Segunda-feira,
29/12/2003
Comentários
Leitores
O gosto pela leitura
Quanto menor a criança, menor o tempo de concentração. Realizávamos com os alunos ainda não alfabetizados a leitura dramatizada, pois, garantíamos uma melhor resposta.
E, assim trabalhados, bem cedo, foram acostumando-se à prática, que passou a traduzir um momento de grande expectativa e diversão.
Além de assistirem às cenas representadas pelo professor, participavam ativamente da história e apreciavam a liberdade e o espaço conquistado para suas inferências e interferências.
Enquanto da dramatização, sempre trazíamos às mãos o livro que apresentava o texto, mesmo já o tendo na memória. O ritual era mantido para que os pequenos, constantemente, visualizassem o objeto tradutor das situações prazerosas.
Quando iniciados na leitura, já com os livros de sua escolha ou, sutilmente, por nós sugeridos, era perceptível seu empenho para a compreensão do conteúdo, tal como visível a emoção que se desprendia dos olhinhos que os levavam muito além do que permitiriam as poucas pernas.
Acompanhando o desenvolvimento das crianças, sentíamos que os grupos não submetidos ao laboratório mostravam-se menos dispostos aos livros e, como conseqüência, tinham mais dificuldade de expressão e a criatividade menos desenvolvida.
A escola e o orientador de estudos têm um papel importante no envolvimento da criança com a leitura, porém, os pais não se podem furtar ao compromisso da formação de tão necessário hábito.
O objetivo é fazer com que as crianças leiam mais e escrevam melhor.
O gosto pela leitura adquire-se lendo e o da escrita, escrevendo.
Maria da Graça Almeida
[Sobre "Formando Não-Leitores"]
por
maria da graça
29/12/2003 às
13h14
|
artigo sobre Marafa
jardel,
a superfície volátil que colocam sobre o atual cenário carioca pelo jeito é clareada numa linha cultural em marafa, me interessa saber mais, pretendo ler o livro, já que pouco tempo atrás escrevi para a revista científica do senac/sp sobre a banalização do corpo carioca e também sobre a "bunda music".
li sobre o que escreveu sobre a linda herança deixada por elis, para nós - a talentosa maria rita!
parabéns,
maria alice
[Sobre "A Marafa Carioca, de Marques Rebelo"]
por
maria alice ximenes
24/12/2003 às
19h48
|
Escrever é difícil
As palavras faladas têm uma vida mais efêmera e um raio de ação menor. No entanto têm um vigor maior, estão no presente. A palavra escrita ganha mais espaço e durabilidade no tempo. No entanto perde significado na medida em que se afasta do ato. Poucas leis antigas têm validade duradoura. Escrever sobre o dia-a-dia é um exemplo marcante da perda de significado. É como jornal de ontem. Escrever com conteúdo duradouro é bem mais difícil. Mas o mais triste é que uma grande maioria cada vez lê menos. E dos poucos que leem, ainda existe nas ofertas a parafernália do inútil. Mas em todo o caso, devemos ter esperança que cresçam as ofertas de escritos de valor.
[Sobre "Como se fosse fácil escrever"]
por
Vladimir D. Dias
24/12/2003 às
10h56
|
Digerido
Caro Jardel, parabéns pela resenha, é tudo o que estávamos precisando para ‘cutucar’ esta atual sociedade e devemos sempre lembrar e fazermos vibrar Marques Rebelo, principalmente ‘Marafa’, que é uma historia atual e lúcida! Não podemos continuar mantendo toda essa imbecilidade (é assim, somos vistos) de bundas coloridas, de lixos culturais (Tchan! e degradações semelhantes), chega de putrefações intelectuais, precisamos analisar estes erros para que possamos fazer surgir, emergir, submergir de forma nítida e veloz a grande riqueza cultural que possuímos e que a mídia não faz questão de ‘dividir’, pelo motivo absurdo de que a grande população prefira o lixo. Devemos nos felicitar pelo surgimento de Maria Rita (parabéns, pelo fato de ter absorvido e transmitido em palavras as emoções que a interpretação/voz dessa mulher nos causa sempre!), de Ana Carolina e sua ‘garganta’ feroz e vibrante e todos os outros dessa linha. Vamos ver o Rio de Janeiro sem a câmera do Leblon (nebuloso ‘Neblon’), que a TV ‘diz’, estamos problemáticos; ótimo o desafio é a recuperação e não a hipocrisia das novelas e filmes (sem contar com a remela de falsos atores – ex-modelos e atuais ‘celebridades’), que são exibidos no exterior. Vamos ser rebeldes e mudar, já que o caos não está só no Rio de Janeiro, está em outros ‘meses e cidades’, a transformação do cenário cultural é o ‘chamado’ para toda conscientização! Parabéns Digestivo (Digeri). Fernanda Gonçalves
[Sobre "A Marafa Carioca, de Marques Rebelo"]
por
Fernanda Gonçalves
22/12/2003 às
12h13
|
Não conheci o Mancha Gráfica
Lisandro.
