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Quinta-feira, 6/6/2002
Comentários
Leitores

A TV a cabo não está em crise!
Contando o número de intervenções sobre o "calcinha" concluo: o apoio do BNDES à TV a cabo é mesmo maracutaia. Tem assinante para dar com pau. Respondendo aos comentários da SUE: Eu comparei as ilustres senhoras do Saia Justa à Lucia Guimarães. Não devia. São públicos diferentes, interesses diferentes. Eu nunca encontraria as justas saias em um seminário sobre o Brasil, como encontrei a Lucia Guimarães. Elas não me indicariam a exposição G. Ritcher, como fez a Lúcia. Eu, por exemplo, não tenho nenhum imteresse em Beatles, nunca tive, em qualquer versão. Também não vejo aquele programa horrível da Marisa Orth (se ela é inteligente, o que faz lá, dinheiro?). Assisto aos "Normais", acho divertido exatamente em função da idiotia urbana dos personagens em um rítmo excelente, feito para TV. Isto não quer dizer que eu tenha interesse no que pensa a Fernanda. O marido era engraçado quando escrevia contos pornográficos no Planeta Diário (Com calor na bacurinha). A Mônica é boa... bem... prefiro o William Waack no Globo News Painel. Não gosto da Maria Bethânia, acho Gal irritante, assim como 99% da nossa música popular que "aparece", mas acho a Mônica Salmaso excelente, assim como a Beth Bruno e a Bel Padovani. Logo o problema da "editoria" do programa não me preocupa. Quando é chato, ruim, não assisto. Tendo público, parabéns. Vida longa. Um abraço cara Sue.

[Sobre "Com a calcinha aparecendo"]

por Jose Maria
6/6/2002 às
10h16

Maldição ou identidade?
Olá, amiga. Muito bom o artigo. Só gostaria de dizer que a seguinte frase é um verdadeiro pepino sociológico-filosófico: "Como pode um povo, com seu país na situação que está, às vésperas de uma eleição geral, parar tudo, chegar mais tarde no trabalho, para acordar de madrugada e assistir a um jogo de futebol?". Minha resposta inicial é: não sei como pode, mas sinto - do fundo de minha alma - que o fato de se poder fazer isso é algo positivo e não negativo. Pode não ser positivo pragmaticamente, pois seria mais eficiente e prático se o povo gastasse seu tempo pensando sobre os candidatos. Mas, humanamente, parece-me que essa atitude define a própria identidade cultural do brasileiro. E arrisco mais. Outro elemento que define essa identidade é a própria sensação de "primeiro dia de aula", em tudo que se faz. Beijos, Evandro

[Sobre "O Primeiro Jogo"]

por Evandro Ferreira
6/6/2002 às
09h31

Sobre bom senso
Caro Helion, tenho uma preocupação constante em acrescentar algo ao debate, se não uma informação, uma interseção que seja. Minha maior pretensão como colunista, antes mesmo de ingressar aqui no Digestivo, era estimular o debate da forma mais elegante possível, mas sem largar o bisturi. Fico aqui, da minha trincheira, tentando, tentando... Um dia eu consigo. Concordo com o que você escreveu sobre o texto opinativo. Como mesmo disse, questão de bom senso e de respeito. Obrigado pela mensagem. Grande abraço.

[Sobre "Paz é conto da Carochinha"]

por Bruno Garschagen
6/6/2002 à
00h28

Sobre lucidez
Caro Heraldo, agradeço o comentário. E essa palavra civilizada me é tão cara que sua mensagem veio com uma espada afiada e me encheu de ânimo. A pesquisa que fiz foi demorada e me preocupei em escrever sem insultos, mas deixando clara minha posição. Obrigado pelo feedback. Grande abraço. Bruno.

[Sobre "Paz é conto da Carochinha"]

por Bruno Garschagen
6/6/2002 à
00h22

ser lúcido
Heraldo, O problema do texto que joga o pacote ideológico pronto sobre o leitor, ainda mais quando o faz com arrogância, é que desencadeia uma avalancha de protestos agressivos, refutados de forma também agressiva pelos que seguem a linha ideológica do colunista. Estes acabam entrando na discussão mesmo que não tenham muito a dizer sobre o tema. O fim da história é um embate de insultos pessoais, como já vi acontecer algumas vezes aqui no Digestivo. O texto do Bruno me parece ter fugido de tais armadilhas. É o tipo de contribuição que espero poder ler mais por aqui.

