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Segunda-feira, 4/11/2002
Comentários
Leitores

pior que tudo isso
Para mim, pior que tudo isso é a língua inglesa usada de maneira exagerada, principalmente por "micreiros" e economistas.

[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]

por Nara
4/11/2002 às
12h07

Linha versus cor
Quero agradecer a oportuidade, que o Jardel me dá, de acrescentar mais algumas questões essenciais:A dificuldade em conceber uma linha e uma cor usadas como mesmo elemento provém da tradicional dicotomia entre o linear (desenho)e o pictórico(cor abudante não contida pelo desenho) estabelecido por Heinrich Wolflin, em Principles of Art History (1915). venezianos e florentinos são considerados em rígidos termos de história da arte como representantes dessas polaridades em fins do século XV. Do mesmo modo, os adeptos de Poussin versus os de Rubens, no século XVII; a ruptura entre clássicos e românticos simbolizada por Ingres e Delacroix, como bem enfatizou o Jardel, acima. Alberto Beuttenmüller.

[Sobre "Matisse e Picasso, lado a lado"]

por AlbertoBeuttenmüller
4/11/2002 às
11h40

Quanta vulgaridade
"Válido" no sentido de razoável ou correta, como em "acho válido esse seu comentário". "Pegar" no sentido de considerar ou pensar. "Vamos pegar o exemplo do livro". "Encaminhamento" em vez de programa. "O encaminhamento do seminário de hoje vai ser o seguinte..." O uso de termos que enfraquecem a veemência com que se defende uma idéia, por medo de parecer arrogante, ou de não soar relativista como todo mundo. Por exemplo: sempre dizer que "acha" alguma coisa, mesmo quando se tem certeza. "Li tudo o que encontrei sobre o assunto, e eu acho que Fulano estava mesmo certo." Ou chamar uma idéia de "proposta". "A discussão estava num impasse, quando vieram Fulano e sua proposta." O uso do adjetivo "revolucionário" como um elogio. Ou para qualificar coisas que, afinal, não são tão "revolucionárias" assim. "Filme revolucionário". "Descoberta revolucionária". E, claro, "proposta revolucionária", que é especialmente aplicado a artistas. "Potencial" no sentido de capacidade. Geralmente precedido do imperativo "acredite". "Acredite no seu potencial". "Vocês precisam acreditar no potencial do nosso Brasil". "Estratosférico" para designar qualquer coisa grande ou alta. "Juros estratosféricos". "Poderes estratosféricos". Ao leitor José Maria da Silveira: "mulher" no sentido de "cônjuge do sexo feminino" é perfeitamente recomendável. O termo é abundantemente usado no Código Civil brasileiro de 1916, redigido por Clóvis Beviláqua e Rui Barbosa, numa época em que as leis ainda eram modelos de expressão portuguesa. "Esposa", rigorosamente, é a noiva e não a mulher.

[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]

por Felipe Ortiz
4/11/2002 à
00h14

A NIVEL DE...
Pior que isso é o tal A NIVEL DE ... ! Aiiiiiiiiiiiiiii!!!!!

[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]

por Eleutério Langowski
3/11/2002 às
23h22

"estar .. fazendo"
Hummm... esta lista pode nao acabar nunca, do jeito como as coisas vao... Mas sinto um arrepio especial pelas expressoes "(fulana/o) nao se encontra" e pelo uso e abuso do anglicismo "estar .. fazendo" ('estarei fazendo sua reserva num instante", etc). e suas multiplas e igualmente deleterias variacoes ("eu estarei chamando.." "voce vai estar usando o mini-bar?" e, horror total "estar acessando". Ui!

[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]

por Ana Maria Bahiana
3/11/2002 às
22h41

Alexandre, o novo Marcelino
Caro Alexandrino, quantos minutos seriam necessários para detectar sua vulgaridade? Ou a minha? Pego o caso da Elis. Em um mundo em que Fafá de Belém, Joana, Ivete Sangalo são consideradas cantoras, por que a senhora do Uísque não deveria gostar de Elis, apesar do repertório em grande parte detestável? Ella também não gravou ruindades inomináveis? O problema da língua: normalmente apresentamos a esposa pelo nome, mas há situações em que "minha esposa" é mal menor, preferível a minha senhora, patroa e o pior: "minha mulher". Atores é jargão de sociologia, assim como agentes é jargão de economia. Em certas situações é preciso usar o termo. Global players tem um poder de síntese que jogador não tem. Curiso, faltou em sua lista: O sujeito é neoliberal, talvez a maior marca de vulgaridade dos últimos 10 anos.

[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]

por José Maria da Silvei
3/11/2002 às
15h22

Retificação
Retificação: Parassem e não paracem. Desculpem-me, na pressa escrevi errado.

[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]

por Sidney Vida
2/11/2002 às
20h35

seus escritos são ótimos
Alexandre seus escritos são ótimos. Fui a uma palestra na FGV em SP e notei o quanto vulgar são as pessoas que se dizem "da elite empresarial e acadêmica". Poderia escrever milhares de linha sobre o que eu - infelizmente - presenciei. Mas... não tenho o seu talento. Gostaria que as pessoas paracem em falar coisas como: "Responsabilidade social"; "vazio ideológico que prevalece em nossa sociedade"; "...esta sociedade de consumo desvairada"; "economia solidária"; "capitalismo selvagem baseado neste modelo neo-liberal - este é o mais idiota de todos na minha humildde opinião - "um novo mundo é possível". Palavras de ordem tão repetidas sem a miníma reflexão. Será que em algum dia voltaremos a ensinar para os jovens como os antigos aristocratas ensinavam para os seus pares? Grego, Latim, História - sem ideologias - os clássicos: Aristóteles, Platão, Sto Agostinho e etc? Fica a pergunta no ar.

[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]

por Sidney Vida
2/11/2002 às
20h22

TIPO ASSIM!
É, essa lista TÁ TIPO ASSIM!

[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]

por Eleutério Langowski
2/11/2002 às
15h42

Gerundismos irritantes
Gerundismos irritantes: "Vamos estar encaminhando a proposta"; "Vou estar enviando o parecer". Dá a impressão de algo que vai demorar, e muito. Juro que num evento de informática, ouvi o palestrante demonstrando um programa, disse, entre inacabáveis gerundismos: agora vou 'tar clicando aqui e o programa vai 'tar renderizando a imagem. Onde 'tar é corruptela de "estar". E ainda acham bonito falar assim!!!

[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]

por Carlos Muniz
2/11/2002 às
14h31

Julio Daio Borges
Editor

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