Sexta-feira,
12/11/2004
Comentários
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Morrissey e nós
Apesar de gostar demais do Velho Moz, sempre gostei mais dos Smiths. Tenho duas coletâneas do Moz solo e o Viva Hate, recentemente saído no país, com bonus tracks. Os anos 80 são verdadeiramente The Smiths, The Cure e U2, além de, para mim, não conseguir excluir o REM, nem que eu quisesse. Também tive minha fase heavy metal (AC/DC e Iron Maiden, parando por aqui). Já comentei anteriormente que, aqui no Norte, tudo é muito difícil. Só sabíamos dos discos importados através de revistas especializadas (Bizz, depois Showbizz, Rock Brigade, que eram as que apareciam por aqui). Lembro que ouvia tanto o “Hatful of Hollow” (em vinil) que o coitado chegou a furar. Ainda o tenho e também “The queen is dead”, “The world won’t listen”, “Louder than bombs”, “Rank”, o primeiro Smiths, e dois EPs, tudo em vinil. As duas coletâneas do Moz dão uma idéia do que o bardo de Manchester era capaz sem seus partners na banda: língua afiada, desencanto sem fim, aliados a sua precisa verve oscar-wilderiana. Eu provavelmente não vou ouvir um guitarrista tão virtuosístico e, ao mesmo tempo, tão melódico quanto Johnny Marr. Não lembro de ter ouvido antes dos Smiths e tenho certeza de que até hoje, pós-tudo, não ouvi. De qualquer forma, ressuscitar os bons tempos do rock inglês servem como alento nesta época em que evanescentes bandas pipocam nos hit parades e nossos horizontes musicais se estreitam a ponto de nos credenciarmos a revivals, na esperança de que tais túneis do tempo nos levem para longe de terras de gigantes em sonoras viagens ao fundo do mar.
[Sobre "Lembranças do Morrissey"]
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Pepê Mattos
12/11/2004 às
22h26
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The Smiths vs. The Cure
Morrissey espezinhava Robert Smith e sua banda sempre que tinha oportunidade, assim como provavelmente desprezava U2 e The Police. The Smiths nunca fez parte de nenhum "movimento" ou panelinha do rock britânico. Em termos estéticos, o único grupo com o qual eles talvez tivessem alguma afinidade era o REM.
[Sobre "Lembranças do Morrissey"]
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Flávio
12/11/2004 às
13h56
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espaço para assinar embaixo
Você deveria ter deixado espaço para podermos assinar embaixo. Detesto quando os textos de meus amigos são melhores...
[Sobre "Lembranças do Morrissey"]
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André Lima
11/11/2004 às
15h58
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faltou o cure
smiths, U2 e police? um tem tanto a ver com o outro quanto jota quest e sex pistols. faltou o cure. cure e smiths, smiths e cure, andavam de mãos dadas nos anos 80. noves fora o caju.
[Sobre "Lembranças do Morrissey"]
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carl
12/11/2004 às
12h10
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Obrigado por suas palavras
Obrigado por suas palavras. Mas eu sou mesmo é uma alma atormentada pelo silêncio.
[Sobre "Um conselho: não leia Germinal"]
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Paulo Polzonoff Jr
12/11/2004 às
10h13
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formatando a unidade C
Ah, Andréa... há dois mundos, ou eu não tenho idéia e há mais deles por aí... sabe, eu achava que era válida a estética da denúncia, mas quando vejo que há quem se aproveite disso pra se promover, penso que o tempo das revoluções já passou. A miséria existe, e existirá por muito tempo. Quem irá contra ela? De verdade? Eu tenho vontade de esquecer, esquecer tudo. Não sou miserável nem abastado. Apenas tive chance de ir um pouco além do que é meu meio. Mas, a despeito disto, carrego comigo a decepção. Sim, decepção porque eu vi grupos ditos "de esquerda" tornarem-se diferentes do que diziam ser. Prometiam maravilhas e pouco aconteceu neste sentido. Por isso, miseráveis continuam miseráveis. E alguns dos que ainda não eram, tornaram-se. E agora? Nem sei mais o que dizer. Não vou defender Zola nem condenar. Nem mesmo condenarei velhos "esquerdistas". Tudo é diferente demais dos tempos de Germinal. Eu não sei como se dariam certas mudanças (seria ótimo se houvesse uma resposta pronta, não?), talvez devessemos formatar a unidade C: e começar tudo do zero. É triste, mas necessário... se temos mais de dois mundos, há mais tipos de miséria do que podemos imaginar. Bom, é isso... boa noite.
