Sexta-feira,
5/9/2003
Comentários
Leitores
Literatura IV
Prezado Daniel,
em que pese a empáfia de uma certa casta de sociólogos que insistem em explicar o óbvio ululante, é inegável a importância da "leitura sociólogica", por assim dizer, de grandes obras da literatura. Roberto Schwartz analisa a obra machadiana com um olhar de sociólogo, mas faz isso com um brilhantismo, pois amarra a análise política à conjuntura literária, em especial no primoroso ensaio "As idéias fora do lugar". Arrisco dizer até que, no Brasil, a melhor leitura da obra machadiana foi feita com viés sociológico: "A pirâmide e o trapézio", de Raymundo Faoro.
[Sobre "O Sociólogo Machado de Assis"]
por
Fabio Cardoso
5/9/2003 às
11h09
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Sérgio Augusto
acho sérgio augusto do caralho. conheci seus textos mediante a extinta revista bundas. o texto dele "a caixa de pandora" mudou minha vida.
[Sobre "Assim rasteja a humanidade"]
por
antonio vinícius
3/9/2003 às
21h16
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Polêmica
Realmente, este Olavo de Carvalho é fã de polêmicas. Tenha razão ou não, tem uma outra, cujo fruto é o lindíssimo texto "Pelos Caminhos do sr. Olavo de Carvalho", do querido Rubem Alves. Vale ler.
[Sobre "Olavo de Carvalho: o roqueiro improvável"]
por
Kelli
3/9/2003 às
12h01
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O ator de si mesmo
Entre a provocação gratuita e a forma sem conteúdo, pode-se dizer (grosso modo) que o senhor Gerald Thomas não passa de um bufão. Com base em Nelson Rodrigues, no entanto, é correto afirmar que Gerald Thomas é um grande ator de si mesmo, um canastrão.
[Sobre "A bunda do Gerald Thomas"]
por
Fabio Cardoso
3/9/2003 às
09h09
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Uma perfeição maravilhosa!
Maravilhoso, perfeito!
[Sobre "Hipérion de um sátiro"]
por
Jose Augusto Fernand
3/9/2003 às
07h21
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Otimismo e ditadura
Caro Carlos, assim é se lhe parece. eu recomendo a leitura urgente do livro “Reiventando o otimismo: Ditadura, propaganda e imaginário social no Brasil”, do historiador Carlos Fico, editado pela Fundação Getúlio Vargas. afinal, como diziam os militares, esse é um pais que vai prá frente
[Sobre "EUA: uma nação de idiotas"]
por
jardel
1/9/2003 às
14h18
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Contra-mão, contra-pé, contra.
Contra-mão, contra-pé, contra-tudo. Veja que aqui no Brasil estamos muito à frente dos Morte-americanos no quesito auto-crítica. Aqui os garotinhos aprendem a escrever fazendo xingamentos ao Brasil e aos brasileiros. E a maioria não faz sátira, dá porrada mesmo. Ai de quem elogiar o Brasil, é o suicídio literário. Charmoso aqui é dizer que nada e ninguém presta. Aqui precisamos urgentemente de um Michael Moore às avessas.
[Sobre "EUA: uma nação de idiotas"]
por
Carlo Buzzatti
1/9/2003 às
13h22
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Michael Moore
A imprensa brasileira não gosta de Michael Moore. Desancou o documentarista por ele ter muito do, como se diz, wishful thinking.
Pior para nós, que temos de aguentar as versões ianques para tudo.
Parabéns pela preciosa análise, caro Jardel.
[Sobre "EUA: uma nação de idiotas"]
por
Fabio Cardoso
1/9/2003 às
11h34
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Literatura III
Caro Jardel,
desculpe a intransigente intromissão, porém creio que as propostas de Hilda Hilst e de Clarice Lispector são distintas. Dessa forma, torna-se inviável uma comparação desse gênero (provinciana x revolucionária da linguagem). Hilda envereda por um caminho claramente mais provocador e polêmico, como faz em "A Obscena Senhora D." (característica que em nada desabona sua obra). Já Clarice é a narrativa da sensibilidade, uma escritora que possui o olhar da poiésis que a capacita extrair de um simples relato do cotidiano um novo panorama para os sentidos e uma nova visão das coisas - como ocorre no conto "Do amor".
Abraços,
Fábio
[Sobre "Da fúria do corpo à alma inanimada: J. G. Noll"]
por
Fabio Cardoso
1/9/2003 às
11h19
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hilda mais que clarice
Caro Miguel, obrigado pelos comentários. Mas, evidentemente, discordo do que você disse de Joyce. Sua idéia de que a obra de joyce é um amontoado de inovaçõe sliterárias pretenciosas é injusta, principalmente se considerarmos o momento em que a obra surgiu totalmente em sintonia com, por exemplo, as inovações de picasso em artes plásticas e na música com stravinsky. isso par anão falar na dança e o surgimento da linguagem cinematográfica. Mas a questão não é diminuir Guimarães Rosa, mas ver as limitações da pretensa inovação de Guimarães rosa. ele pode ser inovador no brasil, mas estava atrasado pelo menos 50 anos em relação à europa. mas, ainda asim, é um escritor genial. no brasil as coisas são estranhas: por exemplo, eu acho a obra da hilda hilst extremamente superior a obra de clarice lispector. a última perto da linguagem da hilda parece provinciana, psicanalítica, sociológica, pretensamente feminista/feminina. e o universo da linguagem, como fica?
abraço,
jardel
[Sobre "Da fúria do corpo à alma inanimada: J. G. Noll"]
por
jardel
1/9/2003 às
10h45
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Julio Daio Borges
Editor
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