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Quarta-feira, 3/11/2004
Comentários
Leitores

O imortal Ribamar
O Elio Gaspari costuma elogiar os romances do Sir Ney, mas creio que ele não pode ser considerado um leitor isento, já que é amigo do nosso ilustríssimo ex-mandatário. Certa vez, li uma crítica na Veja (acho que era do Diogo Mainardi) comparando o estilo literário de Sarney com o de outro acadêmico oriundo do Maranhão: Jousé Montello. Conclusão do crítico: ambos são muito ruins...

[Sobre "Em defesa da Crítica"]

por Flávio
3/11/2004 às
22h12

Gostei muito
Gostei muito do que li. Obrigado, Pedro Pazelli

[Sobre "Aflições de um jovem escritor"]

por pedro pazelli
3/11/2004 às
21h03

alguém leu o livro do Sarney?
Quê isso, gente!? É claro que não é possível pensar num livro sem pensar em quem o escreveu. Não só por coisas óbvias, como a época e o contexo no qual foi escrito (que tem muito a dizer sim), mas o caráter do sujeito também. Veja bem um exemplo, o Sarney é da Academia Brasileira de Letras, mas nunca ouvi falar de alguém que leu livro dele. A questão é: por quê? Gente, o que um cara desses tem a dizer, por mais que seja coisa boa, realmente não importa.

[Sobre "Em defesa da Crítica"]

por Víktor Waewell
3/11/2004 às
15h56

a melhor coluna sua que li
Muito bom, Adriana. Talvez seja a melhor coluna sua que li. É mesmo... pobre tempo ser dinheiro. Acho que tempo é a coisa mais preciosa que eu tenho, a maior riqueza que... posso "comprar" com minhas horas trabalhadas. Mas conseguir mais tempo, pra mim, significa mais tempo mesmo, que eu não gasto à toa nunca com televisão ou coisas do tipo. No fim das contas, só fico imaginando a velhinha fazendo tricô no aeroporto, acho que ela tá mais para melancolia do que felicidade. Eu mesmo jamais iria para um aeroporto, pronto para viajar, com amigos coisa e tal, e iria fazer tricô ao invés de tomar uma cerveja. (Mas tá, ela é velha, a gente dá um desconto.)

[Sobre "Por que corremos e não chegamos a lugar algum"]

por Víktor Waewell
3/11/2004 às
14h48

Me identifiquei
Muito interessante o texto. Me identifiquei com ele. Abraço, Isa

[Sobre "Aflições de um jovem escritor"]

por Isabel
2/11/2004 às
19h30

Uma delícia de aula
Sim, que bom saber do livro da Marisa Lajolo com o parágrafo sobre o leitor que independe das análises para buscar uma boa leitura... Muito feliz: vou guardar o texto. Um abraço.

[Sobre "A vida sem computador"]

por Gisele lemper
30/10/2004 às
20h18

Fazer o que se gosta
Achei ótimo o seu texto. Na minha área de atuação, também achava que os melhores pesquisadores fossem modelos de pessoas... Me surpreendi muito quando conheci e comecei a trabalhar com alguns deles. Na verdade eu aprendi que sucesso, qualidade intelectual, capacidade de reflexão não tornam uma pessoa necessariamente agradável ou mesmo honesta. Uma coisa é independente da outra. Eu aprendi a ler os livros sem me preocupar com quem escreve, como admirar os teoremas de Gauss sem ligar para a personalidade odiosa do homem. Com o tempo, a importância das coisas diminuiu... O que é ser eterno? Fama? Deixar uma marca? Acho que é mais simples. Fazer o que se gosta, com prazer. Isto fica com você, e não é só depois da lápide que irá sentir o gostinho... Se você tem o temperamento para viver em sociedade, ouvir um obrigado ou sentir a gratidão das pessoas por você, é tão prazeiroso quanto escrever uma tese... E com o tempo você percebe que todas as pessoas, tenham elas este ou aquele caráter, dividem com você suas dores, dúvidas, alegrias e tristezas.

[Sobre "Em defesa da Crítica"]

por Ram
30/10/2004 às
18h58

tudo parece no lugar certo
Eu acho que o problema não está no capitalismo. O "problema" está mesmo em cada indivíduo. Eu acredito que por causa do capitalismo mesmo, tive a oportunidade de estudar, de viver em lugares diferentes, e partcipar da minha maneira na sociedade. Talvez não seja o padrão de sucesso capitalista, mas sinto que não sou forçado a estar "na melhor casa", no "melhor carro" ou com "melhores pessoas". Pelo contrário, a liberdade me parece algo interno, atrelado a cada pessoa. É livre quem investiga suas idéias, quem experimenta criar coisas, seja uma receita a noite para um amigo, seja um quadro ou uma música para o filho. Eu já vi pessoas nervosamente tecendo no metrô, como já vi pessoas bastante agitadas calmamente vivendo a vida. Talvez, a velocidade da sociedade, é a velocidade com que nos acostumamos a querer encontrar ideais na sociedade, lemas, "super poderes", para guiar nosso jeito de ser e sentir. Quando acreditamos que palavras substitutem o contato, idéias substituem a vivência, salas de arte ocupam os lugares dos parques e jardins, e pensar substitui ser pleno, certamente nos desligamos da única coisa realmente livre: nossa identidade pessoal e universal. Aproveite um dia destes para deixar idéias, livros, pensamentos em casa, e descansar na areia da tarde de uma praia pertinho de casa. De repente, tudo parece que está no lugar certo. É o problema do Nossoísmo... Nunca, nada parece estar no lugar certo, exceto que o certo é a ilusão da nossa mente.

[Sobre "Por que corremos e não chegamos a lugar algum"]

por Ram
30/10/2004 às
18h52

palavras em ações
Uma das consequências da liberdade de expressão é justamente a polarização das idéias. Afinal, para ser notado, para ter um perfil, um ideal, não se tem receita pronta, devemos escolher um polo. É melhor deixar cada um escrever como quer, pois a ideologia é somente uma faceta da realidade. A menos significante. Quantos destes "conversores de homossexuais" estarão dispostos a levar um padre a um homossexual? O que falta mesmo na sociedade brasileira são pessoas que transformem palavras em ações. Ou que ao menos usem as palavras não para ditar ordens sociais, mas como forma de entretenimento, ou, mais importante, de inspiração. Quantos romances e histórias bonitas não me inspiraram ou me levaram a horas mágicas? PS: Acho que mais um fator que influi é que a sociedade brasileira é dominada em todos níveis por um pensamento reciclado da geração pós-ditadura... Naturalmente, daí os jovens irem para a direção contrária. Sucesso com sua jornada das palavras para a ação!

[Sobre "Ideologia: você quer uma pra viver? Eu, não"]

por Ram
30/10/2004 às
18h44

Livros simples
Para mim a ausencia do computador nao parece ter surtido efeito: continuo aprendendo com seus textos da mesma maneira... Vou ler o livro da Marisa Lajolo, pois nunca li nenhum livro com um painel mais simples da literatura nacional (aka, mais simples = compreensivel para mim).

[Sobre "A vida sem computador"]

por Ram
30/10/2004 às
18h36

Julio Daio Borges
Editor

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