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Sexta-feira, 11/3/2005
Comentários
Leitores

Turma da Pilantragem
Tenho 46 anos e era um aficcionado por Simona e a Turma da Pilantragem quando criança e só fiquei sabendo do ocorrido quando já pré-adolescente. Afinal, quem eram os PILANTRAS na verdade?

[Sobre "Simonal e O Pasquim: nem vem que não tem"]

por Edson Aquino
11/3/2005 às
22h14

Para amar São Paulo
Achei um pouco estranho chamar os prédios da Paulista de "arranha-céus". Um arranha-céu tem que ter 200m de altura, isso quer dizer que em São Paulo e no Brasil inteiro, não existe nenhum arranha-céu.

[Sobre "Para amar São Paulo"]

por Marcel Jueres
11/3/2005 às
21h43

ler é prazer e dor
Caro Luiz, obrigado pela leitura do texto. concordo com seus comentários, apesar de achar meio cansativo tanta teoria. mas assim é, ler é um prazer e uma grande dor.

[Sobre "O crime e o castigo de um clássico"]

por jardel
11/3/2005 às
07h32

Todos os Nomes
Legal seu texto, Dário, parabéns! Meus problemas (e queixas) se devem pelo Silvestre. Sabe como é, as crianças são cruéis. Então, tive de arcar com meus coleguinhas me chamando de Fabio Silvester Stallone (eis minha primeira rusga com esses trocadilhos infâmes). Antes do Digestivo, eu assinava Fabio Cardoso. E só. No máximo Fabio S. Cardoso. Ah, e a opção de não colocar acento é minha, apesar de muita gente reclamar. Mas divago...

[Sobre "É Julio mesmo, sem acento"]

por Fabio Cardoso
10/3/2005 às
22h34

só me resta a devassidão
Cara Adriana, poderia iniciar meu texto citando o feito de: Melanie Klein, Hannah Arendt, Simone Weil, Golda Meier, Margareth Thatcher, Susan Sotang entre outras. Há mulheres independentes(sic) que subjugam mulheres semi-escravas: babás, faxineiras, empregadas domésticas. Quanto ao comércio, sugiro que confira, evidentemente, para uma determinada classe, o faturamento de lojas: de flores, jóias e perfurmes. Mas, aproveito o espaço para dar destaque a uma mulher que fez história e que contribui, em muito, com a leitura do que ocorre hoje. Seu nome - Rosa Luxemburgo e sua célebre frase "Socialismo ou barbárie". Acredito que devamos deixar a formação biológica de lado, afinal já é possível escolher se a sociedade deseja que nasça homem ou mulher. Devemos estar atentos para os rios de sangue que o tal do "pensamento único" produz nas palavras de Luxemburgo as classes dominantes ou o neoliberalismo "derramam... rios de sangue, todas elas marcham sobre cadáveres, assassínios e incêndios, instigam guerras civis e traição, a fim de defender os seus pivilégios e o seu poder (...) cidades tornadas ruínas, dos países transformados em desertos, das aldeias que viraram cemitérios, de nações inteiras que se tornaram mendingas." Recentemente, no Cairo, Amr Moussa dirigente da Liga Árabe afirmou sobre a guerra do Iraque "os portões do inferno estão abertos no Iraque". E com o diabo (sic) solto o que vivemos é a mais terrível das barbáries, com homens, mulheres e crianças subjugados. Como não creio nos homens e nas suas instituições e não creio em mim só me resta a devassidão.

[Sobre "8 de março: não aos tapas, sim aos beijos"]

por luiz fernando c. da
10/3/2005 às
16h27

tenho orgulho das mulheres
Cara Adriana: apreciei seu texto e gostaria apenas de comentar que o dia 8 de março é uma oportunidade de reflexão também sobre as conquistas femininas. O órgão público para o qual trabalho está sendo administrado por uma mulher, uma juíza, que está sucedendo outra mulher, cuja gestão foi plena de realizações, entre elas a inauguração do Fórum Trabalhista. Minha esposa é médica, mantendo uma clínica sempre cheia de pacientes, muito bem atendidas. Minha filha, aos dezesseis anos, é estagiária e estudante. Há poucas décadas, as mulheres sequer votavam. Eu tenho muito orgulho dessas mulheres que me cercam e de suas conquistas. Para todas as questões há sempre dois lados, como uma moeda. Eu prefiro ser otimista e citar as coisas boas que estão sendo feitas por vocês, mulheres maravilhosas, verdadeiros exemplos e real significado de nossas vidas.

