Quarta-feira,
6/11/2002
Comentários
Leitores
Confissão pública vergonhosa
Dieter, Dieter. Você acha mesmo que "eu posso, e você não"? Estava brincando. Podemos ambos, é claro. Pode qualquer um, com certo jeitinho. Com certo charme, digamos - charme desculpa tudo. Acho engraçado quando as pessoas pensam (não você, Dieter) que fiz uma lista da qual sou completamente livre, ou da qual me acho completamente livre. A lista de vulgaridades da qual eu mesmo sou culpado talvez seja pequena, mas existe. Vejamos (estou quebrando a cabeça para me lembrar de algo): há um vídeo de Mariah Carey, e outro de Britney Spears, que nunca perco. Já gritei com um caminhoneiro na rua, que é a coisa mais vulgar que poderia ter feito. Que mais? Há momentos em que eu gosto de Charles Aznavour (Santos Deuses!), e outros em que eu canto "Cucurucucu Paloma", para a exasperação do meu irmão. Pronto! Disse! Satisfeito? Volte sempre, Dieter.
[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]
por
Alexandre Soares
6/11/2002 às
12h42
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aplausos, sempre aplausos...
Alexandre, Alexandre, apontar suas contradições faz de mim um incapacitado? Por favor. Notei em outros textos que você não lida bem com as críticas, por menor que sejam. No comentário #3 eu notei a ironia de você incluir na lista de vulgaridades um recurso que você mesmo tinha usado num texto anterior, a saber, a adjetivação de nome de autor. Citei como exemplo o seu "burguês flaubertiano", que apareceu num texto bem recente até. Se você não vê a ironia nisso, está se levando a sério demais.
Se você está imune aos vulgarismos do seu texto, não seria melhor mencionar isso no próprio texto? Mas uma afronta ao bom senso desse gabarito? É melhor deixar escondidinha nos comentários... Como já foi mencionado por outros leitores, o grande problema do Digestivo Cultural é não lidar com as críticas, e tratar todos os leitores divergentes como idiotas. Talvez um dia vocês consigam somente elogios para seus textos... é esse o objetivo?
[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]
por
Dieter
6/11/2002 às
11h23
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E Martinha disse: meu Marido!!
Esposa é pavoroso, concordo, mas "minha mulher" é o fim da picada. Martinha disse: Favre é meu marido, marido, marido!!! Que falaríamos caso fossemos o Favre: Martinha é minha mulher, mulher, mulher!!!
Admitamos que não temos alternativa.
O fato é que esta lista é interminavelmente inútil e vulgar.
[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]
por
José Maria
6/11/2002 às
10h39
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a velha ordem estabelecida
[A votação de Luiz Inácio Lula da Silva] mantém sua alma rural, primeva, milenarista e tradicionalista. O Brasil que entregou ao retirante fugido da miséria do sertão o comando de uma das 12 maiores economias do mundo não é revolucionário: exige mudanças, mas não a ruptura com a velha ordem estabelecida.
Ao contrário do voto petista, de esquerda, o sufrágio lulista tem seu núcleo central em clãs culturalmente habituados a destinar sua prole ao clero ou ao serviço público. Em torno desse núcleo giraram os interesses da burguesia dependente dos favores do Estado, de um lado, e as carências do lúmpen desassistido, na face oposta. Não se trata de uma ruptura, mas de uma seqüência histórica natural: essa aliança foi forjada há 72 anos por Getúlio Vargas.
A diferença básica entre o ex-sindicalista, que antes criticava duramente o getulismo, e o "pai dos pobres" é que este era um positivista com tinturas anticlericais e o futuro presidente atou laços difíceis de desatar com a mais longeva e monolítica máquina política brasileira, a Igreja Católica.
Agora, o messianismo - idéia fundadora do cristianismo - ressurge numa forma de sebastianismo em que o mito arcaico e arraigado no imaginário luso-brasileiro da volta do rei português dom Sebastião para vingar a cristandade da humilhação foi incorporado pelo marketing político. [...] A avidez do cidadão comum em tocar o presidente eleito lembra a legitimidade que dava aos reis taumaturgos do Medievo o alarde de seus prodígios.
Para Lula e o PT será imenso o desafio de utilizarem os benefícios dessa unanimidade quase canônica que o Brasil profundo lhes lega para promover a união nacional, sem a qual a estabilidade da moeda e da democracia poderá desabar - e logo. Sendo certo que não obrarão milagres.
