Segunda-feira,
1/8/2005
Comentários
Leitores
Monoglotas e Poliglotas
Andrea, continuo te lendo. Não é que eu queira defender o Lula. Acho que aí há uma questão de gosto. Um dos comentários já falou no monoglota(?) Bush. Por outro lado, o FHC era poliglota, falava inglês, francês, o escambau. Será que foi um presidente melhor?
[Sobre "Se o Lula falasse inglês..."]
por
Jose Alfredo
1/8/2005 à
01h02
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A quem culpar?
Estive lendo sua mensagem, e notei que ela não é muito animadora, porem mesmo que tivessem outras coisas fáceis neste pais, eu ainda continuaria tentando realizar meu sonho, que é ser escritor. Quando escrevo me sinto o onipotente criando personagens, e elas acabam fazendo parte do meu mundo. E esta é a pior parte! Eu gostaria de dar vida aos meus personagens e ver eles serem comentados. E qual o escritor que não pensa assim? Eu sei que escrever nada mais é que expressar sentimentos, e isso até os animais fazem! E com minha teimosia, continuo por esta estrada espinhenta. Quem sabe um dia eu me depare com as flores! Até agora foi só espinhos! Um abraço! Deste pretenso escritor!
[Sobre "Os desafios de publicar o primeiro livro"]
por
Joao Cirino Gomes
30/7/2005 às
23h37
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Na batata...
Na batata, Julio. "...os escritores... não podem querer transmitir, para a sociedade, o ônus de uma escolha pessoal". Já pensaram se os administradores de empresas que faliram se organizassem com o mesmo objetivo? "Não, alto lá, ele faliu porque é incompetente" – muitos auto-intitulados escritores diriam. "Porque administrador de empresa é a corja do neoliberalismo, que só pensa em lucro. Nós, os-que-se-auto-intitulamos-escritores defendemos a arte". E querem que o governo sustente vocês? Ah, tá bom... Se vocês defendessem o dinheiro, quem sabe o governo até ajudase... A pessoa escolhe o parto com maior número de complicações possíveis e bota a culpa no médico por causa de um aborto. E olha que quem aqui escreve é um contista caseiro, que redige para o desprazer de uma meia dúzia de amigos... Seguindo a filosofia de um conhecido, músico de uma banda de blues e rock: "Sabe o que a gente faz quando chega no fim de uma apresentação num boteco qualquer, onde o cache não paga nem a bebida que a gente tomou? A gente olha um pro outro e diz: isso aqui tá um fiasco mesmo, vamos tocar mais uma pra esquecer". Vai que o público ainda se anime com a saideira no fim da noite...
[Sobre "Não existe pote de ouro no arco-íris do escritor"]
por
Rogério Kreidlow
30/7/2005 às
23h31
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Originalidade a toda prova
"Fui para a rede dormir, sem ao menos tirar a tinta de beterraba do corpo."
Querida Andréa:
Escrevo entre os acessos de riso e, provavelmente, não esquecerei tão cedo desta fabulosa expressão.
Permita-me roubá-la na primeira oportunidade.
Um grande abraço
Daubi
www.clicerechim.com.br
[Sobre "Se o Lula falasse inglês..."]
por
Daubi
30/7/2005 às
22h51
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Imita o caos, nunca a vida
A arte do cinema imita o caos mas nunca imita a vida. Diante de todas essas tragédias cotidianas, o filme fica parecendo Alice no País das Maravilhas. É tanta roubalheira que o cinema nunca imaginou. Nem o todo Poderoso Chefão pode imaginar tamanha sacanagem. E tudo com o dinheiro público.É uma vergonha! Mas no cinema, depois de assistir as desgraças nós saimos com a alma lavada e tranquilos pois não era nada com a gente. Os tiros. O sangue. As barbaridades ficaram congeladas na tela do cinema. Mas a vida continua a rodar...
[Sobre "A arte do cinema imita o caos. Ou vice-versa"]
por
Clovis Ribeiro
30/7/2005 às
18h54
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uau!
uau!
