Quinta-feira,
10/10/2002
Comentários
Leitores
Breve nota
Concordo que a comunidade blogueira não é afeita à autocrítica e sinto às vezes que existe uma cultura de máfia, vários grupos que se protegem e se divulgam e nos quais é difícil a entrada de uma pessoa nova. A fogueira das vaidades arde pesado e chega a sufocar p/ quem se importa. Mas nem sempre é isso que acontece. Todo mundo sabe que tem blog pra tudo, é uma feira. Tem os descerebrados e os "profissionais". E daí? O importante é as pessoas poderem escrever o que bem quiserem. Mesmo para que meia dúzia leiam. Eu também leio muitas besteiras na grande imprensa, resenhistas sérios de livros que só lêem as orelhas p/ escrever as suas críticas, por exemplo. O resto é lenha para acender a fogueira. Parabéns, você conseguiu.
grande abraço
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Maira Parula
10/10/2002 às
11h07
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Blogs: Brincaderia ou não?
Caro Julio,
Sem perceber você acabou flexibilizando o seu ponto de vista(sinal de que você é maduro o suficiente para mudar de opinião) e parou com o tom "generalizado" do texto original. Acabou portanto concordando com a "Virulenta Fabiana".
Na minha opinião alguns Blogueiros (eu por exemplo) tem projetos diferentes em relação a seus blogs, não busco escrever "modinhas ou tititis"e sim expressar a minha opinião sobre assuntos que são tratados de forma unilateral na mídia. Desprezar o poder de blogs como meio de comunicação é classificar como verdade absoluto apenas a opinião da grande midia que quase nunca é imparcial ou independente.
Como pretendo passar meu ponto de vista para o maior número de pessoas possível não vejo nada ruim em divulgar meu blog. Com a vantagem que poderemos iniciar uma discussão interessante e mudar de opinião sobre determinados assuntos. Isto é crescimento!
E parafraseando a nossa "Virulenta Fabiana":
- Em todo saco de arroz existem muitos carunchos.
E como você mesmo descobriu existem muitos blogs ruins para cada Marmota que você encontrar.
E aproveitando a deixa....meu blog é: O Conto Verde. O Escritor Verde
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O Escritor Verde
10/10/2002 às
10h59
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Voltando à carga
Suzana (#7), visitei o seu blog e a sua homepage. Parabéns pelos dois. Você é um exemplo da minha conclusão no último parágrafo: para pequenas comunidades, para fins terapêuticos e até para a prática do jornalismo amador, o blog pode e deve funcionar. Obrigado pelo Comentário.
André (#9), parabéns também pelo Marmota. Você pesquisou bastante a meu respeito e escreveu um dos melhores resumos biográficos que li até agora. Obrigado! Sobre o que você disse aqui, ótimo que tenha entendido a mensagem e não se ofendido (como dúzias de blogueiros por aí que - surpreendentemente - não se manifestaram; preferiram vociferar em listas de discussão e grupos). Só uma correção: eu não desdenho, apenas imponho limites. Até porque mantenho também um blog, junto com os Colunistas do Digestivo Cultural.
Por último, minha antogonista mais empedernida: Fabiana, brava Fabiana (#8)! É muito provável que eu não consiga te convencer mas, enfim, vou tentar... Em primeiro lugar: você é virulenta, sim; tanto que a carapuça da Alice serviu. Em segundo lugar, repito em alto e bom som: não tenho nada contra a ferramenta blog em si; apenas provo que ela não é perfeita e que ela não é essa maravilha que muitos estão pregando. Em terceiro lugar, eu nunca disse que um blog é "dispensável e absurdo", nem que os blogueiros são "tendenciosos e escrevem lixos para seus amiguinhos acéfalos" - isso tudo quem disse foi você. Em quarto lugar, não abro mão dos seguintes pontos: os blogs são - em geral (veja bem: em geral) - rasos e imediatistas; os blogs não têm o mesmo alcance de sites ou portais (bons sites e bons portais, fique claro); e, para terminar, a maioria dos blogs e dos "blogueiros" precisa ainda amadurecer muito para sair da atual fase do "tititi" e da "modinha".
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Julio
10/10/2002 às
08h25
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Os outros índios da tribo
Também tenho meu blog e acho que o último parágrafo de seu texto diz tudo com muita clareza, existem os "caciques da blogagem", aqueles que fazem de tudo para chamar a atenção, girar seus contadores e ver seus blogs citados entre os Top 10. Mas, a maioria dos blogueiros é despretenciosa, não espera alcançar fama ou formar opiniões, é como no seu exemplo do banquinho, escrevemos e deixamos lá para quem quiser ler e se, por acaso, acharem interessante absorvam algo do que foi lido. Quero apenas acrescentar , como já escrevi em meu blog, independentemente da finalidade do blog ou da velocidade com que gira seu contador de visitas, acho que quem se dispõe a escrever num veículo público, deve ter consciência da responsabilidade de suas palavras, sejam elas quais forem, e ser cuidadoso antes de publicar algo.
[Sobre "A internet e os blogs"]
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Tchela
10/10/2002 às
08h42
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Sobre o texto
Tudo bem, Julio? Não conhecia o seu trabalho, caí aqui justamente em função do assunto, pois também escrevo um blog. Quero dizer que eu não me senti ofendido, tampouco ferido com alguma pedrada: não sou "blogueiro de profissão". O que faço, assim como resumiu a Suzana, é manter um cantinho dentro do cyberespaço. Ou melhor: um banquinho, como você bem definiu. Concordo com você: quem deseja fazer sucesso ou aparecer, é mais fácil pendurar uma melancia no pescoço e sair nu na Paulista. O meu negócio se resume ao que você desdenha no começo do seu último parágrafo. E funciona, viu? Garanto que, se você começar a "brincar de blog" sem levar a sério, corre o sério risco de gostar... Um grande abraço, e parabéns pelo ótimo texto!
