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Sexta-feira, 4/6/2010
Comentários
Leitores

Nossa fé é vã
Continuando, caro Mauro, o parágrafo do citado capítulo 41 de "O Anticristo": "A partir desse momento introduziram, passo a passo, na personalidade do Redentor: a doutrina do julgamento e do retorno, a doutrina da morte tal como a de um sacífício, a doutrina da ressurreição, com o conceito de bem-aventurança; a realidade total e única do Evangelho foi inteiramente escamoteada em favor de um estado após a morte! Paulo justificou essa interpretação, essa obscenidade de interpretação, com uma leviandade que ressalta nele o completo rabino". Se Cristo não ressuscitou da morte, então nossa fé é vã. E num piscar de olhos transformou-se o Evangelho na mais desprezível promessa irrealizável, na verganhosa doutrina da imortalidade pessoal... o próprio Paulo pregava-a como recompensa! Não, caríssimo Mauro, não justifica-se por si mesma essa exposição Paulina. Se para Nietzsche Jesus acabou com o conceito de culpa/pecado... (também continuo à seguir)

[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]

por Carlos Patez
4/6/2010 às
11h08

Modéstia idiomática do Brasil
Talvez, e eu disse só "talvez", o brasileiro, diferentemente de outros povos, não se incomode com o fato do português não ser falado em outros lugares. Estamos acostumados com o colonialismo e vamos carregar o "complexo de vira-lata" por muito tempo. Por outro lado, me incomoda a arrogância de quem chega em outro país e crê que sua lingua tem que ser falada no universo inteiro. Assim, não acho tão ruim a modéstia idiomática do brasileiro.

[Sobre "Brazilionaires"]

por Carlos Goettenauer
4/6/2010 às
09h54

Não concordo com a crítica
Julio, antes de mais nada, adianto que ainda não tenho candidato para essa eleição. Mas o tom de sua crítica, apesar de justificada em algumas partes, é errada. Por exemplo, quando diz que a Natura não possui atividades de empreendedorismo social a olhos vistos, é uma fala que mostra que você não possui conhecimento amplo do assunto. Digite no YouTube e verá o que a Natura faz na América do Sul. É ainda um tema novo na agenda de Responsabilidade Social Empresarial, por isso é difícil que tais ações sejam vistas sem desconfiança, ou até mesmo que tenham visibilidade pela grande mídia - por isso seria bom se a internet desse mais voz a esse assunto... Como brasileiro, espero que o empreendedorismo social seja algo que se expanda no Brasil e no mundo. Parênteses 2: não tenho nenhum ví­nculo direto ou indireto com a Natura. Com certeza você tem o direito de estar decepcionado, pois, como disse, não gostaria de votar em alguém que esteja alheio à sua realidade (a internet). Mas induzir que, por causa desse fato, e de outras coisas como por exemplo: "e que fala em nome da natureza (para quem se cansou da 'civilização')", a candidata é despreparada, pode ter efeitos catastróficos na formação da opinião de diversas pessoas. E haja vista que disse no primeiro parágrafo sobre você não ser um formador de opinião muito politizado, deve-se atentar mais para suas considerações (todos nós devemos). De qualquer maneira, parabéns pela coragem e iniciativa de dar voz a um assunto tão delicado como a política, pois só mesmo a partir da discussão e do reconhecimento de que devemos buscar cada vez mais conhecimento acerca desse assunto é que podemos melhorar o Brasil do futuro. Abraço!

[Sobre "Encontro com Marina Silva"]

por Pedro Paulo Barros
4/6/2010 às
09h44

Não tem, ainda, opinião?
Tive a mesma sensação ao ouvir a entrevista de Marina à rádio CBN. Para várias perguntas a resposta foi "não tenho, ainda, opinião formada sobre esse assunto". Ora, quando é que a candidata terá, durante o mandato??? Infelizmente, Marina não entende a internet, o mercado econômico e não tem visão que "vai além", embora durante anos eu tenha acalentado uma canditatura expressiva dela. Nos anos 90, a Times incluiu Marina na lista dos 100 mais influentes do mundo, mas acho que faltaram algumas lições desde então para que ela amadurecesse.

[Sobre "Encontro com Marina Silva"]

por Biulismo
4/6/2010 às
09h19

Sem pai nem mãe
Pois é, Julio, estamos meio mal. Marina, a esperança dos paladinos, é muito fraquinha mesmo, eu já tinha descoberto isso quando pensei em apoiá-la no blog. Estamos sem pai. Nem mãe.