[Sobre "Um conselho: não leia Germinal"]
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Alessandro de Paula
12/11/2004 à
01h09
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sua soberba analise
Daniela, um complemento importante para a sua soberba analise sobre o compartamento do eleitor medio americano foi o poder da midia conservadora que apoia o presidente Bush sem critica-lo de forma alguma. A rede de televidao a cabo Fox e' praticamente uma extensao da atual administracao em materia de manipular seus telespectadores. Como voce colocou muito bem, o meio oeste americano tambem conhecido aqui como "bibble belt" e "red neck states", devido 'a maioria esmagadora de populacao branca e altamente religiosa, abominam qualquer tipo de influencia externa e sao capazes de pegar em armas para defender o status quo (o fundamentalismo religioso e altamente palpavel nesta regiao do pais...). Parabens por mais uma brilhante coluna acerca da cultura americana contemporanea. Um abraco, Edson Cadette
[Sobre "Uma derrota moral"]
por
edson cadette
12/11/2004 à
00h33
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homem bonito é bom de ver
Sejamos honestas, homem bonito é bom de ver. São lindos os comerciais com nenéns gordinhos e cachorros. Mas é ingenuidade pensar que é isso que vai fazer a mulher brasileir (especialmente as donas de casa) comprar(em) um produto. Ao contrario do que a sociedade machista acredita, nós, mulheres, somos muito racionais na hora de gastar: queremos produtos de qualidade e empresas sérias que se preocupam em atender bem e em voltar parte de seu lucro para a sociedade.
[Sobre "Do que as mulheres não gostam"]
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Ligia
11/11/2004 às
22h42
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a definição de arte varia, sim
Concordo plenamente quando Adriana Baggio critica o reparo das obras de arte durante o horário em que a Bienal está aberta ao público, mas a questão mais importante é o porque isso acontece. A Bienal abre de segunda a segunda das 9 às 22 hrs., os organizadores deveriam saber que isto geraria problemas na manutenção e também transtorno para o público, por outro lado eles sabem que numeros grandes atraem patrocinadores grandes... Agora acho importante lembrar que a Bienal trata de arte contemporanea e as obras de arte estão sempre se relacionando com elementos externos... Colocar uma barreira entre a obra e o resto do mundo seria regredir em séculos. As estátuas voltariam para os pedestais e os quadros não estariam completos sem suas molduras. Nada contra este tipo de arte mais "clássica", mas tudo tem o seu tempo. Quanto a dolorosa definição de arte, a qual a Adriana atribui a Antonio F. Costella, proponho uma alteração: "o que caracteriza a PUBLICIDADE é a estética, o conjunto de aspectos que faz O PRODUTO ser agradável, que emocione as pessoas, que possa ser considerada bela além da subjetividade desse conceito, que exista não por utilidade, mas para VENDER". Por favor, a definição de arte varia, sim! Não podemos olhar pra uma obra de arte feita hoje como olhamos para uma obra feita há alguns séculos.
[Sobre "Bienal: obras ou arte?"]
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Lígia
11/11/2004 às
22h18
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Fundamental profissionalização
Prezada Liana, fostes muito feliz em citar Balzac. Esse grande prosador frances iniciou a carreira escrevendo folhetins. Parece que tinha uma produção prodigiosa, um livro por semana, embora a qualidade fosse, na grande maioria das vezes, sofrível. Fazia para ganhar dinheiro. Depois tentou ser editor, mas sempre, em toda a sua vida, Balzac ganhou dinheiro com literatura. No século XIX, a literatura era uma carreira, embora, nós sabemos hoje, era restrita a uma elite que tinha acesso à educação e línguas estrangeiras. Hoje o acesso é mais amplo, apesar de que os píncaros da cultura sempre continuam facilitados para quem possui tempo e dinheiro para escalá-los. Profissionalização é fundamental para qualquer arte. Dizem que é bom o artista sofrer e ralar na lida diária, mas quem é artista sabe muito bem que, para se desenvolver as técnicas, é preciso praticar muito e adquirir uma vasta cultura, e isso, minha cara, mais que difícil, exige tempo... E o que é o trabalho, senão o processo pelo qual vendemos nosso tempo em troca de dinheiro?
[Sobre "Aflições de um jovem escritor"]
por
Miguel do Rosário
11/11/2004 às
19h12
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Julio Daio Borges
Editor
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