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Quarta-feira, 2/2/2005
Comentários
Leitores

Texto oportuno
Marcelo, que texto oportuno! E você falou de todos os aspectos importantes do tema – a começar que a leitura não é só recepção passiva, mas também produção (de sentido e de novos textos). A gente precisa de uma sociedade menos injusta onde a urgência do quilo de açúcar não faça livro parecer supérfluo. Fiquei pensando nos metrôs europeus, onde sempre via um monte de gente mergulhada em livro, até nas escadas rolantes. Aliás, o nosso metrô da Paulista tem umas máquinas de vender livro barato – será que funcionam?

[Sobre "Política de incentivo à leitura"]

por daniela sandler
2/2/2005 às
16h55

menos burro
Saber que você assiste o Big Brother me faz sentir menos burro por assistir Smallville.

[Sobre "Desconstruindo Marielza"]

por david
2/2/2005 às
14h50

Casmurrice
Caro Domingos, suas idéias parecem estar bem consolidadas e não é meu objetivo demovê-lo de suas certezas. Entretanto, não posso deixar de anotar: o próprio Machado de Assis já havia deixado claro a propósito do teor sorumbático do livro. Basta atentar para o título da obra. Dom Casmurro. Casmurro, segundo dizem os dicionários, quer dizer "Que, ou aquele que é teimoso, implicante, cabeçudo". Assim, não há necessidade do trocadilho infame "Dom Chaturro". Antes, é melhor saber o significado das palavras. Forte abraço, parabéns pelo texto, Fabio

[Sobre "Machado e Érico: um chato e um amigo"]

por Fabio Cardoso
1/2/2005 às
10h15

Corajoso
Corajoso esse depoimento em relação a um clássico. Nos últimos anos tenho feito uma revisão do Machado - do qual, diga-se, nunca gostei - e descubro em determinados contos um Machado criativo & de humor afiado, além de inteligente; mas "Dom Casmurro", lido há tanto tempo, considero (salvo venha a reler depois e mudar de idéia) um romance difícil de engolir... O válido, o importante aqui, para mim, lendo essa crítica, é isto: a liberdade que todos nós devemos ter de criticar/discordar de um "clássico". E admitir, no final das contas, esta verdade escamoteada por pretensos entendidos em literatura: ler é sempre gosto pessoal, troca de visões de mundo, diálogo do autor com o leitor. E, se não me agrada a conversa de um escritor, tenho de ter o direito, a liberdade sagrada de dizê-lo - do mesmo modo como diria de um conhecido a quem passo a evitar: "É um chato".

[Sobre "Machado e Érico: um chato e um amigo"]

por Carla
1/2/2005 às
06h46

Another pint, mate!
Speakers corner, aventuras intelectuais e psicológicas, Hyde Park... sabe, meu caro, seu texto me deixou até com saudades de odiar Londres de novo. Another pint, mate! E outros textos, com a bela serenidade de costume!

[Sobre "Inesquecíveis aventuras"]

por Diego Ferraz
31/1/2005 às
18h12

Bentinho anti-ético
"Além de justificar comportamentos anti-éticos como os de Bentinho..." Caro Domingos, gostaria de parabenizá-lo por sua pequena meditacao sobre o Sr. de Assis, sobretudo pela frase que cito acima. Sim, concordo integralmente com sua análise: um personagem como Bentinho pode certamente justitificar comportamentos anti-éticos por parte de seus leitores. Por suas contradicões; por sua inconstância; por sua ironia; por sua imoralidade... Às vezes me pergunto por que razão o Sr. de Assis näo fez de seu personagem um sujeito mais agradável, mais correto e retilínio, que trabalha de verdade, que liberta seus escravos, que escreve sem inconstância aos enfermos, e, evidentemente, que encara a traicão de sua mulher sem se tornar amargamente vingativo? Sinceramente, não entendo a razão. Felizmente, trata-se de um livro mesmo chato, cheio de firulas, que sem dúvida será repulsivo a leitores futuros. Ainda bem! Deixará de cair em mãos erradas, e de justificar mais acões anti-éticas por parte de dementes leitores... Grande abraco

[Sobre "Machado e Érico: um chato e um amigo"]

por Diego Ferraz
31/1/2005 às
17h55

a intelligentsia nacional
Até que enfim a intelligentsia nacional se pronuncia sobre o "Dom Casmurro," uma das nossas maiores obras literárias. Lembro, com saudade, a opinião do igualmente saudoso Ibrahim Sued sobre Marcel Proust: "Um chato!" Coincidência? Está bem, a partir de hoje, eu que a vida inteira me diverti lendo "Dom Casmurro" vou passar a considerá-lo "uma chatice" porque o extraordinário crítico literário Domingos Pellegrini assim o exige. Outro dia, o Millôr Fernandes disse numa entrevista que Machado de Assis é bobo. Também sugeriu que Bentinho era viado. Outra coincidência? Diferentemente de Pellegrini, Millôr é inteligente; mas desmerece a sua inteligência quando emite pareceres incompetentes como esse, ditados acima de tudo pela inveja e pela impotência. Pellegrini deve pertencer à escola dos críticos literários da Folha de S. Paulo, que acham que independência intelectual é chamar o "Hamlet" de "pecinha chata de Shakespeare". De uma coisa não tenho dúvida: quando se refere a Janete Clair, Pellegrini sabe muito bem do que está falando.

[Sobre "Machado e Érico: um chato e um amigo"]

por sergio arruda
31/1/2005 às
15h52

precisas de um assistente?
E aí Edu, que vida, hein! Aulas com lareira, gravata borboleta... precisas de um assistente?? Sinceramente acho que deves "dedicartes" mais a escrita! Parabéns! Um abraço e aproveite o quanto der e não der!

[Sobre "Inesquecíveis aventuras"]

por Ricardo Jahnel
31/1/2005 às
11h26

um Amaury Junior fofinho
Definição de Jô Soares: um Amaury Junior fofinho.

[Sobre "Anti-Jô Soares"]

por Vicente Conessa
31/1/2005 às
11h02

oficinas de leitura
Pessoalmente, não acredito em "políticas" de leitura (até porque é do interesse dos governos em geral em que não se leia, ou que se leia mal, ou seja, acriticamente: que governo quer cidadão consciente?); mas, se tivesse de opinar ou apresentar idéias, votaria nas oficinas de leitura – tendo trabalhado por um ano e meio numa, pude observar em primeira mão que é possível "fazer nascer" o desejo/interesse pelos livros – até porque é vital apresentar às crianças carentes um outro mundo, longe de drogas, tráfico, violência...

[Sobre "Política de incentivo à leitura"]

por Claire
31/1/2005 às
05h18

Julio Daio Borges
Editor

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