Segunda-feira,
3/6/2002
Comentários
Leitores
Achei esse texto agora
Meu querido Alexandre, achei esse seu texto agorinha, e já ri até as lágrimas, e já me enterneci,já fiquei séria e já fiquei encantada com a idéia de um monge vestido de Pilatos, com armadura e tudo! Sem querer brincar de Bob Carlos, foram tantas emoções... Agora, só me resta uma pergunta: você tem o endereço do Cristo em Teresópolis? Beijos da Sue
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Assunção Medeiros
3/6/2002 às
19h15
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trabalho
Acho bom esclarecer essa questão do trabalho no Brasil.É preconceituoso dizer que o brasileiro não trabalha,é preguiçoso e indolente.Isso é falseador da realidade do pais.Na media o brasileiro trabalha muito ,nove, dez horas por dia e não apenas em São Paulo mas em toda a nação.O que não há aqui é a célebre ética do trabalho.A noção de que o trabalho é a medida do carater de que o trabalho é recompensado com a prosperidade e a riqueza e que esta é o índice do valor individual.Essa consciencia tão bem desenvolvida nos paises protestantes como Estados Unidos,Inglaterra e Alemanha é incipiente aqui.Mas por que?Por causa do sol,do calor amolecedor?Por causa da raça?Ou da praia?Eu não creio.Essas ideias são antiquadas.No Brasil não há uma classe média numerosa e há poucas décadas atras ela era ainda menor.A etica do trabalho precisa de uma classe média organizada e numerosa interessada em educar seus filhos para ascender em relação aos pais confiante na educação no trabalho como meio da auto-promoçao.Simplesmente a etica do trabalho não pode surgir entre escravos não por que estes sejem indolentes e sem carater, proprios para a labuta forçada sob o látego, mas por que ela exige homens livres e auto-confiantes.Voces ja ouviram falar de ética do trabalho entre camponeses?Da ética do Jeca Tatu?Ou da etica do lúpem?Por que sera que a etica do trabalho nao surgiu entre os camponeses medievais da Suiça mas entre seus descendentes banqueiros em Zurique.O mesmo para os anglo-saxões e seus descendentes em Michigan ou na Pensilvania.E afinal como ela pode surgir entre pessoas que não tem a menor esperança de emergir de seu ciclo de pobreza.No Brasil nunca se teve a certeza de que a recompensa sempre vem para o trabalho e essa e a nossa herança escravocrata.Mas temos melhorado.O fim da inflação e a estabilidade da economia terminaram com um imposto terrivel sobre o assalariado e a sensação de perder sempre o chão sob os pes que advem numa economia instavel.Por outro lado o governo FHC manteve a ciranda financeira,os juros extorsivos que engendram lucros para os emprestadores de dinheiro e prejuizo para os geradores de riqueza produzindo assim uma economia rentista em que é mais vantajoso comprar papéis e esperar dividendos que construir,investir e suar em um empreendimento no mundo real em contraposição ao mundo surreal e etéreo da especulação.Por isso não sentimos a mudança cultural do fim da inflação e da estabilidade em toda a sua amplitude.Mesmo assim vimos mais pessoas tornando-se consumidoras,financiando bens e prosperando.Se este modelo puder mudar, o Brasil crescer investir em educaçao o pais mudará.
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carlos caldas
3/6/2002 às
10h38
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Eu torcerei pelo Brasil
Acho que o problema é que não somente eu como várias pessoas cresceram ouvindo que Gradiente era uma porcaria, CCE era uma porcaria, Cougar era uma porcaria, Nike era o melhor sapato, etc. Nós brasileiros estávamos atrasados tecnologicamente. O cinema nacional só mostrava sacanagem e o Collor enterrou o cinema nacional. Posso estar errado, mas quando era garoto eu só ouvia isso. Concordo com suas colocações, estou somente pensando porque aconteceu isso com nosso país. Quanto ao futebol, todos que conhecem sabem o estilo de jogo do Scolari. Nenhum técnico queria comandar a seleção, ele foi o único patriota que aceitou o desafio. Agora todos criticam que ele é grosso, que manda bater, que é retranqueiro... Eu também não gosto do estilo de jogo dele mas acho que os 180milhões de "técnicos" devem aceitar seu estilo pois na hora que a seleção precisou de um técnico ninguém aceitou dirigir o time. Vou torcer sempre para o Brasil apesar de não acreditar que eles tragam o caneco.
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Alexandre Catelli
3/6/2002 às
11h19
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VÁ MORAR NA DINAMARCA!!!!!!!!!
É uma vergonha que uma pessoa que "vive" do esporte nacional, principalmente do futebol torça contra o Brasil. Pelo que eu sei o Sr. Adriano possui uma empresa de mkt esportivo chamada ESM que atende os principais atletas do país. Será que eles já leram essa sua coluna???
Eu acredito que o Sr. Maesano deva encontrar outra profissão...talvez a de crítico, já que é só o que sabe fazer!
É essa falta de nacionalismo que nos torna um país tão frágil.
Vá morar fora!!!! Estamos cansados de gente hipócrita!!!
O BRASIL agradece.
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Brasil
3/6/2002 às
10h59
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Tudo é possível
Smith, com uma Bíblia na mão dá pra justificar qualquer coisa. A simples noção de ridículo já ajuda, em grande parte, a separar o joio do trigo (por sinal, uma expressão bíblica). Mas para as questões mais sérias, como a da Eucaristia, por exemplo, aí só mesmo um Magistério divinamente instituído, porque nem o conhecimento, nem a sabedoria, nem a santidade e - muitíssimo menos - nem a maioria dos homens podem ser decisivos. Grande abraço.
