Sexta-feira,
12/9/2008
Comentários
Leitores
Carioca escreveria Braziu?
Esse Shultzês não daria certo, porque é totalmente artificial, mais artificial ainda que o Esperanto. Sem falar que iria abolir a origem das palavras. Só tem dificuldade em escrever as palavras portuguesas com s, sc, ss, x etc. quem nunca teve familiaridade com o Latim. Um pouco do antigo Latim que era ministrado antigamente nas escolas não faria mal a ninguém! E ajudaria uma barbaridade na análise sintática. A propósito: carioca escreveria Braziu? Braziuziuziuziuziuziu!!!
[Sobre "Contra reforma ortográfica"]
por
Félix Maier
12/9/2008 às
09h45
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Democracia é liberdade?
Se for, então, estamos no caminho errado. A lei eleitoral, "rigorosíssima", acabou por tirar aquele certo brilho de eleições passadas. Acabou com o brilho, não com as falcaturas de alguns candidatos, que ainda insistem em transformar a votação em um balcão de negócios, e quem acaba pagando o pato é sempre o eleitor, culpado pelos descalabros. Interessante, que, quem julga e condena o eleitor, são os "céticos", pessoas que se dizem politizadas o bastante para rejeitar o processo eleitoral brasileiro (parece que têm saudade dos áureos tempos da ditatura militar), tentando convencer os menos politizados a desisitir de votar, com o discurso de que a política é coisa "de" e "para" bandidos. Se não sei em quem votar, por que não assistir ao horário gratuito eleitoral, apesar da quantidade enorme de bobagens? Sim, preciso assisti-lo para comparar "quem é quem" no jogo eleitoral. Não há nenhum demérito nisso. O país mudou, porque a nossa democria mudou - e para melhor.
[Sobre "A evolução da nova democracia brasileira"]
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Américo Leal Viana
12/9/2008 às
09h29
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Ainda o País de Leitores
O bom seria que fôssemos um país de leitores. É claro, que não alcançaríamos a totalidade. Mas, que tal 70% da população? Isso! Certamente nos daria "visões" desse tipo: um ônibus com metade da lotação, lendo; um trem, um navio ou um avião repletos de pessoas com um livros nas mãos; nos bares e restaurantes, as mesas cheias de gente se deliciando com uma boa história; nos escritórios ou em consultórios, bancos e cadeiras com clientes esperando, enquanto lêem; enfim. Mas, enquanto não atingimos "metas" como essas, não percamos a esperança, sem desconsiderar também aqueles, que, por razões diversas, preferem a "hora da química, da física ou da biologia" à "hora do conto", sem, contudo, rejeitarem por completo a literatura. Apenas, dedicam menos tempo (e dinheiro, é claro) a ela.
[Sobre "Literatura é coisa para jovem?"]
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Américo Leal Viana
12/9/2008 às
08h27
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Triste, triste
Infelizmente, o que fez "crescer" nossa classe média foi seu rebaixamento. Classe média até certo tempo atrás não significava equilibrar-se precariamente à beira da pobreza. No entanto, a nossa sociedade em termos culturais até que é solidária; pois a "elite" cultural do país também não é lá essas coisas. Pelo menos, enquanto estrato social, pessoas cultas e consumidoras de cultura, que realmente frequentam museus, teatros e lêem e quantidade e qualidade, representam um traço estatístico - honrosas exceções. E, surpreendentemente, estes casos nem sempre são determinados por sua classe sócio-econômica. Triste, triste. Pois se nossos desafios econômicos e sociais são imensos, é desalentador reconhecer que, cada vez mais, nos falta uma elite visionária e realizadora - ou uma classe média ambiciosa e questionadora.
Parecemos presos a um circulo vicioso de mediocridade, autocomplacência e acomodação.
[Sobre "Nossa classe média é culturalmente pobre"]
por
Werner
12/9/2008 às
02h28
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A prioridade é o celular
Primeiro: descobriram que a Terra é redonda. Segundo: duvido que alguém, passando por uma loja de celulares agora mesmo, não vá encontrar a mesma abarrotada de gente. Pra porcaria o brasileiro tem grana. Só não gasta com livro porque não quer.
