Terça-feira,
19/11/2002
Comentários
Leitores
O analista de Pelotas
Isso mesmo, "Irã". Meus parabéns. Você nos dissecou, psicologicamente e intelectualmente. Fomos desmascarados. Que será de nós, impiedosos nazistas? Teremos de viver pelas sombras, escondidos, envergonhados, neste mundo maravilhoso de esquerdistas bondosos e piedosos, gênios altruístas (que, de tão preocupados em fazer o bem para os outros esquecem-se que não passam de um amontoado de idéias alheias sustentadas por dinheiro alheio). Meu Deus, só agora percebi - tudo o que falo são frases soltas! Não tenho um programa de idéias! Vivo numa baderna mental! Nem mesmo ler Francis, que eu pensava ter feito, li! Que São Lula me proteja! Que me conceda um quinto do talento de Hiram, o arquiteto de Jerusalém, ou Helion, o professor do Bracarense, ou um décimo da capacidade de argumentação brilhante deles! Ah, partilhar do sarcasmo, da ironia, da habilidade que o senhor Dudeca tem com as palavras!
[Sobre "Filhos de Francis"]
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Rafael Azevedo
19/11/2002 às
21h27
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fingimentos e imitações
Enfim, Hélion, ao deixar tudo sem resposta, esses caras estão, tacitamente, aceitando que são trogloditas, sub-intelectualizados, "literatos" semi-alfabetizados, irresponsáveis, pré-iluministas, que escrevem sobre o que não entendem e que - o pior dos piores nessas alturas - sequer conhecem a obra do Francis. Não existe programa de idéias. Nem idéias. Só frases soltas, desconexas, citações sacadas a esmo e sem a menor necessidade. Na falta de talento e capacidade para formular análises estruturais, submergem num mundo de arremedos, de simulacros, paródias e caricaturas. E isso só pode ser entendido como um "programa" se tomarmos a palavra "programa" no mesmo sentido em que é utilizada por prostitutas. Ou seja, um conjunto de posições definidas ad hoc e cujo objetivo é um êxtase momentâneo e, quiçá, bem-remunerado.
[Sobre "Filhos de Francis"]
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irã dudeque
19/11/2002 às
20h46
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Programa de idéias?
Helion, você diz que "é bom que a direita se manifeste e demonstre ter um programa de idéias". Programa de idéias? Esses caras? Eles podiam estar citando intelectuais conservadores e requintadíssimos como o Raymond Aron, por exemplo, mas estão fazendo o que? Prometendo murros nos dentes, guilhotina, limpeza étnica, bomba nuclear em cada capital árabe, chutes entre as pernas, fechamento de tribunais, mão na fuça, fechamento das Universidades Públicas. Isso é um "programa de idéias"? Isso aí é uma baderna mental que mistura positivismo, impressionismo intelectual e esnobismo. E além do mais, são uns sujeitos muito esquisitos. Afirmou-se por aqui que os caras são trogloditas, sub-intelectualizados, "literatos" semi-alfabetizados, irresponsáveis, pré-iluministas, que escrevem sobre o que não entendem, que sequer leram o Francis, e eles se fixam no quê? No adjetivo invertido (adjetivo, aliás, que eu aprendi com o Francis, que o usava a torto e a direito).
[Sobre "Filhos de Francis"]
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irã dudeque
19/11/2002 às
20h01
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Correção...
Helion (sobre a m.50), o que eu quis dizer não é que a esquerda define o que é direita, eu quis dizer exatamente o contrário (desculpe se não consegui me expressar direito, nunca fui muito bom nisso), a esquerda primeiro define quem é de direita sem nunca definir o que é a direita, para poder, dependendo da situação, somar a ela características na maioria das vezes incompatíveis. Sendo assim, se a pessoa "assume" que é de direita, ela acaba tomando para si características que só passarão a fazer parte "da direita" no meio da discussão.
Eu particularmente não tenho medo de assumir, sou de direita, mas sei que sempre que entrar em uma discussão terei primeiro que discutir a definição de "direita", discussão essa que pode durar eternamente...
[Sobre "Filhos de Francis"]
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Giovani MacDonald
19/11/2002 às
13h59
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Torres-Garcia
Para aqueles que não conhecem Nino Patrono,ele é um artista uruguaio, discípulo de Torres-Garcia, o grande teórico e artista, que fez parte da comunidade parisiense da Circle e Carré, revista de arte e ensaios da primeira metade do século XX. Nino dá aulas de técnica de pintura na Escola Panamericana. Grande abraço.AB
[Sobre "Matisse e Picasso, lado a lado"]
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AlbertoBeuttenmüller
19/11/2002 às
12h26
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um país de preguiçosos
Acho que o Brasil é um país de preguiçosos e de pessoas que se comunicam muito mal. São Paulo uma cidade suja, poluída, descolorida e triste. Acho que a miséria e a pobeza do povo é consequência dessa preguiça à moda Macunaíma. Não me iludo mais com promessas de prefeitos, ou o quem quer que governe o país. Mas acho que essa repugnância que temos pelo povo brasileiro (classe A, B C ou menos) deve nos dar uma lição: Já que vivemos aqui e temos uma visão realista da "coisa" temos que, com pequenos gestos, mudar o rumo dessa história. Não concordo com o fato de ficarmos conformados e tristes de sabermos que "supostamente" a Argentina seja melhor do que o Brasil. Nenhum lugar é melhor do que o outro pelo simples fato de que ninguém é melhor do que ninguém. Lá na Argentina tem muito argentino detestando seu país. Mas a atitude deles é que faz a diferença. A vontade de brigar pelos direitos e de dizer não na hora certa e pagar pelas consequências de seus atos conscientemente. Bem, agora vocês vao me perguntar "quais pequenos gestos que fazem a diferença?" e eu respondo que só o fato de pararmos de jogar lixo nas ruas (por exemplo) já mudaria muita coisa.
