Segunda-feira,
9/9/2002
Comentários
Leitores
Nada é tão ruim que não piore
As vezes tenho a pretensão de achar que estou na frente da minha época, mas não me deixo enganar. O que mais desespera é que não é só na FFLCH, é que tem gente que estufa o peito para dizer que fala vários idiomas, mas age da mesma maneira ou pior. Pode ser do assunto que seja, sempre alguém descobre uma maneira de agir pior. Não sei se é uma característica da juventude e os que percebem e mudam se tornam adultos, estou praticamente classificando de adulto alguém que poder ter uma opinião verdadeiramente sua e saiba defendê-la, ou se é um indício de que o futuro é ainda menos esperançoso. Mas, daqui da minha pequena lucidez, tento encaminhar os que posso, se é que sou alguma referência. Acho que podemos começar por aí. Fiz dois meses de FFLCH e acho que isso foi ruim, não pelos ônibus lotados e salas microondas da faculdade, mas muito mais porque estou desacreditado dos historiadores do Brasil; dando mais desespero ainda ao imaginar que a maioria acaba virando professor de escola secundária e pode querer fazer um filho meu virar comunista em pleno 2050, quem sabe?! O que importa é ser contra, não importa o que, mas ser contra. É a famosa sensação de ser diferente por ser do contra. Talvez chame mais atenção e ninguém quer o anonimato. Me desculpem os verdadeiros historiadores ou os futuros verdadeiros. O resto, que seja do contra... pra variar!
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Fred
9/9/2002 às
14h11
|
Caro Eduardo,
Tenho muita admiração por seus textos e os considero indispensáveis ao site. No que tange a convocação dos alunos da USP para "a celebração à Osama", creio que vc tem razão. É um absurdo, comemorar sobre qualquer circusntância a morte. Entretanto, vejo suas considerações em relação aos alunos que sofrem do "analfabetismo funcional" com uma carga extremada de preconceito.
Abração,
Anilson Roberto Gomes
De Salvador
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Anilson Roberto
9/9/2002 às
14h42
|
Absurdo!
Sinceramente, eu tinha que comentar o texto... é um completo e total absurdo que em uma universidade de alto (aparentemente nem tão) nível como a USP tem a capacidade de produzir mentes tão ingênuas como a desses extudantes... com X mesmo. Desculpe, mas não dá para aguentar ler que "...a vida de uns 5000 americanos não vale a de milhares..." - é um absurdo sequer considerar escrever isso. A vida não é objeto para ser negociada ou trocada, ou sequer desconsiderada.
Eu nunca senti tamanha revolta ao ouvir de uma festa - e você me conhece bem. Estou impressionado que pessoas com um suposto nível cultural (também, aparentemente não tão) alto "elogiem" um assassino. Acho que as pessoas estão perdendo muito tempo lendo e ouvindo bobagens (bobagens MESMO)de "conspiração norte-americana", ou mesmo ouvindo músicas que falem de "como somos coitados, e portanto matamos para viver". Por acaso eles conheciam alguém que trabalhava lá? ou sequer passearam por lá? como se sentiriam se conhecessem alguém de lá?
Discordo com o que você disse, no entanto, de que chegam a ser risíveis as opiniões nos e-mails... não acho risível. Nem um pouco - acho preocupante. Tenho que medir minhas palavras agora para evitar uma chuva de respostas agressivas à mim, mas é um absurdo total e completo... desculpe as repetições, mas estou abalado. Tremendamente abalado.
Agradeço, no entanto, você ter citado isso em um site público, pois agora muitos saberão desse absurdo, e serão contra.
Abraço
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Chico
9/9/2002 às
11h19
|
Adjetivos
Dennis, sim, sem adjetivos não haveria Proust, nem Balzac, nem Dickens (Dickens usava adjetivos muito bem), nem Henry James, nem noventa por cento da literatura do mundo. E sua comparação com cores e nuances, os adjetivos dando as nuances aos substantivos - queria ter criado essa imagem. Cheguei tarde, cheguei tarde...- Nota: para quem não conhece, passem pelo Caderno Mágico do Dennis (http://cadernomagico.blogspot.com) e leiam tudo que puderem. Daí releiam. E releiam. E coloquem nos favoritos.
[Sobre "Onze pontos sobre literatura"]
por
Alexandre
9/9/2002 à
00h18
|
Os excluídos
Mais um excluído
http://planeta.terra.com.br/arte/policymaker
[Sobre "Depoimento sobre o dia de amanhã"]
por
David West
8/9/2002 às
12h29
|
adorei o texto
ola amigos
adorei o texto, pesquiso o trabaho de Beuys há algum tempo e este parece ser o enfoque principal: o artista pode desempenhar um papel importante na cura de um trauma social.
vou indicar o texto para os meus alunos na universidade.
obrigada
naira
[Sobre "A arte como destino do ser"]
por
Naira Ciotti
8/9/2002 às
12h18
|
cresci assistindo anos inc.
Pesso por favor passe o seriado mais
importante da infancia dos nossos filho
por que não passar esse seriado novamente se hoje tudo que se ve na tv
é uma borcaria.
[Sobre "Anos Incríveis"]
por
daniel bueno
7/9/2002 às
08h50
|
Marilyn, o mito eterno!!
Sem dúvida é a mulher mais apaixonante de todos os tempos. Nasci 20 anos após sua morte, mas sou fascinado pela loira de Hollywood. Quando será que vai surgir uma outra Marilyn?? Com sensualidade e beleza sem vulgaridade. Marilyn faz muita falta, deveria permanecer para sempre jovem. Marilyn, o mito, o sucesso continua!!!
[Sobre "A divina Marilyn Monroe"]
por
Rodrigo Pena
7/9/2002 à
00h43
|
Texto inteligente e saboroso
Alexandre, você nos trouxe mais um texto delicioso, que já começa bem, mencionando meu querido detetive Nero Wolfe (ele e seu altivo assistente Goodwin são personagens pra lá de tridimensionais) e vai ficando melhor a cada linha. Concordo que o realismo literário nunca seja puro, a menos que você chame de obras literárias os compêndios de medicina. Mesmo a Medicina Legal não é 100% realista. O mundo não é realista, nem precisa de realismo literário puro, a meu ver. Alexandre, concordo que essa mania de desprezar adjetivos (aquilo que chamam de "cortar o desnecessário") é puro modismo, e muito imbecil! "Um pano roto e malcheiroso, com pontas esfiapadas" não é o mesmo que "um pano", simplesmente. Cortar adjetivos é cortar nuanças, seria como obrigar um pintor a usar apenas cores básicas, nunca tons intermediários. Sem adjetivos não haveria Marcel Proust, não acha? Essa guerra contra adjetivos sempre me revoltou. Isso é coisa de quem nunca leu pra valer! Abração, parabéns por mais esse texto inteligente e saboroso. Abraços!
[Sobre "Onze pontos sobre literatura"]
por
Dennis
6/9/2002 às
21h17
|
Eu também
Me identifiquei completamente, Evandro. E esse foi um dos melhores textos que já apareceram no Digestivo. Um abraço - Alexandre Soares (cujos textos também aparecem, quando a preguiça deixa, no Digestivo.)
[Sobre "Depoimento sobre o dia de amanhã"]
por
Alexandre
6/9/2002 às
18h12
|
Julio Daio Borges
Editor
|
|