Quinta-feira,
3/10/2002
Comentários
Leitores
sobre a metáfora feliz - msg 4
Toni, acho que para um debate minimamente consistente – estou supondo que você pretenda isso – precisamos partir de dados consensuais. E aí, sinto dizer, classificar a era FHC como socialista e estabelecer como certa a nova forma de interferência governamental num provável governo Lula, não ajudam muito o debate. Você começa por avaliar o governo FHC segundo um conceito que não é adotado por praticamente ninguém. Desculpe sugerir, mas tome um manual, bem básico, de ciência política (independente da coloratura ideológica), e segundo ele dificilmente se poderá classificar o nosso governo atual de “socialista”. Quanto às suas certezas para um futuro governo Lula, elas não estão acessíveis sequer a mim, que milito no partido há algum tempo. Acaso você dispõe de alguma fonte privilegiada? ///
Quanto à experiência cubana: por favor, me dê a fonte que justifica a “excelência no nível de vida cubano” em 1960, “superado apenas por EUA e Canadá”. Quero crer que se trata de dados até hoje desconhecidos de todos que analisaram a Cuba pré-revolucionária./// Quanto à prática da mentira, ao achatamento do indivíduo, e ao salve-se-quem puder permanente, que bom que as sociedades capitalistas democráticas estão livres disso, hem?
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Helion
3/10/2002 às
17h36
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Sobre os últimos comentários
Caro Eduardo,
Vc sabe o quanto admiro e acho pertinentes alguns comentários seus, entretanto, o que tenho visto desabrochando em seus "e-mailīs respostas" são indelicadezas típicas de sujeitos raivosos, ironias desnecessárias, execessivos discursos preconceituosos e uma ligeira postura de superioridade. Sei que mesmo com algumas provocações, vc consegue ser (3"S")sensato, sensível e sociável. Parabéns pelo seu brilho próprio e juízo!!!!
Cordialmente,
Arq. Anilson Gomes
De Salvador
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Anilson Gomes
3/10/2002 às
15h11
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Metáfora Feliz 2
Caro Toni: você toca no cerne dos regimes socialistas em geral que é a perda da dignidade e da própria identidade. Um retrato magistral disto é o 1984 de Orwell. Cuba já está chegando lá, com todos os atributos que você ressaltou. E o Brasil corre o mesmo risco nas mãos do José Dirceu. Um amigo que esteve em Cuba a trabalho, tentou conversar com as pessoas comuns e sentiu o pavor que elas têm de serem denunciadas ao comandante de quarteirão da G2. Numa família que topou conversar, ele perguntou a uma moça se ela se sentia livre, ela disse que não. Ele perguntou o que ela entendia por liberdade. Ela retrucou: poder ir a Varadero, não sou livre porque lá cubano não entra, só para trabalhar. Veja a pobreza do conceito de liberdade desta moça, na casa dos trinta anos, nascida e criada naquele horror! Ela mostrou a ele o que é a maravilhosa educação em Cuba: pura doutrinação ideológica que não serve para nada pois emprego não há. Você, Toni, é um dos raros que conhece as estatísticas de antes do golpe de Fidel. A maioria acredita na propaganda absurda que espalharam por aí. Temo que daqui a alguns anos possa-se falar o mesmo do nosso País. Os eleitores do Lula Dirceu de Castro ou são inocentes úteis (atenção - isto não é um termo inventado pela direita, mas por Dimítrov, chefe do Comintern nas décadas de 20/30) ou esperam ser o comandante de seus quarteirões. Muito grato pelas gentís palavras sobre meu artigo.
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Heitor De Paola
3/10/2002 às
15h35
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Collor e o liberalismo
Bem se vê que de liberalismo você não entende nada: um Presidente liberal jamais abocanharia os investimentos de todos e decretaria um congelamento de preços. Collor era apenas o ruim contra o péssimo!
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Heitor De Paola
3/10/2002 às
15h30
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Metáfora feliz
As primeiras linhas que compõem o parágrafo inicial de sua crônica constitui uma metáfora feliz: não apenas cumpre sua missão de metáfora, de dizer com outras palavras uma verdade antes encoberta, como o faz com clareza, elegância e resumidamente. Parabéns! Quanto ao texto restante, concordo inteiramente com sua avaliação. O Brasil não só poderá, como deverá se fragilizar ainda mais, trocando o socialismo acanhado desses nossos últimos oito anos, por uma forma mais bruta ainda, desinibida, de interferência governamental na vida das pessoas. O que me escandaliza mais na experiência cubana (que passará a ser o novo norte) não é tanto a deterioração no nível de bem estar material nos quarenta anos de comunismo, mesmo quando me apontam para o tamanho da queda sofrida pelos cubanos (basta dizer, nesse sentido, que em 1960 Cuba era superada apenas por Estados Unidos e Canadá em excelência de nível de vida nas Américas, enquanto hoje exibe o quadro melancólico de indigência que se conhece). O que se afigura ainda mais grave do que o colapso econômico, a meu ver, é o colapso moral das relações humanas sob a "ditadura do proletariado" (que em nada é diferente do horror nazista). O incentivo à delação, a prática desenfreada da mentira, o salve-se-quem-puder permanente, o achatamento constante do indivíduo diante dos representantes da burocracia, etc., a lista da degradação é extensa. Nesses momentos traumáticos, dizem, ganha mais valor relativo o mundo do pensamento e das idéias (mesmo que se tenha que sussurar). Enriqueçamos nossas bibliotecas...
