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Segunda-feira, 29/7/2002
Comentários
Leitores

Resposta à Cordialidades
Querida Vanessa Rosa:Obrigado pela adjetivação de saboroso ao meu texto. Não foi fácil fazê-lo. Não queria torna-lo nostálgico nem piegas.Queria falar do amigo, do homem e do intelectual sem exagero. Sérgio era uma brisa de sabedoria, que me acalentava, a cada visita. Era um tempo em que havia tempo para aprender. De nada, Vanessa,eu que agradeço. Alberto Beuttenmüller.

[Sobre "Sérgio Buarque de Holanda: o homem cordial"]

por Alberto Beuttenmülle
29/7/2002 às
14h04

Cordialidades
Caro Alberto, Um texto curto e saboroso, trazendo a nós o grande Sérgio Buarque de Holanda, veio como a inspiração necessária a mais um começo de semana. Obrigada! Vanessa

[Sobre "Sérgio Buarque de Holanda: o homem cordial"]

por Vanessa Rosa
29/7/2002 às
11h56

Lendo E. F.
Evandro, fui "apresentado" aos seus artigos ao ler o "da arte opiniática", de maio último. O de hoje, se me permite, é mais "didático" do que "opiniático". Se o opiniático inovou e divertiu, o didático pacientemente instruiu, esclareceu. Também gostei dos comentários que se seguiram, em especial a oportunidade que se deu de comentar o engodo do multiculturalismo. Abraço e parabéns.

[Sobre "O pensamento biônico"]

por Toni
28/7/2002 às
13h44

Obrigados!
Gostaria de agradecer imensamente os ótimos comentários que li acima. Sidney, comunique-se comigo pelo e-mail: [email protected]. A propósito, adorei seu comentário (número 2). Só não falei das fontes que você citou porque acho que elas merecem vários artigos, quase um pra cada uma delas. Sou leitor assíduo do "O Individuo". Vamos trocar umas idéias! Guilherme, obrigado por virar meu leitor e intérprete teórico! João Pessoa, valeu e parabéns pela receptividade à analogia marxismo/ multiculturalismo, pois a maioria das pessoas já a recusa a priori. Celso, não exagere, sou apenas um pobre mortal, habitante de um país marxista de terceiro mundo! E por último mas não menos importante, obrigado J. Jardim, realmente a sectarização nas universidades é uma barbaridade que já me fez desistir de muitas coisas e investir em outras. Enfim, gostaria de escrever muito mais, mas estou "em trânsito" até o dia 30 e não estou tendo muito acesso a computadores esses dias.

[Sobre "O pensamento biônico"]

por Evandro Ferreira
27/7/2002 às
22h53

Coisas ditas e não ditas
Bem-vindo à discussão, Helion. Observe que eu não escrevi que defender uma cultura IMPLICASSE LOGICAMENTE oprimir a outra, mas é o que se vê na hipocrisia multiculturalista. Daí a associação que - note - FRED REED fez entre luta de classes e multiculturalismo, que só tentei expor. A alta cultura, esteja embora definhando, é dada como dominante e expressão dos dominadores, assim como acontece com o liberalismo na economia. O uso político da intolerância cultural(disfarçada de tolerância) o texto que sugeri explica melhor do que eu poderia. Finalmente, a música erudita (já percebi que não concordarás) é intrinsecamente melhor do que o samba porque cumpre melhor do que ele sua função artística: "diz" muito mais, exprime bem mais, é muito mais rica em nuanças de expressão. Um grande abraço!

[Sobre "O pensamento biônico"]

