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Sexta-feira, 25/2/2005
Comentários
Leitores

A parte e o todo
Bildung, expressão alemã que se traduz em português por "formação", é um conceito assaz complexo que envolve discussões sobre cultura, política, economia etc. A propósito, Kant, em Reflexões sobre a educação, entende que Bildung, como subdivisão da educação, abrange a instrução e a "conduta". Desse modo, faz sentido o significado atribuído ao termo de "romance de formação", isto é, o de desenvolvimento intelectual.

[Sobre "Os Clássicos e a Educação Sentimental"]

por Fabio S. Cardoso
25/2/2005 às
10h58

Variações Sobre o Mesmo Tema
Certa vez eu estava pensando quais as dificuldades cotidianas, além das financeiras, um site poderia enfrentar. Não perguntei por e-mail, pois isto é assunto para ser tratado pessoalmente e com tempo. No fim, você escreveu a coluna e respondeu.(Telepatia?) Incrível a cara de pau das pessoas. Muitas chegam cá no escritório e já abrem a boca dizendo: eu quero "entrar" com tal ação, mas só pago o senhor quando eu receber do Fulano. Ou: "você faz a cobrança e inclui suas custas nas depesas do locatário" (ou seja, se o devedor não paga, eu também não recebo). Como não vivo de graça, mando procurar a justiça gratuita. Antes eu era mais subtil, atualmente falo e levanto para despachar a pessoa. Mundo imundo, desculpe o jogo de palavras. Grande abraço, parabéns pela coluna, RM

[Sobre "Eu sei o que é melhor pra você"]

por Ricardo de Mattos
23/2/2005 às
11h59

Romance de formação
O termo "romance de formação" não se refere às obras capitais para o desenvolvimento intelectual -- uma das qualidades atribuídas aos "clássicos". Romance de formação, ou de aprendizagem, é um subgênero do romance -- é como dizer, numa comparação meio boba, mas enfim, romance de aventura, ou de capa e espada... A característica principal desse tipo de romance é ter por tema o desenvolvimento de seu protagonista. A obra que "inaugura" o termo é o "Wilhelm Meister", de Goethe -- daí outro nome para a coisa ser alemão: "Bildungsroman". Outros exemplos conhecidos são "O retrato do artista quando jovem", de Joyce, e, no Brasil, obras como "Encontro marcado", de Fernando Sabino.

[Sobre "Os Clássicos e a Educação Sentimental"]

por Francesca
21/2/2005 às
22h42

sem ar puro o livro puro
Cara Fernanda, obrigado pela leitura e pelo comentário. Fica meio difícil sair e respirar um pouco de ar puro aqui em campinas para sentir a vida melhor. talvez esta seja uma das razões pelas quais eu me tranque em casa para ler e só ler... jardel

[Sobre "O crime e o castigo de um clássico"]

por jardel
21/2/2005 às
13h29

O que há por trás da dislexia
Suas palavras são apropriadas para o momento em que estamos vivendo. Louvo sua perceptível formação filosófica, evidenciada pelas citações de autores clássicos. Gostaria apenas de acrescentar que, se a minoria letrada dos jovens deste país possui os relatados sintomas, isso é resultado do desmonte da formação humanística neste país. Uma sociedade tecnicista, formada para fornecer matéria-prima barata e abundante em troca de kits eletro-eletrônicos de alta tecnologia, não precisa pensar, ou melhor, não deve pensar. O stress de informação age como um desorientador e paralisa qualquer possível articulação política, anulando uma eventual reação contra o papel que nos é imposto pelas nossas elites, completamente vendidas ao interesse estrangeiro por migalhas que as permitam acessar os shopping centers, outlets e malls. Seria uma versão atualizada das miçangas e espelhos oferecidos aos índios na época do "achamento". Nossas peruas e venais caciques manipulam as informações na mass media em prol de seu privilegiado status de amigos dos saqueadores. Sempre foi assim. Assim será até que a última gota de água do Aquífero Guarani seja transportada e então nada mais restará deste espoliado continente.

[Sobre "Apocalípticos, disléxicos e desarticulados"]

por Marcelo Zanzotti
21/2/2005 às
12h29

o talento e o desencanto
Colega, tenho medo de (sermos) acorretados pelo desencanto. Gostaria de falar com você e outros autores nessa situação.

[Sobre "Os desafios de publicar o primeiro livro"]

por Carlos Kahe
21/2/2005 às
08h09

releitura
um fato importante foi traçado aqui: a releitura... a maturidade na experimentação da catarse que o texto oferece...

[Sobre "Sobre Os Clássicos"]

por Camila Zaguini
20/2/2005 às
23h50

ne sutor ultra crepidam...
Um sujeito que, aluno de Letras, deixa de ler Machado de Assis "porque a política estudantil não dava tempo" acaba de definir-se como aquilo que Mário de Andrade chamava de "uma reverendíssima b..."! Gustavo Aguiar Rocha da Silva

[Sobre "Machado e Érico: um chato e um amigo"]

por Gustavo A. R. Silva
20/2/2005 às
22h11

Carta a Ana Elisa Ribeiro
Prezada Ana Elisa Ribeiro: seu aprendizado na década de 80 foi muito parecido com o meu na década de 50. Lemos muitas coisas em comum, você leu alguns autores que não li e de minha parte li outros que você não mencionou. Concordamos no que é essencial: ler nada faz pelo ser humano, a não ser torná-lo melhor. Por favor, diga quem foram os idiotas que se reuniram para dizer besteiras sob os auspícios do banco Itaú. Cordialmente, Gustavo Aguiar Rocha da Silva

[Sobre "O clássico e a baleia quadrúpede"]

por Gustavo A.R.Silva
20/2/2005 às
22h04

o seu silêncio
São tão intrigantes, os campos de idéias desse escritor, o tratamento que a vida lhe deu e então o seu silêncio. A hipótese que me vem rodeiam certas interrogações sobre ele: No momento em que nega uma disposição com o outro, expressa que não a quer de ninguém? Quando não escreve mais, não acredita mais no homem? Se não acredita mais no homem, é pq se conheceu de tal forma que julga que não há um porquê? A existencia não é um risco? Se não se sente uma energia extraordinária em algum momento que faça tudo valer a pena, no que se apoiar quando se está boiando no esgoto? Se há a lembrança dessa energia, por que não desejar que ela continue a existir, mesmo que não todo o tempo, e sinta que existe algo pelo que se empenhar, caminhar, correr e por que não dançar? Não acho que Raduan parou de escrever por que há um excesso de verdade no mundo, mas talvez não tenha encontrado (no sentido mais profundo de encontro) mais motivação e sentido para sua energia criadora, para qualquer crença que o inspire, que passem pelo seu crivo individual. Acho que suas obras foram gritos desafogados de si e pensando que "o escritor escreve-se para que o leitor se leia" o corte dessa "comunicação" foi por uma distância incalculável que se deu.

[Sobre "A solidão povoada de Raduan"]

por beatriz
18/2/2005 às
18h09

Julio Daio Borges
Editor

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