[Sobre "Nossa classe média é culturalmente pobre"]
por
Barbara Pollac
11/9/2008 às
19h35
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Filosofando o facultativo
... então filosofemos um tiquinho: por mais desfavorecida que seja uma porção da sociedade, a mesma é dotada de uma consciência, pois todos nós nascemos com uma, tenhamos ou não passado por uma escola ou qualquer que seja a forma de instrução. Costumo dizer que os seres humanos vivem numa simbiose, trocando atitudes uns com os outros. Os dez anos vividos em cidade pequena e trabalhando em serviço público municipal me deram a noção de que nada é diferente dentro das sociedades, pois todas são movidas pela política. As pessoas menos favorecidas têm a noção exata do que estão fazendo ao trocarem seus votos por favores, sim. E até a mais favorecida faz o mesmo, tirando proveito nas épocas das eleições. Como tudo evolui, o Brasil, que é um jovem país, ainda passará para a fase do voto facultativo, sim; ainda chegará lá, e por que não?! Poderá (ou não) ter efeitos negativos, como deixar as decisões nas mãos dos menos informados, mas tudo é transitório...
[Sobre "Pelo direito (e não o dever) de votar"]
por
maria josé trindade
11/9/2008 às
18h35
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Aragonês
Interessantes as suas "soluções" para a língua portuguesa.
De fato, as línguas de normatização recente têm adotado a idéia de um som = um fonema. Um exemplo é o Aragonês. Procura no YouTube por "mallacan subtitulos". Só não gosto da grafia por ser totalmente baseada no Espanhol, mas aí a questão já é ideológica... :D
[Sobre "Contra reforma ortográfica"]
por
Yuji
11/9/2008 às
17h58
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Só para menores
Estou promovendo uma mesa redonda com crianças de dez a quatorze anos para debaterem sobre importância da leitura. Essas crianças participam do Bando da Leitura há mais de um ano. Fiquei impressionada com o nível da conversa. Nesta mesa redonda que se chama "Só para menores", os adultos só se pronunciam por meio de bilhetes que são enviados à mediadora e encaminhados aos debatedores da mesa. Em breve publicarei no blog um vídeo sobre o evento!
[Sobre "Literatura é coisa para jovem?"]
por
lucelia
11/9/2008 às
16h51
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falta apetite para ler
"Segundo Bourdieu, a posse do capital econômico confere, aos que o possuem, poder sobre os desprovidos, mas é pelo controle do capital simbólico que os dominantes impõem aos dominados seu arbitrário cultural, as hierarquias...". Bem, em se tratando do Brasil, isto é meia-verdade. Vejamos: o Abílio Diniz gasta horas em uma academia fazendo ginástica (classe dominante), os netos e filhos da alta burguesia freqüentam escolas onde o livro e a formação humanística não representam valor: os intelectuais ou próximos disso não são a elite econômica do Brasil, porque fora todo o refugo produzido pela TV, artistas e escritores estão à mercê, então o que nos resta? O filódofo francês está falando de uma sociedade européia e não uma sociedade tupiniquim. Não dá para comparar e tentar transpor ao pé da letra. Não temos problemas de falta de dinheiro para comprar livros, o que não temos é o apetite para lê-los. Porque está determinado pela cultura grosseira de massa que não é preciso estudar.
[Sobre "Nossa classe média é culturalmente pobre"]
por
Júlia Silveira
11/9/2008 às
12h32
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Literatura e Infância
Caros leitores, do meu ponto de vista, há imposições e restrições quanto à leitura por parte dos pais, das instituições escolares e da mídia. No século XXI, em qual vestibular um texto de Franz Kafka é leitura obrigatória? Por outro lado, há clássicos que não foram escritos para crianças e, no entanto, as crianças se apropriaram dos referidos, como, por exemplo, "As viagens de Gulliver", de Jonathan Swift; "Moby Dick", de Hermam Melville; as obras de Charles Dickens e tantos outros. Tais escritos visavam o público adulto, jamais o infantil! Concordo com Daniel Penac, e com ele proclamo por "todos os direitos imprescindíveis do leitor", desde a infância!
[Sobre "Literatura é coisa para jovem?"]
por
Sílvio Medeiros
11/9/2008 às
12h14
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Julio Daio Borges
Editor
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