Quarta-feira,
28/11/2001
Comentários
Leitores
Prohibition
Prezado Fernando, antes de tudo, obrigado por manter o nível na discussão! Esse assunto é notório por conseguir despertar sentimentos intolerantes nas pessoas, e confesso que esperava reações piores dos leitores.
Quando você se diz a favor do Livre Arbítrio, mais ao mesmo tempo diz que "as drogas não deveriam ser proibidas nem legais. Elas simplesmente nÃo deveria existir", você está se contradizendo ainda mais, e acabo sendo ainda mais radical do que fosse se pura e simplesmente a favor de sua proibição. Pois ao desejar que ela nem existisse, você estaria desejando que milhares de pessoas pelo mundo afora ficassem sem algo que é um grande prazer em suas vidas, e que milhares de pessoas ficassem impossibilitadas de usar substâncias que, quando usadas corretamente e responsavelmente, podem até mesmo salvar vidas, tudo pelo mau uso que certos idiotas possam fazer dessas substâncias. Há um erro de alvo, em minha opinião; não seria talvez o caso de punir aquelas pessoas que fizerem o mau uso das drogas, com severidade redobrada, ao invés de punir justamente aqueles que a usam sem causar danos às outras pessoas? Manter as drogas fora da lei, apenas por que alguns não têm maturidade para usá-las é quase como proibir o uso de carros para diminuir o número de acidentes. Por quê você não é igualmente contra o uso de álcool, já que ele é responsável por ainda mais males na sociedade que todas as drogas somadas?
No mais, acreditar que os criminosos que aterrorizam nossa sociedade sejam um mal gerado pelas drogas é ingenuidade demais; a culpa é da pessoa, e não de uma substância. Bandidos irão existir sempre, motivados por quaisquer substâncias e propósitos. Quantos bandidos não cometem seus crimes apenas com álcool na cabeça, em vez de alguma substância ilícita? Em contrapartida, quantas pessoas usam drogas mas não se envolvem com atividades criminais? A culpa é do indivíduo, foi uma decisão dele, e não da droga, assaltar ou matar. E é ele , somente ele, que deve pagar por seus atos.
Quanto ao seu desejo de que as drogas sejam execradas da mesma maneira que campos de concentração, pedofilia e escravidão, trata-se, a meu ver de um ponto de vista carregado de preconceito e alguma dose de desconhecimento. Usar ou não uma droga é algo que, como você disse por várias vezes, só diz respeito ao usuário, não pode ser comparada em nenhuma maneira com esses atos de violência imperdoáveis que você citou. Há esse consenso sobre todas essas coisas, como sendo más, porque são efetivamente más, ou seja, só causam o mal. Não há bem na escravidão; ela acaba sendo perniciosa até mesmo para o patrão. Não há bem em campos de concentração. Já a droga tem o seu lado bom (ainda que muitos insistam em não vê-lo, e só apontem aos berros para o seu lado mau), que é satisfatoriamente aproveitado por muitos seres humanos perfeitamente honestos e idôneos - e que gostariam de ver removidos de suas pessoas o status de "foras-da-lei".
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Rafael Azevedo
28/11/2001 às
17h34
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Simples lógica
Já começo dizendo, sou ateu. Devido a minha opção religiosa( ou falta dela) sigo a simples lógica. As drogas causam males a todas as pessoas e não apenas aos usuários. E se a cocaína fosse liberada? Seria o caos. As pessoas drogadas perdem o senso de que "sua liberdade vai até onde a do outro começa", haveria mais assassinatos, roubos, acidentes de transito , domésticos e quaisquer tipo de "eventualidades" que acabem com a vida das pessoas. O Ser Humano é um ser racional mas se não for bem instruído ele rouba e mata achando a coisa mais natural e é por isso que as drogas devem ser banidas do mundo , os usuários tratados e os traficantes exterm...
