Sábado,
21/9/2002
Comentários
Leitores
Da Igualdade.
Eduardo, não entendo como um texto que fala sobre as festas da FFLCH, ou mais especificamente sobre uma destas, tenha causado tanta polêmica (nao usarei mais acentos, caro gramatico, assim vc lera meu texto com mais atençao ao conteudo).
Mas realmente o que chamou me muito a atenção foram suas repostas aos prós-FFLCH, afinal vc so respondeu a eles e em uma de suas respostas (a 45) vc exagerou, argumentar a mediocridade de um lugar utilizando a logica das relaçoes de genero... isso realmente passou dos limites. Varios e-mails atacaram seu artigo, o colega Danilo atacou a sua sexualidade e vc não soube responder(ou melhor alguem de seu gabarito nem deveria faze-lo) sem utilizar esse universo delicado da sexualidade e das relaçoes de genero.
Devo dizer que amigas do banho e da cera quente, nao qualificam uma mulher; talvez porque sejamos mais do que isso. Gostaria que vc NAO CITASSE MAIS AS MULHERES DA FFLCH COMO ARGUMENTO PARA SEU TEXTO, assim como vc pediu o e-mail de alguem que ofendeu e difamou sua pessoa, peço-lhe que não continue a usar as mulheres como argumento, senão tomaremos as medidas cabiveis e legais em casos de discriminaçao por raça ou genero.
A Liberdade de expressao possibilita que vc escreva nesse site e onde mais vc conseguir, porem nao lhe da o direito de ferir uma outra maxima do individuo liberal: a IGUALDADE.
Obrigada,
Paola
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Paola Gambarotto
21/9/2002 às
15h32
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Divulgação
Caro Hamilton. Sobre a reforma agrária (nos moldes do MST), eu quis dizer apenas o que o Hazlitt diz em seu livro sobre toda e qualquer política econômica: beneficia alguns e prejudica outros. E quase sempre beneficia menos gente e prejudica mais gente. Sugiro a você que estude mais economia, que é o que eu estou fazendo, para poder se libertar do que Hazlitt chama de "economia emocional", que é, por exemplo, a faculdade de olhar para as famílias de assentados e ficar com pena. E, a partir dessa pena, lutar por políticas econômicas. Sobre a agricultura familiar, ela é incapaz de abastecer as cidades (exceto pelos cinturões mais próximos dos centros urbanos), por seu baixo volume de produção e baixo custo-benefício do transporte, e causará provavelmente uma escassez de alimentos que aumentará os preços. Quanto aos empresários visarem mais lucros, minha observacão foi um pouco infeliz, porque não ficou clara. Eu quis apenas expor um preconceito da sociedade que vê o empresário como um ser humano vil e ganacioso. A condenação do lucro é um fenômeo milenar e não pode ser esquecido ou ignorado. Precisa ser exposta como preconceito que é. Não quis dizer que o empresário não busca sempre o lucro. Minha visão é a de que essa busca de lucro pode ser usada a favor do mundo ou contra ele. E está sendo usada contra, por causa da crença de que a redistribuição de renda é função do Estado. Enfim, eu não acho que para que o mundo seja um lugar melhor é preciso que todas as pessoas tenham a mesma quantidade de dinheiro ou riquezas. Eu, por exemplo, não sou rico e nem sinto necessidade disso. E não tenho inveja e despeito por uma pessoa rica. Um empresário gera empregos e eu não. Logicamente que eu não estou satisfeito com nossa situação atual. Aliás, sempre que alguém escreve sobre esses temas, fora dos clichês usuais, aparecem muitas pessoas achando que esse alguém está satisfeito. Pelo contrário, eu estou duplamente insatisfeito, mais insatisfeito que os esquerdistas defensores da reforma agrária (nos moldes deles). Eu estou insatisfeito, como todos, porque existem pessoas com fome no campo e na cidade. E também estou insatisfeito porque subsídios, programas de governo, enfim, intervencionismo e assitencialismo de todas as formas não vão resolver nada. Aliás, foram justamente esses fatores que criaram os problemas que aí estão, inclusive os monopólios das mega-empresas e as enormes possibilidades e oportunidades de um mega-empresário ser desonesto e explorador. Estou insatisfeito com o fato de que o MST pega pessoas ignorantes e sofredoras e os transforma em robôs imbecilizados, repetidores de slogans leninistas do mais baixo nível. Estou insatisfeito porque essa coisa toda não está sendo conduzida de forma séria, por governantes e economistas sensatos e inteligentes, nem de um lado nem de outro. De um lado, temos figuras anacrônicas (alguns deles se intitulam até economistas) que pensam que transformar o Brasil numa URSS agrária vai resolver o problema. De outro, temos economistas incompetentes que não sabem o que fazer. Eu não sei qual é a solução exata, Hamilton. E não tenho vergonha de dizer isso. Só sei que o que está acontecendo não pode dar certo. Senão pelas várias teorias econômicas que tenho aos poucos estudado, ao menos pela extrema semelhança que se pode ver com o que ocorreu em países comunistas ao longo desse século. Desigualdade econômica não resume os problemas do mundo, que são infinitamente mais complexos. E mesmo que resumisse, ainda resta o problema de que existem várias propstas de como eliminá-la. Digamos que eu sou a favor dos ricos e dos pobres. Dos ricos porque eles geram mais riqueza (ao menos quando o Estado deixa). E dos pobres porque seriam favorecidos por essas riquezas, caso o mercado fosse um pouco mais livre. Mas essa é uma história que não tem fim. E ainda estou no início do caminho. Ainda estou na fase de esclarecimentos básicos sobre, por exemplo, o que é neoliberalismo. E já posso te dizer que o que está acontecendo no mundo não é neoliberalismo. É o contrário, inclusive. Então, para saber onde quero chegar, é só prestar um pouco mais de atenção e ver que o texto foi apenas uma divulgação de teorias que não são estudadas no Brasil, por causa do viés esquerdista da intelectualidade latino-americana. Por isso é que elas soam estranhas. Aquilo de que a gente nunca ouviu falar sempre soa estranho.
