Terça-feira,
8/10/2002
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Pimenta no ...
Os seres humanos são assim. São hipócritas. Querem apenas desfrutar de tudo o quanto podem, e se não podem, se deixam levar pela inveja, pelo rancor.
Nunca o que temos é o bastante, e queremos também o que é do próximo. Mesmo que inconscientemente.
Não foi diferente com o infeliz que causou toda a polêmica com a vida das vítimas da tal festa da GV. O que levou alguém a ter uma atitude tão desprezível? Pois é... inveja, ódio, frustrações, enfim, todos os sentimentos ruins que nos acometem como seres humanos. E fraqueza de espírito e de caráter.
Lamentável...
Porém, mudando um pouco de assunto, vindo de um site como este, com colunistas inteligentes como você, poderia ter se distanciado de certo modo deste "assunto da moda", não?
Seres desprezíveis não merecem tanta aclamação em meios de divulgação de informação e entretenimento. Creio que era isto mesmo que eles tanto queriam. Deixemos que as vítimas deste incidente lamentável, retomem suas vidas normalmente. Porque a diferença entre eu, você ou eles, é nula. É zero.
O fato deles fazerem ou não sexo numa festa universitária, não os desqualifica como profissionais, como seres humanos. A diferença está no caráter, que faltou no infeliz que fez todo esse estardalhaço.
No final das contas, apenas tivemos certeza de como urubus existem em qualquer lugar, seja em faculdades "de ricos", "de pobres", ou seja ele um bêbado qualquer em busca da fama.
Diploma não é sinômimo de capacidade, de talento, tampouco de sucesso profissional ou pessoal. Quem tem talento mesmo, chega onde quer, mais cedo ou mais tarde. Rótulo nem sempre é sinônimo de bom produto.
Parabéns pela coluna. Mas creio que não seja necessário apelar para o "pop da semana" para escrever algo inteligente, tampouco assuntos que soem como um "desafio" entre universitários de diferentes faculdades de renome.
O que é podre, todos os seres providos de sensatez e neurônios sabem julgar por si mesmos.
Abraços.
[Sobre "Hoje a festa é nossa"]
por
Fabiana
8/10/2002 às
21h34
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Mais do mesmo.
Citando a Alice:
"(...) Mas você acerta no alvo já no primeiro parágrafo: os blogueiros estão te respondendo com virulência. Em vez disso deviam parar, refletir, analisar o que estão fazendo. Tenho visto blogs absurdos, sem qualquer consistência e sem entender os seus próprios e estreitos limites. (...)"
Virulência?
Está generalizando tanto quanto o Julio quando lança esta crítica ao universo blogger, mesmo se utilizando de tal ferramenta.
É óbvio que em todo saco de arroz existem muitos carunchos. Mas depois de selecionarmos calmamente, podemos desfrutar do melhor do produto.
Aqui, é a mesma coisa. Blog ou não-blog, a internet possui coisas boas e coisas ruins (muitas).
Apesar de ter gostado muito da crítica em si, ter analisado todos estes aspectos citados e concordar de certo modo com o Julio, ainda insisto na complementação deste ponto de vista com o lado prático e útil desta ferramenta.
Se fosse tão dispensável e absurdo o uso de tal item, por que o Digestivo Cultural possuiria um blog? Se generalizando dete modo, o Julio diz que os bloggers são tendenciosos, pretenciosos e escrevem lixos para seus amiguinhos acéfalos, de certo modo está dizendo para si próprio. Não que eu concorde com isso.
Claro que mesmo entre os "top 10" do mundinho blogger há muita porcaria, que acaba levando a mais e mais lixo. Porém, há excessões. E nelas me baseio para vir aqui e me dar ao luxo de discordar com certos pontos.
Não fosse por pessoas inteligentes escrevendo seus pensamentos idem, não teria conhecido este site, tampouco estaria expondo minhas idéias e opiniões. Assim, seria uma "vítima" a menos para ver o que tem no seu banquinho. E comigo, muitos outros também não viriam aqui hoje.
Faço questão de divulgar o que acho interessante. Portanto, eis aqui o sentido de ter retornado. E o sistema de comentários utilizado aqui no site, no blog que o complementa (e que está sim sendo usado como mídia, embora você possa refutar esta idéia), é feito pelo Fábio, do blog Falou e Disse.
Interessante, não?! =o)
Beijos.
