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Segunda-feira, 7/10/2002
Comentários
Leitores

Muito obrigada
Waldemar, Acabo de descobrir seus artigos por acaso. Muito obrigada pelos comentários generosos sobre meu trabalho.

[Sobre "Tesouros musicais"]

por Daniella Thompson
7/10/2002 às
03h30

Antolhos, sim, obrigado...
1)A comparação justamente serve para que se veja que Nabokov era um cavalheiro e Fernandinho Beira-Mar uma besta. Sinceramente, estou um pouco cansado de gente que me pede que tenha pena de traficantes, ou que dê a eles uma vantagem na corrida que todos fazemos em direção a uma vida civilizada. Alguns nunca vão chegar ao mundo civilizado - justamente porque são bestas, e não porque lhes falte dinheiro ou chances. Quanto a ser um crítico literário com antolhos - obrigado. Só acredito em críticos literários com antolhos. Os antolhos concentram maravilhosamente a visão nas páginas do livro, exclusivamente nas páginas do livro, e não deixam que se preste atenção às "condições difíceis de vida" de certos escritores, e o quanto eles lutam pelo "povo sofrido".

2)Martim, não posso deixar que você me vença em modéstia; desculpe, mas sou mais modesto do que você - já conhecia suas colunas e elas são melhores do que as minhas. Really, old boy.

3)Leandro: seja sempre bem-vindo, e apareça para discordar quantas vezes quiser.

[Sobre "Três Idiotas"]

por Alexandre Soares
9/10/2002 à
01h54

the land of liberty
Comparar a situação em que Beira-Mar deu as caras ao mundo com a chegada de Nabokov aos EUA é realmente uma tarefa para pseudo-literato. Brasil the land of liberty. Crítico de literatura com antolhos é triste.

[Sobre "Três Idiotas"]

por Nietscscshez
9/10/2002 à
00h38

Muito obrigado
Fabiana,
Eu evito, na medida do possível, apelar para os assuntos, segundo você, "pop da semana". Pode consultar minhas outras colunas. E repare numa coincidência: as pessoas "inteligentes" sempre aparecem para comentar ou reclamar de textos sobre um programa de televisão ou uma festa bárbara (que são das poucas concessões que fiz a assuntos desagradáveis). Mas somem quando recomendo o Bernard Shaw Festival, um livro do Hornby, do Radiguet, do Hitchens, a revista New Yorker, etc. Por quê? Porque esses assuntos são completamente alheios a quem perde tempo assistindo ao Saia Justa, frequentando baladas imbecis, se filiando a partidos comunistas. As ofensas que recebo, quando escrevo um texto como este, são sempre bobas, previsíveis; nunca os "inteligentes" aparecem no lugar reservado especialmente para eles. Você, portanto, que reclamou da mesma coisa que não me agradou neste texto - o assunto -, infelizmente caiu no lugar errado. Espero que se divirta com os próximos. Muito obrigado pelo elogio, abraço,
Eduardo

[Sobre "Hoje a festa é nossa"]

por Eduardo Carvalho
8/10/2002 às
23h02

Pimenta no ...
Os seres humanos são assim. São hipócritas. Querem apenas desfrutar de tudo o quanto podem, e se não podem, se deixam levar pela inveja, pelo rancor. Nunca o que temos é o bastante, e queremos também o que é do próximo. Mesmo que inconscientemente.
Não foi diferente com o infeliz que causou toda a polêmica com a vida das vítimas da tal festa da GV. O que levou alguém a ter uma atitude tão desprezível? Pois é... inveja, ódio, frustrações, enfim, todos os sentimentos ruins que nos acometem como seres humanos. E fraqueza de espírito e de caráter. Lamentável...
Porém, mudando um pouco de assunto, vindo de um site como este, com colunistas inteligentes como você, poderia ter se distanciado de certo modo deste "assunto da moda", não?
Seres desprezíveis não merecem tanta aclamação em meios de divulgação de informação e entretenimento. Creio que era isto mesmo que eles tanto queriam. Deixemos que as vítimas deste incidente lamentável, retomem suas vidas normalmente. Porque a diferença entre eu, você ou eles, é nula. É zero.
O fato deles fazerem ou não sexo numa festa universitária, não os desqualifica como profissionais, como seres humanos. A diferença está no caráter, que faltou no infeliz que fez todo esse estardalhaço. No final das contas, apenas tivemos certeza de como urubus existem em qualquer lugar, seja em faculdades "de ricos", "de pobres", ou seja ele um bêbado qualquer em busca da fama. Diploma não é sinômimo de capacidade, de talento, tampouco de sucesso profissional ou pessoal. Quem tem talento mesmo, chega onde quer, mais cedo ou mais tarde. Rótulo nem sempre é sinônimo de bom produto.
Parabéns pela coluna. Mas creio que não seja necessário apelar para o "pop da semana" para escrever algo inteligente, tampouco assuntos que soem como um "desafio" entre universitários de diferentes faculdades de renome. O que é podre, todos os seres providos de sensatez e neurônios sabem julgar por si mesmos.
Abraços.

