Segunda-feira,
18/11/2002
Comentários
Leitores
Assim é a direita
Caro Rafael, faça as contas. Em 1982, eu tinha 15 anos (daí veio a brincadeira dos "10 e poucos anos" que você não compreendeu) foi a primeira eleição livre desde o começo da década de 60. Eu participei dela distribuindo santinhos e fazendo boca de urna, apesar das ameaças de repressão. Em 1984, com 17 anos, estava na praça da Sé exigindo diretas-já. Você devia ser muito criancinha para participar dessas coisas. E, mesmo agora, é incapaz de entendê-las. Quanto a suas ameaças contra o Irã, só provam o funcionamento da direita, quando acabam os argumentos, parte-se para a violência. Sempre foi assim e sempre será.
[Sobre "Filhos de Francis"]
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marcelo
18/11/2002 às
10h50
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Daumier e Buonaroti
Já li todos os seus artigos e achei especialmente maravilhoso este que você publicou sobre Daumier, pela aproximação que você faz com Michelangelo, um diálogo que prontamente evidencia as relações citadas em seus texto, ao meu ver, com a Batalha dos Centauros. Neste uma convulsão de corpos em luta travada e inarredável, aqui, em Daumier, um heroísmo tácito porque expresso por um povo ao se retirar de uma situação política opressora. Acho apaixonante a forma como você narra os diálogos entre as obras de arte e em especial destes dois gicantes da arte Européia.
[Sobre "Um Daumier no MASP"]
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Dalila Doring Sousa
18/11/2002 às
09h28
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Raposa no galinheiro
Sabe, Julio, até que você faz um blog divertido. De vez em quando, se quebra a monótona seqüência de citações e congratulações mútuas entre os direitistas e aparece algum debate de verdade. Pelo menos entre os colunistas, não aconteceram ainda – até agora - as insinuações quanto ao que este esquerdista está fazendo no horário de trabalho, ou os insultos e ameaças ao discordante. Bem, já houve uma ameaça de soco por um rapaz que vestiu a carapuça de invertido. Quando quem não é do clube intervém, as coisas não são tão amenas. Enfim, mesquinharias típicas de direita, de uma gente que nega ser dessa posição política mas que se alvoroça histérica com qualquer crítica à mesma. Que cultiva ídolos e cita submissa suas frases de efeito. Que tem uma cultura de frases soltas, citando ditos isolados de Francis sem conhecer sua trajetória política e intelectual. Que considera Nelson Rodrigues apenas como um anti-esquerdista, ignorando o seu anticonservadorismo. Que se deleita com a última leitura indicada pelo guru e se faz de superior porque os outros supostamente a ignoram. Que repete com submissão as palavras daquele boneco de corda que você puxa e ele repete “Fórum São Paulo, Fórum São Paulo, Fórum São Paulo...”. Enfim: deve ser mesmo um complô do esquerdismo internacional para mostrar de uma vez por todas que na direita não tem gente que pensa de forma autônoma. Pelo menos nos blogs de direita, isso é artigo raro. E parabéns ao Marcelo por afrontar o Pensamento (quase) Único do Digestivo.
[Sobre "Filhos de Francis"]
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Helion
18/11/2002 às
09h02
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Marionetes - somos todos nós?
A insatisfação é geral, em decorrência do apelo do Mundo Material. A indústria, porque é indústria, é poluente e degenera. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, e a verdade última transcede, pois: you can't win...
[Sobre "Marionetes"]
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Alper Tadeu
18/11/2002 às
08h54
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(I've had)the time of my life
O filme foi muito show, desde a primeira vez que o vi, ele me encantou.
Minha mãe sempre falava desse filme e eu ficava me perguntando, que tal filme é esse?
Um dia o filme passou na TV e realmente vin que o filme era esplendoroso, fiquei boba.Se pudesse assistiria o filme todos os dias, cara é muito massa.
Vale a pena assistir.