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João P. Boaventura
28/11/2001 às
18h40
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Livre Arbítrio II
Caro amigo e oponente ideológico Rafael, eu consigo entender o motivo pelo qual você continua "sem entender" meu posicionamento. Quando eu falo em Livre Arbítrio e quando eu digo que sou contra a liberação, eu estou tentando mostrar uma perspectiva a longo prazo do combate às drogas. Uma perspectiva na qual, mesmo sem a proibição legal, as pessoas se sentiriam proibidas de usar drogas simplesmente pelo fato que ela faz mal, assim como as pessoas se sentem proibidas de usar a temida Talidomida, ou de colocar fogo em índios, entre outras coisas. Não existe uma proibição de fato para isso, não há (imagino eu) uma lei que diga nesses termos que é proibido usar a Talidomida, mas o consenso geral, a população em massa sabe dos riscos que corre ao usar e simplesmente não usa. É uma perspectiva a longo prazo, quando o povo tiver evoluido o suficiente para entender questões como essa. É por isso que você não entende minha posição, assim como nós, o povo brasileiro, você quer uma solução imediata para a situação. E, de fato, essa solução não é liberar o porte de drogas, quaisquer que sejam elas.
Apesar disso,o uso de drogas não é e nunca foi proibido no Brasil. As pessoas podem usar drogas livremente, e de fato muitos o fazem "ocasionalmente sem que elas prejudiquem sua vida". São pessoas como a Soninha, entre outras tantas, que não tem como se diferenciar da maioria da população. No aconchego de seus lares, na privacidade de seus aposentos, elas usam e não incomodam. Ninguém é preso por usar drogas, as pessoas são presas por produzir, comercializar e portar, de uma maneira geral. Infelizmente, na nossa cultura (universal, cultura humana) os justos devem pagar pelos pecadores e uma "minoria" de usuários, portadores de drogas que são, se tornaram um problema contundente em nossa sociedade, sem distinção entre usuários de drogas leves, drogas pesadas e drogas "legais". Essa "minoria" se faz ver no dia a dia, roubando nossas família, espancando nossas esposa e filhos, colocando em risco a vida de outras pessoas (apesar do direito que eles tem de colocar as próprias vidas em risco). Junto com o Livre Arbítrio, a dádiva que Deus nos deu de poder escolher entre o certo e o errado, vem a Responsabilidade, a obrigação que nós temos de arcar com as conseqüencias das nossas escolhas. E quando essas conseqüências interferem diretamente na vida de outras pessoas (e o uso de drogas por essa minoria o faz), a população tem o direito de se valer dos meios disponíveis para se proteger, e o meio de se fazer isso é por meio de leis e restrições.
Sendo assim, caro Rafael, na minha humilde opinião, as drogas não deveriam ser nem proibidas nem legais. Elas simplesmente não deveriam existir e, já que existem, deveria haver um consenso universal , uma consciência coletiva dos males que ela traz e que por si só deveriam ser motivo mais do que suficiente para a população evitá-la, baní-la e execrá-la expontâneamente, um consenso semelhante ao que há contra a pedofilia, contra os campos de concentração nazistas, contra a Talidomida e contra a escravidão. Mas isso é utopia, é um sonho, e enquanto existirem pessoas que aceitam as drogas como um mal tolerável, ela prevalecerá.
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Fernando M. Ferreira
28/11/2001 às
16h59
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sobre Casa dos Artistas
Prezado Paulo Polzonoff Jr,
sou de seus poucos leitores que ainda não assistiram a "Casa dos Artistas" (e não assisti pelo fato de não ver televisão em casa; trata-se de uma opção exótica, reconheço, mas cuja discussão me afastaria do tema deste e-mail). Mesmo não tendo visto o programa, sei muito bem de sua existência através da imprensa escrita. Devo, a propósito, estar na contramão do gosto majoritário dos telespectadores, pois não simpatizo com o atual campeão de popularidade, Supla, e tenho uma afinidade meio pueril com a imagem pública de rebeldia do Frota, campeão de impopularidade, conforme assinalado. Agora, e finalmente, quanto a seu artigo, gostaria de ressaltar, em primeiro lugar, que está escrito com muita clareza. Em segundo lugar, acho apropriado o contra-ponto que você tece entre o arrojo do SBT e o burocratismo da Globo, rainha suprema do politicamente na moda. Em terceiro e último lugar, adorei o sarro que vc tira da "classe" intelectual. Quem já dissecou bem esse pessoal foi o Paul Johnson, num livro justamente intitulado "Intellectuals".
