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Quinta-feira, 5/9/2002
Comentários
Leitores

Barnabé-mor
Depois das suas excelentes tiradas sobre o ócio remunerado do professor da UERJ, você agora nos brinda com esta sátira aos candidatos a barnabé-mor da populosa folha de funcionários do nosso atual regime (prestes talvez a mudar, dizem os mais agourentos, para a "sofisticação" da salsa cubana). De minha parte estou entre o bom senso de não votar (ou seja, ausentar-me da jurisdição e "justificar") e apoiar o vampciro (sorry). E isso pelas razões que mais escandalizem os socialistas por quem vivo cercado: não pelas idéias do futuro eventual barnabé-mor e sim pela bela companheira que sua excelência - também não é trouxa - sempre traz a tiracolo.

[Sobre "Quatro vampiros na TV"]

por Toni
5/9/2002 às
12h36

Nem tudo é tal qual foi dito
Interessante, embora retrate uma única parcela da juventude -mesmo qdo artista-. Sua descrição de alguns tipos, originalíssimos em suas opiniões e atitudes massificadas por uma cultura já nem tão alternativa assim, é primorosa; não há dúvida. No entanto, gostaria de ressaltar que tais tipos estereotipados são, em sua maioria, críticos sem embasamento e leitura; leitores de orelhas de livros e notas na internet. Não são aqueles jovens-artistas-revolucionários-realmente, aqueles que lêem muito, criticam de vez em quando e agem sempre re-vo-lu-cio-na-ria-men-te...no sentido lato (inclusive e principalmente no político) Mas de qualquer forma, valeu! Parabéns! PS: Não sou artista e nem mesmo revolucionário de fato. Só tenho certas idéias...

[Sobre "Retrato do jovem quando artista no século XXI"]

por João Laelton
4/9/2002 às
17h12

Meeting Mencken
Tenho me deparado ultimamente com menções a H.L Mencken nas páginas da web, o que despertou o interesse de começar a me familiarizar com sua obra. Quem sabe inicie a fazê-lo a partir do livro citado pelo Breno, acima. Não será coincidência que a advertência transcrita pelo Breno seja de 1918, em plena fermentação, na Europa Central, da insensatez coletiva que estava então prestes a se desenrolar. A natureza humana é inerentemente influenciável pela chamada mob psychology, o que pode ter sido útil e vital em algum momento do passado remoto da espécie. Agora nossa missão é de outro patamar, o que pressupõe a alargamento da consciência. Benvindos os arautos do bom senso. Benvindo Mencken.

[Sobre "Público, massa e multidão"]

por Toni
4/9/2002 às
11h50


Eduardo, devo concordar com o último comentário - como sempre, seus textos estão impecáveis tanto na escrita (não encontro - obviamente - erros de português), quanto no conteúdo. Quem sabe em breve eu visite essa cidade? Parabéns. Abração Chico

[Sobre "Bernard Shaw on the lake"]

por Chico
4/9/2002 às
11h25

A resistência na universidade
Querido Evandro! Eu me identifiquei muito com o seu texto. Nos cursos de graduação que passei, sempre aconteceu isto. Mesmo entre professores excelentes, existe uma vaidade e uma certa resistência em abordar temas novos, seja para discussão ou para desenvolvimento de trabalhos científicos. Talvez seja o medo de se expor. Abraços, Rodrigo http://br.groups.yahoo.com/group/encontrosdorod/

[Sobre "Depoimento sobre o dia de amanhã"]

por Rodrigo Ferreira
4/9/2002 às
10h10

O Indivíduo
Provando que você não está sozinho nesta guerra, Evandro: www.oindividuo.com e leiam os artigos de Alvaro Velloso de Carvalho, Alceu Garcia e Marcelo Tostes.

[Sobre "Depoimento sobre o dia de amanhã"]

por Martim Vasques
3/9/2002 às
18h18

Inveja
Excelente, excelente, excelente, excelente. É, a partir de hoje, um dos textos que eu gostaria de ter escrito. <>

[Sobre "Falsos intelectuais"]

por Fernando Paiva
3/9/2002 às
15h42

Um ponto
Queridíssimo Rogério! Entre, sente-se, a casa é sua. Há muito que não recebo uma mensagem como a sua. As coisas andam meio frias por aqui. Os leitores não estão querendo se manifestar. Muito obrigado pela sua aparição. Leio sempre o seu blog e gosto muitíssimo dele. Já temos agora mais um ponto a favor da liberdade de expressão. A propósito, já participei de alguns grupos de discussão e sempre achei que os integrantes ficam mais preocupados em não congestionar suas caixas de correio do que em dialogar. Mas o mais engraçado são os grupos de discussão acadêmicos. Alguns discutem o futuro da informação na Internet, as possibilidades e perspectivas infinitas desse meio. E, no entanto, os grupos são cheios de regras e delimitações de conteúdo!

