Quarta-feira,
28/11/2001
Comentários
Leitores
intolerância e preconceito
Rosana, em nenhum momento nego o mal que a droga faz; apenas ressalto a hipocrisia que deixa que sejamos viciados em remédios, bebida e cigarros, e impede a quem queira de por exemplo fumar maconha, "droga" que notoriamente NÃO VICIA. Se algumas pessoas são irresponsáveis no uso de determinada substância, seja ela álcool, cocaína ou qualquer outra coisa, isso não deveria ser usado para punir quem consegue levar uma vida satisfatória utilizando ocasionalmente essas substâncias sem que elas prejudiquem sua vida.
Fernando, você se diz a favor do Livre Arbítrio, mas quer proibir algo? Me ajude a entender este ponto de vista, pois parece que me falta aí alguma coerência. Você também diz que é contra as drogas serem proibidas, mas é contra a legalização. O que deve ser feito então? Criado um estágio intermediário, onde elas não são nem proibidas e nem legais? Continuo sem entender seu posicionamento.
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por
Rafael Azevedo
28/11/2001 às
11h06
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Livre Arbítrio
"Eu não sou contra o uso de drogas, assim como não sou contra o suicídio, nem contra ouvir Bruno&Marrone, nem contra o aborto. Acho que todos nós somos senhores de nossas vidas e quando Deus nos colocou na Terra nos dotou do melhor presente que poderia nos dar, o Livre Arbítrio, a capacidade de discernir entre o certo e o errado, o bom e o ruim, e o direito de optar por um deles." Isso é livre arbítrio, a capacidade de conhecer o Bem e o Mal e escolher um desses caminhos. Caros François e Rafael, eu não sou contra a liberdade, tampouco contra o consumo de drogas. Durante toda a minha vida eu luto pelo direito das pessoas optarem pelo errado (ou pelo certo), fazendo uso do discernimento. Eu não sou autoritário, nem penso em "restringir o que elas (as pessoas) podem consumir". O que eu não concordo, não aceito e luto contra com todas as minhas forças é o fato das pessoas estarem sendo privadas do Livre Arbítrio, as pessoas (a maioria da população) se deixam levar pela opinião de uma ou outra personalidade mais influente, pessoas com acesso aos meios de comunicação e que conseguem fazer com que seu ponto de vista seja absorvido sem resistência, passivamente, e encarado como a Verdade Absoluta. Isso dá margem para uma ampla discussão sobre a mídia e os valores que ela nos traz, mas não é o ponto em questão. Se a Soninha, assim como qualquer outra personalidade me procurasse, procurasse meus familiares, meus amigos, e afirmasse "Eu fumo maconha", eu não veria problema nenhum e não deixaria de admirá-la, assim como eu ainda a admiro. Isso porque, quando dito pessoalmente, dá margem para reflexão, o que não acontece quando dito na mídia. Infelizmente, as pessoas não fazem uma reflexão mais profunda quando lêem ou escutam ou vêem algo nos meios de comunicação. Simplesmente aceitam. "A Soninha usa drogas e é uma pessoa tão boa ou até melhor do que eu. Porque não então usar drogas? Não vai fazer de mim uma pessoa pior, da mesma maneira que não fez à Soninha." Mas a droga faz mal sim, ela é o câncer social, o câncer sem cura, a grande epidemia da sociedade moderna. Proibir não seria a solução, assim como a Lei Seca americana não deu certo. Isso seria privar as pessoas do Livre Arbítrio, e isso nunca funcionará. Liberar tampouco. Caro Rafael, o governo brasileiro já errou assim, liberando uma droga para se beneficiar do alto volume de recursos que foi assim propiciado em forma de impostos, aceitando e incentivando a produção, comercialização e consumo do cigarro comum. Hoje, o ônus social que ele (o cigarro) traz fez com que o governo tomasse medidas para conter o consumo, senão banir completamente o cigarro do mercado, proibindo propagandas e alertando sobre o mal que ele traz. Ele (o governo) chegou a conclusão que os gastos com saúde pública foram superiores aos benefícios diretos e indiretos da indústria do tabaco. A solução é simples, é uma questão puramente cultural. Basta mostrar às pessoas o perigo que elas correm, basta mostrar que as drogas (usadas da maneira que são, pelo prazer e não pela saúde) fazem mal sim, prejudicam as pessoas sim, basta colocar na cabeça das pessoas que as drogas são tão ruins quanto o Hitler ou a Talidomida, que mata como eles mataram, que corrompe como eles corromperam, que mutila como eles mutilaram. E não dizer nas entrelinhas que "dá para usar sem prejudicar ninguém", o que é verdade, mas não para muitos. Fazendo isso, não será necessário proibir, as pessoas por si só vão evitar, se assim o decidirem porque é isso que significa o Livre Arbítrio, conhecer o certo e o errado e decidir livremente que caminho seguir.