Um abraço.
[Sobre "Autistas é que são eles*"]
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toni
28/11/2001 às
13h11
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intolerância e preconceito
Rosana, em nenhum momento nego o mal que a droga faz; apenas ressalto a hipocrisia que deixa que sejamos viciados em remédios, bebida e cigarros, e impede a quem queira de por exemplo fumar maconha, "droga" que notoriamente NÃO VICIA. Se algumas pessoas são irresponsáveis no uso de determinada substância, seja ela álcool, cocaína ou qualquer outra coisa, isso não deveria ser usado para punir quem consegue levar uma vida satisfatória utilizando ocasionalmente essas substâncias sem que elas prejudiquem sua vida.
Fernando, você se diz a favor do Livre Arbítrio, mas quer proibir algo? Me ajude a entender este ponto de vista, pois parece que me falta aí alguma coerência. Você também diz que é contra as drogas serem proibidas, mas é contra a legalização. O que deve ser feito então? Criado um estágio intermediário, onde elas não são nem proibidas e nem legais? Continuo sem entender seu posicionamento.
[Sobre "A TV é uma droga"]
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Rafael Azevedo
28/11/2001 às
11h06
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Livre Arbítrio
"Eu não sou contra o uso de drogas, assim como não sou contra o suicídio, nem contra ouvir Bruno&Marrone, nem contra o aborto. Acho que todos nós somos senhores de nossas vidas e quando Deus nos colocou na Terra nos dotou do melhor presente que poderia nos dar, o Livre Arbítrio, a capacidade de discernir entre o certo e o errado, o bom e o ruim, e o direito de optar por um deles." Isso é livre arbítrio, a capacidade de conhecer o Bem e o Mal e escolher um desses caminhos. Caros François e Rafael, eu não sou contra a liberdade, tampouco contra o consumo de drogas. Durante toda a minha vida eu luto pelo direito das pessoas optarem pelo errado (ou pelo certo), fazendo uso do discernimento. Eu não sou autoritário, nem penso em "restringir o que elas (as pessoas) podem consumir". O que eu não concordo, não aceito e luto contra com todas as minhas forças é o fato das pessoas estarem sendo privadas do Livre Arbítrio, as pessoas (a maioria da população) se deixam levar pela opinião de uma ou outra personalidade mais influente, pessoas com acesso aos meios de comunicação e que conseguem fazer com que seu ponto de vista seja absorvido sem resistência, passivamente, e encarado como a Verdade Absoluta. Isso dá margem para uma ampla discussão sobre a mídia e os valores que ela nos traz, mas não é o ponto em questão. Se a Soninha, assim como qualquer outra personalidade me procurasse, procurasse meus familiares, meus amigos, e afirmasse "Eu fumo maconha", eu não veria problema nenhum e não deixaria de admirá-la, assim como eu ainda a admiro. Isso porque, quando dito pessoalmente, dá margem para reflexão, o que não acontece quando dito na mídia. Infelizmente, as pessoas não fazem uma reflexão mais profunda quando lêem ou escutam ou vêem algo nos meios de comunicação. Simplesmente aceitam. "A Soninha usa drogas e é uma pessoa tão boa ou até melhor do que eu. Porque não então usar drogas? Não vai fazer de mim uma pessoa pior, da mesma maneira que não fez à Soninha." Mas a droga faz mal sim, ela é o câncer social, o câncer sem cura, a grande epidemia da sociedade moderna. Proibir não seria a solução, assim como a Lei Seca americana não deu certo. Isso seria privar as pessoas do Livre Arbítrio, e isso nunca funcionará. Liberar tampouco. Caro Rafael, o governo brasileiro já errou assim, liberando uma droga para se beneficiar do alto