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Terça-feira, 8/10/2002
Comentários
Leitores

Terapia Blogueira
Li seu texto, gostei muito... Concordo em partes com ele... Para variar também sou blogueira... (dá para notar pelas ...) Tenho uma home page também... uso a linguagem HTML desde 97 e gosto disso... Concordo com você quando fala que as pessoas estão sendo pretenciosas... muitas das visitas que fiz a blogs percebi essa característica, entre outras... Confesso que meu blog não é dos mais originais... mas eu gosto dele... Posso lhe dizer com toda segurança que não quero fazer mídia, nem ser famosa, muito menos estar no top 10... meu blog é uma forma de comunicar a todos os meus amigos diariamente como estou, e fazer novos amigos (como a Fabiana) através dele... Nunca fiz diários na vida, não via sentido em escrever para ninguém ler, se o fato ocorreu comigo, eu vou lembrar, se eu não lembrar é porque não era interessante... Mas o blog permite que eu ao invés de contar para 15 pessoas as mesmas coisas, eu vou lá escrevo e quem estiver preocupado comigo escreve... Já passei uns dias sem blogar (uma semana e meia), quando voltei tinha um monte de recados perguntando quando eu ia voltar... me senti muito querida... Podemos dizer até que blogar é uma terapia para mim... depois que comecei meu blog (há exatamente um ano atrás) não me senti mais tão solitária, nem incompreendida... Para quer ir ao terapeuta? eu tenho "amigos"! (sejam reais, virtuais ou temporários)

[Sobre "A internet e os blogs"]

por Suzana
8/10/2002 à
00h45

errata
na mesagem anterior por favor leiam "...e a esquerda QUE de alguma forma se identifica..."

[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]

por Helion
7/10/2002 às
02h12

sobre o Derradeiro Comentário
Sr. Fernando: absolutamente, não me ofendeu em nada. Achei oportunas as suas palavras sobre a diferença entre liberais tais como se apresentam nesse debate aqui, por exemplo, e tal como o liberalismo foi formulado pelos chamados clássicos. Acrescentaria mais uma distinção: entre os clássicos do liberalismo, entre os liberais de aqui e agora, e entre os liberais tal como se comportaram quando no poder. São três níveis de análise. /// Da mesma maneira, penso que seria preciso distinguir entre o marxismo, os regimes por ele inspirados e a esquerda de alguma forma se identifica com seu legado, hoje. Também nesse caso, três níveis de análise. /// Nesse sentido, acho que em alguns momentos deste debate aqui os níveis de análise foram confundidos, ora quanto ao liberalismo, ora quanto ao marxismo. Dizer-se liberal não é, evidentemente, compartilhar política e moralmente de Collor de Mello. Votar em Lula não é querer ser comandante revolucionário de quarteirão./// Ótima a sua observação quanto ao Delfim: ele porta-se hoje mais como um keynesiano, embora nem sempre tenha sido assim. Da mesma maneira, o programa econômico do PT, ou o seu esboço, me parece mais keynesiano que marxista. Roberto Campos, no poder, também se pautou por Keynes, salvo engano meu. Não foi um “liberal clássico” como ministro; um programa econômico petista também não será marxista no sentido clássico./// Quanto à sua fundamentação cristã do liberalismo, me abstenho de comentar por não sentir afinidade com o tema, e por entender que é uma questão de foro íntimo sua./// Enfim, agradeço a resposta polida e espero que o 6 de outubro nos leve a um país mais digno e justo. Acredito que, divergências à parte, compartilhamos desse desejo.

[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]

por Helion
7/10/2002 à
01h47

Derradeiro comentário.
Sr. Helion: Desculpe-me se em algum momento cheguei a ofendé-lo com o o que apresentei. Estive um pouco ausente dos comentários já que , em vista do trabalho não pude seguir de perto a discussão. Agora porém tentarei ao menos elucidadar uma questão. Na Verdade nem mesmo sei se eu poderia dizer que há um grupo de liberais politicamente estruturados em nosso país: Os representantes maiores são o PFL e o PL, mas qualquer um pode perceber que o liberalismo clássico não é o forte deles. Quando me refiro ao liberalismo, estou me referindo ao termo que é usado por Von Misses em seu livro Liberalismo, no qual ele esclarece as diferenças entre o significado do palavra liberal na América do Norte e Grã-Bretanha durante o sec. XX. Também poderia chamar Hayek, em caminho da Servidão, no qual novamente ele chama a atenção ao problema semântico. Quanto ao Collor ser chamado liberal ou neoliberal, o mesmo título aplicando-se ao FHC, poderia fazer uma simples comparação. Sabemos que os Cristãos fazem, ou deveriam fazer, boas ações. Maomé fez boas ações, logo Maomé é Cristão. Isso é um erro. As privatizações por certo seriam uma das carcterísticas de um governo liberal mas não é a única característica. Delfim Neto, pelo que diz e escreve, não é um liberal no sentido clássico do termo. Ele é um simpatizante das idéias de Keynees, e parece gostar mais de um estado corporativista que de qualquer outra coisa. Sobre interpretar a realidade sob outros prismas que não o liberal, não afirmamos que o liberalismo seja a fonte de onde emana toda a verdade. Eu particularmente considero o liberalismo econômico e político como positivo por enquadrar-se melhor nos valores cristãos, que pregão que o índivíduo deve prestar contar a Deus diretamente, e que vc deve ser responsável por seus atos. Outras tantas poderiam ser as vantagens do liberalismo, como a liberdade de expressão, de culto, de ir e vir etc. A democracia liberal, deveria ser uma democracia limitada, o que difere muito dos nossos atuais regimes políticos (tantos os vigentes na américa como na europa.) O parlamento tem poderes quase ilimitados, e isso não está de acordo com o liberalismo político. Talvez um dos meios mais liberais que existem no mundo seja a internet, já que as pessoas expõe suas idéias livremente. Não há cotas, não há controles. Se por um lado é ruim (quando recebemos os ditos spans) por outro nos oferece a oportunidade de dialogar. Isso de certo modo é fruto de um pensamento libertário, que muito tem a ver com o liberalismo e sua evolução ao longo dos séculos. No Brasil de hoje os defensores do indivíduo, do contribuínte, são poucos, e isso vc pode comprovar. Nas palavras de Heitor, o que temos são raposas em torno do galinheiro. Nenhum pai tem o direito de definir como quer a educação de seus filhos, pois ou fica sujeito as escolas particulares, ou às escolas públicas. A educação domiciliar é rejeitada e até mesmo proíbida. Isso não é uma atitude de acordo com a liberdade. Por outro lado, ouvimos repetidamente pessoas clamando por justiça social, sem mesmo saber o que significa, e jovens militando em partidos de esquerda, como se conhessecem toda a história humana e fossem juízes supremos. Isso , eu considero perigoso, tanto para mim, quanto para eles. Que Brasil o 6 de outubro nos reservará? A onde nos leva essa eleição? Penso que devemos refletir sobre o caminho que escolhemos, já que este é (nas palavras de F. A. Hayek) " O Caminho da Servidão"

