Sábado,
27/7/2002
Comentários
Leitores
Tentando outra vez
Realmente minha primeira explicação, malgrado o endosso e o elogio do Sidney, estava ruim. Tento de novo. É que na verdade não se trata de analogia, como dei a entender, mas de um traço genético, legado do pai ao filho. O marxismo defende que existe a opressão de um classe sob outra pelo monopólio dos meios de produção; que só existe libertação pelo combate dos oprimidos contra os opressores; e que a cultura dominante é manifestação desse domínio e meio de o manter. Conseguintemente, surge o equivalente cultural da luta de classes: o multiculturalismo, defendendo as culturas politicamente fracas contra a forte. Porém, essa política cultural logo se mostra equivalente a uma ditadura do proletariado. O cristão não pode defender que o homossexualismo é um mal, ou é chamado de intoerante. Não se pode dizer que música erudita vale muito mais que o samba porque isso é defesa dos dominadores, ainda que haja no Brasil dez pagodeiros para cada violinista. A tolerância cultural mostra-se intolerância com a cultura acusada de opressora. O mecanismo de censura do inimigo é a regra "politicamente correta". Assim, repete-se no plano cultural o que Evandro nos contou da discussão econômica. Outra coisa: o multiculturalismo não defende a tomada violenta do poder, é verdade, mas justamente porque ele é o substituto da revolução armada, adotado quando se percebeu que a tática anterior não ia longe. São idéias irmãs. A respeito disso, o magnífico artigo de Olavo de Carvalho, "Do Marxismo Cultural": http://www.olavodecarvalho.org/semana/06082002globo.htm Espero agora ter sido mais claro. Um abraço!
[Sobre "O pensamento biônico"]
por
Guilherme
27/7/2002 às
13h02
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Que achado!
Agradeço a explicação, mas sinto muito, continuei sem entender. A semelhança apontada (ambos escolhem um inimigo, instigam revolta contra ele e utilizam o conflito para ganhar o poder político) não é uma caracteristica de todo e qualquer movimento político que almeja a conquista do poder? Inclusive da direita política, por exemplo? De maneira que a analogia permanece sem justificação, no meu entender. Há tambem outra coisa: nunca ouvi dizer que os multiculturalistas preguem a tomada revolucionária ou violenta do poder. Bem, continuo esperando uma explicação mais precisa. Procurarei ler o artigo recomendado, no entanto.
[Sobre "O pensamento biônico"]
por
João Pessoa
27/7/2002 às
08h25
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As últimas em Zululand
Rogério, bem que tinha percebido que o blog não se atualizava...Vou lhe dizer algumas novidades; o Fabio, realmente e infelizmente, saiu, mas o lado bom é que está também escrevendo um blog em fdr.blogspot.com . O Dennis, como você já deve ter visto, foi atacado por um dos membros mais primitivos da tribo dos zagalões, mas está bem e sempre pensando em histórias escabrosas sobre marqueses, anéis e gatos. E você, como está? O Watcher? Tem desenhado? Um abraço- Alexandre.
[Sobre "Samurais de Fecaloma"]
por
Alexandre
27/7/2002 às
04h02
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Relendo certas passagens
Romulo, é verdade, acontece comigo também; me lembro de ter relido certas passagens de pulps algumas vezes para ver de novo alguém partindo desta para a (supostamente) melhor...Isso não deve ser um bom sinal sobre as nossas personalidades, deve? O que isso significa? Fizemos mal em confessar? ;>)Um abraço, volte sempre- Alexandre.
[Sobre "Amando quem não existe"]
por
Alexandre
27/7/2002 às
03h49
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Bienvenue, Kelly
Olá, Kelly! Como foi de viagem? A Rive Gauche continua do lado esquerdo, a Droite do direito? A cúpula dos Invalides continua brilhando sob o sol? Quanto aos ovóides, esse é o benefício de ser bem míope...Kelly, bem-vinda de volta, apareça sempre; e se algum dia você ler o "A Coisa Não-Deus", espero que não se desaponte e me diga, depois, o que achou. Está bem? Beijos, Alexandre.- PS: Meus modos! Nem agradeci a sua mensagem simpática! Obrigado, Kelly!
[Sobre "Amando quem não existe"]
por
Alexandre
27/7/2002 às
03h41
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Adorei o texto, pois eu também me envolvo de maneira absoluta com personagens de filmes e de livros. Alías além do amor que chegamos a sentir como não comentar do ódio que certos personagens nos causam e, em analogia ao texto, quando e se morrem em algum momento do livro/filme sentimos uma satisfação tão intensa que voltamos a ler/ver o trecho só para satisfazer nossos instintos??
ROmulo
[Sobre "Amando quem não existe"]
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Romulo Provinzano
26/7/2002 às
23h21
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Aleluia!
ainda há vida inteligente na terra!
a humanidade não está perdida!
[Sobre "O pensamento biônico"]
por
celso pinheiro
26/7/2002 às
23h14
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Liberalismo!!!!!
Se você ler novamente e reparar, justamente, em meu comentário no digestivo eu escrevo que a citação não é minha, "...Usarei um trecho de um artigo que expressa de uma maneira inteligente o que eu penso sobre a importância da internet..." Esta citação está no site "O Indivíduo", no artigo Marx Disfarçado Refletindo Sobre O Apodrecimento. Mais Divertido Que Observar Pássaros. Por Fred Reed com tradução de Sergio de Biasi. Não obstante, eu não poderia explicar melhor a semelhança entre o multiculturalismo e a luta de classes. Faço das suas palavras as minhas.Um forte abraço.
[Sobre "O pensamento biônico"]
por
Sidney Vida
26/7/2002 às
16h49
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Que achado!
Evandro, descobrir quem escreva lucidamente dá-me sempre a sensação de testemunhar um milagre. Seu alerta é mais que oportuno. Ganhou um leitor.
Atrevo-me a fazer uma intromissão para dizer que a analogia entre multiculturalismo e luta de classes não é do Sidney Vila, mas do autor do texto que ele citou, o qual também recebi por e-mail. Atrevo-me um pouco mais, quero explicá-la: até onde compreendo o que li a respeito, tanto o marxismo como o multiculturalismo escolhem um inimigo, burguesia no primeiro e cultura ocidental no segundo, instigam revolta contra eles e utilizam o conflito para ganhar o poder político.
[Sobre "O pensamento biônico"]
por
Guilherme
26/7/2002 às
16h00
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Ola Alexandre! Seu texto me confortou! Sempre achei que eu fosse meio, bem, esquisita, pela maneira como me envolvo com os livros que leio e os filmes que assisto. Eu me apaixono pelos personagens (veja so voce o que tenho passado ultimamente, depois de assistir Lilo and Stitch... aiaiai, aquele monstrinho azul... preciso ir ao Havai), choro por eles (tinha 9 anos quando chorei a morte de Jack, o cachorrinho de Laura Ingalls) e, pra sair da tristeza, so repetindo incessantemente: "Eh so um livro, eh so um livro...". Quantas vezes me senti ridicula por causa disto!
Quanto aos ovoides... Tem certeza que eram ovoides? Nao seriam longas linhas verticais? Nao?
Tenho estado sem internet ultimamente, resultado de uma mudanca de casa, de micro, de ares, enfim... e senti muita falta de seus textos. Definitivamente, preciso comprar "A Coisa não Deus". Para nao sofrer de crise de abstinencia quando estiver sem internet. Beijos. Kelly.
[Sobre "Amando quem não existe"]
por
Kelly Hatanaka
26/7/2002 às
11h40
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Julio Daio Borges
Editor
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