Terça-feira,
8/6/2010
Comentários
Leitores
Realidade paralela
E fantasia, irrealidade, ilusão, não é algo que nosso estimado filósofo admita como poder! Para ele, quem tem que inventar uma realidade paralela são os desprovidos de poder, pois os que têm o poder convivem muito bem com esta realidade, essa diferença sempre está exposta em seus comentários sobre a moral de classe baixa e a aristocrática. Vejo isso até quando faz aquelas comparações entre cristianismo e budismo. E, caríssimo Mauro, no quesito comer se refinou e evoluiu assim como o homem de Nietzsche deve ser, pois sua filosofia, segundo o próprio, deve evoluir, não pode estagnar... ele nos deixa isso explícito!
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
Carlos Patez
8/6/2010 às
12h04
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Filósofos tinham poder
Olá, Dulce. Realmente Nietzsche pode ter-se traído em muitas coisas, mas em querer ser controlado, não concordo. Quanto a isso tenho comigo que o filósofo, seja ele quem for, usa em primeiro lugar seu próprio corpo como laboratório de ideias. Apesar de sua frágil saúde ele conseguiu montar (como é o termo de sua preferencia) um sistema filosófico que continua póstumo, que incomoda, que nos faz a todos parar e pensar, e ruminar exatamente como queria, pois contesta nossos valores sociais, psicológicos e afins. E não foi apenas Nietzsche que negou a existência desse deus fantástico: Espinosa é o exemplo de alguém que foi duramente criticado por esta posição! Quanto aos filósofos gregos, na visão deste filósofo, em sua época quem detinha os poderes eram os querreiros, filosófos cantavam suas vitórias, seus heroísmos, eles reagiam às ações destes. Nietzsche sempre valorizou a ação em primeiro plano, logo a análise! Os filósofos tinham realmente muito poder, mas o poder de fantasiar.(continua)
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
Carlos Patez
8/6/2010 às
11h47
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Valia tudo, até se morder
A geração beat anda corada em nossos tempos. Se recordar as fogueiras sentimentais do passado em que transar era algo entre quatro paredes, sem importar com o sexo. Valia tudo, até se morder.
[Sobre "Sereníssima"]
por
Manoel Messias Perei
8/6/2010 às
05h04
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A pequenez dos homens de fé
Não colocamos a razão à frente de nossos sentimentos, apenas dissimulamos que o fizemos. Se o tivéssemos feito, teríamos dado à humanidade um testemunho de verdade. Teríamos provado alguma coisa, nosso comportamento seria basto. Não teríamos que nos acanhar em palavras, nem discursos, nem homilias. Ainda que por tentativas insuficientes e pusilânimes, senti o quão livre me tornei ao diminuir um pouco o instinto de agressividade; notei que, moderando a gula, deixei de comer por vício e apreciei muito melhor os sabores. Quantas coisas ganharíamos por vencer nossas fraquezas, o ego, ah, tivéssemos seguido o exemplo de Sócrates que, ao contrário do que dizia Nietzsche, mostrou o resultado de colocar a mente à frente das emoções básicas: o indivíduo se fortalece, se vitaliza, se alegra e pulsa. Uma pena que o grego tenha vivido em época onde não havia celular para filmá-lo para que, deste modo, todos o vissem, apenas o vissem em sua grandeza modesta. E veriam também a pequenez dos homens de fé.
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
mauro judice
8/6/2010 à
01h03
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Nietzsche tem razão
É... Somos isto. Nietzsche tem razão em denunciar nosso ressentimento com relação àqueles que têm o que não temos, e quisemos rebaixar os homens de valor, tomando-nos superiores a eles, tendo-nos por eleitos de Deus. Mas desconfio que nosso filósofo tenha caído em mesma armadilha do ego, como disse a Dulce no comentário acima. Só sei de uma coisa: Friedrich Nietzsche é o meu maior detrator. Ninguém melhor que ele nos mostrou, a nós, homens de fé, o quanto somos falsos, afetados, presunçosos e fracos. E, no entanto, sou grato a ele e a todos os pensadores que detrataram a religião. Nada como um cético para orientar um convicto. Contudo, o filósofo se enganou num ponto, para maior demérito nosso, crentes em Deus. Afirmou que inibimos os instintos e nos tornamos por isso em indivíduos exânimes, fracos e sem vontade (Vontade de Poder). Mas, não, querido Nietzsche, nós não fizemos isto. Não inibimos nossa animalidade, nossos instintos, nós os castramos (Patez está certíssimo).
