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Quarta-feira, 2/6/2010
Comentários
Leitores

Tenho apenas uma lamúria
Já há algum tempo venho maravilhando-me com a ampla disponibilidade de livros surgida com o advento da internet; Google Books, Archive.org, bibliotecas nacionais (Portugal, Espanha, França, Japão)... são tantas as alternativas que "quebram algemas"... Como exemplos, é possível baixar e ler tesouros como "Lendas e Narrativas" (dois volumes) de Alexandre Herculano, ou "A New Guide to the English Tongue", de Thomas Dilworth. Mesmo eu, através dessa disponibilidade, pude escrever uma adaptação da "Fábulas de Esopo" a partir da tradução direta do grego de Manuel Mendes da Vidigueira, desde uma publicação em Paris, de 1848, disponibilizada pela Wikimedia.org. Tenho apenas uma lamúria: essa ampla gama bem que poderia ter surgido em minha juventude; assim teria a possibilidade de maior cabedal... Parabéns pelo texto! Abraços. Joseph Shafan

[Sobre "iPad"]

por Joseph Shafan
2/6/2010 às
04h11

O público não é só estatística
Lúcido e interessante texto. Creio ser necessário mais abordagens acerca do "público", esse "ser" no mais das vezes apenas considerado como estatística. Parabéns! Abraços. Joseph Shafan

[Sobre "Não julgue o público"]

por Joseph Shafan
2/6/2010 às
03h51

Discordo, mas gosto
Caríssima Olívia, mesmo quando discordo, sempre gosto de ler seus textos. :)

[Sobre "Não julgue o público"]

por Renato Lima
2/6/2010 à
01h51

Afirmação da vida
Patez, tento compreender. Fico feliz em verificar que consegui entender este ponto e até concordar com Nietzsche, quando você diz: "o que Nietzsche faz é simplesmente afirmar a vida com toda a sua potência sem negá-la jamais", ponto que o filósofo enfatizou em sua teoria da vontade de poder (ou quando substitui a "vontade culpada" de Schopenhauer pela "vontade feliz"). Mas acho que desejamos entender por que ele parece considerar que Jesus ou Buda negaram a vida ou não a afirmaram em toda sua potência. Já que até o momento não apareceu nenhum nietzschiano que dissesse com todas as letras quais são as censuras do filósofo neste sentido, gostaria de lembrar as críticas que ele opôs a Sócrates e me corrija se não estiverem próximas às feitas aos mestres espirituais. Na obra "O Nascimento da Tragédia", ele afirma que a tragédia atingiu a perfeição por ter conciliado "a embriaguez e a forma" de Dioniso e Apolo, e entrou em decadência com o surgimento do racionalismo socrático. Estou correto?

[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]

por mauro judice
1/6/2010 às
20h59

Nietzsche é mais que isso
Caro Mauro Judice, vossa senhoria me deixa cada vez mais propenso em duvidar que realmente entendeu o que o citado filósofo escreveu... Quanto a negar os tais líderes espirituais, é realmente um tanto quanto normal em se tratando de um filósofo que sempre refutou as representações religiosas que tais líderes professavam, o ideal ascético desde os bramanes, passando pro Sidarta já foi há muito tempo desmistificado pelo buda Nitiren Daishonin! Quanto a Jesus, será que ele realmente era feliz? O que Nietzsche faz é simplesmente afirmar a vida com toda a sua potência sem negá-la jamais! Por que teríamos que afirmar que tal filosofia é correta apenas por achar que seu fundador era feliz? Quanto a ser filho de Eros, acho que foi mais um exagero de vsa. Mas cá entre nós, as formas perfeitas e saudáveis são sempre as mais almejadas, ao menos para os pouco hipócritas! Qual seria a vantagem em não gostar e pouco cuidar do próprio corpo, ou mutilá-lo, ou martirizá-lo? Nenhuma, Nietzsche é mais que isso!

