Sábado,
9/8/2003
Comentários
Leitores
propostas diferentes
Caros colegas Jardel e Fábio:
Não importa se é regional ou universal, mas sim o modo (como) que os grandes escritores transformam o particular no universal e o universal no particular. Portanto, podemos reconhecer o local (sem ufanismo), mas sem perder o universal e vice-versa. Guimarâes Rosa tem sertão mineiro, Joyce tem Dublin, Proust tem Paris, mas nada disso diminui o valor de suas obras, pelo contrário.
Jardel:
me desculpe, mas Guimarâes Rosa não copiou "porcamente" Joyce. São linguagens e propostas diferentes. Rosa pegou muito da linguagem oral, do que ouvia e foi transformando. Joyce, ao contrário, procurou realmente um modo próprio de reinventar a língua inglesa. Mas é claro que sabia muito do arcaico e do moderno da sua língua, pois são os próprios estudiosos que dizem isso, ou seja, como Joyce sabia mesclar a sua língua. É isso
grande abraço
mário
[Sobre "Da fúria do corpo à alma inanimada: J. G. Noll"]
por
Mário Alex
9/8/2003 às
19h25
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merece um prêmio
Muito bom, o cara merece um prêmio por escrever esta crítica formidável.
[Sobre "Sob o domínio do Mal"]
por
Michele
9/8/2003 às
17h25
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Lulu
Eduacação, bom senso e gentileza são atributos de nossa personalidades, cativados durante os anos... Faustão é um ser deseducado...triste figura que não olha para seu umbigo, talvez por seu excessivo tamanho.
Lulu Santos é um artista nacional, e aos que não gostam dele, respeitem os milhares de fãs, entre eles, eu.
Lulu não precisa passar pelo que passou, o reconhecimento pelo seu trabalho está nos muitos anos em que mantém-se no mercado, sem necessitar adular pessoas como este Porcão. O talento vencerá o poder da Globo. A falta de sensibilidade será suprida pela racionalidade. Lulu Santos é muito mais que qualquer programa vazio de domingo a tarde.
[Sobre "Lulu Santos versus Faustão"]
por
Daniela Almeida
9/8/2003 às
10h10
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Arte sim, e daí ?
Se Lulu Santos não é arte, então o que é arte pra vocês ? Gostaria de saber isso dos internautas aparentemente cultos e grandes entedidos de música popular brasileira que aqui expressaram suas opiniões.
Infelizmente, existem os "Porcões" (Faustão & cia) e os "Espíritos de Porco", os invejosos que adoram criticar trabalhos bem feitos e uma carreira indiscutível.
Sem mais até o momento,
André Luís Guedes
[Sobre "Lulu Santos versus Faustão"]
por
André Luís Guedes
9/8/2003 às
02h54
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O medo e a fera que o fareja
A sacralização da morte nos faz olhar com respeito medroso aqueles que
transpõem seus umbrais. Ao passarem para lá já se nos afiguram vestidos com
sua toga negra e ameaçadora de juíza implacável. Também por isto só se fala
bem dos mortos. São nossos medos infantis que, por tabu e desleixo, nunca foram corrigidos e ainda nos assustam e gelam com suas sombras enormes. Os medos sagrados.Permanecemos crianças diante deles, casonunca os tenhamos encarado, tocado, avaliado, derubado alguns, jogado outros fora, separado deles o aproveitável. Criancinhas assustadas, os olhamos preocupados pelo canto dos olhos, enquanto disfarçadamente brincamos. Não
os tendo encarado a valer, acrescentamos-lhes terror ao longo dos anos até que, enfim, sua amplitude nos inclua totalmente e não consigamos dar um passo sem pedir-lhes licença e perdão. Este é um dos dois ou três fundamentos dessas religiões evangélicas e impérios de comunicação que proliferam aqui. Fornecem às mentes infantis da platéia adulta uma maneira
falsa, porém muito lucrativa, de lidar com as imensas,geladas e apavorantes
sombras onde transcorrem suas existências. Aquele, desses, que agora foi-se, nos proporcionou constatar tristes realidades. Que esta sirva-lhe de epitáfio, entre outros: você pode
esculhambar, vituperar, agredir e assaltar uma nação inteira, desde que
mantenha guarda-costas suficientes e satisfeitos.