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Fernando M. Ferreira
28/11/2001 às
09h37
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Faca de dois gumes
Muita gente ja morreu por causa das drogas, continuam morrendo, perdem o emprego, "vendem a mae" para conseguir comprar a droga e como diz aquela musica "contemplam essa vida numa cela".
Por outro lado, enquanto se proibe a maconha no Brasil, os medicos entopem as pessoas de drogas quimicas e por tras disso esta a mafia da industria farmaceutica e fazem pouco das donas de casa quanto estas dizem que tomaram o seu chazinho e sentiram melhor de suas dores, eles nao tem a capacidade de ir a fundo numa pesquisa seria para saber as propriedades quimicas das ervas medicinais brasileiras que os indios tanto conhecem, ervas essas que os cientistas estrangeiros que nao sao bobos nem nada, estao contrabandeando para seus paises. As propagandas de cigarro sao fascinantes, mostram esportes desconhecidos da massa, propaganda de cerveja e assim vai, mostrando pessoas bem sucedidas, rostos bonitos quando na vida real se le nas revistas e jornais a respeito dos inumeros artistas, atores que tem ou tiveram problemas com drogas e alcool.
A droga pode ser comparada como uma faca de dois gumes. De um lado usa-se (ou poderia ser usada) na aplicacao medicinal; de outro fazendo multidoes de viciados originando a marginalidade, a prostituicao, o desemprego, a violencia enfim. Como se nao bastasse os adultos viciados, a droga agora invade as escolas no Brasil com o intuito de expandir os seus negocios usando as criancas e a impressao que temos e que nada tem sido feito de concreto para segurar mais essa violencia a crianca brasileira. Agora, a demissao da jornalista veio a levantar a questao sobre o uso da maconha, o melhor seria ficar de boca fechada mesmo, pois boca fechada nao entra mosca se e que ela e consciente dos problemas que pais e professores brasileiros tem enfrentado com o problema das drogas ("leve" ou nao como diz o Rafael). O Brasil esta muito violento para se fazer uma declaracao destas em publico. Ela falou e perdeu o emprego, coitada, mas fazer o que? democracia e isto, a liberdade de falar todos temos assim como o canal de Tv, que por sinal e do governo, tambem teve o direito de responder e alguem sempre ganha alguma coisa com isso: a revista que publicou a entrevista deve ter vendido que nem agua.
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por
Rosana
28/11/2001 às
04h09
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proibir jamais será a solução
Caro Fernando, não fui convencidos por seus argumentos; então você proibiria as bebidas alcóolicas apenas pq alguns idiotas por aí podem tomar um porre e sair brigando, ou bater o carro?
Não faz sentido, sinceramente, punir uma maioria responsável pelas irresponsabilidades de uma minoria imbecil. É medida exageradamente autoritária, e parece-me estar muito, mas muito longe de ser uma solução para o "problema" Pelo contrário, apenas contribui para agravá-lo.
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Rafael Azevedo
27/11/2001 às
20h39
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Liberdade, liberdade
Meu caro Fernando: você é contra a liberdade. Tem índole autoritária. Quer proibir que as pessoas digam o que pensam (e o que fazem) e restringir o que elas podem consumir. Se assemelha, assim, a Lenin, Stalin, Hitler, Mao, bin Laden. Viva sua vida, meu caro! Ame sua família e seus amigos, estude e trabalhe pelo prazer do desenvolvimento pessoal e por um mundo melhor. Não fique metendo o bedelho na vida dos outros!