[Sobre "Capitalismo sob fogo cerrado"]
por
Evandro Ferreira
21/9/2002 às
15h52
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onde quer chegar
Caro Evandro,
Sou engenheiro agrônomo e professor da Unesp - Medicina Veterinária (Araçatuba - SP).
Não sei sua formação acadêmica e nem conheço o livro que você cita na sua crônica, no entanto acredito que você está certo em alguns pontos que aborda e equivocado em outros, da mesma forma que cita que existe pessoas imbecis e aquelas não imbecis.
Não consegui entender onde quer chegar com algumas colocaçoes como a de que a reforma agrária seria boa para algumas centenas de famílias que vivem no campo e ruim para alguns milhares que vivem nas cidades. Em primeiro lugar, nos assentamentos que visitei notei que as famílias assentadas (milhares e não centenas), de maneira geral, não estavam anteriormente morando na zona rural e muitas delas nem tinham origem no campo. Acredito que a transferência de pessoas das cidades (com inúmeros problemas sociais, etc) para o campo acabam reduzindo a população urbana e seus problemas. Normalmente os produtos oriundos da agricultura familiar são alimentos básicos, e não soja, o que deveria resultar em redução maior ainda dos preços dos alimentos (já bastante reduzidos) para aqueles que permanecem na cidade (lei da oferta e procura), beneficiando a população urbana. Além disso, a atividade agropecuária apresenta baixa lucratividade e baixo retorno sobre o capital investido (os preços dos produtos agrícolas são muito reduzidos nos mercados interno e externo - commodities, enquanto os custos de produção são crescentes - determinado pelas multinacionais), o que resulta em muitas dificuldades para o setor agrícola empresarial. Assim, imagine a situação da agricultura familiar, além do fato do trabalho na área rural ser muito mais árduo e duro.
Desta forma, existem assentamentos com resultados muito bons e outros com resultados ruins, como tudo na vida.
Outro ponto que gostaria que me respondesse é se você conhece algum empresário que não vise obter mais lucro com seu negócio. Se isto estiver acontecendo deve ter algo errado ou o sistema econômico parece não ser mais o capitalismo.
Por último, quando você diz: "Ser capaz de ver que a causa da pobreza de uns não é a riqueza de outros", eu gostaria que me apresentasse uma fórmula para todos crescerem economicamente (ou enriquecerem) sem a transferência de dinheiro, e seu acúmulo, entre os setores da economia. No meu entender, toda vez que alguém acumula capital este foi transferido de outro alguém. Ou dinheiro "da cria"? Assim, acho que realmente a riquesa de determinada pessoa pode não ser a causa direta da pobreza de outra (existem diversos fatores determinantes: capacidade, sorte, inteligência, oportunidade, etc., que variam entre as pessoas). Mas, quando consideramos a sociedade, normalmente aquelas pessoas mais ricas tem maiores facilidades (por exemplo: para ganhar dinheiro é necessário o investimento e, quem já tem o dinheiro pode investir e ganhar mais dinheiro e assim acumular cada vez mais capital)para se tornarem mais ricas ainda, de distanciando dos mais pobres e gerando a enorme desigualdade social reinante no Brasil e no mundo e responsável pelos maiores problemas mundiais (terrorismo, violência, fome, poluição, etc). Assim, para que todos vivam harmonicamente sobre a terra, acredito que a eliminação da desigualdade econômica-social reinante no mundo é a única solução. Talvez por isso o capitalismo esteja sendo notado e discutido nos dias atuais.
Atenciosamente,
Hamilton Caetano
[Sobre "Capitalismo sob fogo cerrado"]
por
Hamilton Caetano
21/9/2002 às
11h35
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Uma Luz Combatendo a Escuridão
Evandro, espero que o Digestivo Cultural continue tratando de questões cruciais, assim, dentro de uma linha editorial isenta, s/ contaminações ideológicas, muito comuns em n/ mídia. Seus artigos são sempre lógicos e esclarecedores, oportunos e inteligentes. Leio-os aqui, no Digestivo, e, também, no Mídia Sem Máscara, do Prof. Olavo (http://www.midiasemmascara.org/arquivo.asp), onde é, igualmente, um grande e prestigioso colunista. A nossa esperança é, honestamente, a de neutralizar a escuridão, acendendo n/ velas pequenas, dentro dela. Um grande e fraterno abraço. Conte sempre c/ a companhia deste leitor:
José Pereira (SP).
