já mais velha. Caí em O Alienista e Dom Casmurro, e desde então eles fazem parte das minhas leituras memoráveis.

[Sobre "Mitofagia: Machado ao molho pardo"]

por Cris Simon
18/8/2008 às
11h53

sinceridade e coragem
O que deu para perceber, nesta entrevista, foi muita sinceridade e coragem. Entrevista rica e bem conduzida. Gostaria de saber mais como você trabalha os livros de vestibular em sala, sob a ótica dos alunos que "têm de passar a qulaquer custo". PS: Sempre tive a impressão de que você é muito caxias e meio inacessível. Depois dessa entrevista, mudei um pouco o meu conceito.

[Sobre "Ana Elisa Ribeiro"]

por Adriana Godoy
18/8/2008 às
11h17

na qualidade de vida
A maior influência ocorre nas questões relacionadas à qualidade de vida. Estamos em constante busca do ser ideal, da melhor forma para viver a vida com mais qualidade, de longevidade e riqueza interior. A influência que o Oriente exerce sobre o Ocidente, nesses três aspectos, é incontestável. [Rio de Janeiro - RJ]

[Sobre "Promoção Anne Cheng na Bienal"]

por Fernanda Nogueira
18/8/2008 às
11h04

Concordo com você
Com exceções raras, concordo com você. Porém, o que mata são pessoas que só lêem esse tipo de livro ou de auto-ajuda e se arvoram em dizer que são grandes leitores. Já vi muita gente que diz ler muito e quando pergunto: O quê? Dizem: Toda a obra de Paulo Coelho.

[Sobre "As duas divas da moderna literatura romântica"]

por Adriana Godoy
18/8/2008 às
10h52

a leitura precisa me cativar
Outro dia, disse que lia até artigo de jornal, e não menti. Tenho, porém, uma "maneira" de selecionar o que leio. Nunca, porém, sem que esteja com o livro nas mãos (para aquisição, a tal maneira é outra). Até a quinquagésima página mais ou menos a leitura precisa me cativar, e se isso não acontecer, então, o desastre: cancelo o empreendimento. Verdade também que, casos raros, alguns livros (mesmo de autores famosos) tiveram que ser empurrados, e me deram muita canseira. Pontos importantes: leitura prazerosa, leitor descomprometido, crítica libertadora. Simplicidade sem pieguice, é disso que a literatura precisa.

[Sobre "As duas divas da moderna literatura romântica"]

por Américo Leal Viana
18/8/2008 às
09h38

gostaria de te conhecer
Huumm. Decididamente, você é uma pessoa que eu gostaria de conhecer. Apresentou sua causa (visto que é polêmica, tem de ser "causa") com serenidade e solidez de argumentos. Li as duas autoras - e muitas do gênero. Minhas críticas, portanto, seriam fundamentadas. Leio e releio escritores clássicos. E também reconheço o esnobismo hipócrita de criticar sem ter lido - embora eu admita que uma boa folheada pode ser educativa. Escritores que afirmo detestar são fruto da minha experiência de leitura deles (incluindo um brasileiro famoso, e péssimo! Eu li!). Minha maior crítica a essa ficção está em algumas derrapagens de estilo (quando o açúcar fica excessivo) para o leitor que é também escritor. Será que isso não o afetaria? Apenas isso. Porque como leitora há dias e horas em que quero descansar, e Deborah Simmons (e Penny Jordan, nos seus melhores momentos) servem muito bem.

[Sobre "As duas divas da moderna literatura romântica"]

por Claire
18/8/2008 às
08h10

uma boa conversa de amigos
A Língua Portuguesa é complexa pra quem a estuda. São tantos meandros que uma palavra tem, induz, ou quer parecer, que pira qualquer aprendiz. Exceções às regras, indefectíveis cedilhas, zês, xis - são um emaranhado ilógico para uma criança. Labirintos léxicos e sintáticos embotam o raciocínio. Por isso as entrevistas, em geral (ou, às vezes?), confundem mais que esclarecem (mas, que esclarecem!). Quando o entrevistador tem a perguntar e o entrevistado tem a responder, saímos todos ganhando, como numa boa conversa de amigos. A entrevista da Ana Elisa apresenta uma pessoa generosa, de talento, e com domínio da ferramenta. Tomamos contato de forma inteligente com a "nova" Literatura de quem há muito batalha disciplinadamente com palavras, e tem muito mais a oferecer. A internet já pode mostrar seus frutos mais preciosos amadurecendo. Boas conversas, já não acontecem apenas e tão somente no entorno de chopes gelados com gosto de fumaça. Embora nada anule nada.

[Sobre "Ana Elisa Ribeiro"]

por Guto Maia
17/8/2008 às
11h50

Julio Daio Borges
Editor

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