Quinta-feira,
1/8/2002
Comentários
Leitores
Parabéns, Felix pela sua matéria sobre a eleição de Paulo Coelho para ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Na verdade, a julgar pelos componentes do time da ABL nos últimos anos, nem mesmo vejo qualquer valor ou honra em se ocupar uma das cadeiras deles, mas já que "aquilo" existe e subsiste, vá lá.
Quanto ao Paulo Coelho, todo mundo nalha o "cara" como se ele fosse culpado de alguma coisa, como se ele tivesse encontrado algum meio mágico de obrigar as pessoas a lerem suas obras.
Santo Deus!!! O cara escreve, uma Editora publica e as livrarias tentam vender. Que culpa o escritor tem se milhares e milhões de pessoas, vão até às livrarias e, de livre e espontânea vontade, compram seus livros.
Conheço a obra do Paulo Coelho e, de fato, acho que ele não se caracteriza como um "literato", mas nem ligo pra isso porque julgo que uma boa história é sempre uma boa história; se for magistralmente escrita, do ponto de vista literário, ótimo, mas se for escrita de forma razoável, inteligível, muito bom também. Afinal, muitos podem escrever como literatos, mas poucos podem inventar boas histórias.
Sou autor de 32 livros técnicos e de dois romances, e não tenho nenhum prurido em dizer que gosto muito dos livros do Paulo Coelho.
Afinal, se mais de 40 milhões de pessoas compraram seus livros, está mais do que claro que, nunca se deve mesmo, discutir com o sucesso. Com certeza, os livros dele devem ser bons, ou então, há algum mistério nessa história.
Já me alonguei muito.
Mais uma vez, parabéns pela sua honesta e autêntica matéria, e um grande abraço.
Haroldo Amaral.
[Sobre "Paulo Coelho na Loucademia"]
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Haroldo Amaral
1/8/2002 às
21h58
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Falta Vergonha!
Sabe, Julio Daio, o seu artigo, além de pertinente, lembrou-me de um fato que se deu com o Drummond(iria fazer 100 anos em outubro de 2002). Lá pelos anos 80, o poeta escrevia crônicas no JB. Uma delas foi memorável e dizia bem o que o brasileiro pensa de direitos autorais. Drummond recebeu um pagamento da rádio estatal da Suécia porque um de seus poemas foi traduzido e entrou no ar gélido da Suécia. Drummond não acreditava porque os suecos eram tão honestos, já que ele jamais poderia supor que um dia(na verdade o poema foi declamado à noite)um poema seu fosse ecoar em país tão longínquo."Como não sei sueco -disse a certa altura- nem sequer poderia reconhecer o meu poema. Mas lá estava, em cima de sua mesa, o cheque que tanto intrigava. Direito autoral é questão de consciência e de honestidade, não adianta numerar, é preciso que o pagador tenha vergonha na casa! Alberto Beuttenmuller.
[Sobre "A pirataria, a numeração e o mercado da música"]
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AlbertoBeuttenmüller
1/8/2002 às
18h10
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Cadê a reflexão?
Caro Félix,
Mesmo considerando a dose presente de ironia, achei seu texto de um ceticismo desolador e um tanto vazio. Não entendi o propósito do seu texto, sobretudo com a indagação final "o que de útil traz para o Brasil a maioria dos outros 'imortais' da ABL?". O princípio da "eficiência" ou da "utilidade" é que deve predominar nos nossos escritores??? A cultura e o esppírito crítico de qualquer país estaria seriamente comprometido se assim fosse.
Realmente, se Ivo Pitanguy e José Sarney são membros da ABL, qualquer Paulo Coelho também pode o ser. Mas devemos questionar, então, para que serve essa Academia, qual o sentido que ela tem - ou pretende ter - na nossa cultura. Porque todos já sabemos como as coisas são. Mas nos reservarmos a dizer que "é isso, fazer o quê?" não estimula qualquer reflexão acerca do significado da ABL e de escritores dignos de imortalidade no Brasil, nem nos traz qualquer luz crítica à importância e a dimensão das Letras na nossa sociedade.
Um abraço,
Vanessa
[Sobre "Paulo Coelho na Loucademia"]
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Vanessa Rosa
1/8/2002 às
18h03
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PONDO LENHA NA FOGUEIRA
Há uma Resolução do Banco Central de número 2878/01, também chamada de "Código de Defesa do Cliente Bancário". Como toda a norma no Brasil, é irrelevante (ninguém respeita mesmo), mas pode ser que em alguma situação consiga ter alguma utilidade. É um dos primeiros textos as tratar expressamente do dano moral causado pelos Bancos, através das suas agências.
[Sobre "Serviço de Aviltamento do Consumidor"]
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Ricardo
1/8/2002 às
14h13
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Orgulho humilde
A sacada e a janela pertencem ao nosso editor - Julio Daio Borges; fico também orgulhoso que as pessoas tenham entendido que o Sérgio Buarque era um grande praça, além de intelectual que orgulhou a sua geração. Nós, meu caro Giron, temos de continuar essa tradição de bem servir à comunidade do pensamento e da reflexão. Obrigado, agora que está orgulhoso é o Sérgio, onde estiver, e o Chico, por ter tido o pai que teve. Alberto Beuttenmüller.