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Andre
9/10/2002 às
18h34
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Muito obrigada
Waldemar,
Acabo de descobrir seus artigos por acaso. Muito obrigada pelos comentários generosos sobre meu trabalho.
[Sobre "Tesouros musicais"]
por
Daniella Thompson
7/10/2002 às
03h30
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Antolhos, sim, obrigado...
1)A comparação justamente serve para que se veja que Nabokov era um cavalheiro e Fernandinho Beira-Mar uma besta. Sinceramente, estou um pouco cansado de gente que me pede que tenha pena de traficantes, ou que dê a eles uma vantagem na corrida que todos fazemos em direção a uma vida civilizada. Alguns nunca vão chegar ao mundo civilizado - justamente porque são bestas, e não porque lhes falte dinheiro ou chances. Quanto a ser um crítico literário com antolhos - obrigado. Só acredito em críticos literários com antolhos. Os antolhos concentram maravilhosamente a visão nas páginas do livro, exclusivamente nas páginas do livro, e não deixam que se preste atenção às "condições difíceis de vida" de certos escritores, e o quanto eles lutam pelo "povo sofrido".
2)Martim, não posso deixar que você me vença em modéstia; desculpe, mas sou mais modesto do que você - já conhecia suas colunas e elas são melhores do que as minhas. Really, old boy.
3)Leandro: seja sempre bem-vindo, e apareça para discordar quantas vezes quiser.
[Sobre "Três Idiotas"]
por
Alexandre Soares
9/10/2002 à
01h54
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the land of liberty
Comparar a situação em que Beira-Mar deu as caras ao mundo com a chegada de Nabokov aos EUA é realmente uma tarefa para pseudo-literato. Brasil the land of liberty. Crítico de literatura com antolhos é triste.
[Sobre "Três Idiotas"]
por
Nietscscshez
9/10/2002 à
00h38
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Muito obrigado
Fabiana,
Eu evito, na medida do possível, apelar para os assuntos, segundo você, "pop da semana". Pode consultar minhas outras colunas. E repare numa coincidência: as pessoas "inteligentes" sempre aparecem para comentar ou reclamar de textos sobre um programa de televisão ou uma festa bárbara (que são das poucas concessões que fiz a assuntos desagradáveis). Mas somem quando recomendo o Bernard Shaw Festival, um livro do Hornby, do Radiguet, do Hitchens, a revista New Yorker, etc. Por quê? Porque esses assuntos são completamente alheios a quem perde tempo assistindo ao Saia Justa, frequentando baladas imbecis, se filiando a partidos comunistas. As ofensas que recebo, quando escrevo um texto como este, são sempre bobas, previsíveis; nunca os "inteligentes" aparecem no lugar reservado especialmente para eles. Você, portanto, que reclamou da mesma coisa que não me agradou neste texto - o assunto -, infelizmente caiu no lugar errado. Espero que se divirta com os próximos. Muito obrigado pelo elogio, abraço,
Eduardo
[Sobre "Hoje a festa é nossa"]
por
Eduardo Carvalho
8/10/2002 às
23h02
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Pimenta no ...
Os seres humanos são assim. São hipócritas. Querem apenas desfrutar de tudo o quanto podem, e se não podem, se deixam levar pela inveja, pelo rancor.
Nunca o que temos é o bastante, e queremos também o que é do próximo. Mesmo que inconscientemente.
Não foi diferente com o infeliz que causou toda a polêmica com a vida das vítimas da tal festa da GV. O que levou alguém a ter uma atitude tão desprezível? Pois é... inveja, ódio, frustrações, enfim, todos os sentimentos ruins que nos acometem como seres humanos. E fraqueza de espírito e de caráter.
Lamentável...
Porém, mudando um pouco de assunto, vindo de um site como este, com colunistas inteligentes como você, poderia ter se distanciado de certo modo deste "assunto da moda", não?
Seres desprezíveis não merecem tanta aclamação em meios de divulgação de informação e entretenimento. Creio que era isto mesmo que eles tanto queriam. Deixemos que as vítimas deste incidente lamentável, retomem suas vidas normalmente. Porque a diferença entre eu, você ou eles, é nula. É zero.
O fato deles fazerem ou não sexo numa festa universitária, não os desqualifica como profissionais, como seres humanos. A diferença está no caráter, que faltou no infeliz que fez todo esse estardalhaço.
No final das contas, apenas tivemos certeza de como urubus existem em qualquer lugar, seja em faculdades "de ricos", "de pobres", ou seja ele um bêbado qualquer em busca da fama.
Diploma não é sinômimo de capacidade, de talento, tampouco de sucesso profissional ou pessoal. Quem tem talento mesmo, chega onde quer, mais cedo ou mais tarde. Rótulo nem sempre é sinônimo de bom produto.
Parabéns pela coluna. Mas creio que não seja necessário apelar para o "pop da semana" para escrever algo inteligente, tampouco assuntos que soem como um "desafio" entre universitários de diferentes faculdades de renome.
O que é podre, todos os seres providos de sensatez e neurônios sabem julgar por si mesmos.
Abraços.
[Sobre "Hoje a festa é nossa"]
por
Fabiana
8/10/2002 às
21h34
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Julio Daio Borges
Editor
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