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Quarta-feira, 3/8/2005
Comentários
Leitores

...e, daí, se acaba?
Excelente coluna, Daniela. Texto gostoso de ler, franco, sublime e duro em seu conteúdo, além de extremamente racional. Sinto verdadeira paixão nas suas palavras. Paixão em viver, paixão em curtir o que de melhor a existência nos dá – e daí se o amor acaba? Acho que o segredo é aproveitar enquanto ele existe, levá-lo às últimas (e sempre saudáveis) consequencias. Particularmente, vivo uma relação já há quase seis anos, e estou muito bem. Quem sabe dou sorte, não é mesmo? Um beijo pra você e sucesso em seus "empreendimentos" sentimentais! :-)

[Sobre "Todos os amores acabam"]

por Marcelo Miranda
3/8/2005 à
01h00

Odiei o texto
Sem comentários, Andrea. Não defendo nem um pouco o Lula ou qualquer outro presidente. Eles estão lá para trabalhar e não para receber apoio, assim como nós trabalhamos não porque recebemos apoio, mas ou porque gostamos, ou porque necessitamos, etc. Mas odiei o texto. Assim como demonstras claramente o teu preconceito por alguém não falar tal língua, tomar chá ou ser metódico, tomo a liberdade de dizer que odiei o texto, por não me transmitir nada além de um incômodo muito pessoal teu. Uma coisa é questionares o fato do cachorro do vizinho ameaçar a vida de teu filho de cinco anos. Isto sim, vai lá, é uma questão relevante, acredito. Outra coisa e não te agradares com o telhado da casa dele, com o tamanho de seu nariz ou algo do tipo. Guarde isto com você, não interessa. Conviva com aquilo. É a minha opinião sobre assuntos deste interesse. Eu sou o outro vizinho, que só tomou a liberdade de te dizer isto porque começaste. Prefiro que mudes um pouco a maneira de educar teus filhos, aliás, e, entre nós (disfarçando o riso), pra mim o telhado da tua casa é tão feio quanto o do outro vizinho. Beijão, Andrea, escreve se puder

[Sobre "Se o Lula falasse inglês..."]

por Rogério Kreidlow
2/8/2005 à
00h21

Escrever pra quem?
Julio, não dá para viver no Brasil, simplesmente, seja escrevendo, seja tentando fazer qualquer tipo de arte. É incrível que num país como este, com um povo fácil de se comandar, vivamos um momento tão crucial. Como você diz: não dá para jogar tudo para trás e viver de ser escritor. Todos dos que já ouvi falar sempre tiveram outra atividade. Ainda mais no meu caso, que tento editar poesia. Se ninguém compra outros livros, vai comprar livro de poesia? Tenho somente um livro editado, de biografia, mas este foi custeado pelo município pois tratava de patronos de uma biblioteca. No mais, estou fazendo meus livretos artesanalmente e mostrando para poucos amigos, aqueles que não vivem da arte de escrever, mas que amam a poesia. Parabéns pelo artigo.

[Sobre "Não existe pote de ouro no arco-íris do escritor"]

por Maura Soares
1/8/2005 às
20h11

O escritor é uma fatalidade
Não ficarei apontando outros mais, apenas finalizo com Thomas Mann, que foi citado como exceção. Eu ousaria dizer que é a regra, não a exceção. Escrevo isso porque é em sua obra que o escritor diz algumas verdades, em qualquer outra situação ele finge (Fernando Pessoa). E no seu “Fausto” ele mostra o que o escritor está disposto a fazer para encontrar suas respostas, e mais; do quanto ele precisa desse conforto espiritual para criar. O personagem (escritor de sucesso, expoente mesmo) tem duas pessoas que cuidam dele em tempo integral. São admiradoras da sua obra que se privam de seus interesses para cuidar daquele ser. Tentei acrescentar um outro ângulo para ser observada a questão. Mas a grande verdade é que a literatura precisa de pessoas que a sirvam, ela não conseguirá servir a ninguém. Para conseguirmos alguma coisa dela, para encontrar a nossa resposta, temos que nos dedicar integralmente, e, para conseguirmos isso, temos que ter um ambiente criativo, que é dado por aqueles que convivem com ele. Portanto quase poderíamos dizer que um grande escritor é uma fatalidade. Ah, e a matéria? Ah a matéria... não existe.

[Sobre "Não existe pote de ouro no arco-íris do escritor"]

