Quinta-feira,
21/11/2002
Comentários
Leitores
Interessante texto
Interessante texto. Mas se Matisse não criou algo tão inovador quanto o cubismo, me parece que foi mais honesto ao longo da carreira, enquanto Picasso montou uma linha de produção e fez muitas coisas descartáveis.
[Sobre "Matisse e Picasso, lado a lado"]
por
Ana Couto
21/11/2002 às
22h46
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SOC, POW, PUFT...
Esses comentários estão me lembrando um daqueles filmes do "Batman"... Alexandre, eu te disse que preferia nem me "meter" nessa confusão generalizada que viraram os comentários do seu texto, mas não deu... Crianças, pra quê tanto ódio em seus coraçõezinhos?! E Alê... Me esclareça novamente: Sobre o quê é exatamente esse texto mesmo? Sobre política? Sobre a Língüa Portuguesa? Sobre o caso Suzane? ... Julgando pelos comentários, parece que é sobre tudo, menos Blogs! Parabéns, parece que gerar polêmica é o seu forte! Grande "smack" para você.
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
*Roberta*
21/11/2002 às
18h11
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errata
Ok, escrevi equuos em vez de equus. Meu latim e meu português andam péssimos. Mas diabos, no paraíso só falamos em francês!
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
F. A. Hayek
21/11/2002 às
10h42
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equuos asinus
Como sou austríaco, ainda não domino suficientemente bem o português e me atrapalho com as crases. Mas reconheço um jumento pelo seu relincho e não tenho dúvidas de que o Helião é da ordem dos perissodáctilos - opinião, aliás, compartilhada por Paulo Francis. Ontem mesmo jantei com ele - com o Paulo Francis, não com o Equuos asinus - e ele comentou: "E eu lá me preocupo com crases! Me preocupo com idéias, e se você, meu bom Hayek, tem crases demais, o Helião tem idéias de menos". Disse que gostaria de fazer como o McLuhan naquele filme do Woody Allen: surgir do nada para dizer que o Helião não entende patavinas da obra dele e que o Alexandre e o Rafael estão corretos. Mas nesta semana Mozart está promovendo uma série de concertos em homenagem a Haydn e Paulo Francis não poderá descer ao mundo dos que se consideram, talvez ironicamente, vivos.
Lamento que Equuos asinus, Irã dã e Marcelo Brabão se recusem a discutir idéias, preferindo insultos e acusações. Cá estou, disposto a abandonar por alguns minutos o paraíso e discutir socialismo e liberalismo com estes nobres "companheiros" (discussão já abandonada nos lugares civilizados, mas enfim, o Brasil está sempre atrasado).
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
F. A. Hayek
21/11/2002 às
10h04
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maioria de esquerda?
Alexandre, já que a concórdia e os bons sentimentos prometem se instalar, aproveito para responder ao Felipe (m. 56) que jamais sugeri a saída de ninguém daqui, como ele verá caso leia minha mensagem com atenção e um mínimo de acuidade. Ao contrário da afirmação dele, também não pedi a sua cabeça (o que seria de péssimo gosto). Inclusive acho que as suas mensagens estão, pelo humor, quilômetros além de certos ataques pessoais aqui ocorridos. Também acho que você observou, em seu artigo, as filiações dos direitistas de uma forma que nenhum deles ousara até agora. Discordo da sua valoração de direita e esquerda, mas te aplaudo pela coragem. Sim: a sua contabilidade de uma maioria de posts por esquerdistas furiosos está capenga: contei no máximo 29 mensagens que poderiam ser enquadradas na esquerda. E conheço o blog do Rafael Lima, sim. Como conheço muitos outros. Mas não os organizo nas minhas preferências como “direita” ou “esquerda”. Aliás, ao contrário do que foi afirmado, a polêmica ideológica entre essas duas tendências quase nunca tem sido iniciada, no Digestivo, pela esquerda. Basta ler e comprovar.
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
Helion
21/11/2002 às
06h56
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Programa de Vida
Sou fã incondicional do seriado, mas fico feliz em saber que não é privilégio meu, e sim de todos os que o assistiram. Mesmo com a diferença de cultura existente entre nós e os americanos. Compreendemos que o jovem é jovem em qualquer lugar. Não entendeo o porque da Bandeirantes colocar tanta besteira no ar e tirar o nosso "Anos Incíveis", logo esse que tantas alegrias nos trouxe, lamentável! Aos que gravaram todos os capítulos(ou quase todos), coloquem num cd e vendam para os amigos, e ainda dá pra ganhar uma graninha... Um abraços a todos...
[Sobre "Anos Incríveis"]
por
Jorge Nei
21/11/2002 às
02h58
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Passada a tempestade...