[Sobre "E Essa Violência Que Enternece?"]
por
Jean Scharlau
8/8/2003 às
14h48
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Obra máxima da Literatura Bras
Acho que "Grande Sertão: Veredas" é mais do que o ápice de um grande mestre da Literatura Brasileira. Para mim "Grande Sertão: Veredas" representa o ápice da forma, do "logos", em toda a Literatura Mundial!
Que outro escritor dominou, sobrepujou, derreteu, forjou, temperou... até transformar a Língua, até recriá-la... como um instrumento único, vivo e distinto de expressão?
Que outro escritor ousou (e conseguiu!) alcançar as inconcebíveis profundidades abissais ao buscar o que é apenas intuído pelo homem mas jamais revelado... e em um exercício visionário de roçar as profundidades ocultas do universo humano, decidiu resvalar em um ser-não-ser que é, e também não é, mas que mesmo assim é tudo, e pode não ser nada?
O mundo de Guimarães Rosa é o mundo de todo mundo, da gente comum que vive a aventura incomum de tentar entender... o que não pode ser entendido.
O amor, em "Grande Sertão: Veredas", atinge uma dimensão tão complexa em toda a simplicidade simplória da vida vivida bruta, que ao leitor atônito, o ato de virar mais uma página do livro se converte em um gesto de aventura: é preciso reunir coragem para ler mais, sentir, tentar entender toda a magia absurda de um universo tão próximo e tão distante, feito de terra, de pobreza, de ignorância, de sabedoria, de valentia, de amor impossível de entender de tão grande, tão grande, feio e bonito quanto o sertão primitivo que o gerou.
João Guimarães Rosa ainda não foi descoberto. Nem mesmo no Brasil.
[Sobre "Imagens do Grande Sertão de Guimarães Rosa"]
por
Roberto Ferreira Val
7/8/2003 às
12h15
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Novas fronteiras, novas saídas
Concordo com tudo o que a autora disse, porém,também penso que tem muito a ver com as condições econômicas desfavoráveis para qualquer um, então, é muito mais fácil vc copiar um cd do que comprá-lo,a culpa é da indústria fonográfica que não abaixa o preço e coloca muita coisa ruim no mercado , só para vender,entretenimento inteligente para a indústria não existe, somos apenas consumidores com a massa cefálica em defasagem para a indústria fonográfica.
[Sobre "O dia em que a música rachou"]
por
Fernanda PIres
7/8/2003 às
13h04
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Melhor só Nova York
Sempre digo: melhor que São Paulo, só Nova York.
[Sobre "São Paulo: veneno antimonotonia"]
por
Franco
7/8/2003 às
12h21
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Instalação
Não respondo a pessoas que se escondem por trás de nicknames. Meu caro Rodrigo:
O Gullar está certo do ponto de vista oficial da História da Arte. Não havia instalação,quando Duchamp fazia o Grande Vidro.Se vc olhar com atenção para o Grande Vidro verá que foi o precursor das instalações de hoje. AB
[Sobre "Picasso versus Duchamp e a crise da arte atual"]
por
AlbertoBeuttenmüller
7/8/2003 às
11h19
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Primeira instalacao
Prezado Alberto Beuttenmüller,
Gostaria apenas de sanar uma dúvida. A primeira instalação nao foi Merzbau-Kurt Schwitters como afirma Ferreira Gullar em Argumentacoes contra a morte da arte?
Abracos do Rodrigo Vivas e parabens pelo artigo
[Sobre "Picasso versus Duchamp e a crise da arte atual"]
por
Rodrigo Vivas
7/8/2003 às
09h51
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Julio Daio Borges
Editor
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