[Sobre "A internet e os blogs"]
por
Fabiana
8/10/2002 às
21h23
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Parabéns Alexandre
Parabéns Alexandre pelo belo e oportuno texto.Como você sabe, tem gosto pra tudo e sonho pra todos.Uns põem-se a reger às primeiras notas de uma sinfonia,imaginando-se o maestro que gostariam de ser. Outros ouvem o Maracanã, lotado,gritando o seu nome, ao colocarem a bola dentro de um golzinho no parque.Assim também, alguns fazem literatura e imaginam-na como ciência. Falta realmente o "por quê?". Digo isso porque sou do outro lado,isto é, criei-me na ciência e posso dizer que não há nada mais antiliterato e enfadonho do que a linguagem científica. Durante muitos anos,tive meu pensamento escrito limitado pela necessária exatidão, cada afirmação documentada por uma refrência, cada conclusão provada por cálculos estatísticos. Por quê lançar a literatura neste mundo hermético, para proveito de poucos?Hoje esou fazendo o caminho inverso, escrevo para provar a liberdade da minha alma e soltar as amarras do espírito. Bem melhor.Muito melhor.
[Sobre "Maldita Ciência"]
por
Heitor Rosa
8/10/2002 às
21h36
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a cabeça aberta
É porque ele tem "a cabeça aberta e ligada no que acontece no mundo" - mundo sendo o seu próprio umbigo (é comum aos "umbiguistas" usar um "argumento" deste tipo logo de início) e as sensações fisiológicas abaixo dele.
[Sobre "Hipermediocridade"]
por
Juliana O'Flahertie
8/10/2002 às
19h29
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Liberdade para idéias.
Evandro, também entrei e fiquei muito esperançoso com a aparência da sala. É muito legal ver interpretações sobre a Escola Austríaca, ainda mais por R$ 4. A questão de o Malan ser ou não ser neoliberal (eis a questão) não é muito relevante: Penso que ações respondem por si. Fico feliz pelo entusiasmo que imprime no seu texto, certamente gostou do que leu.
É bom ver idéias circulando tal qual as mercadorias. E se idéias não circulam no ano 2002, não é culpa do Estado. E isso me decepcionou um pouco, pois não vi profundidade nos comentários e, sinceramente, acho que para reafirmar uma idéia não é necessário atacar o caráter do outro: como uma metralhadora de adjetivos infundados e cartuchos de afirmações levianas.
Não me agradou a intervenção de Cássia (n. 02), a qual não acrescentou à discussão, mas também se mostrou depreciativa e pessoal (não sei se é algo entre vocês). Gostei do Hamilton Caetano (n. 09) que mesmo discordando em pontos, apresentou fundamento e não o atacou pessoalmente [fez uma questão legítima!]. E, a Simone (n. 11) não deve estar adorando entrar na discussão para, como você diz, "entender" alguma coisa de economia. Apenas acho que ao invés de bater no tal "Estado arcaico" que impede a circulação de mercadorias, você também poderia ajudar [como de fato fez no início] na circulação de idéias para todas as pessoas, iniciadas ou não, sem arrogância.
Agora, após 1929, diversas sociedades desenvolveram maneiras de enfrentar a crise, e nestas estava lá o Estado. Acho interessante pensar se o problema é do Estado em geral ou, em nosso caso particular, o Estado brasileiro. Qual a estrutura dele? É interessante aos sustentadores do Estado brasileiro existir liberdade de iniciativa comercial a qualquer um? Por que os camelôs dos grandes centros, em geral, não pertencem à economia formal? A prioridade comercial não espontânea sempre foi o exterior. Logo, o Estado se organizou pra isso, os que não podem pagam a conta. Por isso, concordo com Graça. Ela foi a peça que faltava. Obrigado, Graça.
Não elevo nenhuma teoria econômica ao cargo de Deus, pois a realidade é muito mais complexa e todas as contribuições sérias são oportunas. Aliás, não penso que a resolução desses problemas citados origina-se na economia; estou convicto (com 23 anos e posso mudar ainda, há tempo) de que a questão é política. Nós, como pessoas "letradas" e "pensantes", deveríamos acompanhar com mais cuidado o que ocorre nos bastidores das câmaras municipais, nas regiões administrativas, nas assembléias das unidades federativas a fim de interferirmos mais incisivamente no tal "Estado arcaico". Não é o "Estado arcaico" que impede o comércio? Então, mudemos o "Estado arcaico". Depois disso, a economia surge como instrumento para atingirmos nossas metas políticas mesmo que sejam conflitantes. Por enquanto... Simone, volte! E Liberdade de idéias!
Alisson Ramos
[Sobre "Capitalismo sob fogo cerrado"]
por
Alisson Ramos
8/10/2002 às
09h56
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autoridade intelectual
Gustavo, se pretendo debater o liberalismo, eu realmente tenho que entender o básico dele. E acredito que entendo, quer o básico sobre a idéia clássica de liberalismo, quer sobre o que são os liberais hoje. Mas o que estava em discussão no artigo do De Paola – pode reler e conferir - não era a natureza do liberalismo, e sim os quatro candidatos à presidência. E aí, eu acho que me ative ao que estava em pauta, e apontei uma certa “arrogância liberal”, não quanto à natureza do liberalismo, mas quanto à fala dos que se assumem como seus seguidores. Você não me viu exigindo de nenhum debatedor a leitura de textos clássicos que justificariam a ideologia de um ou outro candidato, até porque isso seria descabido nesse espaço./// Não fiquei bravo com os conselhos de estudo, até os levei com bom humor, como pode perceber. Só acho que as pessoas às vezes, com dificuldades para responder a um argumento, se defendem com “terrorismo bibliográfico”: se você não leu isso e isso, não se atreva a discutir comigo. Eu trabalho na universidade, onde infelizmente ocorre tal procedimento. Mas muitos aqui também o adotam. E aí eu me dou o direito de ao menos ser irônico.