[Sobre "Paz é conto da Carochinha"]

por Helion
6/6/2002 à
00h03

Objetividade e bom senso
Caro Bruno, também eu não tenho vínculo religioso ou afetivo com qualquer das duas partes em conflito. Embora não seja fácil ficar alheio a alguns valores que estão em jogo. Acho que o texto opinativo tem sua razão de ser, desde que com uma mínima fundamentação e sem agressividade quanto a eventuais discordantes. Questão de bom senso e de respeito, enfim. Se este informativo se pretende um Digestivo, um colunista não deveria jamais despejar sobre o leitor um pacote ideológico pronto, muito menos responder aos comentários com rancor. Pode-se ser opinativo sem agir assim. Gosto de debater e contrapor pontos de vista, mas é terrível ter a sensação de que o discordante “entrou numa festa de amigos sem ser convidado”. Isso costuma ocorrer aqui, infelizmente. O seu texto, Bruno, cumpre bastante bem o objetivo de fornecer informações relevantes sobre os argumentos dos dois lados, sem agredir ou menos prezar nenhum dos dois. Quem quiser que se aprofunde através de outras fontes. Em outras palavras, parabéns pelo artigo.

[Sobre "Paz é conto da Carochinha"]

por Helion
5/6/2002 às
23h58

Interlúdio
A glória do Senhor, que tudo move,/ no Universo difunde-se e esplandece / onde mais, onde menos se comprove./ No Céu que mais a sua luz favorece / estive, e coisas vi que redizer/nem sabe ou pode quem de lá ora desce;" (A Comédia - Paraíso, Canto I, 1-6) Estive no Céu aqui com vocês, obrigada pelo interlúdio... Beijos da Sue

[Sobre "Quem Não Lê Não É Humano"]

por Assunção Medeiros
5/6/2002 às
22h46

"Veramente bello"!!
Maravilha! De nada, Alexandre! Que felicidade sinto ao ver as coisas darem certo e as pessoas conseguirem estabelecer um diálogo racional! Nem tão feliz assim foi o Eduardo com seu texto sobre o Saia Justa. Os ânimos por lá estão quentíssimos. As carapuças rolaram soltas e pousaram em muitas cabeças. É pena, porque o Saia Justa não é um programa ruim. Só não é muito bom e, como todo programa de televisão, não sai do campo do "achismo". O problema são os referenciais. Um professor meu dizia que se você quer escrever como Dante, tem de aprender com alguém melhor que ele, pois se aprender com ele, você só conseguirá escrever como Balzac, por exemplo. O nível da leitura condiciona o nível intelectual. Logo, se você só lê Fernanda Young, escreverá como Paulo Coelho! E achará a Rita Lee o máximo da erudição. Portanto, vamos a Dante e deixemos os coelhos e as youngs para as horas (mais) vagas!!

[Sobre "Quem Não Lê Não É Humano"]

por Evandro Ferreira
5/6/2002 às
22h30

Evolução
Olha só, Eduardo, que divertido... no início éramos um par de fascistas machistas, depois nem mesmo éramos um par mas sim a mesma pessoa. Depois nem par, nem um: éramos um casal. Agora somos colegas de trabalho no picadeiro... que virá a seguir? Não, não é preciso que vocês continuem esta busca no meio da escuridão, eu mesma lhes darei a luz: eu e o Eduardo, na verdade, somos um casal de hermafroditas siameses, agentes secretos vindos do planeta Ômega, e a semelhança com palhaços é devida aos pés extremamente grandes, com ventosas na sola, que nos permitem subir pelas paredes e assistir ao saia justa de cabeça para baixo. Sabe que o programa fica melhor assim? Beijos da Sue.

[Sobre "Com a calcinha aparecendo"]

por Assunção Medeiros
5/6/2002 às
22h09

parenti serpenti
Alexandre, você acertou em cheio: ataque coordenado, defesa coordenada. A mamãe da Rita Lee versus as irmãzinhas do Eduardo. Acho que isso explica tudo.

[Sobre "Com a calcinha aparecendo"]

por Helion
5/6/2002 às
22h05

Julio Daio Borges
Editor

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