Segunda-feira,
10/6/2002
Comentários
Leitores
Obra pirata
No oitavo dia desta última Bienal, um estudante de jornalismo, não sei bem como, conseguiu pregar um quadro pitando por ele mesmo numa parede da exposição. E só foi pedi-lo de volta quando, encerrado o evento, as obras estavam sendo recolhidas. Ninguém da organização percebeu a obra pirata. Ou seja: decididamente, não há qualquer diferença entre o que eu ou esse jornalista colorimos em casa do que é exposto na Bienal. A intenção do pintor amador, diga-se, foi exatamente criticar a organização da mostra. Alfons Hug deveria, se lhe restasse vergonha na cara, pedir desculpas publicamente, no mínimo, porque isso é uma palhaçada - que confirma, ainda, a palhaçada que é o evento pelo qual ele é, em parte, responsável. Mas não: disse que o cara tinha vocação para a Arte Conceitual, considerando o sucesso de sua performance. Ridículo.
[Sobre "A Bienal e a Linguagem Contemporânea"]
por
Eduardo Carvalho
10/6/2002 às
13h57
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Lindo!
Ah, meu amigo, faz isso não, senão eu choro... seu texto está lindo demais! É sempre isso que eu digo, o mundo acontece entre o eu e o tu, nesse espaço entre o "fale" e o "já falei". O que aconteceu na Praça da Paz celestial foi que o homem na frente do tanque "falou" ao homem que dirigia aquele tanque, um a um, e o homem escutou. Maravilha das maravilhas, ainda podemos escutar uns aos outros, se nos olharmos a todos como indivíduos. Obrigada pelo presente que este texto é. Beijos da Sue
[Sobre "O homem da paz celestial"]
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Assunção Medeiros
10/6/2002 às
09h01
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A pluma da mosqueteira
Querido Evandro, obrigada pelas palavras. Eu espero poder um dia morrer como morreu Cyrano de Bergerac, no maravilhoso livro de Edmond Ronstand, dizendo (tenho a versão em inglês): "Yes, all my laurels you have riven away / And all my roses; yet, in spite of you,/ There is one crown I bear away with me. / And to-night, when I enter before God, / My salute shall sweep all the stars away / from the Blue threshold! One thing without stain,/ Unspotted from the world, in spite of doom / Mine own! - / And that is... / My white plume...". Traduzindo grosso modo, para aqueles que não falam inglês: "Sim, todos os meu louros foram tomados por vós / E todas as minhas rosas; no entanto, apesar de vós, / Há uma coroa que levo comigo, / E hoje à noite, quando me puser diante de Deus / Minha saudação espantará todas as estrelas / Do umbral azul! A única coisa sem mácula / Sem as manchas do mundo, apesar de minha sina / Toda minha! - / E esta coisa é... / Minha pluma branca..." Beijos da Sue
[Sobre "A Guerra contra a Chatice"]
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Assunção Medeiros
9/6/2002 às
22h41
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A poesia, o peso e a pluma
Acho que Mario Quintana tinha também a mesma vocação de Lear. Seus poemas são tão singelos que certa vez um militar que compareceu a um lançamento de um livro seu disse-lhe: "Gostei muito de seus poeminhas". Então, Quintana respondeu: "Muito obrigado por sua opiniãozinha". Outra demonstração - esta mais radical e sisuda - de desapreço pela mania humana de levar as coisas muito a sério é o filme "Barry Lyndon", de Kubrick. Estou chocado até hoje com a habilidade do diretor em mostrar os limites que pode atingir a paranóia humana. Parabéns pelo texto, Alexandre. Gostei do "Assunción", no comentário 4! Cara amiga Sue, não te aches pesada, pois tu és leve como uma pluma e teus argumentos são certeiros como um punhal! Saudações, Evandro.
[Sobre "A Guerra contra a Chatice"]
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Evandro Ferreira
9/6/2002 às
22h10
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Nada de pepinos...
Isso aqui virou um restaurante de primeira categoria! Então lá vai a boa de hoje: filé grelhado com bacon, arroz piemontês com champignons, batata sauté. Radicalmente diferente das demais propostas, hein? Pra falar a verdade, detesto pepinos. Quando muito, os aprecio dentro de um sushi de salmão. Aliás, não posso nem falar de sushis. A última vez em que fui a um rodízio japonês, quase fui parar no hospital, de tanto que comi. A gula é coisa feia e não combina com a boa cozinha, mas às vezes é inevitável! Deve ser, portanto, exceção e não regra. Assim também a alegria de um povo sendo usada como alienação: deveria ser exceção e não regra. Mas a exceção precisa ter o seu lugar garantido. Cadeira numerada no Maracanã!!
[Sobre "O Primeiro Jogo"]
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Evandro Ferreira
9/6/2002 às
21h56
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Iam, iam...
Lá vai a dieta pro espaço. Bom, com o xará e o Evandro ajudando... podemos começar com uma bruscheta com bastante alho, e por aí vai. Bom finzinho de domingo para todos. Alexandre
[Sobre "O Primeiro Jogo"]
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Alexandre Ramos
9/6/2002 às
21h41
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Almoço de domingo
É verdade! É domingo... dia de se fazer uma comidinha mais especial. Senta então, Alexandre, deixa os pepinos de lado um pouco que eu vou buscar o presunto de Parma e um pão italiano. Aqui já tem um pratinho de muzzarela de búfala fatiada, temperada com azeite e orégano. Enquanto você belisca, deite-se naquela rede bem ali, que eu vou terminar de fazer o talharim ao pesto. Gosta de um tinto encorpado? Trago já, já... Beijos da Sue.
[Sobre "O Primeiro Jogo"]
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Assunção Medeiros
9/6/2002 às
16h17
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Interesses
Muito obrigado pelos parabéns, Ricardo. O que acontece é que assuntos como este, de um nível ligeiramente superior ao do Saia Justa, não interessam à "elite intelectual brasileira" que me xingou no fórum do "Com a calcinha aparecendo". Aquele abraço,
Eduardo
[Sobre "Em busca da pureza perdida"]
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Eduardo
9/6/2002 às
14h13
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Volte sempre
Muito obrigado, Ricardo, pela leitura e pelo elogio, deste texto e, especialmente, do "Em busca da pureza perdida". Volte sempre, abraço, do
Eduardo
[Sobre "Com a calcinha aparecendo"]
por
Eduardo
9/6/2002 às
13h45
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Então tá então
Os pepinos estão ótimos, obrigado. Um fiozinho de azeite não vai mal. Estou com os romances do Isaias Pessotti aqui ao lado, pensando se vou reler algum deste domingão de sol, mas o problema é que se fala muito em comida nos três, e só coisa italiana boa, aí fica difícil resistir a um pulinho na geladeira para pegar um golinho de vinho, um tiquinho de queijo, sabe como é... Enfim, concordo quanto ao panem et circenses, e há um antecedente ilustre: "Noventa milhões em ação, prá frente Brasil, do meu coração..." Beijo, Alexandre
[Sobre "O Primeiro Jogo"]
por
Alexandre Ramos
9/6/2002 às
12h47
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Julio Daio Borges
Editor
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