Segunda-feira,
10/5/2004
Comentários
Leitores
Tenho dúvidas sobre 1964
Houve uma época, a do golpe ou revolução, como queiram chamar as ocorrências de 64, em que não se tinha dúvidas sobre a tomada de poder pelos militares - considerava-se que a atitude deles era correta. Alguns anos se passaram e a democracia voltou ao Brasil. Nessa época, tomei conhecimento do que havia ocorrido durante a ditadura militar (naturalmente tudo o que veio ao domínio público através de relatos pessoais, livros e mídia). Novamente não tinha dúvidas - fora um horror! Torturas, perseguições, mortes, arbitrariedades, etc... Não poderia concordar com tais fatos comprovados. Atualmente estou lendo o primeiro livro da série de Elio Gaspari, A Ditadura Envergonhada. Leio e reflito sobre o texto que me parece isento e imparcial. Sem dúvida, estávamos à beira de ingressar num regime que, na minha humilde opinião, seria um desatre onde haveria as mesmas perseguições e tudo o que aconteceu nos 21 anos de ditadura. Encontrávamo-nos entre a cruz e a caldeirinha... A cruz de um regime comunista onde os primeiros a desaparecerem seriam o Jango, acessores, Brizola e outras figuras que eram fantoches apenas. A caldeirinha representada pelos militares no poder. Venceu a caldeirinha... Pelo que tenho lido, a caldeirinha era uma desorganização sem par! Ninguém se entendia e havia entre eles uma luta pelo poder quase os levando a guerrear entre si mesmos. Às vezes, diante do que leio, chego a rir! O golpe ou revolução, excetuando-se a parte de violência, de censura burra a tudo o que cheirasse a esquerdismo, parece-me agora uma grande piada, bem à brasileira. O fato é que alguns militares mais sensatos não desejavam levar avante e permanecer no poder por 21 anos. Mas a confusão era tão grande que entraram e não sabiam como sair. Foi mesmo com esforço e passando por cima de alguns generais que a abertura teve início. Tenho dúvidas, sim... Será que havia necessidade de durar tanto? Seria necessária a tortura? Necessária??? Não,tortura nunca é necessária. Ela é, sim, condenável. Quanto à participação dos norte americanos, só não atuaram porque o Jango caiu sem mesmo dar um grito e a esquerda era tão desorganizada quanto o foi o golpe ou revolução. Realmente os EUA não precisaram "ajudar" em nada na queda do Jango. Mas caso fosse necessário, alguém tem dúvida de que eles estariam prontos a atuar? Creio que, na atual conjuntura, ninguém pode ter dúvidas quanto a isso. Minhas dúvidas são em relação ao ser humano. Até quando vamos tolerar a violência, parta de onde partir?
[Sobre "Desfazendo alguns mitos sobre 64"]
por
Regina Mas
10/5/2004 às
04h36
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Literatura futura
Creio que a salvação dos autores inéditos será com a revolução na internet, que possibilitará que sua obra seja conhecida fora de sua aldeia. Chegaremos lá.
[Sobre "Os desafios de publicar o primeiro livro"]
por
Paulo Pegoraro
6/5/2004 às
17h00
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Silvia Plath
Paulo: encontrei seu texto pesquisando sobre Silvia Plath, depois de ver o filme Silvia... Adorei seu senso de humor... me diverti muito e quis te dizer isso. Se não por outro motivo qualquer, pelo prazer da descoberta, por percorrer sua criação de caminhos através das palavras, que você usa tão bem, com sinceridade e parcimônia... Carmen
[Sobre "Está Consumado"]
por
Carmen Teixeira
6/5/2004 à
00h01
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Realidades
O sol nasceu para todos, a sombra só para alguns.
Batido isso não? Mas uma grande verdade.
Sonhar é bom, mas com os pés no chão.
Desculpem mas sou muuuito realista.
Boa Sorte.
Su
[Sobre "Escrever para não morrer"]
por
Suely
4/5/2004 às
21h25
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grave erro: pluripartidarismo
Concordo com a tese de que, após tantos anos de autoritarismo, levaremos pelo menos o mesmo tempo para "iniciar" um processo de amadurecimento da democracia, que passa, não tenho dúvida, pela correçao de um grave erro: o pluripartidarismo. Essa forma de organização política, além de ser utilizada para o atendimento de interesses particulares ou coletivos de pequenos grupos políticos, impede a implementação de qualquer planejamento de governo, uma vez que o eleito não poderá, mesmo por aclamação, permanecer no governo mais que 8 anos consecutivos, o que considero muito pouco tempo para execução de projetos sociais ou não.
[Sobre "Detefon, almofada e trato"]
por
Antonio Carlos
4/5/2004 às
20h46
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mito injustiçado
parabens pela realização de ter ressuscitado esse mito injustiçado... palmas e + palmas para esse homem rico, riquissimo, de nossa da musica brasileira... eterno negro Simonal..
[Sobre "Wilson Simonal: o rei do Pa-tro-pi"]
por
sergio luiz f.
4/5/2004 às
18h12
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Apesar de vocês
Excelente texto. Alexandre, você tá se superando a cada dia. Parabéns
[Sobre "Apesar de vocês"]
por
Felipe
4/5/2004 às
02h16
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quem está errado?
Certa feita vi, ilustrando a capa de um livro de filosofia, a reprodução de uma gravura na qual se podia ver uma janela com sua vidraça estilhaçada e isso me impressionou profundamente. Como no mito da caverna de Platão, uma vez que travamos contato com a literatura o que se descortina daí pra frente ou nos tornará pessoas "melhores" ou então nos engendrará num mar de "loucura e solidão" e aí só nos restará aquela perguntinha martelando lá no fundo: - será que sou eu ou o mundo que está errado?
[Sobre "Escrever para não morrer"]
por
Gui
3/5/2004 às
20h56
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um país engessado
Somos um país engessado. Engessados pelo passado, pelos 30 anos de ditadura que não acabam nunca, dada a insistência da também ditatorial esquerda em lembrar sempre. Lembrar pra quê?
Engessados pelo futuro, nesse porvir que nunca vem por que nada fazemos no tempo que mais importa: O PRESENTE. Basta de 1964! Basta de o País do Futuro!
[Sobre "Gênios do pau-de-arara e saudosistas da violência"]
por
Getúlio Maia
3/5/2004 às
20h54
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Simonal
Parabéns pela iniciativa de resgatar a memória desse ídolo que pagou caro e injustamente.
[Sobre "Wilson Simonal: o rei do Pa-tro-pi"]
por
Mirthes
3/5/2004 às
16h32
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Julio Daio Borges
Editor
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