Só agora tive o prazer de ler o seu texto. Pode apostar que há muitos gênios por aí seguindo, ao menos, algumas das suas sugestões. E o mais curioso é que uma parte está sendo publicada e sendo reconhecida.
Abraços do LEM
[Sobre "Como não ser publicado"]
por
Luis Eduardo Matta
21/12/2003 às
20h35
|
O que você acha disso?
Também já repararam como hoje se entrevista todo mundo acerca de qualquer assunto? Estamos vivendo a era do "povo na tevê" - Big Brothers e afins: um bando de gente fazendo nada, visto por um monte de gente sem nada pra fazer. Mas com pontos de vista sobre TUDO. E é um tal de porteiros de prédio dando sua opinião sobre os transgênicos, e balconistas falando sobre os rumos da economia, que dá saudade dos tempos em que todo brasileiro era um técnico de futebol, mas só isso.
[Sobre "Contra os intelectuais"]
por
Bárbara Pollacsek
21/12/2003 às
10h25
|
Sulcos
Talvez só um riso escancarado/
aliviasse o amargor do ricto/
que nos envelhece a face./
Não adianta a maquiagem./
Na solidão de um ventrículo vazio,/
na seriedade de um ventríloquo mudo,/
não há disfarce que suavize/
uma boca entre parênteses./
maria da graça almeida
[Sobre "Considerações Sobre a Segunda Divisão Poética"]
por
maria da graça
19/12/2003 às
04h55
|
Escrever
A escrita distraída,
na caneta, de saída,
flui com volteios mansinhos
e nos despe aos pouquinhos.
A boca, maior orifício,
desnuda, enquanto veículo,
a emoção que em amplo espaço
tropeça nos próprios laços.
Assim, prefiro escrever,
uma vez que o leitor,
tão discreto esse ser,
oculta-se atrás dos livros,
quando, disposto a saber.
O difícil é falar,
tendo logo e bem à frente,
olhos que fitam a gente,
ansiosos, aguardando
por dizeres indulgentes.
Falando, faço-me breve,
escrevendo, mais eu me estendo...
O som esvai-se ao vento,
mas, as letras no papel,
seguras, vencem o tempo.
maria da graça almeida
[Sobre "Como se fosse fácil escrever"]
por
maria da graça
19/12/2003 às
04h21
|
hitler entre nós
Caro Sérgio,
existe uma tradução de "Minha Luta" de Hitler que circula pelas livrarias brasileiras. inclusive aqui, em campinas, tem várias livrarias que comercializam o livro. não me lembro qual a editora, mas o livro está aí e, pelo que eu saiba, não vi confusão nenhuma por aqui em relação a ele. inclusive a livraria que ocmercializa o livro o expõe de frente para a rua e esta livraria fica próxima a um templo judáico.
Wilhelm Reich foi quem fez uma análise interessante do conteúdo do livro de Hitler, no seu famoso "psicologia de massas do fascismo", editado no brasil pela martins fontes.
abraço,
jardel
[Sobre "Achtung! A luta continua"]
por
jardel
18/12/2003 às
13h27
|
Herança do Bom Gosto
Quando alguem surge e de alguma forma impressiona, naturalmente e louvado. Neste mundo carente de densidade, e natural a exaltaçao. Ai misturam-se sentimentos de todos os tipos, emoçao, contrariedade, inveja, devoçao. Somente pessoas de talento especial provocam este efeito... E compreenssível todas as reaçoes. Maria Rita surge e assume-se como uma cantora que esta em principio de carreira, com muito a crescer. E começa muito bem, com um timbre que lembra Elis mas pode ser explorado de outras formas, atraves dos artificios de interpretaçao. Ela vai crescer com certeza! Fui ao seu show e e um pecado afirmar que ela nao tem "emoçao", como fez uma leitora abaixo em seu comentario. Afirmaçao estranha, pois que ser humano nao tem emoçao?? E se M. Rita nao tivesse emoçao ao interpretar nao provocaria reaçoes que estamos vendo... Acho que ela e seus musicos podem experimenar mais nos arranjos para que soem mais contemporaneos, mas do jeito que esta funciona muito! M. Rita vai inspirar novos talentos e motivar as gravadoras a apostarem novamente em qualidade artistica.
[Sobre "Maria Rita: música em estado febril"]
por
Patricia Rocha
18/12/2003 às
10h25
|
Julio Daio Borges
Editor
|
|