Um abraço a todos os colunistas.
Denise
[Sobre "Uma verdade incômoda"]
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Denise Bacellar
19/11/2002 às
12h09
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Fuí cautivado nuevamente
Caro Alberto ,leí tu texto "Matisse y Picasso lado a lado". Ya conocía la historia .Pero lo que importa siempre en las historias , es la manera como está contada .Fuí cautivado nuevamente por tu narración . Cuando era niño , pedía a mis padres que repitiesen los cuentos, No era otra la intención que la de resuscitar a los personajes y comprobar en definitiva el estilo y la creatividad del narrador .La forma de narrar puede y debe llevarnos , a la esencia de la historia en cuestión .Esto ocurre con tu exelente texto. Muchas gracias ,un gran abrazo NINO
[Sobre "Matisse e Picasso, lado a lado"]
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Nino Patrone
19/11/2002 às
11h35
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individualidade
Mais uma observação sobre o comentário do Giovanni: também acho que num fórum de discussões todos temos a ganhar com cada colunista exercendo, no limite do possível, a sua individualidade, sem partir e nem chegar numa rotulação de esquerda ou de direita. Não vamos mudar o mundo aqui nessas páginas. Aliás, comecei a ler o Digestivo exatamente buscando esse tipo de texto, de impressões individuais sobre cultura e comportamento. Porém, se você observar a maior parte das colunas que provocaram polêmica, verá que foi justamente porque o articulista iniciou um ataque aos “esquerdistas”, seguiram-se críticas, e aí um grupo (cuja composição não foge muito da lista fornecida pelo Alexandre) passou a elogiar e defender o coleguinha criticado, muitas vezes com bastante agressividade. Então, acho que a definição inicial do Alexandre está correta, quando estabelece uma “identidade” para a direita política aqui no Digestivo e nos outros blogs: todos eles têm determinados mentores, ídolos ou inspiradores, todos eles agem com espírito de grupo, se citando e elogiando mutuamente, todos eles agem em bloco contra qualquer crítica a um dos membros. Uma manifestação de insegurança, talvez. De qualquer maneira, é bom que a direita se manifeste e demonstre ter um programa de idéias, raridade no Brasil. A única coisa esquizofrênica nessa história é o fato do Julio Borges afirmar que não pretende ter um blog ideologicamente fechado – e argumentar que há outras posições – mas os direitistas considerarem o blog como “coisa sua”, e tratarem os esquerdistas como intrusos.
[Sobre "Filhos de Francis"]
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Helion
19/11/2002 às
10h20
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Isso (vide acima) é a direita
Giovanni (m. 48), no fórum em que agora debatemos não é verdade que os esquerdistas tenham definido de início o que é a direita. Volte ao topo e você verá que foi o Alexandre quem estabeleceu quem é de direita e que apenas esses são talentosos e inteligentes. Ao longo do debate aqui no fórum, a direita se auto-definiu por duas de suas características: 1, envergonhar-se do que é; 2, argumentar de forma truculenta exibindo preconceito. Em tese, ser liberal não implica necessariamente nisso. Mas, na prática, os liberais uniram-se e unem-se à direita mais rasteira. Como o grande objetivo é “derrotar a esquerda”, tampam o nariz e vão fundo. Nesse fórum, quem pretende usar argumentos – como você, me parece - precisa tolerar a companhia e a adesão de gente encarregada de fazer o “trabalho sujo”. Acho que esta situação define quase que perfeitamente o dilema dos liberais. Algo como abominar a violência física mas ter ao lado um pit-bull solto.
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
Helion
19/11/2002 às
10h17
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o que é "direita"?
Um dos assuntos que mais apareceu nos comentários foi à discussão direita/esquerda, os direitistas sempre saem em desvantagem nessa discussão, já que quem decide o que é o que são sempre os esquerdistas. O ideal seria que no começo da discussão fosse definido o que é direita, já que esquerda já tem seu significado bem conhecido, ou pelo menos nunca vi ninguém discordar da definição de esquerda...
Se direita é sinônimo de liberalismo, que seja dito logo, já que depois de dito isso não se pode mais falar em "ditaduras de direita", pois uma ditadura nunca poderia ser liberal. E ainda seria praticamente impossível apontar algum governo atual "de direita"...
Se direita é alguma outra coisa que não liberal, então que se defina exatamente o que é essa coisa, para que depois o "direitista" possa verificar se essa definição está de acordo com o que ele "é".
A maior vantagem dos esquerdistas está exatamente em não definir quem é quem no começo, e depois ele lista varias coisas do seu lado, e outras no "lado oposto", e assim ele consegue relacionar coisas que sem essa listagem inicial não fariam sentido - como ditadura e liberalismo.
Alguns comentários criticaram a atitude de "não assumir o que realmente é", particularmente acho que essa atitude é a mais correta possível: "eu sou o que sou e se quiser inventar um nome para o que sou coloque o meu nome".
Eu me considero direitista, apenas por estar do lado oposto da esquerda, acredito no indivíduo, e acho que todos são diferentes entre si e sendo assim qualquer discurso coletivista e "igualitário" perde o sentido, também acho que a única coisa que difere o ser humano dos animais "irracionais" (não que todos seres humanos sejam racionais) é exatamente a sua individualidade.
Sou liberal? Acredito que sim, ainda tenho muito o que estudar sobre o assunto, mas se tem uma coisa que com certeza vou demorar para encontrar é um significado ruim para a palavra "liberdade".
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
Giovani MacDonald
19/11/2002 à
00h53
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Julio Daio Borges
Editor
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