[Sobre "Encontro com Marina Silva"]

por Noga Sklar
4/6/2010 às
08h00

Chega de gente despreparada
Perfeito, Julio: "Não tiro o mérito da senadora, mas essa mistura de ingenuidade com despreparo, com sentimentalismo, não me parece a receita para governar o Brasil do futuro (que já chegou)". Chega de gente despreparada... Precisamos de pessoas com os tais "saberes" para que possam acertar os seus "fazeres"...

[Sobre "Encontro com Marina Silva"]

por Dioní­sio Souza
4/6/2010 às
02h20

O bicho ainda se garantia!
Caro Julio, só discordo da voz de Dio no final da carreira. Para alguém pra lá de sessentão, o bicho ainda se garantia! Mas, na minha opinião, um dos melhores vocalistas do rock'n'roll. Grande perda...

[Sobre "Ronnie James Dio (1942-2010)"]

por Sidney Nicéas
3/6/2010 às
12h37

O caminho da redenção
"Deus deu o seu filho para o perdão dos pecados, em sacrifício. Ah! Como terminou de uma assentada o Evangelho! O sacrifício expiatório na sua forma mais desprezível, mais bárbara, o sacrifício dos inocentes pelas faltas dos pecadores! Que espantoso paganismo! Não tinha Jesus suprimido até a ideia do pecado? Não havia negado o abismo entre Deus e o homem, vivido essa unidade entre Deus e o homem, que era a sua boa nova? E isto não era para ele um privilégio!" Mas Nietzsche não viu que Deus, através de seu filho, deu à humanidade um parâmetro de conduta para o perdão de pecados, porque só peca quem sabe ser pecador? E que Jesus não suprimiu os pecados humanos com sua morte, mas deu a possibilidade de serem suprimidos, ao mostrar o caminho da redenção? Não viu o filósofo que o Cristo negou o abismo entre Deus e o homem, porque abriu caminho para a aproximação da humanidade ao Criador? Ainda que estas interpretações fossem paulinas, e não crísticas, não estariam corretas com esta exegese?

[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]

por mauro judice
3/6/2010 à
00h19

Inteligência aderente
Note, caro Patez, que destaco trechos do pensamento nietzschiano com intenção de trazer o raciocínio ao plano da apreciação objetiva. Move-me, quero deixar claro, a aflitiva sensação de que algo tenha me escapado na leitura de Nietzsche. Não sei se isto já lhe ocorreu, esta circunstância de não conseguirmos concordar com pensador de fulgurante inteligência, a ponto de questionarmos a toda hora se realmente entendemos o que diz. Nosso filósofo é, provavelmente, a inteligência mais aderente ao pensamento pós-moderno, e escuto-o reverberar nas palavras dos eminentes pensadores e escritores atuais, mais que Heidegger e Wittgenstein (não sei se, nas esferas acadêmicas, dá-se o mesmo). Por isso, anseio que alguém me explique o pensamento de nosso filósofo, sobretudo quando leio certos posicionamentos dele os quais reputo como erros elementares. Um exemplo: tomemos a obra "O Anticristo", capítulo 41, onde lemos sobre a morte de Jesus (continua no comentário a seguir):

[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]

por mauro judice
2/6/2010 às
23h55

Uma verdadeira aula!
Uma verdadeira aula! Sinceramente, todos os pretensos artistas deveriam ler este seu texto. Hoje não se vendem mais discos, mudou a coisa, vendem-se shows! Os downloads de música envergaram a lei, estão aí... Se bem que, será preciso também mudanças na lei. Vou dar um exemplo de um cantor que vendeu muito disco, ganhou dinheiro, mas é pouco conhecido no Brasil, aliás aqui pouco viveu, só até meados da década de 70: Morris Albert, o maior vendedor de discos deste país, só com "Feelings" vendeu mais de 180 milhões, já chegando no total perto de 240 milhões no mundo todo. Hoje a maior renda é de shows e direitos autorais. Nossos tempos são outros e já se discute também a questão do domínio público e não do domínido DO público, já com ações em jurisprudência internacional. É preciso como você diz, estar atento, não basta experiência!

[Sobre "Música ainda é profissão?"]

por Celito Medeiros
2/6/2010 às
15h37

Julio Daio Borges
Editor

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