[Sobre "8 de março: não aos tapas, sim aos beijos"]

por Marcelo Zanzotti
10/3/2005 às
10h56

Longa Jornada Noite Adentro
A peça Longa Jornada Noite Adentro foi montada no Brasil em 1958. Na direção o grande mestre Ziembinski e no papel de Mary Tyrone, Cacilda Becker. Recentemente, a peça, sob a direção de Naum Alves de Souza, foi apresentada e no papel de Mary Tyrone, Cleyde Yáconis, irmã de Cacilda Becker. Infelizmente não assisti às montagens dessa peça. Mas li o texto traduzido por Helena Pessoa e editado pela Peixoto Neto. Considero essa peça uma das melhores que já li ao lado de Esperando Godot, do Samuel Becket, Woyzeck de G. Buchner, Brecht e Shakespeare. Há trechos memoráveis: "...caminhos alegres não passam de meras palavras! São as trilhas penosas que contam! Levam-nos rapidamente ao nada... a parte alguma! Foi aí que cheguei: a parte alguma! Onde todos nós vamos parar no final, embora a maioria dos incautos não queira reconhecer!(...) serei sempre um estranho, que nunca se sente em casa, que não quer realmente a ninguém (...) que vive continuadamente um tanto quanto enamorado da morte." Há a citação de um poema de Baudelaire "embriague-se/ Somente isto importa: é o único problema! Se não quer sentir o horrível peso do Tempo que pesa sobre seus ombros e o esmaga, embriague-se sempre. Com quê? Com vinho, com poesia ou com virtude. Com o que queira. Porém embriague-se." Este poema remete-nos a Rimbaud e sua embriaguez, com álcool, o chamado "gole do veneno". Na peça Skakespere é citado "somos da substância de que são feitos os sonhos. E nossa curta vida se conclui no sono." Há as falas de Mary, que destaco: Somente o passado é real... o passado que se foi feliz. (...) e encontrou refúgio e alívio em um sonho onde a realidade presente não passa de uma aparência que se deve aceitar e dissimular com maior indiferença - até com cruel cinismo ou ignorar por completo. (...) como poderia você crer em mim se eu própria não creio?" Penso que a transcrição de alguns diálogos dessa peça terão a força suficiente para incentivar um ou outro leitor a procurar a obra deste grande dramaturgo. A leitura dessa peça nos remete, penso, aos dramas da existência burguesa, à invariabilidade da vida que Passolini tão bem descreveu em versos como "a descorta da invariabilidade da vida/ requer inteligência e amor." O ser em sua pequenez. O ser diante do outro, seu inferno, "Entre Quatro Paredes" de Sartre. O ser diante do nada e do desespero de existir. Do grito lancinante do final de Teorema de Passolini. Do deserto que o habita, do inferno que traz em sua mente, de suas vís...

[Sobre "Coração de mãe é um caçador solitário"]

por luiz fernando
10/3/2005 às
10h33

Continue divagando, Julio
Ufa! Ainda bem que não sou a única que se sente meio perdida, que não encontra nas salas da Academia a fórmula para escrever e pensar de forma coerente. Continue divagando, Julio Borges, você não imagina como isso é maravilhoso (vc sabe disso, não é?).

[Sobre "Apocalípticos, disléxicos e desarticulados"]

por Ednar Costa
10/3/2005 às
08h30

um livrinho, um poetinha
Grande Vinícius! Já pensou o que é escrever, fazer falarem, por si só, palavras tão simples! Transformar banalidades em "espetacularidades"? Quem dera ser assim. Ao menos posso apreciá-lo!

[Sobre "Um livrinho, um poetinha"]

por Rosa Nina
9/3/2005 às
18h41

quantas são as leituras?
Jardel, leio bastante. Não consigo ficar distante de um livro. "Crime e Castigo" já o li. Poderia citar outros, mas me chamou a atenção em seu texto o desejo de passar aos leitores o prazer da leitura. Pois bem, recorro a Gadamer em "Verdade e Método" que diz: "quando compreendemos um texto nos vemos tão atraídos por sua plenitude de sentido como pelo belo". Entretanto, afirma Gadamer que "... não existe compreensão que seja livre de todo preconceito, por mais que que a vontade do nosso conhecimento tenha de estar sempre dirigida, no sentido de escapar ao conjunto dos nossos preconceitos." Em resumo, penso que o texto de um livro, quer seja prosa ou verso não pertence ao seu autor. Coloco-lhe a seguinte questão: penso que a minha leitura de "Crime e Castigo" não seja a sua leitura. A sua leitura de "Crime e Castigo" de fevereiro de 2005 não será talvez a mesma leitura em 2006, por quê? Acredito que se levássemos a Joyce todas as leituras que fizeram do seu "Ulisses" talvez ele desconhecesse a própria obra. Isto porque não há uma concordância lógica e natural entre leitor e texto. Gadamer diz que "à dialética da interpretação sempre precedeu a dialética de pergunta e resposta. É esta que determina a compreensão como um acontecer." E arrisco-me a dividir com você um resposta à colocação que lhe fiz: não há um único "Crime e Castigo", mas vários e aí reside o belo do texto. Bem, coloquei a questão.

[Sobre "O crime e o castigo de um clássico"]

por luiz fernando
9/3/2005 às
17h56

Julio Daio Borges
Editor

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