[Sobre "Não existe pote de ouro no arco-íris do escritor"]
por
Paula Mastroberti
30/7/2005 às
15h31
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o ato de escrever
Olá, Andrea! Lendo o seu texto, mais uma vez fui obrigado a repensar uma máxima que não se descola da minha mente: literatura para valer é aquela que pensa a si mesma, aquela que assume uma crise própria ao ato de escrever. Contudo, é impossível escaparmos de um "a priori": se escrevemos que talvez não escreveremos mais, é porque pelo menos tem sentido escrever nem que seja para assumirmos que não temos mais nada a dizer. E desse paradoxo não podemos fugir. Cabe a cada um alimentá-lo ou não. E alimentá-lo bem, diga-se de passagem.
Quanto à leitura dos ditos "clássicos", fica a pergunta: existem mesmo, objetivamente, os clássicos, independentemente da época e tal, ou a "luz" que os ilumina varia o tempo todo, de acordo com critérios absolutamente discutíveis e suspeitos?
[Sobre "Sobre Parar de Escrever Para Sempre"]
por
Alexandre Bueno
30/7/2005 às
13h07
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O Alquimista Achou o Pote
Julio, você, sem saber (provavelmente), exprimiu exatamente o que eu passei como escritor. Quis muito ganhar a vida apenas escrevendo e publicando, e cada vez vejo que isso não dá, é uma ilusão. Por mais sorte que eu tenha de ter publicado um livro por uma grande editora juvenil, procurei um emprego e consegui, num site da internet! E não, não vou abandonar este emprego... !
Fico também confortado em saber que muitos escritores passam por isso, por esse querer achar o pote de ouro no final do arco-íris... Mas também acho que, talvez, um dia, daqui a uns quinze anos, eu possa - se eu for bom o suficiente - viver de literatura. Mas talvez quinze anos não, talvez só na próxima encarnação... Um dado importante é que a maioria dos escritores que vivem de literatura são todos cinquentões ou mais...! E, para finalizar, sinto muito feliz com o que você disse de mil exemplares vendidos é um estrondo... Sou um estrondo!!! Abraço, DNY
[Sobre "Não existe pote de ouro no arco-íris do escritor"]
por
Denny Yang
30/7/2005 às
12h33
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Uma Estorieta
No 15º capítulo do 3º tomo da "Coleção Lendas, Fábulas e Mitos dos Índios Tupiwanbara da América Central" consta uma estorieta que pode resolver a questão proposta por Julio. Achei útil postar seu resumo: "O terrível gigante Patã, ladrão do sol e fechador de fontes, cria 5 filhas, grandes serpentes chamadas de Anhã.(...) A cada lua elas crescem 1 metro, e precisam comer mais. A cada 30 anos as Anhãs são presas de fome tão grande, que uma delas ataca Patã, matando-o com seu veneno. (...) Essa permanece 1 ano ingerindo as carnes do gigante. (...) Porém, na noite em que regurgita os ossos do Pai, a Anhã assassina se transforma em Patã, e mata as antigas irmãs. De seu tornozelo brota uma pequena serpente, a nova Anhã, que o devorará.
(...) Mas porém houve uma noite em que Iamã prestava atenção na terra, e abençoou uma Anhã de nome Tuangá. E Tuangá matou Patã, e não se alimentou dele. E por 6 meses o sol brilhou constantemente, e não faltava água. Mas porém uma de suas irmãs achou o corpo morto do Gigante, e devorou-o, e transformou-se em Patã. (...) O novo Patã, receoso, expulsou Iamã do céu. E matou Tuangá. Mas Tuangá renasceu da própria pele, porque havia sido abençoada. E se vingou, envenenando Patã. Mas uma Anhã achou seu corpo, e virou gigante e matou Tuangá.(...) E toda vez que Patã rouba o sol e seca as fontes, Tuangá renasce e mata Patã, e nos devolve a luz e a água. E assim que Tuangá foi o Primeiro Ator, porque troca de peles, e é o deus de todos os Atores e Artistas, que devem seguir Tuangá." Achei extraordinário como essa pequena estorieta resolve nossa questão!
[Sobre "Não existe pote de ouro no arco-íris do escritor"]
por
Fabiano
30/7/2005 à
01h47
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literatura e política
"É triste, mas, mais uma vez, os escritores brasileiros estão deixando de se envolver com literatura para se envolver com política." Como se envolver com literatura sem deixar de se envolver com política?
[Sobre "Não existe pote de ouro no arco-íris do escritor"]
por
fabiano fel
30/7/2005 à
01h16
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Julio Daio Borges
Editor
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