Sábado,
7/12/2002
Comentários
Leitores
Relativismo cultural barato
Em primeiro lugar acho errado falar de pinturas que não são lá muito conhecidas sem colocar uma reprodução delas ou indicar um link para tal.
Em segundo é uma piada comparar um dos maiores artistas de todos os tempos com um pintor sem técnica, produto de uma forte campanha de marketing – sugiro a leitura do ensaio “Jack the dripper” de Affonso Romano de Sant`anna.
Destaco um trecho de seu texto abaixo que é um exemplo de uso excessivo de jargões intelectualóides – com a inefável menção à entropia, citada em 9 de cada 10 textos sobre arte contemporânea – que não dizem nada, e para quem trabalha com pintura e desenho deixa claro que o autor não tem prática em nenhuma das duas matérias:
“Porém, podemos descobrir evidências esmagadoras de acidente e deslocamento, uma mal contida representação de uma potencialidade caótica, de impulsos anárquicos para uma dissolução e uma desordem que se espalham implicitamente no espaço infinito além da borda da tela. Em qualquer direção, estamos contemplando não tanto uma representação de coisas na natureza, quanto uma representação do fenômeno da própria natureza. A disposição da tinta pela superfície foi determinada por suas energias, tornando-se ela própria uma imagem do paradoxo inelutável da natureza - sua proliferação irreprimível de formas e ritmos diferenciados e sua resistível tendência à entropia.”
E por último, ao se falar de um navio, não se deve dizer população, (“O objetivo desta tempestade é naufragar um navio e levar sua população à ilha onde habitam Próspero e sua filha. Para tanto, Próspero mobiliza as terríveis forças da natureza e alcança seu objetivo.”)o mais adequado é tripulação.
[Sobre "O último Shakespeare"]
por
Ana Couto
7/12/2002 às
03h37
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o horóscopo de alexandre
Seu texto é realmente interessante, lembra aquelas colunas de horóscopo de jornais - sabe tudo, prevê tudo, certeza absoluta sobre tudo... voce deveria estar ensiando na sorbonne, amigo.
carlo
[Sobre "Polêmicas"]
por
carlo giulio
6/12/2002 às
21h24
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Seus inteligentes textos
Prezado Julio,
Seus inteligentes textos espicaçam nossa memória. Permita-me, por favor, algumas linhas aos leitores.
Gostaria de recomendar a estes o simpático "ABC da Literatura", de Bertrand Russel. Esse "opúsculo" nos faz desdobrar em esforços de imaginação para visualizarmos o Universo depois de Einstein.
A biografia de James Joyce por Richard Elmann também retrata um gênio, porém não da ciência, mas da literatura, e mais especificamente da prosa. O autor reúne fatos que nos mostram como um mendigo alcoólatra de mente medieval pôde fazer pelas letras aquilo que o gênio de Einstein fez pela física.
Para os que gostam do gênero, há ainda o espantoso relato biográfico do "escolástico" marxista Louis Althusser, "O Futuro Dura Muito Tempo".
E como dura...
[Sobre "Einstein e os indícios do gênio"]
por
Diogo
6/12/2002 às
13h17
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Filtro de bobagens
Alexandre,
Lembrando Woody Allen que certa vez disse: "Todos nós somos ignorantes, apenas em assuntos diferentes", entendo que articulistas de seu nível realmente não tem de obrigatoriamente ler/responder todo tipo de resposta/comentario sobre os seus artigos. Assim, sugiriria a existencia de um "filtro" realizado pelo proprio site, onde intervencoes menores nem seriam consideradas. Nao se trata de censura, mas controle de qualidade. Abs e parabens.