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Toni
3/10/2002 às
14h04
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nosas vidas ja não são encrive
saudades de uma infancia curtindo na tv cultura algo que eu realmente queria em minha vida "minha adolecencia" mas não deu e o que e pior ja nem se pasava mas anos ... anos...encriveis
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luciano santos
3/10/2002 às
14h36
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Sem desculpa
Estava esperando, Maitê, um comentário tão sincero quanto o seu, que revela o preconceito e a inveja que o aluno incapaz de ser aprovado para estudar na GV nutre contra ela - e, de quebra, contra nós, alunos. O preço da mensalidade da GV é aproximadamente o mesmo de faculdades muito inferiores, como PUC e FAAP. E o Fundo de Bolsas da Escola facilita esse pagamento para quem precisa (o que, portanto, dispensa o "papai que banca"). Não há, então, desculpa fácil, para quem preferiu estudar em uma faculdade mais fraca. Abraços,
Eduardo
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Eduardo Carvalho
3/10/2002 às
14h03
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Resposta do e-leitor Helion
Agradeço a resposta. Não me referi ao mais provável a ser eleito, e será no que depender de mim, até porque sobre ele você já fez uma análise devastadora. Não pretendo mudar sua opinião a respeito de Lula, de jeito nenhum; sei que é inutil. Sobre Collor, que segundo você teria começado a abrir o mer etc.: seria ele o Candidato Liberal Tão Sonhado? Que triste, hem? Até o Merquior, no fim da vida, se animou com o rapaz. Tentarei aprender mais sobre o que é liberalismo, e agradeço as referências. Mas o que insisto na minha mensagem é nisso: nossos liberais são cultos, críticos, refinados, honestos (quero crer que a maioria). Mas, na hora H, vão é de.... Collor! Mas será que não conseguem mesmo algo melhor? Porque será?
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por
Helion
3/10/2002 às
13h40
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Resposta ao leitor Helion
Quanto à incompetência dos liberais brasileiros, recado dado, aceito e anotado. Quanto às características de um candidato ideal, o mais provável a ser eleito não preenche a primeira, tem muitas explicações a dar quanto à segunda (vide Clube da "Cidadania" em Porto Alegre, Santo André, escândalos da Prefeita de São Paulo e do Zeca do MS, e explicar como ganha dinheiro e tem imóveis sem trabalhar), quanto à terceira é o candidato preferido da Avenida Paulista (Láfer Piva, Eugênio Staub, Olavo Setúbal, etc.) coisa que um candidato liberal jamais seria, porque certamente prometeria abrir o mercado às importações para forçar este bando de sanguessugas da dita Avenida a melhorarem de qualidade e diminuirem seus preços. O Collor começou isto e por isto o tiraram, não pela corrupção, da qual adoram se locupletar. Antes, dizem, era 10%, o PC exigia 30, ora, fácil num mercado fechado, era só aumentar 20% o preço dos produtos e o consumidor pagaria a propina. Antes de criticar os liberais, tente aprender o que é liberalismo lendo Von Mises, Hayek, Gudin. Para instruções ao vivo leia sobre os Governos Reagan, Thatcher e Adenauer.
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por
Heitor De Paola
3/10/2002 às
13h08
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a diferença entre vocês e nós
Não acho que os alunos da GV são superiores aos alunos de outras faculdades, a diferença entre vocês e nós é o dinheiro. Não temos papais que conseguem pagar uma mensalidade de R$900,00 por mês. Alunos de outras faculdades têm que trabalhar para pagá-las. Eu não considero um grande feito ter a faculdade considerada uma das melhores do Brasil, sendo que você tem tempo para estudar (já que não trabalha, o papai banca).
Acredito que os alunos de faculdades onde os alunos estudam à noite por que precisam, acordam às 6H da manhã e dormem à 1h da manhã seriam melhores profissionais do que vocês por que têm garra, preseverança e força de vontade. É uma pena que as empresas valorizem somente vocês, filhinhos de papai que não sabem o que é trabalhar para se sustentar...
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Maitê
3/10/2002 às
11h53
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Julio Daio Borges
Editor
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