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Domingo, 22/9/2002
Comentários
Leitores

Na Veja também
Diogo Mainardi, por sinal, também escreveu sobre essa festa absurda na Veja de hoje, depois de tomar conhecimento lendo esta coluna. Só para constar, abraços,
Eduardo

[Sobre "Festa na floresta"]

por Eduardo Carvalho
22/9/2002 às
14h06

Choramingos
Quando uma pessoa escreve "Charlles de Goule", "douou sangue", ou diz que a IBM ajudou ao Hitler, não é preciso nem que alguém a chame de idiota - a pessoa já fez isso por si só. Se sou culpado de alguma coisa, é apenas de redundância, que não chega a ser exatamente um crime. Apenas reconheci algo que estava ali, na minha frente. Não é preciso humilhá-lo, meu caro, você já faz um excelente trabalho sozinho.
Não é preciso "identificar" meu email, meu nome é Lenine Leal e estou a sua disposição para o que desejar. Basta me escrever. Se quiser marcar um duelo, escolha arma e local. Lenine é nome de homem, caso não saiba.

[Sobre "Festa na floresta"]

por Lenine Leal
22/9/2002 às
11h34

o que é certo é certo
Paola, É difícil dizer isso, mas o que é certo é certo. O Eduardo Carvalho não pediu a identificação do email de niguém. Fui eu, e não foi uma ameaça. Eu difinitivamente não ameaçaria ninguém. Não esta na minha índole. A autora do email de nome Lenine, cometeu sim, um crime, quer o sr. Eduardo de Carvalho goste ou não. O problema é que, sem a identificação correta desta pessoa não há muito o que fazer. Processaria quem? Um email? De qualquer modo, se determinadas pessoas acham que "xingar" outras pessoas utilizando termos chulos, o termo "idiota" incluído, é normal o problema não é só meu, é da sociedade que não dá educação ao povo. Por fim, peço que não me seja enviado mais emails com comentários deste artigo ou mesmo deste site, simplesmente porque ele justifica o injustificável, ou seja a agressão barata "simplesmente me chamou de idiota" Se para você, chamar pessoas de idiotas ou de outros termos correlatos é normal, pra mim não e apenas reflete uma sociedade agressiva, infelizmente.

[Sobre "Festa na floresta"]

por Eduardo
22/9/2002 às
05h40

Insulto tem limite
Cara Paola,
Você conseguiu, involuntariamente, escrever o comentário mais agressivo que recebi até agora (até porque, para confessar, eu achei os outros divertidos e elucidativos, quando, tentando me ofender, provaram com eficiência todas as linhas do que escrevi). Eu jamais ameaçaria processar alguém de forma tão infantil e ridícula como fez o Eduardo do comentário 62. Já recebi ameaças de agressão física e acusações de nazista, homossexual e homofóbico, membro da TFP e FDP, e continuo, em silêncio, dando espaço para gente como você, que discorda do que escrevi. Mas, por favor, insulto tem limite: eu jamais cometeria os erros ou pretenderia processar alguém que simplesmente me chamou de idiota, como fez o outro Eduardo - muito menos se eu realmente fosse um.

[Sobre "Festa na floresta"]

por Eduardo
21/9/2002 às
20h38

Da Igualdade.
Eduardo, não entendo como um texto que fala sobre as festas da FFLCH, ou mais especificamente sobre uma destas, tenha causado tanta polêmica (nao usarei mais acentos, caro gramatico, assim vc lera meu texto com mais atençao ao conteudo). Mas realmente o que chamou me muito a atenção foram suas repostas aos prós-FFLCH, afinal vc so respondeu a eles e em uma de suas respostas (a 45) vc exagerou, argumentar a mediocridade de um lugar utilizando a logica das relaçoes de genero... isso realmente passou dos limites. Varios e-mails atacaram seu artigo, o colega Danilo atacou a sua sexualidade e vc não soube responder(ou melhor alguem de seu gabarito nem deveria faze-lo) sem utilizar esse universo delicado da sexualidade e das relaçoes de genero. Devo dizer que amigas do banho e da cera quente, nao qualificam uma mulher; talvez porque sejamos mais do que isso. Gostaria que vc NAO CITASSE MAIS AS MULHERES DA FFLCH COMO ARGUMENTO PARA SEU TEXTO, assim como vc pediu o e-mail de alguem que ofendeu e difamou sua pessoa, peço-lhe que não continue a usar as mulheres como argumento, senão tomaremos as medidas cabiveis e legais em casos de discriminaçao por raça ou genero. A Liberdade de expressao possibilita que vc escreva nesse site e onde mais vc conseguir, porem nao lhe da o direito de ferir uma outra maxima do individuo liberal: a IGUALDADE. Obrigada, Paola