Bom, mas é impossível não ter amigos petistas. Pelo simples fato de que hoje todo mundo é petista. Todo mundo. Saia na rua, jogue um tijolo ao longe, e certamente atingirá alguém com uma estrela vermelha na lapela. Sei disso porque vivo repetindo essa experiência, é divertido. Só uma vez atingi alguém que tinha votado no Serra e, juro, pedi desculpas. É claro que eu tenho amigos petistas! São inteligentes, sim. Mas a esquerda, mesmo quando é inteligente, é inteligente de uma maneira burra. Esse é o problema... Por exemplo: passada a tempestade que foi este fórum - limpo o sangue, arrumadas as cadeiras - depois de quase setenta comentários, na maioria de gente de esquerda, furiosos, xingando, tremendo, justificando os crimes de Stálin, ou simplesmente rindo com um sinistro som de pato (mens. 21) - constato, um tanto embaraçado, que ninguém me citou um único blog bom de esquerda. Nenhum. E esse era o assunto central do texto. Todos aceitaram a minha afirmação exagerada de que não há blogs bons de esquerda. Até o Marcelo aceitou isso e simplesmente tentou explicar o motivo. Todos aceitaram isso como verdade indiscutível. Aceitaram com exagerada passividade, até. Pedi que me citassem um bom blog de esquerda, e todos desconversaram, falaram de Hitler, de invertidos, da NAFTA, e até do crime da Suzane Richthofen - mas ninguém respondeu ao meu desafio. Ora, já que ninguém fez isso, faço eu: há pelo menos este blog de esquerda, que é bom. Não é vergonhoso que vocês dependam da minha generosidade em apontar esse blog? Por que motivo vocês aceitaram tão rapidamente que não há blogs bons de esquerda? Vocês não lêem esses blogs, porque mal sabem ligar um computador -ou sabem, bem lá no fundo - até por experiência em fóruns do Digestivo - que quase todo mundo que escreve bem é anti-Lula? E qual seria o motivo disso? O Marcelo (mens. 5) parece querer dizer que há bons escritores "de direita" porque eles não conseguiram fundar um partido, nem se elegeram deputados federais. Pelo menos foi isso que eu entendi. Mas acho mais fácil acreditar que a esquerda é burra. Abraços a todos (mais uma vez, menos ao Irã Dudeque), Alexandre Soares.
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
Alexandre Soares
21/11/2002 às
02h34
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El bigodón
Alexandre, lamento que eu esteja a povoar seus pesadelos, bigodudo e de capa preta. Prometo melhorar. Mas, enfim, estamos voltando ao tema do seu artigo. As diversas opiniões do Francis sobre Roberto Campos existiram, não podem ser renegadas. Ele mudou de opinião sobre o economista porque era mesmo alguém com abertura para tal. Não defendo qual o “verdadeiro” ou o “falso” Francis. Digo apenas que quem tem opinião servil sobre um determinado autor jamais poderá fazer uma autocrítica honesta. E o Francis não era um cara servil: admirava Trotsky como crítico, não como guru. Depois passou a admirar os liberais. Também não era intolerante: gostava de provocar sobre os “petelhos” mas tinha amigos nessa condição. Se achasse mesmo que não tomavam banho não conviveria com eles de jeito nenhum. A sugestão para ler a autobiografia do Francis - na qual ele já critica a esquerda - é justamente uma sugestão para se fugir das frases isoladas. E enfim: ainda bem que um pouco de humor aparece numa discussão tão marcada por simplismos e xingamentos.
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
Helion
21/11/2002 às
02h29
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Auf Wiedersehen!
Digestivo Cultural, Auf Wiedersehen!
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
Dennis
21/11/2002 à
00h56
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Um pesadelo
Tenho a impressão que o Helion (que visualizo um pouco como um bandido de filme mudo, com bigodes de guidão e uma capa preta) gostaria muito se pudesse desenterrar Paulo Francis para girar os seus ossos neste fórum, nos nocauteando aos gritos de "Eis aqui o herói de vocês! Vocês não chegam aos pés dele!" Depois, exausto, se sentaria abraçado aos ossos, chorando e dizendo que amava Francis, e que "ninguém mais o compreende. Ninguém, Francis, ninguém!". Depois de um minuto, me recobro, verifico que não estou sangrando, e vou até ele. Digo ao Helion: "Helion, devolva o corpo. Helion, não faça cena. Deixa disso, Helion. Lembra que ele achava que quem vota no Lula não toma banho. Que quem vota no Lula não absorveu as proteínas todas na infância". "Não! Não! Frases isoladas, fora de contexto! Nós nos amávamos! Nos amávamos!". As pessoas o cercam, fico embaraçado. "Helion", digo eu, "Helion, está bem, você tem razão. Mas larga os ossos. Larga." Helion seca as lágrimas, sorri - "É isso que você quer, não é? Ele odiava Roberto Campos! Ele te odiaria também, se soubesse quem você é!" "Helion, Helion, isso foi uma fase dele. Ele mudou, amadureceu, Helion. Ficou muito amigo de Roberto Campos, eles tinham longas conversas. Disse que Roberto Campos era o maior intelectual do Brasil". "Bobagens! Frases isoladas! Citações fora de contexto!". Antonio se aproxima, lento como um zumbi. "Eu convivi com Paulo Francis...", ele diz. Todos o ignoram. Finalmente, ante a aproximação dos autores das mensagens 19 e 44 (que também começam a gritar que amavam Francis, e que Francis, se voltasse à vida, seria amigo deles e não meu), suspiro, pego um jornal velho que guardei no bolso justamente para esse momento, e leio: "Adonias Filho, o romancista com quem trabalhei no Serviço Nacional de Teatro, dizia que era inacreditável que eu citasse Shakespeare e Eliot de cabeça, e gostasse, e fosse de esquerda. Ele tinha razão." Levanto a cabeça e digo, quase com pena: "Sabe quem disse isso, Helion?" Ele ri: "Frase isolada, cultura de almanaque..." Olho na direção dos outros esquerdistas e vejo que agora estão desenterrando Roberto Campos. Agora eles amam Roberto Campos. Roberto Campos ao menos era inteligente e culto, eu não chego aos pés de Roberto Campos...Ah, eles sempre gostaram de Roberto Campos, sempre...Claro que ele precisa ser entendido dentro de um contexto, não em frases isoladas...
[Sobre "Filhos de Francis"]
por
Alexandre Soares
21/11/2002 à
00h44
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Julio Daio Borges
Editor
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