[Sobre "Hoje a festa é nossa"]

por Fabiana
8/10/2002 às
21h34

Mais do mesmo.
Citando a Alice: "(...) Mas você acerta no alvo já no primeiro parágrafo: os blogueiros estão te respondendo com virulência. Em vez disso deviam parar, refletir, analisar o que estão fazendo. Tenho visto blogs absurdos, sem qualquer consistência e sem entender os seus próprios e estreitos limites. (...)" Virulência? Está generalizando tanto quanto o Julio quando lança esta crítica ao universo blogger, mesmo se utilizando de tal ferramenta. É óbvio que em todo saco de arroz existem muitos carunchos. Mas depois de selecionarmos calmamente, podemos desfrutar do melhor do produto. Aqui, é a mesma coisa. Blog ou não-blog, a internet possui coisas boas e coisas ruins (muitas). Apesar de ter gostado muito da crítica em si, ter analisado todos estes aspectos citados e concordar de certo modo com o Julio, ainda insisto na complementação deste ponto de vista com o lado prático e útil desta ferramenta. Se fosse tão dispensável e absurdo o uso de tal item, por que o Digestivo Cultural possuiria um blog? Se generalizando dete modo, o Julio diz que os bloggers são tendenciosos, pretenciosos e escrevem lixos para seus amiguinhos acéfalos, de certo modo está dizendo para si próprio. Não que eu concorde com isso. Claro que mesmo entre os "top 10" do mundinho blogger há muita porcaria, que acaba levando a mais e mais lixo. Porém, há excessões. E nelas me baseio para vir aqui e me dar ao luxo de discordar com certos pontos. Não fosse por pessoas inteligentes escrevendo seus pensamentos idem, não teria conhecido este site, tampouco estaria expondo minhas idéias e opiniões. Assim, seria uma "vítima" a menos para ver o que tem no seu banquinho. E comigo, muitos outros também não viriam aqui hoje. Faço questão de divulgar o que acho interessante. Portanto, eis aqui o sentido de ter retornado. E o sistema de comentários utilizado aqui no site, no blog que o complementa (e que está sim sendo usado como mídia, embora você possa refutar esta idéia), é feito pelo Fábio, do blog Falou e Disse. Interessante, não?! =o) Beijos.

[Sobre "A internet e os blogs"]

por Fabiana
8/10/2002 às
21h23

Parabéns Alexandre
Parabéns Alexandre pelo belo e oportuno texto.Como você sabe, tem gosto pra tudo e sonho pra todos.Uns põem-se a reger às primeiras notas de uma sinfonia,imaginando-se o maestro que gostariam de ser. Outros ouvem o Maracanã, lotado,gritando o seu nome, ao colocarem a bola dentro de um golzinho no parque.Assim também, alguns fazem literatura e imaginam-na como ciência. Falta realmente o "por quê?". Digo isso porque sou do outro lado,isto é, criei-me na ciência e posso dizer que não há nada mais antiliterato e enfadonho do que a linguagem científica. Durante muitos anos,tive meu pensamento escrito limitado pela necessária exatidão, cada afirmação documentada por uma refrência, cada conclusão provada por cálculos estatísticos. Por quê lançar a literatura neste mundo hermético, para proveito de poucos?Hoje esou fazendo o caminho inverso, escrevo para provar a liberdade da minha alma e soltar as amarras do espírito. Bem melhor.Muito melhor.

[Sobre "Maldita Ciência"]

por Heitor Rosa
8/10/2002 às
21h36

a cabeça aberta
É porque ele tem "a cabeça aberta e ligada no que acontece no mundo" - mundo sendo o seu próprio umbigo (é comum aos "umbiguistas" usar um "argumento" deste tipo logo de início) e as sensações fisiológicas abaixo dele.