[Sobre "Festa na floresta"]

por Paola Gambarotto
21/9/2002 às
15h32

Divulgação
Caro Hamilton. Sobre a reforma agrária (nos moldes do MST), eu quis dizer apenas o que o Hazlitt diz em seu livro sobre toda e qualquer política econômica: beneficia alguns e prejudica outros. E quase sempre beneficia menos gente e prejudica mais gente. Sugiro a você que estude mais economia, que é o que eu estou fazendo, para poder se libertar do que Hazlitt chama de "economia emocional", que é, por exemplo, a faculdade de olhar para as famílias de assentados e ficar com pena. E, a partir dessa pena, lutar por políticas econômicas. Sobre a agricultura familiar, ela é incapaz de abastecer as cidades (exceto pelos cinturões mais próximos dos centros urbanos), por seu baixo volume de produção e baixo custo-benefício do transporte, e causará provavelmente uma escassez de alimentos que aumentará os preços. Quanto aos empresários visarem mais lucros, minha observacão foi um pouco infeliz, porque não ficou clara. Eu quis apenas expor um preconceito da sociedade que vê o empresário como um ser humano vil e ganacioso. A condenação do lucro é um fenômeo milenar e não pode ser esquecido ou ignorado. Precisa ser exposta como preconceito que é. Não quis dizer que o empresário não busca sempre o lucro. Minha visão é a de que essa busca de lucro pode ser usada a favor do mundo ou contra ele. E está sendo usada contra, por causa da crença de que a redistribuição de renda é função do Estado. Enfim, eu não acho que para que o mundo seja um lugar melhor é preciso que todas as pessoas tenham a mesma quantidade de dinheiro ou riquezas. Eu, por exemplo, não sou rico e nem sinto necessidade disso. E não tenho inveja e despeito por uma pessoa rica. Um empresário gera empregos e eu não. Logicamente que eu não estou satisfeito com nossa situação atual. Aliás, sempre que alguém escreve sobre esses temas, fora dos clichês usuais, aparecem muitas pessoas achando que esse alguém está satisfeito. Pelo contrário, eu estou duplamente insatisfeito, mais insatisfeito que os esquerdistas defensores da reforma agrária (nos moldes deles). Eu estou insatisfeito, como todos, porque existem pessoas com fome no campo e na cidade. E também estou insatisfeito porque subsídios, programas de governo, enfim, intervencionismo e assitencialismo de todas as formas não vão resolver nada. Aliás, foram justamente esses fatores que criaram os problemas que aí estão, inclusive os monopólios das mega-empresas e as enormes possibilidades e oportunidades de um mega-empresário ser desonesto e explorador. Estou insatisfeito com o fato de que o MST pega pessoas ignorantes e sofredoras e os transforma em robôs imbecilizados, repetidores de slogans leninistas do mais baixo nível. Estou insatisfeito porque essa coisa toda não está sendo conduzida de forma séria, por governantes e economistas sensatos e inteligentes, nem de um lado nem de outro. De um lado, temos figuras anacrônicas (alguns deles se intitulam até economistas) que pensam que transformar o Brasil numa URSS agrária vai resolver o problema. De outro, temos economistas incompetentes que não sabem o que fazer. Eu não sei qual é a solução exata, Hamilton. E não tenho vergonha de dizer isso. Só sei que o que está acontecendo não pode dar certo. Senão pelas várias teorias econômicas que tenho aos poucos estudado, ao menos pela extrema semelhança que se pode ver com o que ocorreu em países comunistas ao longo desse século. Desigualdade econômica não resume os problemas do mundo, que são infinitamente mais complexos. E mesmo que resumisse, ainda resta o problema de que existem várias propstas de como eliminá-la. Digamos que eu sou a favor dos ricos e dos pobres. Dos ricos porque eles geram mais riqueza (ao menos quando o Estado deixa). E dos pobres porque seriam favorecidos por essas riquezas, caso o mercado fosse um pouco mais livre. Mas essa é uma história que não tem fim. E ainda estou no início do caminho. Ainda estou na fase de esclarecimentos básicos sobre, por exemplo, o que é neoliberalismo. E já posso te dizer que o que está acontecendo no mundo não é neoliberalismo. É o contrário, inclusive. Então, para saber onde quero chegar, é só prestar um pouco mais de atenção e ver que o texto foi apenas uma divulgação de teorias que não são estudadas no Brasil, por causa do viés esquerdista da intelectualidade latino-americana. Por isso é que elas soam estranhas. Aquilo de que a gente nunca ouviu falar sempre soa estranho.

