Quarta-feira,
27/1/2010
Comentários
Leitores
Rosa é maior que o Brasil
Depois de ler Guimarães Rosa, todos os outros escritores ficam banais. Desisti de tentar ser escritor. Parece que não há mais nada a ser inventado, Guimarães Rosa já se apoderou da língua do Brasil. Mesmo que eu tivesse toda a inventividade vocabular dele, ainda me faltariam a alma da terra, a intuição e a poesia das plantas, dos bichos, dos ventos, dos cheiros, dos sentimentos todos das gentes, inclusive aqueles bem embutidos que não se explicam com palavras ou expressões normais... e, por fim, me faltaria a sabedoria simples e humilde de quem enxerga tudo, entende tudo, por dentro e por fora. São muitos os leitores instruídos absolutamente incapazes de compreender toda a beleza emanada de "Grande Sertão: Veredas". Mesmo a instrução, mesmo a inteligência comportam limitações. Comparar um carro-esporte com uma suprema obra de arte, e cometer o sacrilégio de preferir o carro-esporte! Guimarães Rosa não é para todos. É complicado, e é simplório demais para as chãs erudições do utilitarismo.
[Sobre "Como Guimarães Rosa me arranjou um emprego"]
por
Roberto Valderramos
27/1/2010 às
16h31
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Progresso assistencialista
Sim, mas é um progresso de dependência assistencialista, desde sempre. Não existem indústrias para serem representadas em porcentagem; de certo modo, permanecemos no artesanato e na onda da economia mista. [Planaltina - GO]
[Sobre "Promoção: Deu Tilt no Progresso Científico"]
por
Edson Lima
27/1/2010 às
16h20
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Ops... cadê o Cronópios?
Julio, você esqueceu de citar o Cronópios nestas retrospectivas. Embora possa soar cabotino de minha parte, não posso deixar de assinalar que a importância do site e o que ele movimentou foi inegável.
[Sobre "Literatura em 2000-2009"]
por
edson cruz
27/1/2010 às
09h40
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Brasil progredindo?
Tenho para mim que o Brasil não está progredindo, está apenas acompanhando dentro dos seus limites a evolução natural do mundo. O fato de ser referência econômica, como dizem alguns, não ultrapassa os limites do óbvio, afinal, acordos econômicos e políticos são meras posturas diplomáticas. Aliás, o que vem a ser "progressão"? Conseguir a sede dos Jogos Olímpicos ou da Copa do Mundo nos faz ser melhores que antes ou mais capazes que os outros? O Brasil continua sendo o país da cordialidade, somos cordiais com os escândalos políticos aos quais estamos acostumados. Somos cordiais com Arruda, Sarney, Roberto Jefferson e outros milhares dos quais nem ao menos sabemos os nomes, por vezes sabemos apenas os números a serem digitados na urna eletrônica. Ah, sim, podemos dizer que estamos progredindo pois temos urnas eletrônicas. Somos cordiais inclusive com a violência, com os altos impostos sem retorno, com o fracasso da educação, com a miséria que vive embaixo do nosso nariz, e, mais, com a hipocrisia de uma "progressão" para todos. [Santo André - SP]
[Sobre "Promoção: Deu Tilt no Progresso Científico"]
por
Nathalia Dellalibera
27/1/2010 às
09h10
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Menos Lula
O Brasil está progredindo, sim, pois a cada dia que passa diminui o tempo do governo Lula. Por ora, não há outro progresso possível. [Patos - PB]
[Sobre "Promoção: Deu Tilt no Progresso Científico"]
por
Werber César
27/1/2010 às
09h08
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O discurso de Lula
A estratégia de comunicação do Lula sempre foi o sentimento, desde seus tempos de ABC. A constante de seu discurso é embarcar na emoção de quem vive os problemas, colocar-se ao lado dessas vítimas - como se também fosse uma - e então lançar palavras de motivação baseadas em promessas do tipo "nós não podemos aceitar mais isso para o Brasil!". Com isso, ele joga a responsabilidade dos problemas para alguém que esteve lá antes dele e que sua bandeira maior é defender o povo. Não assisti ao filme ainda, mas também não acredito que a película traga mensagens políticas para o contexto atual. Entretanto, e estou apenas especulando aqui, o histórico político do Presidente me leva a crer que o lançamento do filme exatamente agora foi um ato estratégico, com o intuito de sensibilizar o povo e guardar em suas mentes a imagem do homem simples, com uma vida cheia de sofrimentos e de lutas, mas alguém que venceu a aristocracia sem deixar suas origens humildes.
[Sobre "Lula, o filme"]
por
Cássio C. Nogueira
27/1/2010 à
00h58
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Continuamos nos gostando
Continuo com ele, quase dois anos de virtualidade... É mágico e chega a ser inacreditável. Mas é verdadeiro, é constante, é pura dedicação e é romance.
[Sobre "A internet e o amor virtual"]
por
hassanya
26/1/2010 às
23h22
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As tenazes abelhas (m.l.)
Faulkner é maravilhoso, "As i lay dying" é um de seus textos mais "pedregosos", e todos sabem como o aspecto linguístico e formal do Faulkner é extremamente inovador. Fico curiosa em saber quem foi o tradutor que permitiu uma fruição tão agradável em português e deu azo à sua acurada resenha sobre a obra...
[Sobre "Enquanto agonizo, de William Faulkner"]
por
denise bottmann
26/1/2010 às
20h45
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Tendenciosidade crítica
Concordo com você em todos os pontos, porém acho que seu texto peca pelo mesmo motivo que diz pecar o filme. É tendencioso e acaba por colocar a crítica à arte (ao filme) em segundo plano, ao explicitar as mazelas do sistema político brasileiro.
[Sobre "Lula, o filme"]
por
Miguel Lannes
26/1/2010 às
14h56
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Os regressos...
Depende em qual aspecto... Economicamente, politicamente, cientificamente e em estrutura para a população: está, sim, é visível. Porém em questão de cultura, segurança, honestidade e saúde só vejo regressos, infelizmente... [Divinópolis - MG]
[Sobre "Promoção: Deu Tilt no Progresso Científico"]
por
Giordano Vieira
26/1/2010 às
13h09
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Julio Daio Borges
Editor
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