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
mauro judice
8/6/2010 à
00h56
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A justiça é como o teatro
Química? Que tal ler "Tabela Periódica" de Primo Levy, autor de "A Trégua", onde ele declara que a "justiça é como o teatro"? Quem discorda?
[Sobre "Elogio Discreto: Lorena Calábria e Roland Barthes"]
por
Paulo Pereira
7/6/2010 às
15h07
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Essência, pura e simples
simplesmente sofisticado Assim mesmo sem vírgula nem ponto e nem mesmo caixa alta. Essência, pura e simples. Infeliz daquele que, diante desse texto, diante das pessoas que praticam o que o texto simplesmente retrata, não for cordato. Temos aqueles que por falta de atitude, postura, caráter ou dignidade trocam o diálogo por silêncio calunioso, não querem se comprometer com o entendimento do mais simples, pois lhes exigirá o rogo da prática. Obrigado por seu texto, querido escritor.
[Sobre "Simplicidade ou você quer dormir brigado?"]
por
Fredh Hoss
7/6/2010 às
15h05
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O medo como controle
Já que mais uma vez o sr. Mauro cita esta grande festa dos instintos, aqui cabe uma pergunta: Por que o culto ao corpo, aos instintos, incomoda tanto? Aceitando os instintos, sejam eles de qualquer grandeza, sinto que podemos controlá-los, pois, sabedores de nossos limites, reconhecemos o limite do outro! Creio também que em nossa "sociedade cristã" somos castrados destes instintos, e não vejo que essa "sociedade cristã" hoje em dia estão conseguindo o que seria seu objetivo primário: através do medo de ir para o inferno domesticamos e controlamos à todos. Poderei continuar nossa conversa através do e-mail ou do blog, como queira! Se quiser tornar pública a nossa conversa, use o blog! Respeitosamente grande abraço a todos que nos acompanham!
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
Carlos Patez
7/6/2010 às
13h52
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Acreditar nos instintos
Creio que Jesus, nesse episódio, se é que o mesmo aconteceu, se referiu mesmo às leis vigentes, que num povo tão "religioso" costuma ser lei = dogma, contra a lei = pecado! Nietzsche assim raciocina (o cristianismo como algo definitivo), porque a própria Bíblia não deixa vazão para outro pensamento que seja, pois a lei é definitiva! Até tem um livro nesta coleção que se chama Apocalipse! Querer salvar Paulo de Tarso do estrago que fez, é trabalho inglório. Por causa dele e de alguns que estiveram fazendo esta coletânea, nunca saberemos de fato o que ocorreu naqueles dias idos. Mas o que fica é sua grande vontade de que todos pensem como eles, para que possam sempre prever o homem domesticado. Um homem que despreza seus sentidos, seus instintos, e que sua noção de felicidade é algo como obedecer, obedecer, obedecer... Creio que, acreditando em nossos instintos, seríamos muito mais respeitosos com nosso próximo, com nossos adversários, pois reconheceríamos nestes também o poder em nós inerente! (continua)
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
Carlos Patez
7/6/2010 às
13h34
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Nabokov já era hipertextual
Bela resenha, Guilherme. Você pegou um dos aspectos importantes pelos quais "O Original de Laura" deveria mesmo ter sido publicado: a possibilidade de olharmos sobre os ombros do escritor. Nabokov não era um autor linear, não escrevia o capítulo 2, depois do 1, o 3, depois do 2, etc. Ele era hipertextual. Preenchia os espaços, dizia. Em 09/2009, eu participei de uma mesa na Academia Brasileira de Letras com o professor Brian Boyd (maior especista na obra de Vladimir) em que se comparou as obras de Machado de Assis e Nabokov. Na mesma época, o entrevistei para o Prosa Online, dois meses depois, eu mesmo também publiquei uma resenha de "Laura" no JB. Com o advento e popularização da internet, penso que "Laura", 30 anos depois de seu doloroso nascimento - sendo que, para isso, da forma como "nasceu", tenha sido necessária a morte de seu autor -, tenha sido publicado no momento certo. Abs, CS
[Sobre "O Original de Laura"]
por
C. S. Soares
7/6/2010 às
12h36
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Julio Daio Borges
Editor
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