por Guilherme
27/7/2002 às
22h10

multiculturalismo e revolução
Se me permitem. Não consigo imaginar como a defesa das culturas “politicamente fracas” possa se assemelhar à proposta da ditadura do proletariado. A defesa da tolerância é – ao contrário - muito mais aparentada à luta contra uma ditadura do que à imposição de uma ditadura. Discordar do preconceito do cristão não significa oprimi-lo ditatorialmente. É defender a existência de outros valores, e não eliminar os mais tradicionais. A não ser que discordar de um pensamento dominante seja “oprimi-lo”, o que seria uma contradição em termos./// O exemplo da música erudita versus a popular me parece infeliz. Afirmar a “superioridade” de uma cultura é mais do que “defender os dominadores”: é ignorar que há parâmetros não comparáveis, ou seja, que nenhuma das duas é superior a coisa nenhuma. Por sinal: se há, como você diz, dez pagodeiros para cada violinista, não estaria a cultura erudita – seguindo o seu raciocínio - na posição inferiorizada politicamente? Nesse caso, defender a erudição seria, aí sim, a autêntica tolerância cultural! Inverte-se o argumento.../// Uma última coisa: se o multiculturalismo não defende a tomada violenta do poder, como mesmo você reconhece, então como poderia ser “o substituto da revolução armada”? sinto muito, Guilherme mas, tal como o João pessoa, não captei a lógica.

[Sobre "O pensamento biônico"]

por Helion
27/7/2002 às
19h58

Saudades do livro!!
Vou fazer uma analogia macabra, mas meu envolvimento literário vai ao ponto da de terminar a obra e sentir o mesmo vazio de quando retornamos de um enterro de algum parente, fica aquela sensação de tristeza e ao mesmo tempo a necessidade de se voltar a viver sem aquilo que se foi. O envolvimento emocional com a obra é proporcional a inteligência expressa nela, duvido que alguém se importe de eliminar o personagem que anda pelo deserto em busca de sei lá o que, em o Diário de um Mago.....

[Sobre "Amando quem não existe"]

por Eduardo Vianna
27/7/2002 às
16h02

Os Nativos que se cuidem!!!!!!
Acredito que o destino de nosso menos potentoso povo indígena não deva ter sido muito diferente, dadas as facilidades de se deixarem dominar. O censo demográfico na época me parece que não funcionava muito bem, então não há a menor idéia de quanto se matou direta (armas de fogo) e indiretamente (trabalho forçado, pestes e doenças). O mais "fascinante" e amedrontador foi o papel desta mesma igreja católica no processo, consolidada ao longos de nossos anos como a maior instituição dos aspectos místicos humanos. O continente Africano escapou da barbárie histórica indireta sobre seus nativos, mas definha na ingerência da humanidade para estas questões de solidariedade, uma vez que padecem de epidemia de AIDS, Ebola...etc... Homem dito Branco, Cara Pálida....o que você fez com o mundo?

[Sobre "O Mistério dos Incas"]

por Eduardo Vianna
27/7/2002 às
15h40

De um copiador de Mondrian...
nunca vi descrição tão lúcida do mundo da moda!

[Sobre "Amando quem não existe"]

por el guapo
27/7/2002 às
14h33

Tentando outra vez
Realmente minha primeira explicação, malgrado o endosso e o elogio do Sidney, estava ruim. Tento de novo. É que na verdade não se trata de analogia, como dei a entender, mas de um traço genético, legado do pai ao filho. O marxismo defende que existe a opressão de um classe sob outra pelo monopólio dos meios de produção; que só existe libertação pelo combate dos oprimidos contra os opressores; e que a cultura dominante é manifestação desse domínio e meio de o manter. Conseguintemente, surge o equivalente cultural da luta de classes: o multiculturalismo, defendendo as culturas politicamente fracas contra a forte. Porém, essa política cultural logo se mostra equivalente a uma ditadura do proletariado. O cristão não pode defender que o homossexualismo é um mal, ou é chamado de intoerante. Não se pode dizer que música erudita vale muito mais que o samba porque isso é defesa dos dominadores, ainda que haja no Brasil dez pagodeiros para cada violinista. A tolerância cultural mostra-se intolerância com a cultura acusada de opressora. O mecanismo de censura do inimigo é a regra "politicamente correta". Assim, repete-se no plano cultural o que Evandro nos contou da discussão econômica. Outra coisa: o multiculturalismo não defende a tomada violenta do poder, é verdade, mas justamente porque ele é o substituto da revolução armada, adotado quando se percebeu que a tática anterior não ia longe. São idéias irmãs. A respeito disso, o magnífico artigo de Olavo de Carvalho, "Do Marxismo Cultural": http://www.olavodecarvalho.org/semana/06082002globo.htm Espero agora ter sido mais claro. Um abraço!

[Sobre "O pensamento biônico"]

por Guilherme
27/7/2002 às
13h02

Julio Daio Borges
Editor

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