Terça-feira,
10/9/2002
Comentários
Leitores
Do forno
Notícia quente, para pegar no contrapé quem acha que exagerei: está estendida na FFLCH uma faixa, de uns 6 metros de comprimento, com o seguinte agradecimento: "VALEU OSAMA!". Meus sinceros pêsames a minoria lúcida que freqüenta aquele ambiente...
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Eduardo
10/9/2002 às
20h35
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Bravo! Bravissimo!!!
Bravo Eduardo! Bravo!
Toda vez que alguem me perguntar ( e essa pergunta tem sempre um ar de desdem ou deboche )o porque de eu não haver cursado nenhuma faculdade (ainda!!! dizem basbaques), peço licença para esfregar na cara dessa turminha o artigo tão bem escrito que acabo de ler.
Agora, o que mais me chateia e saber que o nosso suado dinheirinho de cada dia destina-se a custear universidades e professores que são incapazes de botar juizo nesses cabeçinhas de ameba!
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Aguinaldo Silva
10/9/2002 às
19h00
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Olhe aqui, Chico: a universidade não produz esses sujeitos, eles já chegam "produzidos". E se a FFLCH concentra uma grande parte dos tipos citados, eles não são exclusividade dessa faculdade.
Ocorre que há muito tempo os estudos humanísticos estão em decadência, principalmente aqui em nossas plagas. Existem muitos professores velhos dominando os departamentos, isolando-se em radicalismos, agarrados a tábua de salvação que é a estabilidade de emprego do funcionário público. E por causa de medidas populistas, as vagas para estudantes são muitas, o que não faz uma seleção apurada.
Propostas como ranqueamentos e ciclos básicos são rechaçadas sistematicamente, porque todo mundo quer moleza. Inclusive aqueles que não conseguem superar as dificuldades dos primeiros meses e colher os frutos de tantas oportunidades que existem lá.
Outro dia, após a longa greve, uma aluna reclamava com os professores que ela já ia se formar e nunca tido a oportunidade de estudar Camões! Devia estar esperando alguma forma de cirurgia cerebral...
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Fabio Polonio
10/9/2002 às
14h42
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Du Pouvoir
Prezado Evandro:
Os seus textos no Digestivo Cultural mostram que a consciência individual ainda tem alguma chance nesta nação que caminha para o abismo. E, realmente, "O Indivíduo" vale por 30 universidades - e o trabalho de Alvaro Velloso realiza é de uma importância fundamental para os restos de uma intelectualidade ainda preocupada com a verdade e não com os interesses ideológicos.
[Sobre "O underground e o Estado"]
por
Bertrand De Jouvenel
10/9/2002 às
13h21
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Três pontos
Luciana,
Primeiro: eu não peguei dois gatos pingados para basear minha pesquisa. Esses e-mails foram pinçados aleatoriamente de uma série extensa deles, incluindo também outros participantes.
Segundo: eu passei tempo suficiente naquela faculdade para presenciar situações assustadoras. Recebo constantemente notícias de amigos e parentes que freqüentam a FFLCH, e, pelo que tenho ouvido, ainda peguei leve.
Terceiro: o meu texto deve ser interpretado como crônica superficial, e não como pesquisa científica. O tom irônico é evidente.
Mas muito obrigado pela sua opiníão, beijos,
Eduardo
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Eduardo
10/9/2002 às
13h14
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Querido Eduardo;
Eu discordo plenamente do seu artigo, pois você pegou dois gatos pingados e concluio a sua maravilhosa pesquisa sobre a FFLCH, sem averiguar o que realmente acontece por lá. Parabéns pela sua maravilhosa pesquisa, quero um dia ser igual a você. Não vou escrever mais porque eu não quero pertubar alguém tão sábio como você. Um abraço.
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Luciana
9/9/2002 às
23h19
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Xixi dos anjos
Caro Rogério. Você até que teve presença de espírito com esse amigo seu. Eu fui abordado numa festa por um colega meu de faculdade e não sabia o que dizer. Preferi fazer perguntas para estudar a mentalidade do coitado! Ele tem aulas (não sei bem de quê) com um ex-integrante do exército israelense e se diz "video-terrorista", que é quase uma palavra substituta para video-maker hoje em dia. Falei para ele que o FMI é esquerdista, para ver se ele perguntava o que eu queria dizer com isso, mas ele não entendeu nada. As pessoas são infinitamente mais ignorantes do que se costuma pensar. Um outro colega meu disse que talvez fosse mesmo legal votar no Serra, porque ele baixou os preços dos remédios (ah, se o Henry Hazlitt ouvisse essa...). Só com muita cerveja, pra viver nesse país. Não sei não, mas acho que só a cerveja é capaz de nos salvar da revolução!!!