[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]

por Fernando Raphael
6/10/2002 às
21h09

E agora também retórica
Evandro, que tenhamos muitas outras polêmicas. Como a cada resposta você me manda estudar algo diferente, sairei delas ilustradíssimo. Espero que a sua sapiência seja suficiente para manter o ritmo de recomendações e sugestões de leitura. Continuarei aguardando avidamente novas instruções. Algum dia estarei à sua altura e aí quem sabe você se dignará a comentar minhas palavras.

[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]

por Helion
6/10/2002 às
20h38

Obrigado a todos
Tá bom, tá bom: eu errei, seda é com "s". Já consertei! Calma... Quanto à "rasgação", confesso que tive dúvidas e mandei a expressão toda em itálico. Enfim, vocês entenderam.

Vamos às respostas: Fabiana (#1), obrigado pelo aviso do "s". Ainda não visitei seu blog, mas imagino que seja despretensioso, portanto, minhas críticas não se dirigem a ele. Sim, o ceticismo é importante sempre.

Obrigado, Matusalém (#2), meu banquinho completou dois anos no ar, registrando 3 mil visitas por dia. Obrigado por acreditar que eu "até posso ter alguma razão".

Andre (#3), não faço nenhuma confusão. Até porque os blogs tomaram o lugar das homepages de antes. Ninguém mais monta homepage hoje, monta blog. Quanto às "organizações" que usam o formato, está respondido no quarto parágrafo: "Os blogs dos veículos estabelecidos funcionam apenas como ferramenta, como adendo, nunca substituindo os periódicos de fato."

Alexandro (#4), a comparação do "velho" com o "novo" é válida, sim: até para saber se o "novo" é novo mesmo, ou se não passa do "velho" em nova embalagem. Quanto a poder estar na internet através de um blog, claro, é válido - mas isso não faz do blog uma "mídia".

Alice (#5), valeu pela rasgação de seda, agora corrigida. Um beijo e muito obrigado pelo apoio!

[Sobre "A internet e os blogs"]

por Julio
6/10/2002 às
14h18

Socorro...
Depois de ler o ótimo texto e todos os comentários, alguns fantásticos, e de refletir bastante, estou indo votar com o coração na mão. Que Deus (tadinho Dele, não?) tenha piedade deste país... Nada mais tenho a acrescentar, já que todos os comentários -- excluindo-se as bobagens do Helion -- já disseram TUDO.

[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]

por Alice
6/10/2002 às
13h23

Ao Spiguel comentário 26
Você não deve desculpas a ninguém, considero que meu artigo foi muito bem comentado e sinto-me orgulhoso de ter despertado tantas polêmicas. Para isto serve um artigo e não para fechar a discussão, Sou grato a todos, mesmo ao Helion. Vou votar e depois mando mais brasa (êta coisa antiga, sô!). Só espero que continuemos com esta liberdade de discutir que depdne de um regime de liberdade de opinião e de editores como o Júlio. Abraços a todos, bom voto!

[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]

por Heitor De Paola
6/10/2002 às
13h14

Criticar é saudável
A ceda, no início do teu texto, realmente assusta, Julio. Mas você acerta no alvo já no primeiro parágrafo: os blogueiros estão te respondendo com virulência. Em vez disso deviam parar, refletir, analisar o que estão fazendo. Tenho visto blogs absurdos, sem qualquer consistência e sem entender os seus próprios e estreitos limites. Parabéns pela coragem: você, um apaixonado pela Net, está exercitando o saudável hábito de pensar o que está acontecendo, pensar para que servem os blogs, pensar se eles são úteis ou se poderão vir a ser.

[Sobre "A internet e os blogs"]

por Alice
6/10/2002 às
13h01

Sutilezas
Bem, Helion. Continuo achando que você precisa estudar lógica e, agora, também retórica. Assim, talvez aprenda que o "querido" foi uma ironia e que não te chamei de cínico, mas que disse que sua afirmação foi cínica. Minhas críticas não são à sua pessoa, mas às palavras que leio aqui neste site. É sutil, mas se você se esforçar acaba entendendo a diferença.

[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]

por Evandro
6/10/2002 às
12h24

Julio Daio Borges
Editor

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