[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]

por Carlos Patez
1/6/2010 às
18h12

O inconformismo de Nietzsche
Nietzsche negava a vitalidade dos dois grandes mestres espirituais do planeta e isto não deixa de ser profundamente instigante. Meu Deus, por quê? Porque nenhum outro poeta-filósofo cantou mais alto as forças vitalistas do corpo, e aí reside todo o seu inconformismo a todas as ideias cerceadoras da vitalidade física, enquanto força criadora e revitalizante, de arte que este filho legítimo de Eros não podia estar enganado, uma vez que os mestres espirituais só podem ser espirituais se colocam o espírito como subjugador do corpo. Não?

[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]

por mauro judice
1/6/2010 às
16h07

Nietzsche mal compreendido
Caro Patez, bom que venha me socorrer a respeito de filósofo tão mal compreendido como Nietzsche. Até onde foi meu entendimento, notei que ele revelou como ninguém os motivos egoístas que mascaram os argumentos moralizantes, ou, mais ainda, mostrou o decadentismo do pensamento dos grandes filósofos, sobretudo alemães, como Schopenhauer, que, com seu pessimismo, estiolava todo o vigor construtivo e animista do homem (eu quase diria telúrico), porquanto nenhum outro ser humano mostrou as farsas que se escondem atrás dos grandes gestos de grandeza ética, nem mostrou com maior brilho o poder drenador e suicida da razão fria que leva a um beco sem saída ou ao abismo. Porém... O que podemos pensar de sua violenta refutação aos dois seres mais éticos da humanidade: Jesus e Buda? Sim, pois em aparência parece um paradoxo, já que os dois foram campeões de felicidade. E de vitalidade portanto?

[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]

por mauro judice
1/6/2010 às
15h48

Imparcialidade passou longe
Caro leitor Mauro Judice, devo dizer-lhe que seu posicionamento sobre quando Nietzsche diz sobre o único cristão merece uma leitura mais detalhada e imparcial do livro em questão. Me parece que leu apenas um texto, e não considerou o contexto social e a situação colocada pelo filósofo no livro... seria vossa senhoria um daqueles que diz "não li e não gostei"? Sei que é um defensor do cristianismo e um poeta, mas também sei que a imparcialidade passou longe quando redigiu esta "resposta aos Nietzschianos".

[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]

por Carlos Patez
1/6/2010 às
11h30

Lady Gaga e Aimee Mann
Muito bom o texto. Desde que vi um clipe da moçoila, quando trocava de canal no intervalo do futebol, fico perturbado quando ouço falar de Lady Gaga, mas, como muitas coisas na vida, não parei para pensar no porquê. Este texto, então, veio a calhar. No mais, a pergunta que fica para mim é que, apesar dos pesares, a música popular não está tão mal assim. Há, por exemplo, a Aimee Mann, que é decente e típica do nosso tempo. Como ela pode vender tão pouco e a Lady Gaga tanto?

[Sobre "Lady Gaga, uma aula do pastiche"]

por Martuchelli
31/5/2010 às
20h51

Nietzschianos, por favor
Nietzsche escreveu que "o único cristão morreu na cruz". E, então, ele acreditou que pelo menos um homem conseguiu seguir o cristianismo: Jesus Cristo. Se um homem cumpriu uma ética tão rígida e apreensível racionalmente, como pode o filósofo dizer que não há sistemas a seguir, que a vida é um porvir de movimentos inesperados e nunca arrebatados por formulações racionais? Mas, se um homem conseguiu, não é razão o bastante para acreditar que outros podem ou poderão fazê-lo? Ou Nietzsche considera Jesus um deus, inimitável, pois, aos humanos? E, deus sendo, Nietzsche cria divindade e cria em divindade. Se para ele Jesus foi homem, este exemplificou que existe a possibilidade de se seguir um sistema de conduta. Se foi deus, o filósofo era ao final crente e, portanto, fiado num postulado esquemático de moral? Sim, postulado, como o imperativo categórico kantiano que detestava por ser postulado. Nietzschianos, por favor, nos tirem da ignorância.

[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]

por mauro judice
31/5/2010 às
19h56

Julio Daio Borges
Editor

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