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François Maltie
27/11/2001 às
19h35
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Liberar ou aceitar
Drogas, liberar ou aceitar? Na minha (modesta) opinião, nem um nem outro. Elas "não são boas para vc, logo são ruins, portanto, ilegais". Nenhuma das drogas existentes hoje, inclusive as legais, usadas da maneira que são, trazem benefício substancial se comparado com seus danos ao organismo, ainda que aplicações medicinais para a maconha, a coca (conhecida pelos habitantes dos Andes desde sempre), o LSD (sintetizado para combater a dependência da morfina), sejam conhecidas. Eu não sou contra o uso de drogas, assim como não sou contra o suicídio, nem contra ouvir Bruno&Marrone, nem contra o aborto. Acho que todos nós somos senhores de nossas vidas e quando Deus nos colocou na Terra nos dotou do melhor presente que poderia nos dar, o Livre Arbítrio, a capacidade de discernir entre o certo e o errado, o bom e o ruim, e o direito de optar por um deles. Sendo assim, não tenho como ser contra o uso de drogas, é uma opção pessoal e temos que aceitar. Sou sim contra à existência das drogas, à comercialização, à divulgação, tudo isso que ocorre no nosso dia a dia e que faz com que seus filhos conheçam e passem a usar drogas. As drogas não precisam existir, as pessoas não precisam saber que elas existem. Daí eu questiono a validade da declaração da Soninha e de tantos outros que volta e meia assumem ser usuários. Não faz sentido, isso não acrescenta nada na mentes dos "receptores passivos" que fazem uso da mídia, isso faz parecer que qualquer um pode usar drogas e ser tão culto, responsável e discreto quanto a Soninha, quanto o D2, entre outras personalidades, o que definitivamente não é verdade, basta procurar um entre os milhares de delinqüentes de todas as classes sociais que cometem crimes para "sustentar o vício". Existem pessoas que conseguem conviver com as drogas, assim como existem as que não conseguem. E essas últimas são as que justificam o banimento da droga na sociedade, sem demagogia ou "vista grossa", banimento total, tanto fisicamente como culturalmente, assim como o Hitler ou a Talidomida foram banidos, execrados e viraram sinônimo de coisas ruins, as drogas também devem ser, sem pessoas dizendo que usam e não faz mal. Apoio a postura da Cultura, notadamente contrária ao uso de drogas e que não pode ter um membro formador de opinião em seu meio com postura diferente do perfil da empresa. And "that's all, folks"
Fernando Milton, 20 anos, técnico em Informática Industrial formado pelo CEFET-MG e graduando em Ciência da Computação na Universidade Federal de Viçosa
[Sobre "A TV é uma droga"]
por
Fernando M. Ferreira
27/11/2001 às
18h01
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Sob controle...
Adriana,
Uma vez li um texto da Ligia Fagundes Telles em que ela diz que o máximo que podemos fazer é manter nossa loucura em limites aceitáveis pela sociedade, assim não nos internam. Desde então eu tenho "disfarçado" a minha loucura. Sugiro que você faça o mesmo... :o)
Muito legal o texto.
Abraços,
Ana
[Sobre "Bobagem"]
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Ana Veras
27/11/2001 às
18h01
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A graxa da vida ! (graça?)
Essas suas viagens equivalem a sujar a mão de graxa.
Certo?
Engenharia no caso é a vida!
ps
[Sobre "Sujando os dedos de graxa"]
por
pedro servio
27/11/2001 às
15h20
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Meu purê de batata
Xará, adorei sua coluna! Você espelhou muita coisa que passa na minha cabeça também. Aliás, acho que na cabeça de todo mundo. Só que alguns encaram, outros fingem que não está acontecendo.
[Sobre "Bobagem"]
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Adriana Baggio
27/11/2001 às
13h26
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A gente é dependente mesmo...
Obrigada pelo comentário, Rodolfo! As piadinhas em roda de mulheres dizem que, se for preciso optar entre uma boa empregada e um bom marido, prefira a primeira, que é muito mais difícil de achar!
[Sobre "Dependências"]
por
Adriana Baggio
27/11/2001 às
13h23
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Julio Daio Borges
Editor
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