por Erwin Maack
1/8/2005 às
08h48

Não será o contrário?
"O escritor é aquele solitário. Eu não sei qual é meu leitor e não me submeto à posição de procurá-lo" (Autran Dourado). Pelo que tenho observado a literatura é uma espécie de loucura. Assim como a leitura, uma loucura mansa. Ninguém jamais conseguirá viver da literatura. Ela é que vai tomando conta do escritor de uma maneira, a princípio, sub-reptícia, que vai num crescendo até uma dominação completa, absoluta e absurda. Talvez exista um escritor no fim do arco íris? O escritor é uma pessoa que tem noção de que procura o impossível, mira o infinito por muitas e muitas horas e por conta disso vive num êxtase completo. A indagação cuja resposta está oculta sob o véu de Maya é tão avassaladora que nada mais tem importância, a não ser a resposta. Resta saber quanto tempo levará para encontrá-la. Mesmo sabendo que ela será superada por outra mais adiante. Mesmo sabendo que não existe uma única resposta. Se observarmos a vida dos Grandes podemos tirar algumas conclusões que servirão para nos dar algum guia nessa noite escura. F. Kafka trabalhava numa companhia seguradora e cuidava dos acidentes do trabalho, ou algo similar. Vivia num ambiente inóspito e encontrou as suas respostas graças ao aconchego de seu amigo, sua irmã, e sua noiva de longos anos. Todos eles cuidavam de Kafka, e cuidar significa dar conforto, incentivo e deixar o homem em paz para escrever. James Joyce era professor de línguas em Trieste, achou no ensino da língua uma maneira de sobreviver. Mas a verdade é que a literatura tomou conta dele, encontrou alguém (sua esposa) que lhe deu conforto espiritual e incentivo para escrever e foi disso que viveu. Marcel Proust, filho de um grande médico sanitarista, jamais teve problemas com a vida material, viveu sob o internato da Literatura e sob as ordens de uma governanta que não sabia bem o que ele fazia, mas sabendo do prazer que ele encontrava nisso, ajudou-o como ninguém. Teve um grande suporte do seu motorista, e conviveu com muitos, mas poucos amigos. Queria a distância para poder encontrar a sua resposta. A proximidade não se conjugava bem com isso. Machado de Assis, com a história que todos conhecemos encontrou em sua esposa a fartura de sentimentos que precisava para escrever. O apoio e o incentivo que cuidou dele durante toda uma vida. Adquiriu uma estabilidade emocional que permitiu que conseguisse mostrar as grandes verdades que o cercavam e que nós não teríamos condições de ver. Por isso é grande, até hoje.

[Sobre "Não existe pote de ouro no arco-íris do escritor"]

por Erwin Maack
1/8/2005 às
08h44

Monoglotas e Poliglotas
Andrea, continuo te lendo. Não é que eu queira defender o Lula. Acho que aí há uma questão de gosto. Um dos comentários já falou no monoglota(?) Bush. Por outro lado, o FHC era poliglota, falava inglês, francês, o escambau. Será que foi um presidente melhor?

[Sobre "Se o Lula falasse inglês..."]

por Jose Alfredo
1/8/2005 à
01h02

A quem culpar?
Estive lendo sua mensagem, e notei que ela não é muito animadora, porem mesmo que tivessem outras coisas fáceis neste pais, eu ainda continuaria tentando realizar meu sonho, que é ser escritor. Quando escrevo me sinto o onipotente criando personagens, e elas acabam fazendo parte do meu mundo. E esta é a pior parte! Eu gostaria de dar vida aos meus personagens e ver eles serem comentados. E qual o escritor que não pensa assim? Eu sei que escrever nada mais é que expressar sentimentos, e isso até os animais fazem! E com minha teimosia, continuo por esta estrada espinhenta. Quem sabe um dia eu me depare com as flores! Até agora foi só espinhos! Um abraço! Deste pretenso escritor!

[Sobre "Os desafios de publicar o primeiro livro"]

por Joao Cirino Gomes
30/7/2005 às
23h37

Na batata...
Na batata, Julio. "...os escritores... não podem querer transmitir, para a sociedade, o ônus de uma escolha pessoal". Já pensaram se os administradores de empresas que faliram se organizassem com o mesmo objetivo? "Não, alto lá, ele faliu porque é incompetente" – muitos auto-intitulados escritores diriam. "Porque administrador de empresa é a corja do neoliberalismo, que só pensa em lucro. Nós, os-que-se-auto-intitulamos-escritores defendemos a arte". E querem que o governo sustente vocês? Ah, tá bom... Se vocês defendessem o dinheiro, quem sabe o governo até ajudase... A pessoa escolhe o parto com maior número de complicações possíveis e bota a culpa no médico por causa de um aborto. E olha que quem aqui escreve é um contista caseiro, que redige para o desprazer de uma meia dúzia de amigos... Seguindo a filosofia de um conhecido, músico de uma banda de blues e rock: "Sabe o que a gente faz quando chega no fim de uma apresentação num boteco qualquer, onde o cache não paga nem a bebida que a gente tomou? A gente olha um pro outro e diz: isso aqui tá um fiasco mesmo, vamos tocar mais uma pra esquecer". Vai que o público ainda se anime com a saideira no fim da noite...

[Sobre "Não existe pote de ouro no arco-íris do escritor"]

por Rogério Kreidlow
30/7/2005 às
23h31

Originalidade a toda prova
"Fui para a rede dormir, sem ao menos tirar a tinta de beterraba do corpo." Querida Andréa: Escrevo entre os acessos de riso e, provavelmente, não esquecerei tão cedo desta fabulosa expressão. Permita-me roubá-la na primeira oportunidade. Um grande abraço Daubi www.clicerechim.com.br

[Sobre "Se o Lula falasse inglês..."]

por Daubi
30/7/2005 às
22h51

Imita o caos, nunca a vida
A arte do cinema imita o caos mas nunca imita a vida. Diante de todas essas tragédias cotidianas, o filme fica parecendo Alice no País das Maravilhas. É tanta roubalheira que o cinema nunca imaginou. Nem o todo Poderoso Chefão pode imaginar tamanha sacanagem. E tudo com o dinheiro público.É uma vergonha! Mas no cinema, depois de assistir as desgraças nós saimos com a alma lavada e tranquilos pois não era nada com a gente. Os tiros. O sangue. As barbaridades ficaram congeladas na tela do cinema. Mas a vida continua a rodar...

[Sobre "A arte do cinema imita o caos. Ou vice-versa"]

por Clovis Ribeiro
30/7/2005 às
18h54

Julio Daio Borges
Editor

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