Sexta-feira,
15/11/2002
Comentários
Leitores
Polêmica
É incrível como o pensamento de McLuhan ainda causa polêmica. Isso é mais uma prova de sua importância. Se suas idéias não fossem importantes, as pessoas o esqueceriam. Não importa se concordamos ou discordamos de McLuhan, analisar o mundo atual sem falar nele. Aproveito para agradecer todos os que se manifestaram sobre o assunto, inclusive os que discordam de meu texto. Afinal, como diria Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra.
[Sobre "Megalópoles de informação"]
por
Gian Danton
15/11/2002 às
20h08
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Deliciosa crueldade de Francis
Quem sabe, quaquer dia desses, algum cervejólogo de pés inchados e bronzeados (metidos em sandálias pestilentas) resolva se inspirar em Madame Tussaud e fundar o "Museu de Cera Hugo Bidê"? Claro que haverá uma eficiente refrigeração, a fim de que não se derretam as estátuas de ipanemenses famosos (e do Baixo Leblon, claro!), todas feitas com cera dos ouvidos do pessoal de esquerda (coletadas e doadas nas praias, pois ninguém é de ferro). Não duvide, meu caro! Ah, que falta nos faz o Francis!Principalmente agora, nestes tempos da "Sagração do Populacho", onde tudo o que for autenticamente retrógrado, simplório e demagógico será louvado, e com mística reverência. Francis almoçaria, jantaria e defecaria esses imbecis. Foi ele, o Francis, o primeiro cronista que vi realizar impiedosos e deliciosos desmontes do "politicamente correto". Ele era cruel, sim, mas sua crueldade jamais foi vã. Ele mostrava que lixo é lixo, não adianta tentar disfarçar, dar banho de ouro, enfeitar com penachos de faisão. Lixo é lixo e o lugar de lixo é na lata de lixo! Viva Francis! Viva Mozart! A escuridão dará lugar à luz... basta ter paciência e manter a despensa sob controle. Alexandre, obrigado pela referência ao meu blog. Tentarei não decair, prometo! Abração!
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
Dennis
15/11/2002 às
16h06
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uma série incrível
Foi ou é, realmente, uma série incrível, quem não teve a oportunidade de assistir não saberá nunca do que tantas pessoas falam sobre este seriado. O que mais marca nesta série, é a ausência de efeitos especiais, e outros artifícios tão usados atualmente, deixando lugar a uma história que não poderia deixar de fazer tanto sucesso, a história da vida real, uma história em nos enxergamos, a simplicidade da produção, algo que dificilmente os "Enlatados" atuais conseguirão reproduzir, só nos resta a saudade e as recordações e a esperança de sempre podermos ver e algum dia mostrar para as próximas gerações um dos maiores exemplos do que a TV deveria trazer para as pessoas. Um Grande abraço a todos que assim como eu são fãs incondicionais dessa série.
[Sobre "Anos Incríveis"]
por
Junior
15/11/2002 às
15h46
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desculpem-me por ser tão chato
Ah, desculpem-me por ser tão chato. Mas, esqueci um pequeno detalhe. O Alexandre nunca poderia ser um trostkista da corrente de Frida Kahlo (ela mesmo abandonou o "e" de Frieda), porque a grande artista mexicana voltou ao PCM em 1948.
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
marcelo
15/11/2002 às
13h26
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Comentando o mundo e só
Alexandre,
Apesar de não achar muito correto postar comentários inter-colunistas, vou abrir uma exceção. Principalmente porque tenho uma resposta para sua dúvida.
Em primeiro lugar não acredito que vários dos "escritores e intelectuais" que pululam pela Internet possam ser considerados de direita. São mais "polemistas fáceis", que vivem da quantidade de comentários (agressivos ou bajuladores) que seus "ensaios" provocam. É mais um caso psicológico que político. É claro que eu também estou me reservando o direito de generalizar descabidamente, isso não pode ser somente um direito seu.
Segundo, eu passei um pouco do ponto. Estou nos meus 30 e poucos. Mas como ainda me lembro dos meus 20 e poucos (é evidente que essa questão geracional não tem a mínima importância, mas como você a trata como essencial, vamos estudá-la), posso dizer que a abundância de "bons escritores de direita", acontece por uma verdadeira e total incompetência da própria direita.
Vejamos, quando eu tinha 10 e poucos anos, estava participando ativamente da redemocratização deste país, quando tinha 20 e poucos anos construía em bairros e comunidades o Partido dos Trabalhadores, além de ajudar na retomada de sindicatos dos pelegos impostos pela ditadura. Mais no fim dos meus 20 e poucos anos, estava construindo um dos principais partidos de extrema-esquerda do mundo, o PSTU, escrevendo no seu jornal e dirigindo sua Secretaria Internacional.
Por outro lado, a direita, em toda a América Latina,foi sempre incapaz de construir qualquer movimento ou partido minimamente coerente, que tivesse coragem de apresentar suas propostas à sociedade de cara aberta, criando uma base social perene. Quando a direita aparece, precisa se travestir de populista ou partir para a violência pura e simples. Por isso, para a juventude "de direita" , só restam os blogs. Ficar comentando o mundo, sem qualquer repercussão concreta, é a isto que está condenada a juventude "de direita".
