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Quarta-feira, 16/1/2002
Comentários
Leitores

Ovo Fabergé
Caro Fabio: pode até ser que alguns economistas sejam tão bem intencionados (não duvido, realmente)- mas, fora o objetivo do trabalho deles, é preciso um certo amor pelo assunto em si, não é? E é isso que eu não entendo. Só de pensar nisso, sinto calafrios...Quanto à falta de necessidade que os escritores têm de escrever bem- discordo violentamente (amigavelmente, mas violentamente) de você. Um livro é um objeto, não opiniões. Um livro deveria também, e principalmente, ser encarado como desáine (para não dizer design). Um livro é um ovo Fabergé- o interessante é ver como esta camada se encaixa nesta outra, como este padrão se repete na parte de baixo, como a filigrana da parte de cima continua, quando se abre o ovo, no casco do navio de guerra...Não interessa muito se Fabergé era de esquerda, de direita, se era burro, mentecapto...Saramago é um artista (basta ter ouvidos); que se rebaixe a ter opiniões, é problema dele... Quanto a Laclos- que coincidência! Este ano se comemora (se é que essa é a palavra) 222 anos desde que Valmont seduziu a Presidenta de Tourvel. Vou esperar pelo seu texto pra saber o que é que você acha do livro. Um abraço.

[Sobre "Economistas"]

por Alexandre S. Silva
16/1/2002 às
16h10

Pé no pau do Pé Grande
Pô! Esses caras nem bem acenam de lado, entram logo de cara na roda de capoeira... Quantas vezes eu vou ter que repetir: o samba não se aprende na escola. Por essas e por outras que nêgo metia o pé no Pé Grande.

[Sobre "Lanternas de papel"]

por Lima
16/1/2002 às
13h18

economia-saramago-laclos
Caro Alexandre Soares, que agora virou também Silva. Você comete uma terrível injustiça com os economistas. Primeiro, como disse o Simonsen, nenhum bom economista é apenas um bom econmista. Segundo, eles, os economistas, vêm conseguindo aquilo em que todos os filósofos fracassaram: melhorar a vida das pessoas. Não seria lindo um mundo sem miséria? Pois é pra lá é que está apontado o timão da economia. O problema do Saramago é que ele é burro demais. Escritor não pode ser burro. Ele até pode escrever bem, contar direito uma história. Mas isso são coisas secundárias para um escritor verdadeiro. Quem tem que escrever bem é jornalista e quem conta história é contador de história. Também estou lendo o livro do Laclos. Pretendo (ou pretendia) escrever uma coluna a respeito. Eles realmente são admiravelmente horríveis. Parabéns pelo texto. Um abraço cordial.

[Sobre "Economistas"]

por Fabio
16/1/2002 às
10h19

princípio ativo
puxa rafael vc está mal e mau mesmo! seu irmão tem nome?

[Sobre "Princípio ativo"]

por maria lucia puty
15/1/2002 às
18h08

Sapato-grande
Depois que os "pé-grande" se espalharam por centros urbanos como Rio e São Paulo, envergonhados de andarem descalços, começaram a comprar sapatos. Foi aí que surgiu o que chamamos de "sapatão". Como vocês podem notar, o lesbianismo não passa de uma invenção dos Dayaks de Bornéu do B.

[Sobre "Lanternas de papel"]

por Fabio
15/1/2002 às
13h58

A influência do Pé Grande
Agora sim. Acho que os chineses ainda são nômades, e fundam tribos por onde quer que passem, se alimentando nos restaurantes à quilo orientais e vendendo aquelas canetinhas com laser, o que de imediato os alinha aos almas da Mongólia na capacidade de chatear os outros. Acho ainda que os músicos de mambo do Bailão da saudade poderiam ter sido mais tolerantes com o Pé Grande, assim evitariam sua disseminação pelo Butantã, aí em Sampa, ou em Santa Teresa, aqui no Rio -- e a consequente ruína dos chineses vendedores de tesourinhas de unha e de cabelo. Opa! É uma tese que se anuncia: o medo de gente que o Abominável passou a ter foi a causa do regresso dos chineses ao nomadismo. Por essa nem o Hobsbawn esperava!

[Sobre "Lanternas de papel"]

por Lima
15/1/2002 às
13h48

to be continue...
Apenas venho acrescentar, já que acima os comentários ja citam a qualidade não somente do texto mas como do digestivo em geral, que possuem uma qualidade na qual muitos jornais devem adotar, assim acabando com os esquemas burocráticos.

[Sobre "balanço, mas não caio"]

por Raphael Boaventura
15/1/2002 às
11h36

Tem que saber fazer
Na minha humilde opinião, o que difere o jornalismo burocrático do criativo é que o primeiro é feito por pessoas que têm a técnica e o conhecimento, mas que se moldam ao que é "comercialmente correto" (infelizmente). O jornalismo criativo, além da técnica e do conhecimento, precisa da ousadia, do não ter medo de lançar sua real opinião à jaula dos leões-leitores, por mais ferozes que possam ser as reações. É uma discussão que dá "panos pra manga", mas que vale a pena estar sempre ativa. Você está no caminho certo, Fabio. E é bom no que faz. Continue por aí que nós, leitores,concordando ou não com o teor do que vc escreve, só temos a ganhar com a qualidade de trabalhos como o seu.

[Sobre "balanço, mas não caio"]

por Isabella Benicio
14/1/2002 às
23h55

Julio Daio Borges
Editor

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