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Terça-feira, 15/9/2009
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Leitores

Fale com Ela, Almodóvar
Não me considero uma especialista em roteiros de cinema, mas, para mim, para que um roteiro seja considerado bom basta que ele não seja óbvio e atinja o objetivo sem muitos rodeios. "Fale com Ela", além de transformar a história e cada personagem em pessoas reais, consegue envolver quem assiste a trama - do começo ao fim. Para mim, assisti­-lo foi como se Almodóvar criasse aqui dentro uma cumplicidade, demonstrada pelo sofrimento, pelo choro que eu não conseguia segurar ao ver que o que mais se precisa é de pessoas que parem mais para entender. Porque, para se haver um diálogo, uma troca constante, também é preciso aprender a hora de calar e escutar. [Manaus - AM]

[Sobre "Promoção Manual de Roteiro"]

por Débora Andrade
15/9/2009 às
09h24

Uma falha na direção
Vanusa ou qualquer artista sem condições de desempenho é fato que não deve causar estranheza. Não é tão inusitado assim. O estranho é que não tenha havido ninguém para impedir em tempo hábil, que não tenha havido ninguém para cortar o som "por motivos tecnicos", postergando (sine diem, rss) a chamada. Convenhamos que houve falha na direção. Cylene Gama

[Sobre "Vanusa e o Hino Nacional"]

por Cylene Gama
15/9/2009 às
03h17

Chega de bodes expiatórios
"O cigarro nos impede de matar os outros", disse um leitor sobre meu texto. Como um poeta me disse: "se não fosse poeta, seria assassino". Conversa pra boi dormir é a pessoa se fazer de vítima de uma fumacinha qualquer enquanto se envenena se entupindo de enlatados, poluição, trabalho mal pago... chega de bodes expiatórios (não bastou o nazismo?).

[Sobre "Cigarro, apenas um substituto da masturbação?"]

por jardel dias cavalcan
15/9/2009 à
00h58

Palpáveis e sedutores
Me delicio vendo fotos amareladas que me recuso escanear, confesso que os discos de vinil se foram (talvez pela falta de espaço), mas ainda mantenho livros - visíveis, palpáveis e sedutores - na estante e meus porta-retratos ainda suportam fotos não digitalizadas nem photoshopadas... E ainda guardam a espontaneidade do momento.

[Sobre "Ter ou não ter"]

por Denise Loureiro Silv
14/9/2009 às
23h47

Conversa pra boi dormir II
4. Entre o suposto charme do cigarro e, na sua ausência, o aguçamento da "sensibilidade erótica", fico com o segundo. E se o charme é tão importante, que pelo menos os referidos sem-charme, criticados pelo autor, fossem proibidos de fumar - já seria um alivio para os nossos pulmões e para os olhos dos estetas. 5. Se casamentos, amizades e relações de trabalho dependem tanto do cigarro, como foi colocado, é sinal de que precisamos de Freud como nunca antes.

[Sobre "Cigarro, apenas um substituto da masturbação?"]

por Ricardo Antunes
14/9/2009 às
23h05

Conversas pra boi dormir
1. O autor, tão preocupado com o sofrido trabalhador brasileiro, vítima das longas jornadas de labuta, deveria pensar em quem trabalha nos bares e tem que respirar fumaça horas a fio, durante anos. Essas pessoas, sim, não têm liberdade, e fazem parte da tal classe de trabalhadores do terceiro mundo. Aliás, a defesa simultânea do povo mítico e da propriedade privada indica que tais argumentos são sociologia pra boi dormir (fedendo a cigarro). 2. Também é falacioso falar de criminalidade e poluição. A existência de problemas maiores não impede a tentativa de solucionar algum que seja menor. 3. As informações do penúltimo parágrafo, no qual é mencionada a melhora do paladar, da tosse [sic], da potência sexual e da autoestima do ex-fumante parecem inviabilizar o quadro catastrófico da "explosão do grau de stress em vários lugares", que o autor teme ser a consequência de uma eventual redução da quantidade de fumantes.

[Sobre "Cigarro, apenas um substituto da masturbação?"]

por Ricardo Antunes
14/9/2009 às
23h03

Cidadão Kane
Roteiro enxuto, perfeito, levando a história sempre avante. [Rio de Janeiro - RJ]

[Sobre "Promoção Manual de Roteiro"]

por Lobo
14/9/2009 às
17h20

Ainda não estamos preparados
Bacana o texto. Durante muito tempo fui a favor do voto facultativo, mas entendo que o Brasil ainda não está preparado para ter essa modalidade. Um dia chegaremos lá!

[Sobre "A favor do voto obrigatório"]

por Alexandre Campbell
14/9/2009 às
16h13

O poder do afeto
Há muito não leio um texto tão carregado de afeto! E não é exatamente isso o que está faltando nos seres humanos da era eletrônica? Afeto... Deixar-se afetar até mesmo pela singeleza da emotividade infantil... A varinha mágica na verdade existe, só não pode ser comprada. Ela é este sentimento ao mesmo tempo tão tênue e tão palpável... do afeto.

[Sobre "Varinha de condão"]

por Paulo Mauad
14/9/2009 às
13h28

O Senhor dos Anéis
Porque adaptações de livros são sempre complicadas de serem feitas, elas dificilmente superam a versão literária. Com "O Senhor dos Anéis", a coisa funcionou de modo inverso. Os livros têm um ótimo enredo, mas são parados, excessivamente descritivos, e o roteirista conseguiu produzir ação sem tirar a qualidade da história. [São Paulo - SP]

[Sobre "Promoção Manual de Roteiro"]

por Marcelo Siqueira
14/9/2009 às
10h48

Julio Daio Borges
Editor

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