volume de recursos que foi assim propiciado em forma de impostos, aceitando e incentivando a produção, comercialização e consumo do cigarro comum. Hoje, o ônus social que ele (o cigarro) traz fez com que o governo tomasse medidas para conter o consumo, senão banir completamente o cigarro do mercado, proibindo propagandas e alertando sobre o mal que ele traz. Ele (o governo) chegou a conclusão que os gastos com saúde pública foram superiores aos benefícios diretos e indiretos da indústria do tabaco. A solução é simples, é uma questão puramente cultural. Basta mostrar às pessoas o perigo que elas correm, basta mostrar que as drogas (usadas da maneira que são, pelo prazer e não pela saúde) fazem mal sim, prejudicam as pessoas sim, basta colocar na cabeça das pessoas que as drogas são tão ruins quanto o Hitler ou a Talidomida, que mata como eles mataram, que corrompe como eles corromperam, que mutila como eles mutilaram. E não dizer nas entrelinhas que "dá para usar sem prejudicar ninguém", o que é verdade, mas não para muitos. Fazendo isso, não será necessário proibir, as pessoas por si só vão evitar, se assim o decidirem porque é isso que significa o Livre Arbítrio, conhecer o certo e o errado e decidir livremente que caminho seguir.
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Fernando M. Ferreira
28/11/2001 às
09h37
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Faca de dois gumes
Muita gente ja morreu por causa das drogas, continuam morrendo, perdem o emprego, "vendem a mae" para conseguir comprar a droga e como diz aquela musica "contemplam essa vida numa cela".
Por outro lado, enquanto se proibe a maconha no Brasil, os medicos entopem as pessoas de drogas quimicas e por tras disso esta a mafia da industria farmaceutica e fazem pouco das donas de casa quanto estas dizem que tomaram o seu chazinho e sentiram melhor de suas dores, eles nao tem a capacidade de ir a fundo numa pesquisa seria para saber as propriedades quimicas das ervas medicinais brasileiras que os indios tanto conhecem, ervas essas que os cientistas estrangeiros que nao sao bobos nem nada, estao contrabandeando para seus paises. As propagandas de cigarro sao fascinantes, mostram esportes desconhecidos da massa, propaganda de cerveja e assim vai, mostrando pessoas bem sucedidas, rostos bonitos quando na vida real se le nas revistas e jornais a respeito dos inumeros artistas, atores que tem ou tiveram problemas com drogas e alcool.
A droga pode ser comparada como uma faca de dois gumes. De um lado usa-se (ou poderia ser usada) na aplicacao medicinal; de outro fazendo multidoes de viciados originando a marginalidade, a prostituicao, o desemprego, a violencia enfim. Como se nao bastasse os adultos viciados, a droga agora invade as escolas no Brasil com o intuito de expandir os seus negocios usando as criancas e a impressao que temos e que nada tem sido feito de concreto para segurar mais essa violencia a crianca brasileira. Agora, a demissao da jornalista veio a levantar a questao sobre o uso da maconha, o melhor seria ficar de boca fechada mesmo, pois boca fechada nao entra mosca se e que ela e consciente dos problemas que pais e professores brasileiros tem enfrentado com o problema das drogas ("leve" ou nao como diz o Rafael). O Brasil esta muito violento para se fazer uma declaracao destas em publico. Ela falou e perdeu o emprego, coitada, mas fazer o que? democracia e isto, a liberdade de falar todos temos assim como o canal de Tv, que por sinal e do governo, tambem teve o direito de responder e alguem sempre ganha alguma coisa com isso: a revista que publicou a entrevista deve ter vendido que nem agua.