[Sobre "Polêmicas"]
por
Bernardo Carvalho
6/12/2002 às
11h40
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Saudações wittgensteinianas
Diogo, gostei da expressão "éter das almas". Sempre lembro, guardo e até confesso: algum dia, hei de usá-la. Escrever sobre Wittgenstein foi muito importante para mim - tentei registrar a forte impressão que a sua biografia me causou. Oxalá, eu consiga transmitir uma parcela dela aos Leitores! Forte abraço, Julio
[Sobre "Wittgenstein, o fazedor de símiles"]
por
Julio Daio Borges
6/12/2002 às
11h40
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Aos artistas que Comentaram
Obrigado, muito obrigado, Eduardo (#1), Martim (#2), Vanessa (#3), Fernanda (#4), Héber (#5), Pedro (#6), Vilela (#7), Julia (#8), Nelson (#9), Luiza (#10), João (#11) e Carlo (#12). Quando escrevi esse texto, não imaginava que fosse ser tão compreendido. Na verdade, há alguns reparos a fazer, mas só faço o principal: compus um "retrato" mais do que uma "crítica". Ou seja: para retratar, participo também desse universo e diria que, de certa forma, até o compreendo. Ainda que decepcione muitos de vocês. Um abraço especial, Julio
[Sobre "Retrato do jovem quando artista no século XXI"]
por
Julio Daio Borges
6/12/2002 às
11h34
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Ainda a pirataria
Alberto (#1): de fato, é uma questão de consciência. Por mais que se inventem sistemas, há sempre uma maneira de burlá-los. Haroldo (#2): não acho que o problema seja esse. Em outras profissões, idéias também são remuneradas. Vide a explosão das "consultorias", no reino da administração de empresas. De qualquer jeito, obrigado e abraços ao dois, Julio
[Sobre "A pirataria, a numeração e o mercado da música"]
por
Julio Daio Borges
6/12/2002 às
11h14
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Abraço virtual
Helion (#1), como eu e você sabemos temos muito o que aprender com as relações via internet, que ainda estão nos primórdios. Alice (#2), é um privilégio ter voce - a autora! - aqui. Ainda mais por indicação do Ruy Castro. Respeito os seus pontos de vista e entendo-os melhor hoje. Camaleoa (#3), é interesante como a internet às vezes frusta de verdade. E interessante também como as pessoas se afastam fazendo o sinal da cruz. Talvez devêssemos estudar também esse comportamento. Advocata (#4), você tocou no cerne da questão: as mulheres são as maiores vítimas e vão continuar sendo por algum tempo. Como disse a Alice, e eu digo sempre: a internet tem muito o que amadurecer. Obrigado pela companhia de todos, um abraço virtual, Julio
[Sobre "A internet e o amor virtual"]
por
Julio Daio Borges
6/12/2002 às
11h01
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Ajustando a saia
Bernardo (#1), a desculpa é sempre essa. Precisamos formar um público, nivelando-o por cima. Não o contrário. Suely (#2), é verdade que intelectual não sabe aparecer em televisão. Mas precisa aprender. Luciana (#3), concordo com você e vou além: os homens, no vídeo, precisam se soltar, como as mulheres. Graziella (#4), a saída para a tevê é um misto de leveza e seriedade - a fórmula do Saia Justa. Yara (#5), infelizmente a televisão é efêmera e podemos estar discutindo sobre um programa que já acabou. Abraços gerais e obrigado pelo elogios, Julio
[Sobre "Do Manhattan Connection ao Saia Justa"]
por
Julio Daio Borges
6/12/2002 às
10h54
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Antes tarde do que nunca
Antes tarde do que nunca: Evandro (#1), a internet não decola pela falta de competência jornalística, mas pela falta de patrocínio e de empresas que acreditem ($). Maria (#2), os jornalistas são administradores incompetentes sim, e não é de hoje: a história das publicações no Brasil está aí para comprovar. E a pornografia light imperando sempre... Suely (#3), para que a imagem da internet mude, é preciso que se invista em projetos alternativos onde o conteúdo seja mais importante que a forma. Mauricio (#4), você fez o Comentário mais sóbrio até agora e eu não tenho nada a acrescentar. Nossas ambições são de primeiro mundo, mas nosso país, de terceiro ou quarto. Abraços a todos e muito obrigado, Julio
[Sobre "A internet e o fim do no."]
por
Julio Daio Borges
6/12/2002 às
10h45
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Julio Daio Borges
Editor
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