[Sobre "Sérgio Buarque de Holanda: o homem cordial"]
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AlbertoBeuttenmüller
1/8/2002 às
17h41
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Profunda reflexão
O texto de Alberto Beuttenmülle nos enche de orgulho por se tratar de um depoimento profundo e consistente sobre Sérgio Buarque. Parabéns pelo ensaio. Ensaios na Internet, bela sacada, bela janela!
[Sobre "Sérgio Buarque de Holanda: o homem cordial"]
por
Luís Antônio Giron
1/8/2002 às
17h08
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envolvimento...
Eh exatamente assim que me sinto, me envolvo a tal ponto com os personagens de livros que muitas vezes a noite, depois de ler, fico imaginando que o personagem devesse agir diferente, fico brava as vezes com as atitudes dele (a), fico triste...O meu envolvimento eh tanto que chego a ter vontade de dar conselhos em algumas ocasioes...beijos
[Sobre "Amando quem não existe"]
por
Carol
1/8/2002 às
14h20
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Fofocas multiculturalistas
Guilherme, li, conforme aconselhado, o artigo de Olavo de Carvalho (“Do Marxismo Cultural”, fttp://www.olavodecarvalho.org/semana/06082002globo.htm). E nele, sinto dizer, não encontrei nenhum esclarecimento melhor do que os que você mesmo havia fornecido. O texto é espantosamente “achista” e não fundamentado, além de apelar a mexericos da Candinha do tipo afirmar que o “filósofo marxista Gyorgy Lukacs gostava de repartir a própria mulher com os interessados”. Não, é, francamente, uma afirmação a constar em um artigo sério sobre qualquer coisa. Se O de C. se acha perseguido pela imprensa esquerdista, que estaria boicotando seus textos, deveria então oferecer serviços a publicações tais como “Amiga” ou “Caras”, que certamente não lhe negariam espaço./// O segundo marxista citado na polêmica sobre multiculturalismo, a “cabeça notável” Felix Weil, eu desconhecia, e não me incomodo em dizer isso uma vez que não tenho a pretensão de entender sobre tudo e todos. Fui pesquisar a respeito na internet e não encontrei, em português, nenhuma referência cruzada entre “Felix Weil” e “multiculturalismo”, e apenas uma em inglês, uma serie de artigos de F.C. Blahut curiosamente intitulada “Cultural Comunism” (www.americanfreepress.net/Cultcommsup.pdf), o que me remeteu de imediato ao título do artigo de Carvalho./// O restante do artigo deste último consta de superficialidades sobre outros filósofos, intercaladas a referências a “cérebros marxistas anormais”, “charlatanices”, “dogmas macabros”, “conteúdos perversos” etc. Em respeito à forma civilizada como o debate vem se travando neste espaço, acho que nem vale a pena nos basearmos em panfletos como esse. Continuo, pois, aguardando uma justificativa consistente para a associação entre multiculturalismo e luta de classes.
[Sobre "O pensamento biônico"]
por
Helion
1/8/2002 às
14h15
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Intolerâncias
Olá. Guilherme. Continuo não concordando que o apelo à tolerância cultural seja necessariamente um disfarce da intolerância e da luta de classes. Como também não acho, por outro lado, que o apelo à intolerância traga um chamamento à concórdia. Acredito que é necessário examinar o que as propostas de multiculturalismo propõem concretamente em termos de políticas. Por isso acho que a associação feita por esse autor citado – Fred Reed – não significa nada, nos termos “abstratos” que ele a enuncia. Por sinal, não encontrei o artigo de Reed no “Indivíduo”, portanto agradeceria se você me enviasse o link.///
Quanto à “alta cultura” ser ou não dominante, acredito que você se refira à chamada cultura erudita, certo? Pois bem, não concordo que ela seja apenas a expressão dos dominadores, acho que é uma aquisição universal e que deveria estar acessível a todos. /// também não acho que ela seja “intrinsecamente melhor” que qualquer outra, até pela carência de “padrões intrínsecos” que me autorizem a afirmar isso. Para ficar com seu exemplo, o samba “diz” perfeitamente sobre aquilo a que se propõe, nem mais nem menos do que a cultura erudita é capaz de fazer. Mas isso é uma longa – e já antiga – conversa. Meu objetivo é basicamente discordar da associação mecânica entre respeito à diversidade cultural, tolerância cultural, multiculturalismo... e luta de classes. Trata-se de uma associação simplista e, a meu ver, não justificada. A menos que a leitura de Fred Reed me convença do contrário.
[Sobre "O pensamento biônico"]
por
Helion
1/8/2002 às
13h55
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Coisa de Chefe
humanenochum: é a organização dos homens
que não falam mal de mulher: tento me controlar, acredito que falta pouco para eu conseguir o intento. Gosto da criação de Nei Lopes nas parcerias com Wilson Moreira, fora isto dificilmente me sensibiliza, no cd de Cláudio Jorge são duas as parcerias com Nei Lopes em "Estrela Cadente" e "Coco Sacudido", que são músicas legais, as temáticas de Nei Lopes que não me tocam são as que relatam o modus operandis ou exaltam a espertezas da malandragem em seus sambas de breque.
[Sobre "Ecos Musicais"]
por
Waldemar Pavan
31/7/2002 às
23h27
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Julio Daio Borges
Editor
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