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
por
Helion
8/10/2002 às
13h30
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Um comentário...
Já sou leitor do Heitor há algum tempo e admiro muito suas idéias e modo de escrever, mas este texto me era inédito. De qualquer modo fiquei tambem impressionado com as postagens, excelentes por sinal. Somente gostaria de incluir o seguinte: Helion, se pretende discutir sobre o Liberalismo, você TEM que entender o básico dele, caso contrário não tem autoridade intelectual para tal. E isto vc voce demonstrou cabalmente seu desconhecimento, além de querer atribuir o liberalismo a uma pessoa. O pior de tudo é que fica bravo quando aconselham o seu estudo.
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
por
Gustavo Peres
8/10/2002 às
10h11
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Terapia Blogueira
Li seu texto, gostei muito... Concordo em partes com ele...
Para variar também sou blogueira... (dá para notar pelas ...)
Tenho uma home page também... uso a linguagem HTML desde 97 e gosto disso...
Concordo com você quando fala que as pessoas estão sendo pretenciosas... muitas das visitas que fiz a blogs percebi essa característica, entre outras...
Confesso que meu blog não é dos mais originais... mas eu gosto dele...
Posso lhe dizer com toda segurança que não quero fazer mídia, nem ser famosa, muito menos estar no top 10... meu blog é uma forma de comunicar a todos os meus amigos diariamente como estou, e fazer novos amigos (como a Fabiana) através dele...
Nunca fiz diários na vida, não via sentido em escrever para ninguém ler, se o fato ocorreu comigo, eu vou lembrar, se eu não lembrar é porque não era interessante... Mas o blog permite que eu ao invés de contar para 15 pessoas as mesmas coisas, eu vou lá escrevo e quem estiver preocupado comigo escreve...
Já passei uns dias sem blogar (uma semana e meia), quando voltei tinha um monte de recados perguntando quando eu ia voltar... me senti muito querida...
Podemos dizer até que blogar é uma terapia para mim... depois que comecei meu blog (há exatamente um ano atrás) não me senti mais tão solitária, nem incompreendida... Para quer ir ao terapeuta? eu tenho "amigos"! (sejam reais, virtuais ou temporários)
[Sobre "A internet e os blogs"]
por
Suzana
8/10/2002 à
00h45
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errata
na mesagem anterior por favor leiam "...e a esquerda QUE de alguma forma se identifica..."
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
por
Helion
7/10/2002 às
02h12
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sobre o Derradeiro Comentário
Sr. Fernando: absolutamente, não me ofendeu em nada. Achei oportunas as suas palavras sobre a diferença entre liberais tais como se apresentam nesse debate aqui, por exemplo, e tal como o liberalismo foi formulado pelos chamados clássicos. Acrescentaria mais uma distinção: entre os clássicos do liberalismo, entre os liberais de aqui e agora, e entre os liberais tal como se comportaram quando no poder. São três níveis de análise. /// Da mesma maneira, penso que seria preciso distinguir entre o marxismo, os regimes por ele inspirados e a esquerda de alguma forma se identifica com seu legado, hoje. Também nesse caso, três níveis de análise. /// Nesse sentido, acho que em alguns momentos deste debate aqui os níveis de análise foram confundidos, ora quanto ao liberalismo, ora quanto ao marxismo. Dizer-se liberal não é, evidentemente, compartilhar política e moralmente de Collor de Mello. Votar em Lula não é querer ser comandante revolucionário de quarteirão./// Ótima a sua observação quanto ao Delfim: ele porta-se hoje mais como um keynesiano, embora nem sempre tenha sido assim. Da mesma maneira, o programa econômico do PT, ou o seu esboço, me parece mais keynesiano que marxista. Roberto Campos, no poder, também se pautou por Keynes, salvo engano meu. Não foi um “liberal clássico” como ministro; um programa econômico petista também não será marxista no sentido clássico./// Quanto à sua fundamentação cristã do liberalismo, me abstenho de comentar por não sentir afinidade com o tema, e por entender que é uma questão de foro íntimo sua./// Enfim, agradeço a resposta polida e espero que o 6 de outubro nos leve a um país mais digno e justo. Acredito que, divergências à parte, compartilhamos desse desejo.
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
por
Helion
7/10/2002 à
01h47
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Julio Daio Borges
Editor
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