José Nêumanne, hoje, em "A revanche do Brasil profundo"
[Sobre "Lula: sem condições nenhuma*"]
por
Julio
6/11/2002 às
09h29
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Lista de Nabokov
Viram? Não é divertido? Essa lista nunca acaba - e concordo com a maior parte dos horríveis exemplos listados por vocês. Aos curiosos, eis uma lista feita por Vladimir Nabokov numa entrevista para a Vogue: "...nightclubs, iates, circos, shows pornográficos, os olhos cheios de sentimento de homens nus com montes de pêlos de Chê Guevara em vários lugares...". Obrigado a todos pelos elogios, pelo aumento da lista, ou pela simples leitura e presença. Quanto à sugestão do Haroldo, ele tem provavelmente razão, mas me deu preguiça. Muito ocupado lendo o volume dois do "Mar de Histórias", da Nova Fronteira. Quanto ao Dieter - a única resposta é "eu posso, você não". Quanto ao José Maria, 1)"neoliberal" é uma palavra vulgar - basta dizer "liberal". 2)Releia o que escrevi sobre Elis Regina. A pressuposição de que é obrigatório gostar dela é que é vulgar - não ela (se bem que cada vez que a escuto cantar sobre a volta do irmão do Henfil, sinto um arrepio que não é bem de prazer estético).3)"Minha mulher" é a única forma aceitável. Quem diz "minha esposa" diz "toalete" no lugar de "banheiro". Abraços...Ah, a pergunta do Sidney: é por essas e outras que sou a favor de educar os filhos em casa - e só em casa. Agora sim, abraços - Alexandre Soares.
[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]
por
Alexandre Soares
6/11/2002 à
01h26
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Psicologia
A lúcida Isabel dá uma bela mostra de como a inteligência é capaz de descobrir os fatos objetivos, acima de quaisquer idiossincrasias. Explico meu obscurantismo: ao ler os últimos comentários, tive a mesma percepção. E tive até a vontade de escrever algumas palavras intituladas "Psicologia" para dar conta desse curioso fenômeno. Pois há gentes que aqui vêm, dizem que detestam os colunistas, encontram-lhes mil falhas (embora nunca as enuncie completamente, limitando-se aos insultos de sempre), declaram em voz alta sua intenção de nunca voltar, e -pasmo-, voltam! Eu, pobremente, que não já havia compreendido as razões para tamanho desgosto (uma vez que nunca as fundamentam), compreendo pouco o porquê de tanta exibição de razões pouco exploradas, e compreendo menos ainda a teimosia do retorno.
[Sobre "Lula Já É Um Coitado"]
por
Félix F.
5/11/2002 às
23h17
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Humor involuntário
Manifestações como a dessa moça Vanessa são, de longe, o melhor momento de humor involuntário deste site. Ela anuncia a intenção de "nunca mais" ler o Digestivo, mas logo depois deixa três mensagens no fórum (duas aqui e uma sob o texto do Julio Daio Borges); afirma não estar "revoltadíssima", mas alinhava uma série de insultos ao colunista ("intelectualzinho ridículo", "ego inflado", "pretensioso" etc.). Querida, talvez você devesse recorrer a um analista para tentar resolver suas contradições -e ir embora mesmo, porque como leitora e "comentarista" você não faz falta nenhuma. Deixe este site para os maiores de 18 anos e/ou os que possuem mais de dois neurônios. Abraços da Isabel.
[Sobre "Lula Já É Um Coitado"]
por
Isabel
5/11/2002 às
21h22
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Elites querem mudanças.
Vanessa Rosa,
não sei se lhe agradará,mas a mim agra-
dou,ler no IG(Internet Group) notícia de
que as elites brasileiras querem mudanças,incluindo-se o combate às desi
gualdades sociais, criticando o atual
governo em muitos aspectos e elogiando
em poucos outros.
A pesquisa foi feita pelo IDESP tendo como um dos coordenadores Bolívar
Lamounier. O melhor é ler no IG do dia
04.11 (ontem) em Notícias Gerais das
16:29:32 às 20:50:43
Tenho a impressão de que gente das
elites votaram no Lula.Acho que até FHC
não gostou do governo dele tanto é que
não de um apoio suficiente para Serra.
Agora, o que percebo neste site é que
muita gente está na contra-mão da histó
ria.
[Sobre "Lula Já É Um Coitado"]
por
Carmen Gomes Simioni
5/11/2002 às
15h18
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Que bom que você entendeu
Vanessa,
Minhas afirmações e conclusões são assumidamente aleatórias, gerais e superficiais. Eu me baseei simplesmente em observações pessoais, e não em uma sistemática coleta de dados. Não era para ser diferente, portanto - que bom que, gostando ou não, você entendeu. Quanto a anacrônico e reacionário, bem - talvez eu seja mesmo. Ou é por pura falta de criatividade que 90% das pessoas que discordam ou não gostam de um texto repetem esses adjetivos? Obrigado pelo comentário, abraços,
Eduardo
[Sobre "Uma verdade incômoda"]
por
Eduardo Carvalho
5/11/2002 às
14h14
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Bela apresentação
Parabéns ao Jardel pela apresentação da renomada poetisa de Vila Viçosa. A mim chamam a atenção dois aspectos (possivelmente contraditórios) de Florbela Espanca, a saber, por um lado, o respeito e o culto à beleza da vida, patentes em seus poemas, e, por outro, a negação à própria vida, com seu suicídio aos 36 anos de idade. Pensando bem, talvez mais do que poetisa essa notável portuguesa tenha sido uma filósofa... (eles às vezes enxergam com clareza o que a maioria de nós, quando muito, apenas consegue tenuemente vislumbrar).
[Sobre "Florbela Espanca, poeta"]
por
Toni
5/11/2002 às
13h30
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Julio Daio Borges
Editor
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