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Quarta-feira, 6/1/2010
Comentários
Leitores

Moderação
Marcelo Coelho escreve, em seu "Crítica Cultural - Teoria e Prática": o "crítico conservador crê que se ele não vê nada em uma obra, não há nada para ver". E segue com uma série de exemplos. É já um comentário que nos sugere moderação ao tratar da arte contemporânea e dos seus depreciadores. O texto romântico também foi considerado arte inferior, o cinema também foi considerado arte inferior, a fotografia também, o jazz também (por, veja só, Adorno) etc. e etc... Você cita "a unidade, a autenticidade, o gesto criador", mas esses são conceitos problematizados por algumas vanguardas e não são valores tão absolutos como se coloca aqui. O que significa uma obra ser "única"? Ninguém mais tê-la feito? O que significa uma obra ser "autêntica"? Ter sido feita por alguém de forma que nenhum outro a fizesse? O que é "gesto criador"? Um movimento de vontade que não poderia se repetir? Isso, de cara, ignora que haja um processo de absorção de influências, de remanejamento de informações...

[Sobre "A letargia crítica na feira do vale-tudo da arte"]

por Duanne Ribeiro
6/1/2010 às
13h09

Na China, 100 milhões
Na China, custa 100 milhões...

[Sobre "Quanto custa rechear seu Currículo Lattes"]

por Felipe Pait
6/1/2010 às
12h42

Ainda os monopólios
Voltando para essa conversa, alguém ainda lembra qual era a questão do monopólio da Microsoft, browsers, Netscape, essas coisas? Se lembrar não me conte, porque já esqueci.

[Sobre "A ambição de poder (também na internet)"]

por Felipe Pait
6/1/2010 às
12h07

Arte descomercial
Discordo que a arte contemporânea seja tão influenciada pelos ditames do sistema mercantil. Eu por exemplo escrevi um opúsculo de ficção que pode ser baixado gratuitamente. Tudo bem que tenho uma sinecura de professor da USP, e de engenharia ainda por cima, então não preciso me preocupar com a sobrevivência. É perdoável que alguns artistas se obriguem a correr atrás do dinheiro para o sustento, assim como alguns acadêmicos têm que escrever troços estranhos por causa do "publish or perish" - a propósito leia "Quanto custa rechear seu Currículo Lattes" por Marcelo Spalding aqui no Digestivo. Mas há bastante espaço (e ciberespaço!) para arte e ciência sem fins lucrativos.

[Sobre "A letargia crítica na feira do vale-tudo da arte"]

por Felipe Pait
6/1/2010 às
12h03

Despreparados sempre
"Esta vida é uma estranha hospedaria,/ De onde se parte quase sempre às tontas,/ Pois nunca as nossas malas estão prontas,/ E a nossa conta nunca está em dia." Gosto porque: Essas palavras mostram que nunca estamos preparados para nada na vida, estamos sempre tentando nos preparar, porém nunca conseguimos. [Salvador - BA]

[Sobre "Promoção Haicais de Quintana"]

por Veridiana Maria
6/1/2010 às
08h46

Simples!
Só lembro desde de pequeno que... "A Noite foi embora lá no fundo do quintal,/ esqueceu a Lua Cheia pendurada no varal". Simples! [Manaus - AM]

[Sobre "Promoção Haicais de Quintana"]

por Rancejanio Guimarães
6/1/2010 às
08h45

A Arte está viva, sim!
Diabos! Eu sou um artista que nada entende de arte? Céus, que inferno! Mais de cinco mil pinturas, catalogado no Museu do Louvre por ter lá exposto como "convidado", mas, no Brasil, que museu me convidou? Ainda não sei o que é Criar uma arte! Alguém sabe? Alguém consegue mesmo detonar a lei de Lavoisier? Eu só tenho Originado arte, em tudo o que pintei, até mesmo um abstrato. São quase sete horas da manhã e parei de pintar para ir dormir... Antes que alguém me torre, estou novamente convidado para expor este ano no Museu do Louvre, no Salão Nobre de Belas Artes, sim, aquele bem abaixo da Pirâmide. Por que me fazem isto? Nem mesmo no MON de Curitiba que nunca entrei. Eu hein? Fiz minha pintura tradicional por mais de 40 anos e agora, ah, sim, contra tudo e contra quem aparecer, faço pintura por computador, isto mesmo, Computer Painting! Alguém conhece, alguém é capaz de criticar o que desconhece? A arte não está em baixa, o comércio, sim! E se querem mais, me dêem espaço!

[Sobre "A letargia crítica na feira do vale-tudo da arte"]

por Celito Medeiros
6/1/2010 às
06h55

Mercantilismo cultural on-line
Uma questão importante dentro disso tudo, no entanto, diz respeito a esse conceito de "mercado". Será que ele próprio é capaz de agir como o filtro que seleciona a arte? Chegamos num ponto em que a censura diminuiu a níveis mínimos, ou seja, posso publicar livremente na internet qualquer tipo de "arte", porém ao custo do aumento excessivo do poder da propaganda e das demais máquinas de criação de opiniões. É como se essa tendência do aumento da oferta fosse acompanhada de uma outra, natural, de aprimoramento dos mecanismos de classificação e divulgação. Pessoas que antes não tinham o menor interesse por arte, agora se sentem verdadeiros poetas ao escreverem 5 linhas resumidas em micro-blogs como o Twitter... Onde você classificaria, por exemplo, o fenômeno do funk carioca, expressão cultural de uma sociedade, ou putaria pra ganhar dinheiro?

[Sobre "A letargia crítica na feira do vale-tudo da arte"]

por Miguel Lannes Fernan
5/1/2010 às
17h35

Yumi, descanse em paz!
Então, gente... eu não conhecia a YUMI, mas fiquei muito comovida com o que aconteceu. Agora é seguir em frente e superar essa grande perda... Afinal... ela está bem melhor do que a gente... está com DEUS.

[Sobre "Homenagem a Yumi Faraci"]

por Dalila Braga
5/1/2010 às
16h27

Tenho medo do futuro
Quando será que as pessoas vão acordar e enxergar que tudo que está acontecendo é culpa nossa? Tantas desgraças, catástrofes e nem assim enxergam as consequências de seus atos. Quantas pessoas inocentes terão de ser sacrificadas para que todos tomem uma providência? Para que seja tomada a atitude correta? A cada dia que passa, tenho mais medo, porque, quando fecho os olhos, não consigo idealizar um mundo bonito, alegre, harmonioso: só o que vejo é o resultado das atitudes impensadas de hoje. Tenho medo do futuro: Como olhar para uma criança dizer que ela será o futuro da nação? Se não estamos deixando nada para esse futuro alem de miséria, fome, desigualdade, desunião? A regra é bem clara: você tem que dar para receber. O que o planeta e a vida estão nos dando? Estamos recebendo exatamente o que estamos dando. Se você respeitar será respeitado... Então vamos começar a respeitar o planeta, as matas, as águas e, acima de tudo, a vida, porque em todas as coisa que eu falei existe vida. Fique com Deus, Yumi!

[Sobre "Homenagem a Yumi Faraci"]

por Alessandra
5/1/2010 às
14h32

Julio Daio Borges
Editor

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