[Sobre "Capitalismo sob fogo cerrado"]
por
JOSÉ PEREIRA
21/9/2002 às
11h14
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Concordo
Concordo com você. Tenho também a mesma linha de pensamento.Uma abraço.
[Sobre "Depoimento sobre o dia de amanhã"]
por
Nelson Faria
21/9/2002 às
09h18
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Mesóclise
Mesóclise, Manoel, e não ênclise.
[Sobre "Festa na floresta"]
por
novoa
20/9/2002 às
18h41
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Quem é [email protected]?
A todos: por acaso alguém sabe que é o proprietário(a)do email de "[email protected]" ou sabe como conseguir os dados cadastrais dessa pessoa. Essa simpatia gosta de caluniar seres humanos. E isso é crime. No entanto, para processá-la eu preciso, antes de qualquer coisa saber quem é essa pessoa.
Obrigado pelo auxílio.
Eduardo
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Eduardo
20/9/2002 às
18h34
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fiquei... perplexo
Li o texto e fiquei... perplexo. Como pode acontecer algo desse tipo. Mas eu já devia ter me acostumado. Estudo na FEA-USP e já presenciei várias idéias parecidas. O autor do texto que tá no site é muito ruim.
Vamos às críticas:
1) Há sim diferença entre festa contra o imperialismo e festa em louvo a Osama.
E a festa pode ser sim um lugar em que se estimule questões proeminetes da nossa realidade. Afinal, não é pq se quer discutir algo que não se pode beber, conversar sobre outras coisas de vez em quando, etc. Pelo contrário, nas mesasde bar é que muitas idéias criativas nascem.
Se alguém acha que há imperialismo ou que a ALca não é boa, esse é um bom motivo para se reunir e conversar sobre isso.
2) Por outro lado, acho que há sim uma deficiência de alguns alunos da FFLCH, mas na sua maioria essas pessoas estão ligadas a partidos politicos como PSTU e PCO. No entanto, não acredito que é maioria. Conheço muita gente de lá e tbm já assisti a algumas aulas para perceber que há uma heterogeneidade muito grande.
3) Dever-se-ia (aposto que os leitores do site ficam felizes quando alguém usa a ênclise, certo? E quandose usa a linguagem coloquial está errado,certo tbm? ê brasil elitista e preconceituoso) saber que cada comunidade tem a sua própria linguegem. Economista, físico, médico, historiador, adolescente, hippie, etc. E que em cada linguagem aspalavras tem um sentido diferentedo usual.
Apenas para dar dois exemplos emeconomia. Quando falamosem escassez usamos este termo como sinônimo de não-infinito ou limitado, que é contrário ao uso comum do termo, que significa raridade.
Na teori marxiana, é comum falar que o capital quer impor isso, precisou dakilo. É claro que não se acha que o capital tem vida própria, mas na teoria marxiana é como se o capital tivessevida própria. Então, ficar criticando os termos usados sem contextualizar é brincadeira.
Por fim, quem não sabe o que é maniqueísmo?? Eu mesmo uso direto, faço USP e acho quea ALCA tem um monte de problemas. Para ser mais preciso, a futura ALCa, poiis ela não existe ainda. Por exemplo,qual o nivel de informação que temos?? Pouquissimo. a midia discute muito superficialmente essa questão. entao, sera que nao eh pertinente levantar esse tema?
Bem, eh isso.
manoel
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Manoel
20/9/2002 às
17h39
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esse homem fantástico
Minha admiração por esse homem fantástico cresce ainda mais. Quando leio Georg Trakl tateio no éter das almas. Somente através de sua poesia visionária, consigo imaginar a extensão da compreensão que Wittgnstein tinha das coisas...
[Sobre "Wittgenstein, o fazedor de símiles"]
por
Diogo
20/9/2002 às
14h00
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parnasianismo
Impressionante a rapidez com que dedicados pesquisadores e corajosos exploradores fogem do debate de argumentos, se escondendo atrás de erros gramaticais e classificações arbitrárias.
A minha única questão é porque esses neo-parnasiandos tem tempo para acompanhar as mensagens enviadas no e-groups do ca de história, procurar erros de digitação nas mensagens alheias, falta de vírgulas, mas não para rebater os argumentos contrários ao seu pensamento.
Aliás, Eduardo, se as garotas da fflch não se enquadram no seu padrão de beleza, talvez seja justamente esta a intenção delas, e não acredito que elas deixem de ser civilizadas por causa disso.
No mais, se forem encontrados erros gramaticais na minha escrita, talvez seja porque eu esteja mais preocupado com o conteúdo e não com a casca da mensagem. Já que não acredito que meu texto se enquadre na sua definição de mensagem suicida, por favor, em vez de erros de português, tente encontrar falhas no meus argumentos, será mais produtivo para ambos.
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Felipe- aluno da fea
20/9/2002 às
11h28
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Julio Daio Borges
Editor
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