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Quinta-feira, 30/10/2008
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Leitores

Arte: sem palavras!
Concordo com o conceito de arte exposto pelo Miguel. A arte deve ter aquela universalidade única cuja beleza independe de gostos, críticos e classes sociais. E desperta o melhor de nós mesmos, sem que sejam necessárias palavras para descrevê-la.

[Sobre "O belo e o escalafobético"]

por Edi Kersting
30/10/2008 às
10h02

Caio F.: o escritor apaixonado
A literatura de Caio tem sentidos muito aguçados, como a de Clarice e a de Hilda, mas ele é mais autobiográfico, mais apaixonado e se rende muito mais ao leitor. É ótimo ver as novas gerações descobrindo Caio, mesmo que alguns o vejam como um excêntrico gay. Sua obra é singular e extremamente humana. Caio sentia por todos os poros e não podia segurar o que havia dentro si, tanto que muitas vezes pensou estar louco, para depois concluir que fosse esse mesmo o caminho para a libertação. Outro livro maravilhoso é a coletânea de cartas. E aguardo ansiosamente o lançamento dos outros títulos pela editora Agir, principalmente "Os dragões não conhecem o paraíso", que, de tão raro, é vendido a peso de ouro em sebos.

[Sobre "Caio Fernando Abreu, um perfil"]

por Srta. Bia
29/10/2008 às
15h47

Política e Barbárie
Caro Fernando, sugerir uma reforma em todo o sistema educacional público? Fernando, como tomar, afinal, a nosso cargo, a atitude de formular opiniões e procurar verdades em caminhos abertos isoladamente? Para que uma sociedade prospere democraticamente é preciso que todos os cidadãos estejam reunidos e centrados JUNTOS (na esfera pública) em torno de algumas idéias principais, pois sem idéias comuns, não há ação comum! Fernando, o que me preocupa é -na qualidade de cidadãos (?!)- a nossa fragilidade e insignificância política. Um fato sombrio: resido na periferia (cerca de 400 mil habs.) de uma metrópole. Nas últimas eleições, tão logo apresentados os resultados das urnas, uma impressionante profusão de fogos de artifício, seguida de distribuição de drogas pelas esquinas dos bairros. Vitória dos vereadores que apoiam ou estão envolvidos com o tráfico de drogas, o crime organizado! CREIA, FERNANDO! Na política, estamos a reboque desta barbárie!

[Sobre "Cócegas na língua"]

por Sílvio Medeiros
29/10/2008 às
14h29

Jacko: perfeito!
Uau! Esse texto é uma perfeição, e eu, como sou muito fã do Michael Jackson, concordo com TUDO.

[Sobre "Quem somos nós para julgar Michael Jackson?"]

por Renata
29/10/2008 às
12h18

Ah, a luxúria...!
Se pode haver algo de sagrado no profano, que o seja no pecado da luxúria. Dos sete capitais, por certo, é o que, por mais vezes, pratico. A luxúria tem sensualidade no nome, nos atos, nos encontros dos corpos, no tato, no gosto. É movimento. Sensualidade que me fascina. Que pratico sem culpa. E em poesia. [Porto Alegre - RS]

[Sobre "Promoção Satã: uma biografia"]

por Daniele
29/10/2008 às
12h16

Reforminha caça-níqueis
Caro Sílvio. Satisfazer-se com essa reforminha caça-níqueis é um comportamento tão insensato quanto acreditar que vivemos em uma democracia. E se é pra discutir democracia, ou "reclamar", vamos lá. Podíamos começar sugerindo uma reforma em todo o sistema educacional público, que a muito tempo está falido. Muito mais importante do que essa tal reforma ortográfica, ou não?