[Sobre "Dirty Dancing - Ritmo Quente"]
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Bianca
17/11/2002 às
04h57
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mais esquerdices
Isso mesmo Marcelo! Você está certo, nós "direitistas", somos canalhas, crápulas insensíveis que só pensamos no dinheiro, e em lucrar em cima dos pobres e de suas criancinhas famintas, enquanto vocês esquerdistas são a mais pura encarnação da bondade humana, sempre empenhados em resolver os problemas alheios e trazer felicidade aos outros seres que habitam a Terra. Vocês conhecem com invejável precisão a história do mundo, proferindo sempre opiniões exatas e precisas sobre história, política, economia, e dando julgamentos definitivos sobre tudo e todos, enquanto eu tenho essas minhas opiniões tão precipitadas, pusilânimes, recheadas de preconceito e frivolidade.
Já você, Marcelo, é um escritor de talento, wit, charme e humor refinados, que com sutis ironias destrói seus adversários, mestre de sua arte - afinal contribui para importantes publicações, como as revistas Geek e Hacker, enquanto eu, pobre de mim, tenho que me contentar apenas com meu mísero blog. Eu, que sou um membro dessa elite sanguinária, insensível, que despreza e pisa no povo, enquanto você é um paladino defensor de seus ideais, tal qual São Lula da Silva, padroeiro das esquerdas. Eu, coitado, tenho que me contentar apenas com fatos, argumentos, enquanto você tem refinada argúcia e a mais fina ironia do seu lado, para me ridicularizar ao seu bel-prazer. Que resta a um capitalista hediondo como eu, diante de tão nobre alma?
Permita-me apenas perturbar sua tão nobre e elevada existência com uma pergunta tão insignificante quanto este seu humilde interlocutor - o que significam "10 e poucos anos"? E o que uma pessoa de "10 e poucos anos" pode fazer para contribuir para participar ativamente da redemocratização de um país? Distribuir as figurinhas que ganhou no bafo para os pobres? Combater os milicos com estilingue, montado num patinete?
Quanto aos ataques de um sujeito chamado "Irã", o que responder? Os pais dele fizeram um trabalho muito pior do que qualquer ofensa, xingamento ou réplica que eu pudesse fazer, lhe dando um nome desses. Só me resta dizer uma coisa - estarei em São Paulo no mês de dezembro, e me ofereço para encontrá-lo pessoalmente e ver se ele me chama, na minha cara, de invertido, ou foi só um daqueles arroubos de "coragem virtual" tão típico dos geeks que pululam pela internet. Adoraria enfiar essa minha mão de invertido na sua fuça.
[Sobre "Filhos de Francis"]
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Rafael Azevedo
18/11/2002 às
04h53
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Obrigado Olavo e Cia.
Reparo já faz um bom tempo - eu diria de 2 a 3 anos - que um a um, fui descobrindo através das leituras diárias todos os aqui citados por este excelente colunista. Agradeço sempre aquele bendito dia que tive o prazer de ler a entrevista com o grande Olavo de Carvalho. O resto vocês todos já podem imaginar... Descobri: Janer Cristaldo, J.O. de Meira Penna, o brilhante e espirituoso Martim Vasques da Cunha, Mario Ferreira dos Santos, Rene Girard, Dennis Rosenfield, Maria Victor Barbosa, o Cristão Nivaldo Cordeiro, Sandro Guidalli, Diogo Chiuso, Alexandre Soares Silva, julio Lemos, a inteligente e gentil Inês de Carvalho -não nos abandone com o seu blog - e tantos outros que dispensam comentários - desculpe não ter citado todos. Gosto da pluralidade de idéias e primo pelo desenvolvimento do espírito acima de tudo. Esbarramos inevitávelmente com os assuntos mais banais - como a política direita/esquerda - mas acima disto existe a trancendência do homem através da humildade e determinação. Acredito que mais do que debater a direita ou esquerda tais pessoas mostraram-me - obrigado amigos - que somos capazes de pensarmos HONESTAMENTE e que o espírito só se eleva através do conhecimento - muitas vezes árduo e solitário. Portanto, independente das escolhas partidárias/ideológicas creio que todos aqui citados são estudiosos e devoradores de bons livros, o que é fundamental. Faço das palavras de Martim Vasques da Cunha as minhas: Ele faz o possível, e nós temos que fazer o possível também para que a unidade do espírito possa se manifestar. SÁBIAS PALAVRAS, pois no fim todos os caminhos nos levam a experimentar Deus. Como? Qual o caminho? Através da elevação do nosso espírito.