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Alexandre Ramos
3/6/2002 às
09h51
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Porcos Endemoniados
Caro Alexandre (sem pseudônimos aqui, né?):
São realmente muitas as interpretações dadas ao que nos foi ensinado. Ainda mais sobre a história de um personagem importante como Jesus, que vai sendo encaixada e adaptada para as várias religiões que vão surgindo... Lembro-me de um exemplo deste tipo de coisa que uma professora de história nos deu em sala: um amigo, parente ou algo assim dela era de uma religião, seita, ou algo assim, que não permitia que seus devotos comessem carne de porco. O motivo? "E então os espíritos impuros saíram, entrando nos porcos. Eles então correram violentamente..." - Marcos 5:13 (a tradução pode estar equivocada, estou copiando isso de uma carta de Magic em inglês...). Por causa deste trecho, que segundo minhas nebulosas memórias trata-se de um 'exorcismo', nessa seita acredita-se que os porcos são impuros. Até hoje.
Fazer o quê? Acho eu que isso sempre vai acontecer. O importante é saber separar o ridículo e o inventado do que pode realmente ser verídico.
Estou certo?
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Rafael Smith
3/6/2002 à
00h43
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É isso aí
Querido Dennis: concordo, concordo, concordo! E digo mais: concordo!Mas não fique amargurado,porque isso é apenas sinal de que temos muito o que fazer. Arregace as mangas, menino, e faça bem o que quer que seja que você faz melhor. Se for escrever, escreva. Se for cantar, cante. Crie seus filhos, presentes ou futuros, com cuidado e com valores sólidos. Ensine-os a ler com gosto e com entendimento. Seja um exemplo para as pessoas à sua volta. E deixe que os Alulelês de Orubás se comam entre si. Plante uma semente boa para o futuro, e procure solo bom onde plantar. O que for erva daninha, tenha certeza, vai ser jogado no fogo do tempo e será destruído. E quando o trio elétrico estiver dando nos nervos, pegue o walkman e ouça Bach. Beijos da Sue.
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Assunção Medeiros
2/6/2002 às
14h27
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Mais malucos do que os japas
Querida Sue, citei São Paulo, é verdade, mas foi como exemplo, apenas... Questão de Matemática, já que São Paulo representa o maior doador de impostos e taxas, entre os Estados brasileiros. Prometo tomar cuidado para não transformar minhas amarguras em bairrismo. Prometo. Mas as amarguras existem; amarguras e indignações, principalmente quando fica claro que "alguns poucos" estão financiando as Micaretas, Pomponetas, Petapetas, Caranamaios, Carnajunhos, Carnajulhos, Carnagostos e inúmeras outras fentanças populares, geralmente comandadas por brasileiros de turbantes, com trajes e colares africanos... brasileiros que acham "lindju" ser filho de "Mama África" e até trocam o nome José e Raimundo por Alulelê de Orubá e Pomaturé de Alaketo. Pra mim, se quer mesmo saber o que penso, essa gente batuqueira é muito mais maluca do que os inventores dos pets tomagoshis. Você não acha, Sue? Ah, testou cheio de ver tanta festa cretina, comemorando porcaria nenhuma. Mas isto é Brasil: uma escritora como Hilda Hilst, com 50 anos de literatura, tendo escrito prosa, poemas, teatro... é jogada de lado... Uma Dona Zélia Gatai, com uma obra literária muitíssimo menos representativa é "imortalizada" pela Academia Brasileira de Letras, porque foi casada com Seu Jorge. Isso dá nos nervos! 1... 2... 3...4... 5...
Abraço, Sue.
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Dennis
2/6/2002 às
12h33
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Oi Dennis!
Meu querido, cuidado com o bairrismo. E eu não disse que TODO brasileiro é maluco, assim como o próprio Alexandre não disse que TODO japonês é maluco. Veja o que ele diz: "Sigam-me, pois: pelo menos aqueles que compartilharem um pouquinho do meu prazer em chamar uma nação inteira de maluca. Que é o prazer, claro, de falar uma bobagem, mas com alguma verdade emaranhada nela."
É uma bobagem mesmo achar que todo muno em um país é igual, mas nós sabemos como é o perfil do brasileiro como POVO. Eeu duvido que TODO o paulista ou paulistano seja trabalhador, meu querido, assim como sei que o povo carioca também não é TODO ele indolente. Nem os baianos o são. Enfim, não sendo paulista, mas tendo uma porção de coisas para fazer, eu deixo meu beijo para você. Por favor, pode me chamar de Sue mesmo... :o) Fui!
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Assunção Medeiros
2/6/2002 às
10h57
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O Brasil que carrega o Brasil
Caríssima Assunção Medeiros: sim, é fato que existe um Brasil festeiro e safado, indolente e descarado, que descansa até desmanchar. Você só não mencionou que esse Brasil indolente é carregado nas costas do outro Brasil, o Brasil responsável e lutador, que trabalha até quebrar, o nosso Brasil Paulista, por exemplo. Este acorda antes do galo e adormece depois da coruja!!!
Abraço do Dennis.
[Sobre "Psiquiatra declara Japão Oficialmente Maluco"]
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Dennis
2/6/2002 às
09h28
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Julio Daio Borges
Editor
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