[Sobre "Capitalismo sob fogo cerrado"]

por Evandro Ferreira
21/9/2002 às
15h52

onde quer chegar
Caro Evandro, Sou engenheiro agrônomo e professor da Unesp - Medicina Veterinária (Araçatuba - SP). Não sei sua formação acadêmica e nem conheço o livro que você cita na sua crônica, no entanto acredito que você está certo em alguns pontos que aborda e equivocado em outros, da mesma forma que cita que existe pessoas imbecis e aquelas não imbecis. Não consegui entender onde quer chegar com algumas colocaçoes como a de que a reforma agrária seria boa para algumas centenas de famílias que vivem no campo e ruim para alguns milhares que vivem nas cidades. Em primeiro lugar, nos assentamentos que visitei notei que as famílias assentadas (milhares e não centenas), de maneira geral, não estavam anteriormente morando na zona rural e muitas delas nem tinham origem no campo. Acredito que a transferência de pessoas das cidades (com inúmeros problemas sociais, etc) para o campo acabam reduzindo a população urbana e seus problemas. Normalmente os produtos oriundos da agricultura familiar são alimentos básicos, e não soja, o que deveria resultar em redução maior ainda dos preços dos alimentos (já bastante reduzidos) para aqueles que permanecem na cidade (lei da oferta e procura), beneficiando a população urbana. Além disso, a atividade agropecuária apresenta baixa lucratividade e baixo retorno sobre o capital investido (os preços dos produtos agrícolas são muito reduzidos nos mercados interno e externo - commodities, enquanto os custos de produção são crescentes - determinado pelas multinacionais), o que resulta em muitas dificuldades para o setor agrícola empresarial. Assim, imagine a situação da agricultura familiar, além do fato do trabalho na área rural ser muito mais árduo e duro. Desta forma, existem assentamentos com resultados muito bons e outros com resultados ruins, como tudo na vida. Outro ponto que gostaria que me respondesse é se você conhece algum empresário que não vise obter mais lucro com seu negócio. Se isto estiver acontecendo deve ter algo errado ou o sistema econômico parece não ser mais o capitalismo. Por último, quando você diz: "Ser capaz de ver que a causa da pobreza de uns não é a riqueza de outros", eu gostaria que me apresentasse uma fórmula para todos crescerem economicamente (ou enriquecerem) sem a transferência de dinheiro, e seu acúmulo, entre os setores da economia. No meu entender, toda vez que alguém acumula capital este foi transferido de outro alguém. Ou dinheiro "da cria"? Assim, acho que realmente a riquesa de determinada pessoa pode não ser a causa direta da pobreza de outra (existem diversos fatores determinantes: capacidade, sorte, inteligência, oportunidade, etc., que variam entre as pessoas). Mas, quando consideramos a sociedade, normalmente aquelas pessoas mais ricas tem maiores facilidades (por exemplo: para ganhar dinheiro é necessário o investimento e, quem já tem o dinheiro pode investir e ganhar mais dinheiro e assim acumular cada vez mais capital)para se tornarem mais ricas ainda, de distanciando dos mais pobres e gerando a enorme desigualdade social reinante no Brasil e no mundo e responsável pelos maiores problemas mundiais (terrorismo, violência, fome, poluição, etc). Assim, para que todos vivam harmonicamente sobre a terra, acredito que a eliminação da desigualdade econômica-social reinante no mundo é a única solução. Talvez por isso o capitalismo esteja sendo notado e discutido nos dias atuais. Atenciosamente, Hamilton Caetano

[Sobre "Capitalismo sob fogo cerrado"]

por Hamilton Caetano
21/9/2002 às
11h35

Uma Luz Combatendo a Escuridão
Evandro, espero que o Digestivo Cultural continue tratando de questões cruciais, assim, dentro de uma linha editorial isenta, s/ contaminações ideológicas, muito comuns em n/ mídia. Seus artigos são sempre lógicos e esclarecedores, oportunos e inteligentes. Leio-os aqui, no Digestivo, e, também, no Mídia Sem Máscara, do Prof. Olavo (http://www.midiasemmascara.org/arquivo.asp), onde é, igualmente, um grande e prestigioso colunista. A nossa esperança é, honestamente, a de neutralizar a escuridão, acendendo n/ velas pequenas, dentro dela. Um grande e fraterno abraço. Conte sempre c/ a companhia deste leitor: José Pereira (SP).

[Sobre "Capitalismo sob fogo cerrado"]

por JOSÉ PEREIRA
21/9/2002 às
11h14

Concordo
Concordo com você. Tenho também a mesma linha de pensamento.Uma abraço.

[Sobre "Depoimento sobre o dia de amanhã"]

por Nelson Faria
21/9/2002 às
09h18

Mesóclise
Mesóclise, Manoel, e não ênclise.

[Sobre "Festa na floresta"]

por novoa
20/9/2002 às
18h41

Julio Daio Borges
Editor

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