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Evandro Ferreira
9/9/2002 às
23h18
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Sem comentários...
O texto sobre a festa do Bin na USP está excelente...Dispensa comentários. Primeiro, a indignação. Depois, a resignação. Parabéns, todavia, pela sua virtuosa persistência em expor ao ridículo este tipo de iniciativa. Resta-nos a esperança de que se trata de uma pequena minoria espalhafatosa...
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Oswaldo C. Neto
9/9/2002 às
22h20
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É brincadeira
Caro Eduardo,
Festa para comemorar o morte de 2.900 pessoas, é só que me faltava. Contra o imperialismo norte-americano, mais uma piada. O tio san não nada lá muito bem das pernas.
Se esse povo da USP acha tio Osama uma grande pessoa porque não fazem uma festa para Hitler, Fidel Mao, Perón ou nosssos militares que mataram em nome do povo e do progresso. Então devemos fazer uma festa para eles. Claro camaradas, a vida não vale nada mesmo, principalmente quando sua opinião difere da minha.
Pessoal da USP acorda!
Cuidado Eduardo você será perseguido pela KGB.
Abraços
Otávio
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Otavio
9/9/2002 às
21h54
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Um bêbado e outro bêbado.
Quase todos os dias alguém me pergunta: por que você não faz uma faculdade?
A resposta passa por seu texto, Eduardo.
Nunca sequer fiz vestibular e sou visto entre meus próximos como um sujeito excêntrico.
Recentemente estive numa festa e reencontrei um antigo conhecido, militante empedernido. Ele insitiu para que eu declarasse meu voto nas próximas eleições. Resisti até a terceira cerveja.
Respondi que meu voto seria anulado. Ele me chamou de alienado. Disse-lhe que o conceito de alienado não se restringe ao conceito criado pelas esquerdas, aquele que diz ser alienado o sujeito que por não conhecer a realidade não tem o poder de transformá-la. Disse-lhe que o sujeito que vincula o universo inteiro à política partidária é provavelmente o menos conhecedor da realidade. Disse-lhe mais: ele era o alienado ali, pois suas opiniões eram apenas uma réplica das opiniões de seu partido. Disse-me que eu não poderia, dada a conjuntura atual, ficar neutro, votar nulo é perder uma oportunidade de ver um Brasil melhor. Disse-lhe que meu voto nulo não vai impedir que um candidato se eleja. Ele pediu que eu pensasse nos meus filhos e votasse no Lula. Disse-lhe que é por pensar nos meus filhos que vou votar nulo. Não quero ser tido como incoerente quando tiver de dizer a eles que a classe política brasileira não tem a chave do portão do Éden e que na maioria das vezes ela só atrapalha.
Disse a meu interlocutor que me acusar de neutralidade é se utilizar da falácia do terceiro excluído, pois escolher o voto nulo é uma tomada de decisão (vocês perceberam que a propaganda do TRE na TV não ensina o cidadão como fazer para anular o voto?) e que não se submeter à política partidária não é se abster do envolvimento que cada um deve ter com política de uma forma geral. Disse-lhe ainda, paciente que sou, que política partidária é somente uma componente da política em geral.
Discussão de mesa de bar, como vêem. E espero que para meu interlocutor tenha sido isso apenas, pois sua promessa no final da discussão me deixou assustado: "quando chegarmos lá você é um dos que vai para o paredão". Toda brincadeira tem um naco de verdade.
A cerveja é mesmo estimulante. Em outras ocasiões não perderia tempo em tais discussões redondas. Mas festa é festa, né? E em festa, com muita cerveja na cabeça, até um religioso (aliás, duplamente religiosos, pois meu interlocutor se define neo-trotskista e cristão) pode cogitar o fuzilamento de seu oponente.
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Rogério Macedo
9/9/2002 às
17h18
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Julio Daio Borges
Editor
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