[Sobre "Filhos de Francis"]
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Sidney Vida
18/11/2002 à
00h43
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Pô (lêmica)! Rs...
Pelo amor dos meus filhinhos (que um dia hei de ter), realmente essa coluna é muito polêmica! Comentam o texto do Alexandre, então comentam os comentários dos outros, depois até comentam seus próprios comentários... Isso aqui é um paraíso! Começou com um conflito entre direita e esquerda, passou por uma comparação com A Revolta dos Dândis e chegou até ao caso Suzane Richthofen! Ufa... O que mais nos agüarda????
[Sobre "Filhos de Francis"]
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*Roberta*
17/11/2002 às
22h56
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Ufa!
Sabe, é graças ao Júlio que vou continuar leitor deste sítio. Ele não é intolerante! Além do mais, se eu deixar de ler, acho que o Alexandre terá me (con)vencido.
[Sobre "Filhos de Francis"]
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André Lima
17/11/2002 às
16h31
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por ter sido tão rude
Queria me desculpar por ter sido tão rude. Agora, depois do comentário do Irã, percebi que não tratei nenhum de vocês com o devido respeito, senhores. Parece uma Revolta dos Dândis. Pena que sem a sensibilidade e a genialidade de um Oscar Wilde.
Rafael, se você é de direita, é porque nasceu privilegiado e quer ter a liberdade de não ter nenhuma preocupação social, a liberdade de não se preocupar com os erros tremendos que sua elite cometeu, quer ter a liberdade de pagar salários baixíssimos, a liberdade de ser um explorador e coisas assim. Vocês são muito previsíveis em suas opiniões. Roberto Campos é um dos seus heróis? E como, então, não concluir que você apoiou a ditadura militar? Que acha Maluf uma boa pessoa? Que foi contra as eleições diretas? Que é um hipócrita já que xinga as estatais em seu blog, as mesmas que foram criadas durante o período em que Bob Fields foi Ministro? Criou o BNDE mas é contra a participação do governo? Ou seja, é liberal com forte intervenção do Estado? Bonito isso. Aliás, este é o mesmo tipo de liberalismo que existe nos EUA: nenhuma estatal mas uma forte presença do governo nas empresas. Ou vice-versa. Nunca existiu governo mais privatizado no mundo. São esses mesmos governos hipócritas que sustentam ditaduras fascínoras como a Pinochet, patrocinam golpes de elites senis que estão morrendo de medo de perder seus privilégios como na Venezuela (felizmente derrotados pelo povo - essa entidade horrível e fedida). Sim, foram os governos dos liberais EUA e da aristocrática Inglaterra que promoveram e sustentaram as ditaduras sangrentas da América do Sul. A tal ponto que na Guerra das Malvinas foram usadas quase que exclusivamente armas inglesas. E ainda por cima se esquece de toda a rede de proteção que existe em quase todos os países da Europa, algo que vai contra seu liberalismo fajuto. Mas, é claro, você não é dirigido por nenhuma ideologia. Nem seus ídolos. A única ideologia que os move é a do dinheiro, da exploração e do lucro. Mas, como já falei antes, seus ídolos eram inteligentes, vocês, nem tanto. Todos se venderam e mudaram de camisa de acordo com quem pagava mais. Bob Fields passou de criador de estatais para defensor das privatizações de acordo com o valor das consultorias que prestava. Privatizações, aliás, bancadas pelo dinheiro do BNDES, é claro. Francis passou da esquerda para a direita assim que viu as ofertas salariais dos periódicos. Já, para vocês, restam os blogs. Agora, bonito mesmo, é descobrir que o Rafael não só é capaz de fazer citações em inglês, mas até ser poético. "How low can you go?" é lindo. Um verdadeiro dândi.
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
marcelo
17/11/2002 às
12h18
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Julio Daio Borges
Editor
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