Quanto ao Paulo Francis, eu gostava de ler sua coluna bem no começo quando ele estava na Folha (será que essa geração de 20 e poucos sabia que ele já havia sido de esquerda e morreu debaixo de um retrato do Trotsky), mas depois que eu aprendi inglês e descobri a New Yorker, preferi ler os comentários no original.
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
marcelo
15/11/2002 às
12h51
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Vidiotas
Querida Cleusa: obrigado pelos parabéns. Também creio que seria saudável para os nossos pintores estudarem esses dois mestres, mas nossos artistas acreditam que a pintura já era; preferem novos meios, novas tecnologias, porque o novo passou a ser a obsessão de toda a sociedade. Infelizmente, os nossos contemporâneos já não são pintores, mas instaladores, vidioastas, alguns vidiotas. Parabéns pelo alto grau de suas leituras. AB
[Sobre "Matisse e Picasso, lado a lado"]
por
AlbertoBeuttenmüller
15/11/2002 às
09h37
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Cuidado com a ideologia !
Grande Alexandre: Seu texto coloca alguns pingos nos is, como recuperar a influência de Francis numa nova geração de intelectuais. Contudo, há um aspecto que discordo completamente: ao falar que esta geração é "de direita", você cai no erro terrível da ideologia - aliás, o mesmo erro da esquerda petista. A nova geração de intelectuais - influenciada ou não por Francis ou Olavo de Carvalho - não pode ser rotulada em hipótese nenhuma. Eles são, isto sim, indivíduos, que tentam pensar por conta própria numa nação que esqueceu o que é isso. Eu, pessoalmente, não sou "da direita" porque, na verdade, nunca exisitiu uma "direita". O único movimento ideológico que exisitiu foi o "da esquerda" - que inventou "o da direita" para domesticar os imbecis que pululam por aí. Assim, quando sou classificado como "da direita", você simplesmente não captou a verdadeira dedicação do meu trabalho e dos meus escritos. Não sou nem "da direita", nem "da esquerda", nem "do centro" - estou acima delas. Qualquer ideologia deforma a nossa percepção da realidade e é nosso dever, como a nova geração de intelectuais que ainda resisite à ascensão da lulidade, restaurar a experiência de uma abertura da alma às coisas que realmente importam, como a salvação da alma e a eternidade. No final da vida, Francis pensava a mesma coisa, mesmo sendo um cético dos diabos. E, por aqui, Olavo de Carvalho tenta fazer o mesmo - mesmo com meio mundo achando que ele é uma variação do mccarthismo (não é porque McCarthy era um tremendo incompetente). Perdemos a noção dos assuntos que importam - e é nosso dever recuperá-los para que essa droga chamada Brasil tenha algum futuro. Abraços, Martim. P.S. Escrevi sobre este perigo de cair na vala da ideologia no meu ensaio "A Geração Corrompida", publicado no jornal "O Indivíduo" (www.oindividuo.com).
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
Martim Vasques
15/11/2002 às
08h20
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Compreensão
Veja só: a mulher lavar cuecas é um fato, seja esposa ou empregada doméstica. Não é justo, não parece moderno, mas é fato. Supor o que ocorre na minha casa é agressão gratuita. Não faltam fontes de informação para o que afirmo. Responda um comentário de cada vez.
[Sobre "Ideologia retrô"]
por
Fabio Polonio
15/11/2002 às
03h39
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olá vejam que legal...
http://twybook.cjb.net/
[Sobre "Anos Incríveis"]
por
beautifulsunshine
15/11/2002 às
03h45
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A aldeia global
Assim como McLuhan, parece que o Sr. Danton é mesmo desprovido de uma estrutura de pensamento político atento a um mundo que ele tenta codificar. Incrível mesmo é que nos dias de hoje ainda encontramos quem se atenha a analisar essa malcheirosa montanha de detrito subfilosófico e subteórico que resultaram em conclusões equivocadas. A "aldeia global" é um dos conceitos mais irrelevantes concebidos porque falho na dimensão social, vesgo na economia e reacionário politicamente. Nunca foi considerado pelos jornalistas de alguma seriedade ou pelos polemistas e pensadores de algum peso (procurem ver o que Dwight McDonald disse de McLuhan). Na sua confusa e descomprometida visão de mundo, o Sr. Danton padece do equívoco básico de McLuhan: não ter ideologia alguma nem ter um sistema confiável pelo qual possa analisar as transformações. Na falta de um pensamento político consistente, basta as idéias de Edgar Morin para explicar o mundo. Que pena...Talvez isso explique por que tanta curiosidade em identificar o "muito, muito mais" do generoso alerta de Pablo.
Aproveitando a referência ao advento da imprensa móvel, bom observar um slide francês da década de 70 que mostrava Gutemberg no ato de dirigir uma vigorosa banana ao professor de literaruta inglesa tranformado em pseudocodificador e pensador da chamada era eletrônica. A melhor resposta que poderia ter sido dada. Aos dois.
[Sobre "Megalópoles de informação"]
por
Giba San
15/11/2002 à
01h42
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Julio Daio Borges
Editor
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