[Sobre "Hipermediocridade"]

por Juliana O'Flahertie
8/10/2002 às
19h29

Liberdade para idéias.
Evandro, também entrei e fiquei muito esperançoso com a aparência da sala. É muito legal ver interpretações sobre a Escola Austríaca, ainda mais por R$ 4. A questão de o Malan ser ou não ser neoliberal (eis a questão) não é muito relevante: Penso que ações respondem por si. Fico feliz pelo entusiasmo que imprime no seu texto, certamente gostou do que leu. É bom ver idéias circulando tal qual as mercadorias. E se idéias não circulam no ano 2002, não é culpa do Estado. E isso me decepcionou um pouco, pois não vi profundidade nos comentários e, sinceramente, acho que para reafirmar uma idéia não é necessário atacar o caráter do outro: como uma metralhadora de adjetivos infundados e cartuchos de afirmações levianas. Não me agradou a intervenção de Cássia (n. 02), a qual não acrescentou à discussão, mas também se mostrou depreciativa e pessoal (não sei se é algo entre vocês). Gostei do Hamilton Caetano (n. 09) que mesmo discordando em pontos, apresentou fundamento e não o atacou pessoalmente [fez uma questão legítima!]. E, a Simone (n. 11) não deve estar adorando entrar na discussão para, como você diz, "entender" alguma coisa de economia. Apenas acho que ao invés de bater no tal "Estado arcaico" que impede a circulação de mercadorias, você também poderia ajudar [como de fato fez no início] na circulação de idéias para todas as pessoas, iniciadas ou não, sem arrogância. Agora, após 1929, diversas sociedades desenvolveram maneiras de enfrentar a crise, e nestas estava lá o Estado. Acho interessante pensar se o problema é do Estado em geral ou, em nosso caso particular, o Estado brasileiro. Qual a estrutura dele? É interessante aos sustentadores do Estado brasileiro existir liberdade de iniciativa comercial a qualquer um? Por que os camelôs dos grandes centros, em geral, não pertencem à economia formal? A prioridade comercial não espontânea sempre foi o exterior. Logo, o Estado se organizou pra isso, os que não podem pagam a conta. Por isso, concordo com Graça. Ela foi a peça que faltava. Obrigado, Graça. Não elevo nenhuma teoria econômica ao cargo de Deus, pois a realidade é muito mais complexa e todas as contribuições sérias são oportunas. Aliás, não penso que a resolução desses problemas citados origina-se na economia; estou convicto (com 23 anos e posso mudar ainda, há tempo) de que a questão é política. Nós, como pessoas "letradas" e "pensantes", deveríamos acompanhar com mais cuidado o que ocorre nos bastidores das câmaras municipais, nas regiões administrativas, nas assembléias das unidades federativas a fim de interferirmos mais incisivamente no tal "Estado arcaico". Não é o "Estado arcaico" que impede o comércio? Então, mudemos o "Estado arcaico". Depois disso, a economia surge como instrumento para atingirmos nossas metas políticas mesmo que sejam conflitantes. Por enquanto... Simone, volte! E Liberdade de idéias! Alisson Ramos

[Sobre "Capitalismo sob fogo cerrado"]

por Alisson Ramos
8/10/2002 às
09h56

autoridade intelectual
Gustavo, se pretendo debater o liberalismo, eu realmente tenho que entender o básico dele. E acredito que entendo, quer o básico sobre a idéia clássica de liberalismo, quer sobre o que são os liberais hoje. Mas o que estava em discussão no artigo do De Paola – pode reler e conferir - não era a natureza do liberalismo, e sim os quatro candidatos à presidência. E aí, eu acho que me ative ao que estava em pauta, e apontei uma certa “arrogância liberal”, não quanto à natureza do liberalismo, mas quanto à fala dos que se assumem como seus seguidores. Você não me viu exigindo de nenhum debatedor a leitura de textos clássicos que justificariam a ideologia de um ou outro candidato, até porque isso seria descabido nesse espaço./// Não fiquei bravo com os conselhos de estudo, até os levei com bom humor, como pode perceber. Só acho que as pessoas às vezes, com dificuldades para responder a um argumento, se defendem com “terrorismo bibliográfico”: se você não leu isso e isso, não se atreva a discutir comigo. Eu trabalho na universidade, onde infelizmente ocorre tal procedimento. Mas muitos aqui também o adotam. E aí eu me dou o direito de ao menos ser irônico.

[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]

por Helion
8/10/2002 às
13h30

Julio Daio Borges
Editor

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