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Quarta-feira, 18/12/2002
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Tempestade em Copo D'água
Se na época de T.S. Eliot sentia-se como nunca que o homem havia perdido a grandeza, imagine nossa situação: se ser ególatra em nossos tempos é condição sine qua nom para se ser alguém! Nossa capacidade de compreender está na reserva: “não pode ouvir: porque quer falar”. ( Nietzsche ). Porque exaltar a fama póstuma na figura de apenas uma mulher indisciplinada, degenerada e acometida por rompantes de cio? É isso que a pode tornar digna de memória, sua sexualidade exacerbada? Se não, o que então? Mas O QUE ela produziu? Pessoas que querem viver o “glamour” são chatas, intrometidas e ansiosas. Mary McCarth, E. Wilson & Cia representam aquilo que Luckács chamou de o “carnaval do fetiche interior”. Também sintetizam muito do que há de tacanho e pequeno-burguês em termos de cultura, com a devida coloração da sobriedade pomposa característica do ambiente norte-americano. E. Wilson, atrás de seus ensaios românticos e dos relatos idiotas de suas experiências sexuais e “Mary”, a pop star “Madona” de sua época, não formam um lindo par de animais empalhados?

[Sobre "Mary McCarthy"]

por Diogo
18/12/2002 às
14h07

Errata
Prezado Julio, Gostaria de retificar o nome “ABC da Literatura” para “ABC da Relatividade”, este sim o “opúsculo” escrito por Bertrand Russel. Não obstante, o lapso não deixa de ser sugestivo, pois enquanto eu escrevia, pensava em Literatura, mais especificamente em Joyce, que por sua vez foi bastante ajudado por Ezra Pound, este sim autor do “ABC da Literatura” — livro que deveria ser pendurado no pescoço de todo pretenso literato. Não deixa de ser significativa também a tentativa do autor de “ABC da Literatura” de elevar as Letras ao status de Ciência, muitas vezes lançando mão de métodos comparativos utilizados pelos Biólogos para estudar Poesia, tomando os poemas por “lâminas” — o que deu a muitos ( inclusive aos três pedreiros patetas denominados “poetas concretos” ) ensejo para a comparação de Einstein com Pound. Disso tudo, podemos concluir: nossos lapsos nos instilam. No mais, Freud explica…

[Sobre "Einstein e os indícios do gênio"]

por Diogo
18/12/2002 às
11h07

Obrigado pela Dica!
Grande Dica! Conheço os roteiros de Moore (escritos, antes de serem desenhados) e já são uma obra de arte em si; vou correr atrás deste livro agora mesmo!

[Sobre "A Voz do fogo"]

por Alexandre Lobão
18/12/2002 às
09h49

Eu também prefiro
Hélio Oiticica era um artista medíocre, se chegou a tanto, e seu discurso era falho. Espero que o século 21 não tenha a mesma dificuldade para enxergar o óbvio que teve o século 20. Conceitos como "a obra de arte é apenas o ato artístico mumificado em um museu" não significam nada.

[Sobre "Parangolé: anti-obra de Hélio Oiticica"]

por Eduardo Arruda
17/12/2002 às
19h08

Valeu pela mensagem
Diogo, você me desculpe a demora na resposta. Obrigado por chamar meus textos de inteligentes. Agradeço igualmente a recomendação de Bertrand Russell (embora lembre sempre do conceito não muito elevado que Wittgenstein fazia desses volumes "não-filosóficos" do autor de Principia mathematica). De Elmann, tenho a biografia de Oscar Wilde; vou procurar a de Joyce. Abraços, valeu pela mensagem, Julio

[Sobre "Einstein e os indícios do gênio"]

por Julio Daio Borges
17/12/2002 às
11h15

Prefiro o Ferreira Gullar
“Os parangolés surgiram a partir do momento em que Hélio Oiticica passou a freqüentar a escola de samba da Mangueira. É algo muito pobre se você comparar com a roupa de uma porta-bandeira, colorida, barroca, popular. É uma arte que remonta ao século 17. Aí o Hélio botava a roupa em um passista e pedia para o cara rodar e falava que com isto ele estabelecia uma relação da forma com o espaço e a luz. É pura teoria. Qualquer objeto rodando mantém uma relação com o espaço e a luz.” Ferreira Gullar, como pode ser lido em www.revan.com.br/catalogo/0058b.htm

[Sobre "Parangolé: anti-obra de Hélio Oiticica"]

por Renata Paraguaçu
17/12/2002 às
02h18

A Voz do Fogo é imperdível!!!
Assino embaixo.A Voz do Fogo mostra um Alan Moore ainda mais genial que o roteirista revolucioário dos Quadrinhos.Só é lamentável que ele não se dedique mais à literatura.Parabéns Gian!

[Sobre "A Voz do fogo"]

por jose carlos neves
15/12/2002 às
16h16

amigos...nunca eh tarde...
Ola amigos...amigos pq o simples fato de perceberem a pureza,a mensagem e o brilho da nossa querida serie,ja me deixa obrigado a lhes tratar assim! E como um fervoroso fa,gostaria de poder participar pela volta de Anos Incriveis...abaixo-assinados,uma grande reuniao pra q possamos compartilhar os momentos da serie.. bom,soh me faltam os capitulos 9,78,99 e 101....disponho dos outros,mas alguns mal gravados,infelizmente. gostaria de receber e-mails sobre o assunto,ok? [email protected]

[Sobre "Anos Incríveis"]

por Pierre
15/12/2002 às
04h06

Fellini no NFT - Londres
Vi pela primeira vez o classico 8,5 numa mostra de cinema italiano no National Film Theatre aqui em Londres. Realmente magnifico. Quem vier passar as festas aqui, nao deixe de dar uma olhada... Ah, em janeiro, semanas e semanas dedicadas a outro genio, Bergman. Como a sala escura e a telona fazem diferenca... podiam fazer mais mostras retrospectivas no Brasil.

[Sobre "Fellini"]

por Arcano9
14/12/2002 às
14h47

"carta ao pedro"
olá pedro, é a primeira vez que visito o digestivo e me deixei seduzir pelo seu ensaio. realmente kafka é um escritor genialmente perturbado por questionamentos intrinsecos à sua subjetividade. o rompimento com seu pai, em virtude de suas opções, o tornou uma pessoa incrivelmente nostálgica, em busca de uma verdade ingênua, mas certamente relevante. parabéns pela sensibilidade com que desenha palavras sobre este indispensável escritor. um abraço

[Sobre "Literatura para doer, quebrar o mar"]

por Denise Motta
14/12/2002 às
14h03

Julio Daio Borges
Editor

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