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Domingo, 21/12/2003
Comentários
Leitores

O que você acha disso?
Também já repararam como hoje se entrevista todo mundo acerca de qualquer assunto? Estamos vivendo a era do "povo na tevê" - Big Brothers e afins: um bando de gente fazendo nada, visto por um monte de gente sem nada pra fazer. Mas com pontos de vista sobre TUDO. E é um tal de porteiros de prédio dando sua opinião sobre os transgênicos, e balconistas falando sobre os rumos da economia, que dá saudade dos tempos em que todo brasileiro era um técnico de futebol, mas só isso.

[Sobre "Contra os intelectuais"]

por Bárbara Pollacsek
21/12/2003 às
10h25

Sulcos
Talvez só um riso escancarado/ aliviasse o amargor do ricto/ que nos envelhece a face./ Não adianta a maquiagem./ Na solidão de um ventrículo vazio,/ na seriedade de um ventríloquo mudo,/ não há disfarce que suavize/ uma boca entre parênteses./ maria da graça almeida

[Sobre "Considerações Sobre a Segunda Divisão Poética"]

por maria da graça
19/12/2003 às
04h55

Escrever
A escrita distraída, na caneta, de saída, flui com volteios mansinhos e nos despe aos pouquinhos. A boca, maior orifício, desnuda, enquanto veículo, a emoção que em amplo espaço tropeça nos próprios laços. Assim, prefiro escrever, uma vez que o leitor, tão discreto esse ser, oculta-se atrás dos livros, quando, disposto a saber. O difícil é falar, tendo logo e bem à frente, olhos que fitam a gente, ansiosos, aguardando por dizeres indulgentes. Falando, faço-me breve, escrevendo, mais eu me estendo... O som esvai-se ao vento, mas, as letras no papel, seguras, vencem o tempo. maria da graça almeida

[Sobre "Como se fosse fácil escrever"]

por maria da graça
19/12/2003 às
04h21

hitler entre nós
Caro Sérgio, existe uma tradução de "Minha Luta" de Hitler que circula pelas livrarias brasileiras. inclusive aqui, em campinas, tem várias livrarias que comercializam o livro. não me lembro qual a editora, mas o livro está aí e, pelo que eu saiba, não vi confusão nenhuma por aqui em relação a ele. inclusive a livraria que ocmercializa o livro o expõe de frente para a rua e esta livraria fica próxima a um templo judáico. Wilhelm Reich foi quem fez uma análise interessante do conteúdo do livro de Hitler, no seu famoso "psicologia de massas do fascismo", editado no brasil pela martins fontes. abraço, jardel

[Sobre "Achtung! A luta continua"]

por jardel
18/12/2003 às
13h27

Herança do Bom Gosto
Quando alguem surge e de alguma forma impressiona, naturalmente e louvado. Neste mundo carente de densidade, e natural a exaltaçao. Ai misturam-se sentimentos de todos os tipos, emoçao, contrariedade, inveja, devoçao. Somente pessoas de talento especial provocam este efeito... E compreenssível todas as reaçoes. Maria Rita surge e assume-se como uma cantora que esta em principio de carreira, com muito a crescer. E começa muito bem, com um timbre que lembra Elis mas pode ser explorado de outras formas, atraves dos artificios de interpretaçao. Ela vai crescer com certeza! Fui ao seu show e e um pecado afirmar que ela nao tem "emoçao", como fez uma leitora abaixo em seu comentario. Afirmaçao estranha, pois que ser humano nao tem emoçao?? E se M. Rita nao tivesse emoçao ao interpretar nao provocaria reaçoes que estamos vendo... Acho que ela e seus musicos podem experimenar mais nos arranjos para que soem mais contemporaneos, mas do jeito que esta funciona muito! M. Rita vai inspirar novos talentos e motivar as gravadoras a apostarem novamente em qualidade artistica.

[Sobre "Maria Rita: música em estado febril"]

por Patricia Rocha
18/12/2003 às
10h25

Abençoada por Deus
Perfeito, Jardel. Não desmerecendo outros cantares, Maria Rita é uma singular e grata surpresa... Nossos ouvidos agradecem, e com certeza, nossas emoções também.

[Sobre "Maria Rita: música em estado febril"]

por Leila Eme
18/12/2003 às
09h53

a fofoca inventou a língua
Adriana,esses dias passou na Seleções do RD atual (Discovery Channel)um documentário onde se verificou que 60% de toda palavra proferida pelo sapiens sapiens refere-se a fofoca, ou seja, conversas sobre a vida alheia. Uma teoria foi apresentada defendendo a tese de q foi a fofoca que "inventou" a língua. Saber quem eram os outros e o que faziam, teria sido fundamental para a nossa sobrevivência em priscas eras. Seríamos os herdeiros q a seleção natural separou, entre os q melhor fofocavam. A acreditar nessa tese as manchetes deveriam ser fofocas. Os "Murdochs" e seus jornais q o digam.

[Sobre "Jornalismo cultural: da futilidade à prioridade"]

por Pedro Sérvio
17/12/2003 às
18h02

Uma proposta modesta
Excelente o artigo, descrevendo de forma exata o desastre que processa cotidianamente em nossas escolas. Idealmente acredito que a Literatura deveria ser ensinada nas escolas não como parte do currículo de Língua Portuguesa, mas como uma disciplina independente voltada para a reflexão sobre a vida. Com esse contexto englobaria a literatura de outras línguas em boas traduções e ofereceria um leque de opções ao aluno. Assim, a cada mês o professor ofereceria uma lista de, digamos, 5 livros dentre os quais o aluno escolheria livremente aquele de sua preferência. No final, faria uma rápida redação contando de forma resumida a história e as reflexões que esta lhe inspirou. Além disso, seria também oferecida uma coletânea de poesias relativas ao período histórico estudado para que o aluno descobrisse vários poetas e adotasse aquele de sua preferência. É uma sugestão simples, sensata e razoável. E por isso mesmo não vai pegar :-) Abraços. Daniel

[Sobre "Formando Não-Leitores"]

por Daniel Malaguti
17/12/2003 às
17h21

Mandou bem, Lem
Belo texto, Lem. Contudo, lamento que não haverá essa reforma no ensino que você espera. Só uma ação de mercado bem ordenada e a extinção de uma série de incentivos e recompensas aos academicismos, dará resultado. Afinal as escolas não estão nem conseguindo fazer as crianças aprenderem a ler, quanto mais se tornarem leitoras.

[Sobre "Formando Não-Leitores"]

por Lisandro Gaertner
16/12/2003 às
17h13

Sobre a Segunda Divisão
Imagine, Daniel, ter que passar três anos da faculdade de Letras com um professor de literatura profundamente concreto. Ter que ter a 'inspiração' (bah!) para produzir poemas concretistas e defender o movimento, sob pena de levar bomba. Nós, alunos, costumávamos nos animar uns aos outros, dizendo: 'Arbeit macht frei'.

[Sobre "Considerações Sobre a Segunda Divisão Poética"]

por Barbara Pollacsek
14/12/2003 às
09h22

Julio Daio Borges
Editor

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