[Sobre "Depoimento sobre o dia de amanhã"]

por Evandro Ferreira
3/9/2002 às
14h20

Blogs
Ôpa, Evandro A WEB é sem dúvida um espaço essencialmente libertário. Victor Hugo dizia que "tudo que aumenta a liberdade aumenta a responsabilidade". E é bom que tenhamos a oportunidade de testar nossos padrões de responsabilidade. Acho que os blogs, além de permitir que grupos afins se encontrem à margem do debate institucionalizado, cuja rota é traçada sobretudo pelas universidades, permite ainda a exposição de informações um pouco mais organizada que a WEB em si. A WEB é desordenada, não há uma classificação de assuntos. Não há como eu "pegar" facilmente o segmento da WEB que fale sobre anarquismo, por exemplo. Se eu procurar por anarquismo através de uma ferramenta de busca qualquer, vou ter que passar ainda por uma segunda filtragem, pois muita coisa não me servirá. Sei que os blogs não têm atributos de classificação bem definidos, pois normalmente se propõem a mostrar o universo inteiro de cada autor, e qualquer autor anarquista sempre é maior que o anarquismo em si. Mas os blogs têm uma pele porosa que facilita a aderência a outras peles cuja estrutura porosa é similar. Não acho que a liberdade e o mínimo de organização sejam conceitos antagônicos, desde que essa organização não seja o fim em si. As comunidades que se formaram através de blogs não vivem se esforçando para manter a organização, pois a tal organização é inerente nessa estrutura e nada cobra por estar ali. A aderência se dá no nível das idéias e não de lemas que devam se adotados sob pena de expulsão da comunidade. Sei que antes dos blogs já existiam os grupos de discusão. Mas sua natureza era meio esotérica, acho. Eu sou um sujeito que ganho a vida fazendo com que sistemas de computadores respirem. Sou um técnico de software, sou um técnico de profissão, mas sempre tive isso como algo periférico, secundário, não obstante tirar daí o sustento de minha família. Não era pequena a ânsia que me dominava por não encontrar no meu convívio pessoal as pessoas com quem eu quisesse comungar novos caminhos a seguir. O sucesso que tenho obtido em encontrar pessoas pródigas nas tentativas de expandir as possbilidades do pensamento não foi planejado. Foi a conseqüência natural de habitar um território em que a liberdade não é relativa. E se a URL de meu blog servir de assinatura para tudo isso e se minha exposição é o preço que tenho a pagar pela minha liberdade, aí vai: http://pradomacedo.blogspot.com Abraço

[Sobre "Depoimento sobre o dia de amanhã"]

por Rogério Prado
3/9/2002 às
12h57

A turba
O texto me lembra uma passagem do 'livro dos insultos' do H.L.Mencken. Não esqueçam que foi escrito em 1918: A TURBA "Gustavo Le Bon e seus discípulos, ao discutir a psicologia das multidões, formularam a idéia de que o indivíduo, quando ombro a ombro com a multidão, desce um grau ou dois intelectualmente e tende a exibir as mesmas reações mentais e emocionais de pessoas que lhe são inferiores. É assim que eles explicam a bem conhecida violência e imbecilidade das multidões. A turba, enquanto turba, chega a extremos de que seus membros, como indíviduos, nunca poderiam ser acusados. Sua inteligência média é mínima; mas é infecciosa, contagiante, quase simiesca. As multidões, bem trabalhadas por um esperto demagogo, acreditam em qualquer coisa e são capazes de tudo. Ouso dizer que Le Bon está parcialmente certo, mas também parcialmente errado. Sua teoria é provavelmente elogiosa demais para com o ignorante médio. Ao misturar este ignorante com o homem superior nos excessos de uma multidão, dá a entender que também o ignorante, no meio delas, faz coisas que nunca pensaria em fazer sozinho. O fato pode ser aceito, mas o raciocínio levanta uma dúvida. O ignorante se descontrola na multidão, nãoporque tenha sido inoculado por ela com vírus da violência, mas porque a sua própria violência tem ali a única chance de exprimir-se em segurança. Em outras palavras, o ignorante é perverso, porém covarde. Ele evita qualquer tentativa de um linchamento a cappella, não porque precisa de estímulo para quere linchar alguém, mas porque precisa da proteção de uma multidão para fazê-lo sentir-se corajoso o suficiente para tentar. O que acontece quando uma multidão se descontrola não é exatamente o que Le Bon e seus seguidores descrevem. Os poucos homens superiores dentro dela não são reduzidos imediatamente ao nível dos fanfarrões. Ao contrário, costumam manter a cabeça fria e tentam até conter a multidão. Mas os fanfarrões são maioria; a cerca é derrubada ou o negro é queimado. E por quê? Não porque os fanfarrões, normalmente virtuosos, tornam-se subitamente uns insanos criminosos. E sim porque se dão conta de repente do seu poder em número e porque ali há uma brecha para exercerem sua selvageria. Em outras palavras, o poder suíno de uma multidão já existe permanentemente na maioria de seus membros - digamos, uns 90%. Todos os estudos sobre a psicologia das multidões tropeçam nesta subestimação da selvageria. Os escalões inferiores do homem são, na realidade, incuravelmente perversos, seja individual ou coletivamente. Decência, autocontrole, senso de justiça, coragem - estas virtudes pertencem a uma pequena minoria de homens. Esta minoria raramente se descontrola. Seu traço mais distinto, aliás, é a resistência ao descontrole. O homem de terceira classe, embora possa disfarçar-se com as barbas de um homem de primeira, será sempre descoberto por sua incapacidade de manter a cabeça diante de um apela às suas emoções. O mesmo grito que se dá para estimular um animal a correr põe a nu o seu disfarce." É isso aí...

[Sobre "Público, massa e multidão"]

por Breno
2/9/2002 às
15h28

Julio Daio Borges
Editor

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