[Sobre "Cócegas na língua"]

por Fernando Lima
29/10/2008 às
12h13

Acho que estilo é isso
Aí vem você para atormentar as mentes medíocres e jogar idéias que nos fazem desviar o olhar. Acho que estilo é isso. O desvio do óbvio. Seu texto mexe e remexe com as nossas convicções e nos traz uma certa inquietação, um certo mal-estar e nos deixa mais atentos, talvez, na próxima leitura. Acabei de ler um livro: "Animais em Extinção", de Marcelo Mirisola, e posso dizer que me surpreendeu. Não sei o que isso tem a ver com o seu texto, mas acho que gostaria de sua opinião, leitor passageiro - nem tanto clandestino. Guga seu texto é de se guardar para se consultar sempre que nos sentirmos atraídos por essa ou aquela resenha. Beijo.

[Sobre "Entrelinhas"]

por Adriana Godoy
29/10/2008 às
11h25

Lucius e Lúcifer
Na livraria onde trabalho, ofereci "1984" do George Orwell para uma fã de Zíbia Gaspareto jurando que era psicografado. Tomara que o Lucius e Lúcifer sejam primos distantes. [São Paulo - SP]

[Sobre "Promoção Satã: uma biografia"]

por Fernando Assis
29/10/2008 às
09h28

Eu fiz um aborto
Assim, como qualquer ser humano normal, tenho inúmeros pecados, porém, tem um que não deixa a minha consciência em paz. Quando eu tinha 19 anos, engravidei, meu namorado era dois anos mais novo que eu, nossa imaturidade era tamanha... quando se é jovem, muitas das vezes não pensamos nas conseqüências dos nossos atos. Jamais poderí­amos deixar que algo parecido acontecesse, ainda tínhamos muitos planos para realizar, e ter um filho, naquele momento, não era um deles. Eu fui cruel, malvada, sem remorso planejei como seria o fim daquele fato. Mas os inúmeros métodos não deram certo. Já estava no meio do caminho, não podia mais voltar... Eu estava certa de que aquele era o caminho mais apropriado. Você pode até me chamar de insana, mas nada me fazia parar, não era apenas o meu futuro que estava em jogo, tal fato ia afetar todos ao redor... Eu tinha acabado de conseguir um emprego temporário, estava me preparando para o vestibular, minha mãe trabalhando como empregada doméstica, com um salário miserável e, além do mais, meu namorado era um garoto que também queria concretizar seus sonhos... Enfim, a nossa realidade não era apropriada para pensar em filhos. Finalmente, após dois meses encontrei uma enfermeira que fez o serviço. Confesso que chorei muito, não somente pelas dores físicas, mas pelas dores do arrependimento, que eram maiores. Um tempo depois, estava eu num leito da Santa Casa (Hospital), prestes a fazer uma daquelas limpezas que mulheres que abortam fazem... Observando aquelas mulheres prestes a dar à luz e uma delas se destacava, pois suas dores e o sangue que jorrava era de incomodar qualquer um. Graças a Deus não foi necessário fazer a tal limpeza, entrei de manhã e sai à tarde. Esse foi meu maior pecado, mas acho que, em seguida, ou até mesmo no trajeto dos acontecimentos, paguei por ele - e bem caro. [Belém - PA]

[Sobre "Promoção Satã: uma biografia"]

por Cintia Costa
29/10/2008 às
09h27

Chover no molhado
Bravo, Pilar! Outro texto breve, coerente e divertido! Pilar, você tocou o dedo na ferida: êta povo reclamão! O mais insensato é que não reclamam do fundamental, isto é, dessa democracia que "deu de galho" no país: imagina só, ficar satisfeito em depositar de 2 em 2 anos um votinho na urna /rsrs/. Ora, ora, doxas são doxas! e ainda procedentes do espaço privado, não público, ou melhor: não político! é o mesmo que chover no molhado. Abraços do Sílvio Medeiros. Campinas, é outubro de 2008.

[Sobre "Cócegas na língua"]

por Sílvio Medeiros
28/10/2008 às
18h11

Julio Daio Borges
Editor

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