[Sobre "A TV é uma droga"]
por
Rosana
28/11/2001 às
04h09
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proibir jamais será a solução
Caro Fernando, não fui convencidos por seus argumentos; então você proibiria as bebidas alcóolicas apenas pq alguns idiotas por aí podem tomar um porre e sair brigando, ou bater o carro?
Não faz sentido, sinceramente, punir uma maioria responsável pelas irresponsabilidades de uma minoria imbecil. É medida exageradamente autoritária, e parece-me estar muito, mas muito longe de ser uma solução para o "problema" Pelo contrário, apenas contribui para agravá-lo.
[Sobre "A TV é uma droga"]
por
Rafael Azevedo
27/11/2001 às
20h39
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Liberdade, liberdade
Meu caro Fernando: você é contra a liberdade. Tem índole autoritária. Quer proibir que as pessoas digam o que pensam (e o que fazem) e restringir o que elas podem consumir. Se assemelha, assim, a Lenin, Stalin, Hitler, Mao, bin Laden. Viva sua vida, meu caro! Ame sua família e seus amigos, estude e trabalhe pelo prazer do desenvolvimento pessoal e por um mundo melhor. Não fique metendo o bedelho na vida dos outros!
[Sobre "A TV é uma droga"]
por
François Maltie
27/11/2001 às
19h35
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Liberar ou aceitar
Drogas, liberar ou aceitar? Na minha (modesta) opinião, nem um nem outro. Elas "não são boas para vc, logo são ruins, portanto, ilegais". Nenhuma das drogas existentes hoje, inclusive as legais, usadas da maneira que são, trazem benefício substancial se comparado com seus danos ao organismo, ainda que aplicações medicinais para a maconha, a coca (conhecida pelos habitantes dos Andes desde sempre), o LSD (sintetizado para combater a dependência da morfina), sejam conhecidas. Eu não sou contra o uso de drogas, assim como não sou contra o suicídio, nem contra ouvir Bruno&Marrone, nem contra o aborto. Acho que todos nós somos senhores de nossas vidas e quando Deus nos colocou na Terra nos dotou do melhor presente que poderia nos dar, o Livre Arbítrio, a capacidade de discernir entre o certo e o errado, o bom e o ruim, e o direito de optar por um deles. Sendo assim, não tenho como ser contra o uso de drogas, é uma opção pessoal e temos que aceitar. Sou sim contra à existência das drogas, à comercialização, à divulgação, tudo isso que ocorre no nosso dia a dia e que faz com que seus filhos conheçam e passem a usar drogas. As drogas não precisam existir, as pessoas não precisam saber que elas existem. Daí eu questiono a validade da declaração da Soninha e de tantos outros que volta e meia assumem ser usuários. Não faz sentido, isso não acrescenta nada na mentes dos "receptores passivos" que fazem uso da mídia, isso faz parecer que qualquer um pode usar drogas e ser tão culto, responsável e discreto quanto a Soninha, quanto o D2, entre outras personalidades, o que definitivamente não é verdade, basta procurar um entre os milhares de delinqüentes de todas as classes sociais que cometem crimes para "sustentar o vício". Existem pessoas que conseguem conviver com as drogas, assim como existem as que não conseguem. E essas últimas são as que justificam o banimento da droga na sociedade, sem demagogia ou "vista grossa", banimento total, tanto fisicamente como culturalmente, assim como o Hitler ou a Talidomida foram banidos, execrados e viraram sinônimo de coisas ruins, as drogas também devem ser, sem pessoas dizendo que usam e não faz mal. Apoio a postura da Cultura, notadamente contrária ao uso de drogas e que não pode ter um membro formador de opinião em seu meio com postura diferente do perfil da empresa. And "that's all, folks"
Fernando Milton, 20 anos, técnico em Informática Industrial formado pelo CEFET-MG e graduando em Ciência da Computação na Universidade Federal de Viçosa
[Sobre "A TV é uma droga"]
por
Fernando M. Ferreira
27/11/2001 às
18h01
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Julio Daio Borges
Editor
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